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História, Ciências, Saúde – Manguinhos em 2021

Apesar de todas as adversidades que sufocam a vida política, social e cultural no Brasil, História, Ciências, SaúdeManguinhos tem motivos para celebrar suas atividades do ano passado. Comemorar algumas coisas boas que fizemos, por minúsculas que possam parecer em comparação às tragédias que temos vivido, é um ato de saúde mental e esperança na continuidade, na relevância e na qualidade da pesquisa histórica e dos estudos do patrimônio cultural vinculado à ciência. Como fizemos aproximadamente um ano atrás (Cueto, 2021CUETO, Marcos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos em 2020: um periódico na adversidade. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.28, n.2, p.343-345, 2021.), informarmos as principais atividades de 2021. Este relato complementa outros esforços de registrar a trajetória do periódico (Benchimol et al., 2007BENCHIMOL, Jaime L. et al. História, Ciências, Saúde – Manguinhos: um balanço de 12 anos de circulação ininterrupta. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.14, n.1, p.221-257, 2007.; Cueto, Silva, 2019CUETO, Marcos; SILVA, André Felipe Cândido da. História, Ciências, Saúde – Manguinhos: 25+. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.26, n.2, p.375-378, 2019.).

História, Ciências, SaúdeManguinhos cumpriu a publicação dos seus quatro números regulares e um número especial, intitulado “Reciprocidades em desequilíbrio: história das relações entre animais” (volume 28, suplemento), cujos editores convidados foram Regina Horta Duarte, Gabriel Lopes, Natascha Stefania Carvalho De Ostos e Nelson Aprobato Filho. Além disso, publicamos o notável dossiê “La ‘cuestión de la leche’ en América Latina: expertos, mercados y políticas públicas en el siglo XX”, organizado pelos pesquisadores Sören Brinkmann e José Buschini, no nosso volume 28, número 4.

No início de 2021, divulgamos as novas instruções aos autores (volume 28, número 1), indicando a adoção das diretrizes da ciência aberta, uma importante mudança em nossa política editorial. Ao longo do ano, prosseguimos com a publicação de textos nas seções “Testemunhos covid-19” e “Revisão historiográfica”, com a participação de historiadores brasileiros e estrangeiros. Verificamos que em 2021 foram processadas 165 submissões provenientes do Brasil e 120 de outros países, entre os quais se destacam, pelo número de textos encaminhados: Espanha, EUA, Argentina, Chile e México. Acreditamos que essa variedade de países encontrada nos manuscritos submetidos à revista é reflexo dos esforços empreendidos na sua internacionalização, como a tradução de textos para o inglês e o investimento em divulgação em nossas redes sociais.

No segundo ano da pandemia de covid-19, a história da ciência e da saúde manteve-se no centro dos debates mundiais. Em 2021, o blog nacional da revista teve 389.797 visualizações. O blog internacional atingiu 19.830 visualizações.

O blog nacional de História, Ciências, SaúdeManguinhos totalizou 178 publicações – média de 15 por mês, ou seja, quase quatro por semana. No blog internacional foram feitas 142 publicações, em inglês e espanhol, em 2021 – média de três por semana. No Facebook em português foram feitas 248 postagens – média de 20 por mês, ou quase cinco por semana. As postagens incluíram entrevistas com autores de artigos publicados na revista, informes sobre o universo de publicação acadêmica, além de compartilhamentos de notícias da Casa de Oswaldo Cruz e da Fiocruz.

Todas essas atividades foram possíveis pela valiosa colaboração dos editores adjuntos e de seções e da equipe editorial da revista: Mônica Auler, Roberta Cerqueira, Camilo Papi, Mônica Cruz Caminha, Vinícius Renaud, Marciel Mendonça, Miriam Junghans, Marina Lemle, Vivian Mannheimer e Fernando Vasconcelos. A maioria de nossa equipe teve que trabalhar de forma não presencial com todos os desafios advindos desse tipo de trabalho. Somos muito gratos aos autores e aos avaliadores de todos os artigos que fazem que a revista tenha um destaque singular no Brasil e na América Latina. Também agradecemos a Marcos José de Araújo Pinheiro, diretor da Casa de Oswaldo Cruz, a unidade de Fiocruz onde trabalhamos, pelo grande apoio às ações da revista.

Quando escrevo esta carta o mundo está marcado não somente pela continuidade da pandemia de covid-19, agora menos letal, mas também pelo horror causado pela invasão russa à Ucrânia. Alguns pesquisadores de ciências sociais e humanas acusam o governo autoritário da Rússia de cometer atrocidades imperdoáveis, outros intelectuais preferem acentuar que, nos últimos anos, invasões parecidas foram realizadas tendo outros propósitos imperialistas. Em todo caso, a guerra parece apagar a esperança que depois da pandemia existam mais investimentos em saúde pública, em redução das desigualdades sociais que matam e em políticas culturais. Agora parece sepultada a esperança, com as vidas perdidas pela violência e por cada míssil, fuzil ou tanque cuja absurda necessidade pode multiplicar-se entre os governos. Tomara que a história e nossos artigos de 2022 permitam conferir aos leitores os sentimentos de tolerância, paz e resistência ante a adversidade e possam confirmar a importância da pesquisa científica e histórica.

REFERÊNCIAS

  • BENCHIMOL, Jaime L. et al. História, Ciências, Saúde – Manguinhos: um balanço de 12 anos de circulação ininterrupta. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.14, n.1, p.221-257, 2007.
  • CUETO, Marcos. História, Ciências, Saúde – Manguinhos em 2020: um periódico na adversidade. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.28, n.2, p.343-345, 2021.
  • CUETO, Marcos; SILVA, André Felipe Cândido da. História, Ciências, Saúde – Manguinhos: 25+. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, v.26, n.2, p.375-378, 2019.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Jun 2022
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2022
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