TENDÊNCIAS
Os efeitos das manifestações, segundo a população em geral
Para a maior parte dos entrevistados, as revoltas de junho tiveram como alvo os políticos em geral.
Os dados também mostram que 45% estão mais otimistas com o futuro do Brasil após os protestos, mas em torno do mesmo percentual acredita que haverá apenas poucas mudanças na atuação dos políticos e para o país.
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O apoio às manifestações entre a população em geral
Quase 80% dos entrevistados apoiam os protestos que ocorreram em várias cidades brasileiras.
Entre os contrários às manifestações destacam-se um maior percentual de mulheres, com mais de 40 anos e os de menores renda e escolaridade (até 2 salários mínimos e Ensino Fundamental incompleto).
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A eficácia das manifestações, segundo a população em geral
Quase 60% dos entrevistados apontam as manifestações como meio mais adequado para cobrar a melhor atuação dos políticos e a oferta de políticas públicas.
Quando os resultados são estratificados por sexo, faixa etária e grau de instrução, o que se destaca é que apenas esta última variável distingue mais os entrevistados, com aqueles que cursaram, no máximo, o Ensino Fundamental incompleto, com percepções divididas sobre a eficácia das manifestações e outros meios para exigir melhores políticas públicas.
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A percepção da violência nas manifestações segundo a população em geral
Pouco mais de 40% dos entrevistados acreditam que houve violência nas manifestações não apenas por parte da polícia, mas também dos manifestantes.
Os menos escolarizados (até Ensino Fundamental incompleto) são os que mais apontam a violência excessiva dos manifestantes. Com relação à violência policial, são os mais jovens (16 a 25 anos) os que mais apontam que ela foi exagerada.
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Quem são os manifestantes da cidade de São Paulo
As características socioeconômicas dos manifestantes que ocuparam a Avenida Paulista em junho deste ano mostram não apenas a elevada concentração de jovens (16 a 25 anos), mas as altas escolaridade e renda dos manifestantes, quando comparados à população geral da cidade de São Paulo.
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Adesão às manifestações
Mais de 90% dos entrevistados afirmaram terem ido às ruas a partir da mobilização pelas redes sociais.
A maioria dos manifestantes já havia participado de outros protestos contra o aumento das passagens na cidade de São Paulo. Quando perguntados sobre o motivo de estarem nas ruas, os manifestantes mencionaram lutar não apenas contra o aumento das passagens, mas também contra a corrupção e os políticos.
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Eficácia de formas de ação política
Pelo menos 70% dos manifestantes entrevistados acreditam na eficácia de fazer greves, participar de plebiscitos e assinar abaixo-assinados. Por outro lado, apenas 20% deles pensam que participar de um partido político é um modo eficaz de ação política.
Corroborando o alto papel mobilizador das redes sociais apontado pelos manifestantes, é notável que mais de 80% acreditem na eficácia da internet como espaço de discussão política.
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Forma de Representação e Preferências Políticas
A maioria dos manifestantes de junho de 2013 é contra o voto obrigatório, não tem preferência por partido político e acredita que os sindicatos servem mais para fazer política do que defender os interesses dos trabalhadores. Com relação ao autoposicionamento ideológico, os manifestantes dividem-se sobretudo entre a esquerda e o centro.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
13 Dez 2013 -
Data do Fascículo
Nov 2013