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Apresentação

Introduction

Este número de Horizontes Antropológicos aborda as relações entre cultura e aprendizagem. Trata-se de um tema interdisciplinar que interessa principalmente à antropologia e à educação, mas que tem interface com outras áreas do conhecimento como a psicologia, o meio ambiente, a geografia, etc. Os textos aqui reunidos abordam a aprendizagem como uma prática social que envolve o treino da atenção e o desenvolvimento de habilidades, num processo contínuo e recursivo entre percepção e ação. As conexões entre a aprendizagem e a cultura têm como foco os sujeitos enquanto organismos-pessoas que habitam mundos constituídos por contextos atravessados por fluxos de materiais que tornam possível a vida em suas diferentes formas e expressões. Em outras palavras, aprender a cultura é o que torna possível a reprodução da diversidade de modos de habitar o mundo e de se constituir como pessoa. Nessa acepção, não é possível segmentar, como o fazem algumas teorias da aprendizagem, os momentos da aquisição, ação e aplicação do conhecimento aprendido. Tampouco é possível separar o conhecimento da vida e das habilidades necessárias para ser um sujeito de sua cultura. A partir desse horizonte, esta publicação pretende apresentar ao leitor um debate que avança tanto em relação às abordagens que tomam a aprendizagem como aculturação e/ou transmissão de padrões culturais quanto àquelas que a tratam como aquisição de representações ou processamento de informação.

No artigo intitulado O dédalo e o labirinto: caminhar, imaginar e educar a atenção, o antropólogo britânico Tim Ingold, da University of Aberdeen, argumenta que caminhar oferece um modelo de educação alternativo que, ao invés de inculcar o conhecimento dentro das mentes dos alunos, os leva para fora, para o mundo. Ele compara essas duas alternativas à diferença entre o dédalo (maze) e o labirinto(labyrinth). Assim, enquanto o dédalo impõe um movimento determinado pela intenção, o labirinto exige a atenção contínua do caminhante, uma vez que ele não oferece pontos de partida ou de chegada que antecedem o movimento. A atenção exigida de quem trilha os caminhos de um labirinto é aquela que coloca o caminhante em posição de acolhida e sintonia constantes com as coisas que aparecem no movimento. Ao trazer essas metáforas para o plano da imanência, o autor conclui que a vida humana desenrola-se entre a imaginação e a percepção, sendo que a educação, no sentido original do grego scholè, preenche a lacuna entre ambas.

A indissociabilidade entre cultura a aprendizagem é o ponto de partida do artigo da antropóloga norte-americana Jean Lave, da University of California, Berkeley. Nesse sentido, ela afirma que toda produção cultural é aprendizagem e toda aprendizagem é produção cultural. O título, Aprendizagem como/na prática, já aponta para a preocupação da autora com questões relativas à aprendizagem que não estejam escola-centradas. A partir de suas pesquisas de campo, realizadas nos anos 1970 com alfaiates na Libéria, Lave tem argumentado que a aprendizagem precisa ser situada em complexas comunidades de práticas, e a investigação etnográfica, dirigida para as relações entre aprendizes que se encontram engajados em práticas cotidianas em múltiplos contextos (Lave, 2011LAVE, J. Apprenticeship in critical ethnographic practice. Chicago: University of Chicago Press, 2011.). Consegue-se, assim, compreender melhor o modo como as pessoas aprendem e se socializam numa determinada cultura, ao observar como elas vão mudando seus modos de participação na prática, em vez de fazer um inventário de concepções ou significados que seriam passados de geração a geração como um repertório de conhecimentos e saberes.

O artigo Aprendizagem e representação. Os antropólogos e as aprendizagens, do antropólogo francês Alain Pierrot, da Université Paris Descartes, parte da constatação de que muitos antropólogos consideram que os processos de aprendizagem não dizem respeito à sua disciplina. Reconhecendo a centralidade da aprendizagem para a antropologia, Pierrot discute, nesse artigo, a aprendizagem a partir de duas atividades de representação gráfica: a escrita e o desenho. Em diálogo com Jack Goody (1968)GOODY, J. Literacy in traditional societies. Cambridge: Cambridge University Press, 1968., o autor mostra como historicamente a escrita foi transmitida por domesticação, ao passo que o desenho foi mais frequentemente proibido. Sendo uma maneira de expressão autônoma, como toda verdadeira aprendizagem, o desenho não se prestou ao mesmo processo de domesticação. O desenho é sempre mais do que uma representação mental pelo fato mesmo de que a interação com a realidade é constantemente exigida.

Escritas dissonantes: escolarização, letramentos, novas tecnologias e práticas culturais juvenis é o título do artigo de Alexandre Barbosa Pereira, da Universidade Federal de São Paulo. A partir de pesquisas realizadas em escolas públicas de ensino médio da periferia de São Paulo, entre 2006 e 2010, e com práticas culturais juvenis, desde 2002, o autor discorre sobre diferentes formas de letramento e suas implicações políticas. A educação escolar, mais pautada por uma noção disciplinar de transmissão de conhecimento, é confrontada com as novas tecnologias de escrita e comunicação que transformam profundamente os modos de ler, escrever e pensar, mas também os de se vivenciar a juventude e o período escolar. O artigo estabelece, ainda, algumas comparações entre os processos de aprendizagem na escola e o uso da escrita, expressa nas pichações, utilizadas por jovens da cidade São Paulo. Ao expor esse panorama de práticas de escrita, o autor busca desvelar diferentes poderes que se afirmam por meio delas e em torno delas.

Carlos Emanuel Sautchuk, da Universidade de Brasília, apresenta o processo de aprendizagem de dois tipos de pescadores da Vila Sucuriju, no estuário do Amazonas – uns atuando no lago, onde capturam pirarucu com arpão, outros, na costa, onde se deslocam em barcos motorizados e usam espinhel de fundo. A partir das diferenças entre os dois processos de aprendizagem (considerando ritmos, formas e meios), o autor argumenta que a formação dos humanos se dá segundo os termos de cada sistema de relações mediadas pela técnica e as habilidades adquiridas pelos pescadores em sua ação no meio em que vivem. Esses universos empíricos oferecem os dados de referência para Sautchuk escrever o seu artigo intitulado Aprendizagem como gênese: prática, skill e individuação, no qual ele discute as noções de aprendizagem, skill e individuação na perspectiva da antropologia ecológica de Tim Ingold (2000)INGOLD, T. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling and skill. London: Routledge, 2000..

A comparação é também o ponto de partida de Antonella Tassinari, da Universidade Federal de Santa Catarina, em seu artigo Produzindo corpos ativos: a aprendizagem de crianças indígenas e agricultoras através da participação nas atividades produtivas familiares, no qual ela analisa os processos de ensino e aprendizagem em dois contextos sociais diversos vivenciados por famílias agricultoras, no Paraná, e por famílias indígenas galibi-marworno, no Amapá. Para além da educação escolar – valorizada pelas famílias e pelas crianças – a autora concentra sua atenção nos contextos “não escolarizados”, como a participação das crianças em atividades familiares produtivas, que se constituem em espaços privilegiados de aprendizagem. Da comparação entre os dois contextos empíricos, contemplados no seu artigo, Tassinari destaca alguns aspectos comuns à aprendizagem infantil não escolar, como a centralidade da experiência e da corporeidade, a atenção aos esforços de imitação, a ênfase na iniciativa dos aprendizes e a atribuição progressiva de responsabilidades.

O contexto indígena também é referência para o artigo de Rogério Correia da Silva e Ana Maria R. Gomes, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais, intitulado Learning, body and territory among indigenous Xakriabá boys. Em seu texto os autores revisitam duas cenas oriundas da pesquisa de campo com os meninos xakriabá que remetem a campos de indagação sobre o tema da aprendizagem em suas relações com a cultura. Em ambas as cenas, a relação dos sujeitos com o território envolve de forma integral os seus corpos e a habilidade de se mover com destreza no contexto de ação em que estão implicados. A partir desse eixo, os autores exploram a temática da aprendizagem das práticas culturais, tendo como foco a experiência dos meninos xakriabá, ao mesmo tempo em que buscam se estender para muito além deles, num esforço para reelaborar formulações canônicas sobre a aprendizagem. Nesse contexto de um povo recentemente escolarizado, e partindo da ideia de aprendizagem como mudança na forma de participação nas práticas, o artigo aponta para uma possível teoria etnográfica da aprendizagem.

Questões relativas ao contexto indígena constituem também o tema do artigo de Ceres Karam Brum, da Universidade Federal de Santa Maria, e de Suzana Cavalheiro de Jesus, da Universidade Federal do Pampa: Mito, diversidade cultural e educação: notas sobre a invisibilidade guarani no Rio Grande do Sul e algumas estratégias nativas de superação. No entanto, o contexto empírico aqui não se assenta sobre a observação direta de comunidades indígenas, mas em narrativas produzidas por não índios, que apresentam visões idealizadas do índio e filmes produzidos pelo Coletivo Mbya-Guarani de Cinema/Vídeo nas Aldeias. A partir desse material as autoras argumentam que a invisibilidade guarani no Rio Grande do Sul vem dando lugar a uma visibilidade que se expressa em narrativas sobre a constituição histórica da identidade gaúcha. Para além da análise empírica, as autoras propõem uma antropologia das circularidades entre mito, diversidade cultural e educação, tomando como base as representações acerca do passado missioneiro, acionadas a partir do Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo e da figura de Sepé Tiaraju.

Miriam C. M. Rabelo, da Universidade Federal da Bahia, em seu artigo Aprender a ver no candomblé discute o aprendizado de práticas visuais no candomblé. Ao centrar sua questão nos processos pelos quais os sujeitos aprendem a ver no candomblé, a autora destaca que essa aprendizagem está diretamente relacionada ao modo como se fazem pessoas nessa religião. Por outro lado, destaca que uma parte importante desse processo envolve a experiência de não ver – de ter a visão repetidamente limitada por outros. Reforçada por um conjunto de práticas, contextos e modos de sociabilidade, essa experiência contribui para formar pessoas que aprendem a ver um excesso oculto sob o visível (ou repousando ao seu lado), que aprendem a ver o invisível. Na conclusão, a autora aponta para o tipo de mundo que as práticas visuais do candomblé tanto descortinam quanto ajudam a instaurar.

Aprendizagem no contexto de um curso de residência médica no Rio de Janeiro é o tema do artigo de Octavio Bonet, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulado Sentindo o saber. Educação da atenção e medicina de família. O texto de Bonet mostra, a partir de diferentes situações etnográficas, como se produz o processo de aprendizado de um médico de família no cotidiano de uma residência em medicina de família e comunidade. Apoiado por dois conceitos-chave, cultura epistêmica, extraído da obra de Karen Knorr Cetina (1999)KNORR CETINA, K. Epistemic cultures: how the science make knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1999., e educação da atenção, de Tim Ingold (2010)INGOLD, T. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. 1, p. 6-25, 2010., o autor faz um percurso etnográfico que o ajuda a entender as características específicas dessa aprendizagem que acontece na prática em complementaridade com a formação biomédica que os residentes trazem consigo de sua graduação.

Autoras do artigo Aprendiendo a bordar: reflexiones desde el campo sobre el oficio de bordar y de investigar, as antropólogas colombianas Tania Pérez-Bustos, da Universidad Nacional de Colombia e da Pontificia Universidad Javeriana, e Sara Márquez Gutiérrez, da Pontificia Universidad Javeriana, de Bogotá, têm como foco a aprendizagem do bordado, em Cartago, Valle del Cauca, Colômbia. A partir desse contexto etnográfico, as autoras estabelecem uma aproximação entre o processo de aprender a bordar e a prática de pesquisa. Nesse sentido, elas destacam duas dimensões constitutivas dessa relação: a aprendizagem do bordado no espaço doméstico e cotidiano por parte das mulheres bordadeiras e a aprendizagem do bordado como parte central do processo mesmo da pesquisa sobre o cotidiano dessas mulheres. Esse encontro epistemológico de aprendizagens tem como solo um diálogo de saberes implicados no contato com o bordado artesanal em sua dimensão material e humana. Enfim, o texto mostra como esses encontros entre as experiências e os interesses das pesquisadoras e das bordadeiras propiciam espaços de aprendizagem, experimentação e criação que escapam da lógica de mercado que caracteriza a aprendizagem do bordado na atualidade nessa região.

O artigo A juçara vai à escola: aprendizagem entre pessoas, coisas e instituições, escrito a seis mãos por Marcelo Gules Borges, da Universidade Federal de Santa Catarina, Isabel Cristina de Moura Carvalho, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e Carlos Alberto Steil, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi produzido no âmbito do Grupo de Pesquisa SobreNaturezas. O contexto etnográfico é a rede local de educadoras ambientais atuantes em escolas públicas de ensino fundamental no litoral norte do Rio Grande do Sul. Na elaboração do texto, os autores procuram seguir as linhas que traçam o protagonismo da palmeira juçara, Euterpe edulis, espécie botânica conhecida popularmente como açaí da Mata Atlântica. Atentos aos seus usos nas práticas de alimentação e educação promovidas pela Teia de Educação Ambiental da Mata Atlântica, os autores procuram mostrar como a juçara insere-se na trama de relações sociais e materiais, entrelaçando pessoas, coisas e instituições. No horizonte compreensivo do texto está a noção de aprendizagem pensada a partir dos modos pelos quais experiências educativas são vividas em fina sintonia com o ambiente, estabelecendo laços de pertencimentos mútuos com outros humanos e não humanos.

Em Espaço Aberto são publicados dois artigos. O primeiro, de autoria de Claudia Fonseca, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, intitulado Situando os comitês de ética em pesquisa: o sistema CEP (Brasil) em perspectiva, procura compreender os comitês de ética em pesquisa no horizonte político do longo debate sobre a regulação da ética em pesquisa. O segundo, intitulado Arthur de Gobineau e Gilberto Freyre: um encontro improvável, uma aproximação possível, escrito por Helga Gahyva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aponta para possíveis pontos de aproximação entre esses dois autores.

Em seu artigo, Claudia Fonseca reconhece a urgência que se impõe às ciências humanas em se posicionar politicamente em relação às exigências impostas aos pesquisadores para submeter seus projetos de pesquisa à avaliação dos CEPs de suas instituições acadêmicas, regidos por normas e protocolos definidos no âmbito da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa – Conep. A autora reconhece como imprescindível uma persistente reflexão crítica que questione a premissa fundante de que esses comitês são o lugar natural para garantir o proceder ético da ciência. A partir dessa premissa, ela propõe que sejam abertas as “caixas-pretas” que tendem a “naturalizar” os comitês de ética, retirando-os do contexto político e acadêmico mais amplo. Impulsionada por esse objetivo, ela faz uma revisão da narrativa de origem dos CEPs, situando o surgimento deles nos EUA dos anos 1950 e 1960, e demonstra que esse modelo tem sido mais adequado à resolução de problemas financeiros e legais da pesquisa científica do que à garantia de que os projetos obedeçam aos princípios da ética. Em segundo lugar, apresenta espaços “alternativos” de debate sobre ética em pesquisa que vem ocorrendo particularmente na Europa com a “participação popular” nas políticas de pesquisa científica. Em terceiro lugar, apresenta um conjunto de dados sobre a dimensão transnacional do envolvimento dos sujeitos humanos em pesquisas científicas, especialmente, na indústria farmacêutica. E, por fim, faz algumas provocações políticas que, especialmente na área de antropologia, têm levado a novas perspectivas sobre a ética em pesquisa que são dificilmente enquadradas no modelo dos CEPs.

Helga Gahyva, por sua vez, parte da constatação de que a obra de Gilberto Freyre enseja a possibilidade de múltiplas leituras, destacando, por exemplo, o impacto inovador que seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, de 1933 (Freyre, 2006FREYRE, G. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.), produziu nas letras nacionais, tanto em função de sua perspectiva metodológica quanto de sua visão positiva em relação à identidade brasileira. A essa contribuição do primeiro livro de Freyre, a autora acrescenta a sua narrativa sobre a formação da sociedade patriarcal brasileira, apresentada nos dois outros volumes da trilogia – Sobrados e mocambos, de 1936 (Freyre, 2003FREYRE, G. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. São Paulo: Global, 2003.) e Ordem e progresso, de 1958 (Freyre, 1990FREYRE, G. Ordem e progresso. Rio de Janeiro: Record, 1990.), a partir da qual ela traça afinidades antagônicas entre o argumento de Freyre e de Gobineau (1983)GOBINEAU, A. de. Œuvres. Paris: Gallimard, 1983. em relação ao tema racial.

A ilustração da capa deste número de Horizontes Antropológicos apresenta o quadro A lição de anatomia do Dr. Tulp, do pintor holandês Rembrandt Harmenszoon van Rijn. Esse óleo sobre tela em estilo barroco foi encomendado pela Associação de Cirurgiões de Amsterdã e retrata uma aula de anatomia do Dr. Nicolaes Tulp. Concluído em 1632 pelo pintor, tornou-se uma das obras de arte mais conhecidas de Rembrandt. A lição de anatomia está exposta no Museu Mauritshuis (Casa de Maurício) em Haia, na Holanda. A casa onde funciona o museu pertenceu ao colonizador Maurício de Nassau.

Esperamos, com a publicação deste número de Horizontes Antropológicos, contribuir para o debate sobre a relação entre antropologia e aprendizagem que, embora central para se compreender processos sociais, tem recebido pouca atenção da parte dos antropólogos no país. Ao mesmo tempo, ao colocar o foco na aprendizagem como um processo cultural, buscamos estabelecer as bases para o diálogo dos antropólogos com a área da educação. Um diálogo ainda incipiente, mas de real importância para o avanço do conhecimento. Nossa expectativa é que os textos aqui reunidos se tornem referências para fazer avançar um diálogo frutífero entre antropologia e educação quanto a essa temática.

Referências

  • 1
    FREYRE, G. Ordem e progresso Rio de Janeiro: Record, 1990.
  • 2
    FREYRE, G. Sobrados e mocambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. São Paulo: Global, 2003.
  • 3
    FREYRE, G. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.
  • 4
    GOBINEAU, A. de. Œuvres Paris: Gallimard, 1983.
  • 5
    GOODY, J. Literacy in traditional societies Cambridge: Cambridge University Press, 1968.
  • 6
    INGOLD, T. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling and skill. London: Routledge, 2000.
  • 7
    INGOLD, T. Da transmissão de representações à educação da atenção. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. 1, p. 6-25, 2010.
  • 8
    KNORR CETINA, K. Epistemic cultures: how the science make knowledge. Cambridge: Harvard University Press, 1999.
  • 9
    LAVE, J. Apprenticeship in critical ethnographic practice Chicago: University of Chicago Press, 2011.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Dec 2015
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