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Influência de Pterodon emarginatus Vogel sobre atributos físicos e químicos do solo e valor nutritivo de Brachiaria decumbens Stapf em sistema silvipastoril

Influence of Pterodon emarginatus Vogel on physical and chemical attributes of the ground and nutritional value of Brachiaria decumbens Stapf in silvipastoral system

Resumos

Na pecuária bovina sustentável, tem sido utilizada a presença de árvores associada às pastagens. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência de árvores de Sucupira - Branca (Pterodon emarginatus) em atributos físicos e químicos do solo e sobre a qualidade da forrageira em sistema silvipastoril. O estudo foi realizado no município de Nioaque-MS, Brasil. Em área ocupada com pastagem de Brachiaria decumbens sombreada predominantemente por Sucupira - Branca, foram escolhidas cinco árvores adultas representativas, no entorno das quais foram traçadas seis transectas locadas a ângulos de 60º entre uma e outra. Em intervalos de cinco metros ao longo dessas transectas foram centradas as parcelas de amostragem até 30 m de distância, coletando-se aí amostras de serrapilheira, da gramínea e do solo. Para a forragem, analisou-se: proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). Para o solo, os atributos estudados foram: densidade do solo, macroporosidade, microporosidade, porosidade total, resistência à penetração, teores trocáveis de magnésio e potássio. Os dados foram submetidos a análises de regressões simples e de correlação. Concluiu-se que: a matéria orgânica da serrapilheira interfere de forma positiva nos atributos físicos do solo, melhorando sua qualidade estrutural; a presença das árvores interfere no valor nutritivo do capim-braquiária, possibilitando aumento dos teores de PB e FDN e reduzindo a DIVMS.

Sistema agroflorestal; sustentabilidade; árvores em pastagens


Sustainable cattle beef production has been associated with woody trees species in grassland area. This study aimed to evaluate the influence of Sucupira Branca trees (Pterodon emarginatus) in physical and chemical properties of soil and on the quality of forage in Silvipastoral Systems. The study was carried out in Nioaque-MS, Brazil. In areas occupied with grassland of Brachiaria decumbens , predominantly shaded by trees of Sucupira - Branca, five adult trees had been chosen, in the surroundings of which were drawn six transects leased to angles of 60º between each other. At intervals of five meters along these transects were centralized sampling plots 30 m away, collecting samples from around litter, grass and soil. Forage was analyzed for crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF) and in vitro dry matter digestibility (IVDMD). For the soil the studied attributes were: bulk density, macroporosity, microporosity, total porosity, penetration resistance, levels of exchangeable magnesium and potassium. The data were analyzed by simple regressions and correlation. It was concluded that: the organic material in the litter affects positively the physical attributes of soil, improving structural quality; and the presence of trees affects the nutritional value of grass, allowing increased levels of CP and NDF and reducing IVDMD.

Agroforestry systems; sustainability; trees in pastures


Influência de Pterodon emarginatus Vogel sobre atributos físicos e químicos do solo e valor nutritivo de Brachiaria decumbens Stapf em sistema silvipastoril

Influence of Pterodon emarginatus Vogel on physical and chemical attributes of the ground and nutritional value of Brachiaria decumbens Stapf in silvipastoral system

Thobias PezzoniI; Antonio Carlos Tadeu VitorinoII; Omar DanielIII; Beatriz LemppIV

IEngenheiro Agrônomo, Mestre em Agronomia – Faculdade de Ciências Agrárias – Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD – Rua João Rosa Góes 1761, 322 – 79.825-070 – Dourados, MS, Brasil – thobiasburi@gmail.com

IIEngenheiro Agrônomo, Professor Doutor em Ciência do solo – Faculdade de Ciências Agrárias – Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD – Rua João Rosa Góes 1761, 322 – 79.825-070 – Dourados, MS, Brasil – antoniovitorino@ufgd.edu.br

IIIEngenheiro Florestal, Professor Doutor em Ciência Florestal – Faculdade de Ciências Agrárias – Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD – Rua João Rosa Góes 1761, 322 – 79.825-070 – Dourados, MS, Brasil – omar.daniel@pq.cnpq.br

IVZootecnista, Professora Doutora em Zootecnia – Faculdade de Ciências Agrárias – Universidade Federal da Grande Dourados/UFGD – Rua João Rosa Góes 1761, 322 – 79.825-070 – Dourados, MS, Brasil – beatrizlempp@ufgd.edu.br

RESUMO

Na pecuária bovina sustentável, tem sido utilizada a presença de árvores associada às pastagens. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a influência de árvores de Sucupira - Branca (Pterodon emarginatus) em atributos físicos e químicos do solo e sobre a qualidade da forrageira em sistema silvipastoril. O estudo foi realizado no município de Nioaque-MS, Brasil. Em área ocupada com pastagem de Brachiaria decumbens sombreada predominantemente por Sucupira – Branca, foram escolhidas cinco árvores adultas representativas, no entorno das quais foram traçadas seis transectas locadas a ângulos de 60º entre uma e outra. Em intervalos de cinco metros ao longo dessas transectas foram centradas as parcelas de amostragem até 30 m de distância, coletando-se aí amostras de serrapilheira, da gramínea e do solo. Para a forragem, analisou-se: proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) e digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS). Para o solo, os atributos estudados foram: densidade do solo, macroporosidade, microporosidade, porosidade total, resistência à penetração, teores trocáveis de magnésio e potássio. Os dados foram submetidos a análises de regressões simples e de correlação. Concluiu-se que: a matéria orgânica da serrapilheira interfere de forma positiva nos atributos físicos do solo, melhorando sua qualidade estrutural; a presença das árvores interfere no valor nutritivo do capim-braquiária, possibilitando aumento dos teores de PB e FDN e reduzindo a DIVMS.

Palavras-chave: Sistema agroflorestal, sustentabilidade, árvores em pastagens.

ABSTRACT

Sustainable cattle beef production has been associated with woody trees species in grassland area. This study aimed to evaluate the influence of Sucupira Branca trees (Pterodon emarginatus) in physical and chemical properties of soil and on the quality of forage in Silvipastoral Systems. The study was carried out in Nioaque-MS, Brazil. In areas occupied with grassland of Brachiaria decumbens , predominantly shaded by trees of Sucupira – Branca, five adult trees had been chosen, in the surroundings of which were drawn six transects leased to angles of 60º between each other. At intervals of five meters along these transects were centralized sampling plots 30 m away, collecting samples from around litter, grass and soil. Forage was analyzed for crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF) and in vitro dry matter digestibility (IVDMD). For the soil the studied attributes were: bulk density, macroporosity, microporosity, total porosity, penetration resistance, levels of exchangeable magnesium and potassium. The data were analyzed by simple regressions and correlation. It was concluded that: the organic material in the litter affects positively the physical attributes of soil, improving structural quality; and the presence of trees affects the nutritional value of grass, allowing increased levels of CP and NDF and reducing IVDMD.

Key words: Agroforestry systems, sustainability, trees in pastures.

1 INTRODUÇÃO

No território sul mato-grossense, encontram-se dois dos mais degradados e pressionados biomas brasileiros: o Cerrado e a Mata Atlântica. Nesse cenário, observa-se uma intensa devastação desses biomas, que ocorreu associada à expansão da fronteira agrícola, principalmente para a implantação de forrageiras, levando à condição atual de importante deterioração e fragmentação.

A fragmentação isola e reduz áreas que são propícias à sobrevivência das populações, causando extinções regionais, diminuindo a variabilidade genética dessas populações, levando à perda de biodiversidade (METZGER, 1999). Impedir que esses processos se instalem e aumentem nos ecossistemas naturais, implica em adotar práticas agrícolas que permitam ao produtor melhorar suas condições de vida, ao mesmo tempo em que preservem ou recuperem remanescentes florestais. Para tanto se pode considerar a opção de utilizar espécies arbóreas nativas, que estabeleçam um complexo de interações entre os componentes do sistema, visando à sustentabilidade e equilíbrio.

Os Sistemas Silvipastoris (Ssp) apresentam potencial para solucionar problemas enfrentados na agropecuária convencional, permitindo, principalmente aos pequenos produtores, retornos econômicos e maior conservação dos recursos naturais (DUBOIS et al., 1996). Embora não restaurem alguns aspectos importantes das comunidades florestais, como estrutura e biodiversidade, podem aproximar-se ecologicamente delas (PEZARICO, 2009), contribuindo significativamente no aporte de serrapilheira ao solo e ciclagem de nutrientes (SILVEIRA et al., 2007).

O plantio de árvores em pastagens pode resultar em benefícios para os componentes do agroecossistema como, considerando a possibilidade de um maior aporte de matéria orgânica e ciclagem de nutrientes (MENDONÇA et al., 2001). Nesse contexto, a utilização de espécies nativas e a manutenção das populações remanescentes em sistemas silvipastoris, vêm garantir a diminuição do risco de extinção de espécies altamente exploradas e comercializadas.

Em regiões de transição entre o Cerrado e a Floresta Estacional, encontra-se a Sucupira - Branca também conhecida por Faveiro (Pterodon emarginatus Vogel), de ampla ocorrência nos estados de TO, MT, GO, MG, SP e MS. Espécie de porte médio/alto, com folhas compostas bipinadas, fruto achatado tipo legume, com uma só semente, fornecedora de madeira muito dura usada em construção civil (LORENZI, 1992).

Na região alvo deste estudo, tem sido utilizada uma modalidade de Sistema Agroflorestal (SAF) que inclui a preservação de árvores de Sucupira na implantação de pastos em sucessão ao desmatamento. São sistemas intuitivos, ou seja, os proprietários das terras decidem manter certo número de indivíduos por unidade de área, sem ter conhecimento técnico sobre os benefícios ou prejuízos que as árvores poderiam oferecer à pastagem e/ou ao gado. Até o momento não há trabalhos que elucidem as interações dessa espécie arbórea com atributos físicos e químicos do solo e com a Brachiaria decumbens.

Nesse sentido, neste trabalho, objetivou-se avaliar na área de influência de árvores de Sucupira - Branca os atributos físicos e químicos do solo e o valor nutritivo de B. decumbens em um sistema silvipastoril.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O presente estudo foi realizado na Fazenda Gogó da Ema, localizada a 21º 07' 32.85" S e 55º 47' 45.53" W, distante 4 km da cidade de Nioaque – MS, na altitude de 276 m, durante o mês de setembro de 2008, época provável de maior deposição de serrapilheira na tipologia florestal estudada (WERNECK et al., 2001). O tipo climático predominante é o Aw, megatérmico seco, segundo a classificação de Köppen, com temperatura média anual de 23,3ºC e precipitação média anual de 1.126 mm (PEREIRA et al., 2007).

O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Distrófico, com 98, 13, e 889 g.kg-1, respectivamente de argila, silte e areia na camada de 0 – 20 cm, determinados pelo método da pipeta, segundo Claessen (1997). Originalmente sob vegetação de Cerrado em transição com Floresta Estacional Semidecidual, é atualmente ocupada com pastagem de Brachiaria decumbens, sombreada por espécies arbóreas, predominantemente Pterodon emarginatus Vogel (a sucupira – branca).

Foram selecionadas cinco árvores adultas, distantes entre si pelo menos 50 m, no entorno das quais, foram traçadas seis linhas transectas (raios), com ângulo de abertura de 60º entre uma e outra, a partir do tronco. Em intervalos de cinco metros ao longo dessas transectas foram centradas as parcelas de amostragem até 30 m de distância, coletando-se aí amostras de serrapilheira, da gramínea e do solo.

Para a serrapilheira foi utilizado um quadrado de 0,5 m x 0,5 m lançado próximo ao centro dos pontos transectos, tendo sido coletado todo o material contido em seus limites. O material colhido foi secado em estufa e determinado o peso de biomassa seca.

A forragem foi coletada nos mesmos pontos onde foi recolhida a serrapilheira. Cada amostra composta (de seis subamostras) tomadas nos diferentes raios, na mesma distância do caule. A gramínea foi cortada a 10 cm do solo, separando-a em: colmo + bainha, lâminas foliares verdes e material morto. As lâminas secas foram moídas e passadas em peneira de 1 mm para a realização das análises químicas. As amostras de lâminas verdes foram analisadas quanto aos teores de nitrogênio total pelo método micro Kjeldahl, visando à estimativa da proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) (Soest et al., 1991) e a digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS) (Tilley; Terry, 1963).

Os atributos físicos: densidade do solo, macroporosidade, microporosidade e porosidade total foram determinados, segundo Claessen (1997), em amostras com estrutura preservada, coletadas na profundidade de 0 a 0,10 m em cada parcela. A resistência do solo à penetração foi realizada utilizando um penetrógrafo eletrônico com velocidade constante de penetração desenvolvido por Serafim (2007).

Também foram coletadas amostras de solo (0-0,20 m) para a determinação de atributos químicos do solo, sendo as análises químicas realizadas segundo Claessen (1997).

Os dados obtidos foram submetidos a análises de regressões simples e de correlação de Pearson, além de análises gráficas. Utilizou-se o aplicativo computacional SAEG.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 Serrapilheira

A distribuição da biomassa seca de serrapilheira decresceu com a distância do caule (P<0,01), segundo o modelo logarítmico (Figura 1). Essa disposição pode modificar a taxa de decomposição e liberação de nutrientes para o solo (BEGON et al., 1996).


A maior quantidade do material encontrado na serrapilheira se constituía de folhas, o que está de acordo com Werneck et al. (2001), que sugerem maior deposição de folhas de espécies semidecíduas, ocorre no final da estação seca, o que é típico de Florestas Estacionais Semideciduais.

O volume de material orgânico formador da serrapilheira sob a copa das árvores foi três vezes superior ao observado a trinta metros, demonstrando a contribuição das árvores na formação de serrapilheira no sistema silvipastoril estudado. O raio das copas das árvores que varia de 5,5 a quase 10 m, corrobora essa informação.

O acúmulo de material formador da serrapilheira sob as árvores pode favorecer os atributos químicos e físicos do solo e, consequentemente, interferir no desenvolvimento da gramínea. A taxa de decomposição da serrapilheira pode ser atribuída ao tipo de cobertura vegetal, à qualidade do material, à atividade da fauna do solo e às condições ambientais, especialmente temperatura e umidade (CÉSAR, 1993). Além disso, pode proporcionar maior atividade biológica no solo sob a copa das árvores (YOUNG, 1997).

3.2 Atributos qualitativos da forragem

A digestibilidade in vitro da matéria seca das lâminas da gramínea aumentou à medida que se distanciou do caule das árvores (P<0,01), apresentando um ajuste logarítmico na análise de regressão (Figura 2).


Sousa et al. (2007) encontraram resultados semelhantes em estudos com B. brizantha cv. Marandu. Os autores relataram aumento da digestibilidade in vitro da matéria seca com a diminuição do sombreamento por Zeyheria tuberculosa. Entretanto, na literatura existem resultados bastante conflitantes com relação à influência do sombreamento sobre a digestibilidade e teor de FDN. Tais resultados se devem ao fato da interação do genótipo quanto à adaptação ao sombreamento e a outros fatores como latitude, longitude, temperatura e pluviosidade que, segundo Soest (1994) interferem no potencial qualitativo da forragem.

Paciullo et al. (2007), estudando a gramínea Brachiaria decumbens cv. Basilisk em sistema silvipastoril, cultivada em condições de sombreamento por árvores e a sol pleno, observaram que o sombreamento provocado pelas árvores, possibilitou a redução do teor de FDN, e aumento da DIVMS. Denium et al. (1996) observaram efeito positivo para a Setaria anceps, negativo para Panicun maximum cv Trichoglume e ausência de efeito para B. brizantha cv. Marandu.

Estudando o efeito do sombreamento sobre a qualidade de gramíneas tropicais Norton et al. (1991) concluíram que para B. decumbens, o sombreamento com 50% teve pouco efeito sobre a digestibilidade in vitro da matéria seca. O efeito do sombreamento na digestibilidade in vitro é variável com a espécie, nível de sombreamento e época do ano. De acordo com Samarakoon et al. (1990), o efeito do sombreamento na digestibilidade in vitro pode ser positivo, negativo ou nulo, dependendo do balanço das alterações nos demais componentes dos tecidos vegetais. Alguns pesquisadores têm associado a menor qualidade de forragem em gramíneas sombreadas à menor digestibilidade in vitro, decorrente do aumento do conteúdo de lignina (BELSKY, 1992), da redução dos teores de carboidratos não-fibrosos (CNF) ou do aumento do conteúdo de paredes celulares (CPC) nos tecidos das plantas (BELSKI, 1992), o que explica o aumento nos valores de FDN sob o efeito do sombreamento (Figura 2).

O teor de FDN de B. decumbens foi maior (Figura 2) sob o efeito de sombreamento que a pleno sol (P<0,05). Trabalhando com B. brizantha cv. Marandu, Sousa et al. (2007) obtiveram teores de FDN maiores em sombreamento do que em áreas a pleno sol. De acordo com Nussio et al. (1998), o aumento do teor de FDN leva a uma queda nos valores da digestibilidade da matéria seca, o que é comprovado pela correlação negativa entre digestibilidade e FDN (-0,7948*) estudado neste trabalho.

O teor de PB na gramínea diminuiu com a distância, segundo o ajuste matemático quadrático (P<0,05) (Figura 2). O aumento nos teores de proteína bruta, observados a partir dos 25 m, deve-se, provavelmente, à influência das árvores que estão fora da circunferência correspondente a 30 m e que projetam suas sombras sobre a área estudada.

De acordo com Minson (1990), o teor de 7 a 8% de PB na massa seca da forrageira constitui a exigência mínima de bovinos. Portanto, no sistema silvipastoril analisado os teores de PB encontrados na época seca atenderam a esse requisito.

Conforme resultados obtidos por Carvalho (2001), em períodos de seca, plantas sob sombreamento permanecem verdes, o que contribui para manter elevados os teores de PB. Os resultados apresentados foram obtidos de amostras coletadas no final da época da seca e corroboram com a descrição relatada pelo autor, o que também foi relatado por Castro et al. (1999) estudando B. decumbens sob sombreamento. Isso pode estar relacionado com o maior aporte de serrapilheira e liberação de nutrientes nas áreas sombreadas. Silva et al. (2008), trabalhando com B. brizantha cv. Marandu e quatro espécies de leguminosas observaram que os teores de PB, na época da seca, foram maiores quanto mais próximo ao tronco.

De acordo com Xavier et al. (2003), esse aumento nos teores de PB está associado ao aumento da concentração de nitrogênio no solo, nas áreas sob influência das árvores (Dias et al., 2006), onde a maior atividade microbiana, resulta em maior decomposição da matéria orgânica e ciclagem de nitrogênio (WILSON, 1998). No presente trabalho, observou-se que o maior acúmulo de serrapilheira próximo do caule, diminuindo com a distância deste, correlaciona-se de forma positiva (0,8174*) com o acréscimo nos teores de proteína bruta da matéria seca da gramínea.

3.3 Atributos físicos e químicos do solo

Observa-se que a densidade do solo apresentou seus menores valores nas áreas próximas aos troncos das árvores (Figura 3), aumentando com a distância (P<0,05). A partir dos 15 m são encontrados os maiores valores de densidade do solo, decorrente, provavelmente, do menor acúmulo de serrapilheira.


Dias Júnior e Miranda (2000) e Marcolin (2006) obtiveram resultados que demonstram a contribuição do acúmulo da matéria orgânica na diminuição dos valores de densidade do solo. A correlação (-0,8386*) entre densidade do solo e a serrapilheira neste trabalho comprova a relação da matéria orgânica proveniente da serrapilheira com a densidade do solo. Especialmente em solos de textura mais grosseira, a matéria orgânica apresenta grande influência na estrutura do solo. Segundo Bayer e Mielniczuk (1999), a principal influência da matéria orgânica sobre as propriedades físicas do solo está ligada à agregação, a qual, indiretamente afeta os demais atributos físicos do solo.

A densidade do solo representa a razão entre a massa de sólidos e o volume de vazios do solo (REICHARDT; TIMM, 2004) e, dessa forma, a porosidade está relacionada com a densidade do solo. A correlação negativa encontrada neste trabalho entre porosidade total e a densidade do solo (-0,7649*), assim, ao contrário da densidade do solo, os valores de porosidade total e da macroporosidade (Figura 4) diminuíram, conforme aumentou a distância do caule da árvore (P<0,05).


A maior concentração de serrapilheira encontrada com a proximidade dos caules favorece a agregação do solo e, com isso, aumenta a porosidade total (BAYER; MIELNICZUK, 1999). De acordo com Metzner et al. (2003), em solo onde não há o revolvimento periódico e intensivo, a matéria orgânica participa como estabilizador dos agregados. Isso reflete na porosidade total que apresenta correlação (0,9615**) com a massa da matéria seca de serrapilheira.

A microporosidade (Figura 4) aumentou com a distância do caule das árvores (P<0,05). A correlação positiva entre microporosidade e densidade do solo foi de 0,739*, demonstrando o aumento da microporosidade à medida que se aumenta a densidade do solo, o que está de acordo com o relato de Cerri et al. (1991).

O aumento da microporosidade a partir dos 15 m, bem como da densidade do solo, pode estar relacionada aos menores teores de massa seca de serrapilheira. Em alguns casos, pequenos aumentos da microporosidade podem promover o aumento da água disponível no solo (RESENDE et al., 2007).

A resistência à penetração (Figura 3) se correlacionou positivamente com a densidade do solo (0,8428*) e aumentou com a distância dos caules (P=0,15). Esse resultado vai corroborar os de Bergamin (2009) que afirma que a variação nos valores de resistência à penetração acompanha a densidade do solo. Além disso, segundo Marcolin (2006), o aumento de matéria orgânica promove diminuição da resistência à penetração, indicando efeito benéfico da matéria orgânica sobre esse atributo.

Diversos estudos com sistemas silvipastoris têm demonstrado o efeito positivo da presença das árvores sobre a fertilidade do solo, sendo o aumento da matéria orgânica do solo o efeito mais amplamente constatado (BELSKY et al., 1989; JOFFRE et al., 1988; OLIVEIRA et al., 2000).

A distribuição do potássio no solo ao redor das árvores (Figura 5) apresentou tendência de diminuição exponencial com a distância (P=0,14). Isso pode estar relacionado com a quantidade de serrapilheira nessa mesma área. O potássio, juntamente com o nitrogênio, são os nutrientes mais extraídos pelas gramíneas forrageiras (CARVALHO et al., 2006). Além disso, sendo o K um elemento que não é constituinte estrutural da matéria orgânica, ele é rapidamente liberado para a solução do solo, de onde é mais rapidamente absorvido pelas gramíneas, pois estas são eficientes na reciclagem dos nutrientes. Essa rápida ciclagem pode estabilizar seus teores no sistema. Para Lustosa (1998), as gramíneas são capazes de recuperar de 40 a 55% de potássio, comprovando a eficiência na ciclagem desse elemento.


Andrade et al. (2002), Jofre et al. (1988) e Velasco et al. (1999) observaram aumento nos teores de potássio e outros nutrientes em amostras de solo coletadas sob a copa de árvores em relação àquelas coletadas em áreas de pastagens sem árvores.

A correlação entre o potássio e a massa de serrapilheira foi de 0,7392*, o que comprova que essa fonte de matéria orgânica é um importante fornecedor desse elemento para o solo e, consequentemente, para a gramínea. Segundo Vital et al. (2004), o retorno dos nutrientes provenientes de serrapilheira obedece a seguinte ordem: N > Ca > K > Mg > P.

A distribuição dos elementos químicos no solo nem sempre apresentou a mesma tendência da serrapilheira em relação à distância. Para os teores de Mg (Figura 5), o melhor ajuste matemático se deu com o modelo quadrático (P<0,05), sendo que os maior teor de Mg foi verificado a uma distância entre 15 e 20 m do caule, demonstrando que existe maior absorção desse elemento pela árvore, provavelmente abaixo dos 15 primeiros metros, faixa onde, provavelmente, encontra-se boa parte das raízes da sucupira, já que as raízes das árvores, em geral, distribuem-se sob a projeção das copas.

4 CONCLUSÕES

A matéria orgânica proveniente da serrapilheira, oriunda da deposição de material morto da parte aérea das árvores de Pterodon emarginatus Vogel, interfere de forma positiva quanto aos atributos físicos do solo, promovendo melhoria na qualidade estrutural do solo.

O sombreamento ocasionado pelas árvores de sucupira no sistema silvipastoril interfere no valor nutritivo de B. decumbens, pois possibilita aumento dos teores de proteína bruta e fibra em detergente neutro e reduz a digestibilidade in vitro da matéria seca.

5 AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem aos proprietários da Fazenda Gogó da Ema (Nioaque – MS), na pessoa de Álvaro Eugênio Dalamarta Domingues, pela sessão da área para pesquisa e a estadia na sede durante a coleta de dados.

6 REFERÊNCIAS

recebido: 13 de junho de 2010; aceito: 22 de dezembro de 2011

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Nov 2012
  • Data do Fascículo
    Jun 2012

Histórico

  • Recebido
    13 Jun 2010
  • Aceito
    22 Dez 2011
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