DOSSIÊ: A HISTÓRIA NOS VELHOS MAPAS
RETIRADO - "Mais calculado para enganar do que para informar": os viajantes e o mapeamento da América Central (1821-1945)
WITHDRAWN - "More calculated to mislead than inform": travel writers and the mapping of Central America (1821-1945)
Jordana Dym
Assistant Professor. Department of History, Skidmore College. 815 N. Broadway. Saratoga Springs, NY 12866. jdym@skidmore.edu
RESUMO
Esse trabalho examina mapas produzidos por e para viajantes da América Central, entre os anos de 1821 e 1950, um gênero de cartografia raramente considerado por historiadores que estudam Geografia ou a literatura de viagem. O trabalho argumenta que, durante a primeira parte desse período, viajantes inicialmente consideravam a produção de mapas como um elemento indispensável em relatos de viagem, preparando mapas mais para futuras utilização do que para usá-los durante a viagem. Com a criação das ferrovias, do navio a vapor, do automóvel e das linhas aéreas, viajantes do século 20 transformaram-se mais em consumidores de mapas do que produtores dos mesmos. Entre 1821 e 1950, o conteúdo dos mapas dos viajantes também evoluiu. Os primeiros viajantes com destino aos países recém-independentes da América Central mapearam a geografia-política, dando ênfase às fronteiras territoriais, estabelecidas durante a independência dessa região (1821-1839). Viajantes subseqüentes fizeram o levantamento topográfico do interior com o objetivo de desenvolver o comércio (1839-1886), colocando em evidência o trânsito - ferrovias e canais de transporte-, a mineração e a colonização. No final do século XIX, com mapas geograficamente corretos disponíveis para o publico em forma de atlas ou outras formas, viajantes contribuíram com mapas "personalizados" que não tinham mais como objetivo representar a topografia precisa, porém outros conhecimentos científicos ou de entretenimento, e até meados do século XX, os mapas tornaram-se um produto de editores, enquanto os viajantes produziam fotografias e ilustrações.
Palavras-chave: América Central, Cartografia, escritos de viagem, século XIX
ABSTRACT
Thispaper examines maps produced by and for travelers to Central America between 1821 and 1950, a genre of cartography rarely considered either by historical geographers or scholars of travel literature. The paper argues that during first half of this period, travelers initially considered map production as a key element in a travel account, preparing maps for future consideration rather than using them to travel. With the advent of the railroad, steamship, automobile, and airline, twentieth-century travelers became map consumers rather than producers. Between 1821 and 1950, the content of travelers' maps also evolved. Initial travelers to independent Central America mapped political geography, emphasizing state boundaries established in the region's independence (1821-1839). Subsequent travelers surveyed the interior for purposes of commercial development (1839-1886), focusing on transit -- railroad and canal routes --, mining, and colonization. By the late nineteenth century, with geographically accurate maps available to a general public in atlas and other forms, travelers contributed "personalized" maps that no longer intended to represent accurate topography but other scientific knowledge or entertainment, and by the mid-twentieth century, maps became the work of publishers while travelers produced photographs and illustrations.
Key words: Central America, Cartography, travel writing, nineteenth century, history
Artigo retirado a pedido do editor
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
20 Ago 2008 -
Data do Fascículo
Jun 2007
