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Síntese da zeólita A utilizando diatomita como fonte de sílicio e alumínio

Synthesis of zeolite A using diatomite as silicon and aluminum source

Resumos

A zeólita A é uma típica zeólita sintética muito utilizada nas indústrias como trocador de íons em formulação de detergentes. Por outro lado, a diatomita, material rico em sílica (cerca de 80%), é utilizada em diversos setores industriais como agente filtrante. Neste trabalho é apresentada a síntese da zeólita A utilizando a diatomita como fonte de SiO2 e Al2O3. As relações SiO2/ Al2O3 utilizadas foram 2 e 1,5. Todas as amostras obtidas foram caracterizadas por análise de difração de raios X, adsorção de N2 e microscopia eletrônica de varredura. Foi possível sintetizar a zeólita A pura com 51% de cristalinidade com 2 h de cristalização. Maiores tempos de cristalização, independentemente da relação Si e Al levaram à formação da fase sodalita. Na síntese 2 com relação SiO2/ Al2O3 = 1,5, através do processo de separação observou-se que a formação da zeólita A ocorre a partir de aglomerados de partículas de diatomita, e tempos maiores, ao contrário de favorecer a dissolução da diatomita, favorecem a formação da fase sodalita a partir dos cristais de zeólita A.

síntese; zeólita A; diatomita


The zeolite A is a typical synthetic zeolite widely used in industries such as ion exchanger in detergent formulation. The diatomite, silica rich material (about 80%), is used in several industrial sectors such as filtering agent. This work presents the synthesis of zeolite A using diatomite as a source of SiO2 and Al2O3. The employed SiO2/ Al2O3 ratios were 2 and 1.5. All samples were characterized by XRD, N2 adsorption and SEM. It was possible to synthesize pure zeolite A with 51% crystallinity after 2 h of crystallization. Higher crystallization times, regardless of the Si and Al ratio led to formation of sodalite phase. In the second synthesis with SiO2/ Al2O3 ratio = 1.5, through the separation process, it was observed that the formation of zeolite A is from agglomerates of particles of diatomite, and conversely to longer times favor the dissolution of diatomite favoring forming the phase sodalite from the zeolite crystals A.

synthesis; zeolite A; diatomite


C. R. NascimentoI; E. M. O. SobrinhoI; R. B. AssisI; R. F. FagundesI; L. BiesekiI; S. B. C. PergherII

IPrograma de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Universitário Lagoa Nova, Natal, RN 59072-970

IIInstituto de Química, Laboratório de Peneiras Moleculares - LABPEMOL, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, RN 59078-970 Rennerquimico@live.com, oliveiramarinhoodonto@bol.com.br, raimisondeassis@hotmail.com, ramon2f@yahoo.com.br, lindiane.bieseki@gmail.com, sibelepergher@gmail.com

RESUMO

A zeólita A é uma típica zeólita sintética muito utilizada nas indústrias como trocador de íons em formulação de detergentes. Por outro lado, a diatomita, material rico em sílica (cerca de 80%), é utilizada em diversos setores industriais como agente filtrante. Neste trabalho é apresentada a síntese da zeólita A utilizando a diatomita como fonte de SiO2 e Al2O3. As relações SiO2/ Al2O3 utilizadas foram 2 e 1,5. Todas as amostras obtidas foram caracterizadas por análise de difração de raios X, adsorção de N2 e microscopia eletrônica de varredura. Foi possível sintetizar a zeólita A pura com 51% de cristalinidade com 2 h de cristalização. Maiores tempos de cristalização, independentemente da relação Si e Al levaram à formação da fase sodalita. Na síntese 2 com relação SiO2/ Al2O3 = 1,5, através do processo de separação observou-se que a formação da zeólita A ocorre a partir de aglomerados de partículas de diatomita, e tempos maiores, ao contrário de favorecer a dissolução da diatomita, favorecem a formação da fase sodalita a partir dos cristais de zeólita A.

Palavras-chave: síntese, zeólita A, diatomita.

ABSTRACT

The zeolite A is a typical synthetic zeolite widely used in industries such as ion exchanger in detergent formulation. The diatomite, silica rich material (about 80%), is used in several industrial sectors such as filtering agent. This work presents the synthesis of zeolite A using diatomite as a source of SiO2 and Al2O3. The employed SiO2/ Al2O3 ratios were 2 and 1.5. All samples were characterized by XRD, N2 adsorption and SEM. It was possible to synthesize pure zeolite A with 51% crystallinity after 2 h of crystallization. Higher crystallization times, regardless of the Si and Al ratio led to formation of sodalite phase. In the second synthesis with SiO2/ Al2O3 ratio = 1.5, through the separation process, it was observed that the formation of zeolite A is from agglomerates of particles of diatomite, and conversely to longer times favor the dissolution of diatomite favoring forming the phase sodalite from the zeolite crystals A.

Keywords: synthesis, zeolite A, diatomite.

INTRODUÇÃO

A diatomita é um material de origem sedimentar e biogênica, caracterizada pela presença de sílica amorfa, apresentando uma morfologia distinta, devido à deposição desta nas superfícies dos esqueletos de algas diatomáceas [1]. Sua composição química atrai a atenção para seu uso como matéria prima para síntese de zeólitas. Observa-se pelos diferentes trabalhos publicados, que materiais alternativos podem ser usados como substitutos de reagentes padrões para a síntese de zeólitas. Por exemplo temos a síntese de zeólitas a partir de cinzas do carvão mineral, realizadas a partir de metodologias que utilizam processos de fusão alcalina e após tratamento hidrotérmico [2, 3] ou apenas processos hidrotérmicos, que envolvem a extração do silício e alumínio presentes na matéria prima e seu posterior uso na síntese de materiais tais como zeólita A [4] e Na-X e Y utilizando o resíduo em sua totalidade em uma etapa apenas de síntese hidrotérmica [5]. Diferentes argilas naturais, em especial o caulim, já vêm sendo usados como fontes de Si e Al na síntese de diferentes zeólitas. Rigo et al. [6] propuseram o uso do caulim na forma de metacaulim a síntese da zeólita A empregando uma metodologia de síntese hidrotérmica de 4 h, obtendo materiais puros utilizando ou não agitação no processo de cristalização. A síntese de zeólitas a partir de fontes alternativas pode ser utilizada para agregar valor a materiais considerados resíduos, além das cinzas da queima do carvão, temos como exemplo a síntese de zeólita Na-A a partir da crisotila [7]. O trabalho de Mohamed et al. [8] mostra a possibilidade do uso das cinzas de casca de arroz para a síntese de zeólita ZSM-5, neste mesmo trabalho avalia a capacidade fotocalítica desta zeólitas impregnada com Co ou V.

O uso da diatomita em síntese de materiais zeolíticos já foi relatado utilizando planejamento estatístico para otimização do processo [9]. Os autores indicam que é possível sintetizar a zeólita A em uma faixa de tempo 8 - 52 h, sendo que o melhor resultado, em termos de cristalinidade, foi obtido em 24 h de cristalização. Foram obtidos como produtos de síntese a zeólitas Na-P1, analcima, cancrenita e hidroxisodalita a partir da variação de condições de síntese [10]. Os autores observaram o efeito da temperatura, da concentração da solução de NaOH e do tempo de síntese para relações sólido:liquido de 1:10 e 1:30. A zeólita Na-P1 altamente cristalina foi obtida a 100 oC com razão sólido:líquido 1:10 (10%w/v de NaOH) em 144 h.

Diminuir o tempo de síntese para materiais obtidos por fontes alternativas se mostra necessário de forma a tornar o processo mais viável e atrativo. No presente estudo é relatada a síntese da zeólita A utilizando diatomita como fonte de SiO2. O tempo de síntese foi avaliado com relação à presença da fase sodalita, considerada neste estudo como impureza. O procedimento de síntese padrão também foi adaptado para verificar a influência do uso de um maior tempo de reação no grau de pureza do material formado.

EXPERIMENTAL

Síntese padrão

O procedimento de síntese foi o mesmo utilizado na Ref. [6]. A composição do gel de síntese foi definida como 2SiO2:1Al2O3:3,5 Na2O:122H2O. Para a síntese padrão prepara-se 40 mL de uma solução de NaOH (0,22 mol/L); esta solução é dividida em duas, V1 e V2. Na solução V1 é adicionado 4,129 g aluminato de sódio (50-56% Al2O3 40-45% Na2O). Essa solução fica sob agitação por 2 min. Na solução V2 são adicionados 2,235 g de SiO2 (sílica aerosil Degussa) + 2,92 g de NaOH (97% Aldrich) e 3,29 g de H2O. Essa solução fica sob agitação por 10 min. Após, a solução V1 é vertida rapidamente na solução V2 e a mistura fica sob agitação mecânica durante 30 min. Posteriormente o gel é transferido para autoclaves de aço inox com fundas de Teflon® e para estufa onde permanece a 100 oC por 4 h. O produto obtido é lavado com H2O destilada até pH 9 e seco em estufa a 90 oC por 16 h.

Síntese utilizando diatomita

As amostras foram nomeadas de acordo com a seguinte nomenclatura: xZADy, onde x é o procedimento de síntese realizado e y o tempo de cristalização. Foram realizados 3 procedimentos de síntese substituindo a fonte de sílica por diatomita já beneficiada por método de calcinação. No primeiro procedimento a SiO2 foi substituída pela diatomita mantendo-se o procedimento padrão e a relação SiO2/Al2O3 = 2. Neste procedimento também foi realizado um estudo de tempo de cristalização variando de 1 a 4 h. Nos procedimentos 2 e 3 a relação SiO2/Al2O3 foi ajustada para = 1,5. A síntese 2 foi realizada conforme procedimento padrão de síntese. Ao final, na lavagem, a amostra obtida foi separada em duas frações uma leve e outra mais pesada por decantação. Para estudar o efeito do tempo de síntese, no procedimento 3 a solução V2 foi deixada em agitação por 2 h à temperatura ambiente antes de ser misturada à solução V1. Para ambos os procedimentos de síntese 1, 2 e 3 a temperatura de cristalização foi mantida em 100 oC e foram obtidas amostras durante 4 h para comparação.

Caracterização

Para a caracterização por difração de raios X foi utilizado um aparelho Rigaku Miniflex II com filtro de Ni e radiação Cu-kα (λ = 1,54 Å) com intervalo de varredura 2θ = 2-70º, com passo de varredura 0,02º. As medidas de adsorção de nitrogênio foram feitas em aparelho QuantaChrome NovaWin 2, no qual 100 mg de amostras são pré-tratadas a 300 ºC por 3 h sob vácuo. Micrografias das amostras sintetizadas foram obtidas em microscópio eletrônico de varredura Philips XL-30-ESEM com voltagem de aceleração 20 kV. Para a análise química o material foi desaglomerado, quarteado, moído até granulometria inferior a 200 mesh, e por fim prensado em prensa manual em forma de pastilha, com diâmetro 15 mm. A análise foi em um equipamento de fluorescência de raios X EDX-720 Shimadzu.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A diatomita utilizada neste estudo, de acordo com a análise química realizada por FRX (Tabela I), tem um percentual de 80% de SiO2. O SiO2 presente se encontra na forma amorfa e nas fases cristalinas quartzo e cristobalita, difratograma de raios X da Fig. 1.


A amostra apresenta uma relação SiO2/ Al2O3 alta, o que faz com que seja necessário acrescentar uma fonte de alumínio externa na aplicação deste material para síntese de zeólitas com relação Si/Al mais baixa. A partir do difratograma observa-se que a presença de quartzo é relativamente pequena o que torna mais fácil a dissolução do material. A presença de elevado teor deste composto faz como seja necessário etapas de pré-tratamento por fusão alcalina para que se possa obter um bom rendimento de síntese. Isto é uma vantagem em relação a materiais como argilas e cinzas do carvão mineral.

Para efeito de comparação uma amostra sintetiza nas condições padrão foi analisada por DRX, na Fig. 2 é apresentado o difratograma de uma zeólita A padrão com as principais reflexões identificadas.


Esta amostra padrão foi utilizada como referencia para o cálculo da cristalinidade relativa a partir da equação A.

Na Fig. 3 são apresentados os resultados das análises de DRX para as amostras sintetizadas de acordo com a síntese padrão, utilizando diatomita como fonte de silício com razão SiO2/Al2O3 = 2.


A partir do difratograma de raios X observa-se que é possível obter a zeólita A pura a partir de 2 h de cristalização. Com o passar do tempo a cristalinidade não muda significativamente, ficando em 51, 59 e 57% para as amostras 1ZAD2, 1ZAD3 e 1ZAD4, respectivamente; o que ocorre é a formação de outra fase cristalina sodalita (s) em 2θ = 14,16. Altas concentrações de NaOH podem levar à formação de sodalita [11] na síntese utilizando caulim. Em nosso estudo estamos trabalhando com concentração de NaOH de 2 mol.L-1, ainda menores do que as concentrações utilizadas [11] e uma relação sólido:líquido de 1,6g:25mL. O aumento da concentração de NaOH promove um aumento na velocidade de formação da zeólita A e proporciona uma distribuição de tamanho de partícula mais estreita e com partículas de tamanho menor [4]. Neste caso observamos que ocorre um aumento da cristalinidade da zeólita A, mas em contrapartida vemos a formação da fase sodalita.

Os valores de área de superfície específica obtidos pelo método BET para as amostras 1ZAD1, 1ZAD2, 1ZAD3 e 1ZAD4 foram 6, 10, 10, e 80 m2/g, respectivamente. Estes valores são relativamente baixos devido ao fato da amostra ser microporosa e estar na forma sódica. A maior área obtida para a amostra com tempo de cristalização de 4 h pode ser devido à presença de uma maior quantidade de sodalita.

Na Fig. 4 são apresentados os difratogramas de raios X e micrografias da zeólita A sintetizada com diatomita, utilizando a metodologia padrão, mas com uma relação SiO2/ Al2O3 = 1,5.


A amostra 2ZADL foi a fração mais leve recolhida no momento da lavagem e a amostra 2ZAD4P aquela que decantou rapidamente. Comparando-se as amostras obtidas utilizando diatomita como fonte de SiO2 com a amostra padrão (Fig. 2) verifica-se que as amostras 2ZAD4L e 2ZAD4P possuem reflexões em 2θ característica da zeólita A. Em comparação à amostra padrão verifica-se uma menor cristalinidade do material sintetizado a partir da diatomita. Os valores de cristalinidade calculados para as duas amostras ficou em ~ 74 e 55% para as amostras 2ZAD4L e 2ZAD4P, respectivamente. Isto já era esperado devido ao fato de que para a obtenção da zeólita esperada existe a necessidade da presença no meio reacional de uma certa concentração das espécies silicato e aluminato. Por isso deve existir um equilíbrio entre a velocidade de dissolução da fase sólida e a velocidade de reação [12]. Observando as micrografias apresentadas na Fig. 4 b para a amostra 2ZAD4P, pode-se observar claramente o crescimento dos cristais de zeólita a partir de partículas maiores de diatomita. Desta forma pode-se inferir que não é mantido um equilíbrio entre a velocidade de dissolução e a de cristalização do material.

Na Fig. 5 é apresentado o difratograma de raios X e micrografias do produto obtido aumentando-se o tempo de reação para 2 h na mistura V2 + NaOH + H2O e diatomita, com uma relação SiO2/ Al2O3 = 1,5.


O tempo de cristalização para a amostra 3ZAD4 foi mantido em 4 h. Pela presença de reflexões em 2θ = 13,97° e 24,37° características da zeólita sodalita, verifica-se que o produto formado não é puro. A cristalinidade ficou em torno de 56%, mais um indicativo de que esta amostra pode ser sintetizada em tempos de cristalização mais baixos.

CONCLUSÕES

Verificou-se que é possível sintetizar a zeólita A pura a partir da diatomita em tempos de cristalização de 2 h. Por se tratar de um produto natural, a formação dos cristais de zeólita A ocorre na superfície das partículas, produzindo aglomerados nos quais tanto estão presentes a fase zeolítica desejada, como o material de partida. O aumento da fase sodalita, neste caso considerada indesejável, pode ser relacionado ao fato de que o ataque a estes aglomerados de particulas de diatomita fica comprometido pela presença da zeólita A na sua superfície, que acabam se redissolvendo e dando lugar à formação da sodalita.

AGRADECIMENTOS

Ao Laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredura (projetos CTPETRO-INFRA I e FINEP/LIEM) pelas análises.

RERERÊNCIAS

Rec.13/07/2013

Rev. 27/07/2013

Ac. 29/07/2013

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  • Síntese da zeólita A utilizando diatomita como fonte de sílicio e alumínio

    Synthesis of zeolite A using diatomite as silicon and aluminum source
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Maio 2014
    • Data do Fascículo
      Mar 2014

    Histórico

    • Recebido
      13 Jul 2013
    • Aceito
      29 Jul 2013
    • Revisado
      27 Jul 2013
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