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Inauguração do Memorial Geólogo Pedro de Moura

Notícias da REM

Inauguração do Memorial Geólogo Pedro de Moura

No dia 8 de junho passado, na Província Petrolífera do Rio Urucu, no Alto Solimões, a 600 quilômetros de Manaus, foi inaugurado o Memorial Pedro de Moura, em merecida homenagem ao grande geólogo, pioneiro da exploração de petróleo no país, pioneiro do mapeamento geológico para carvão e petróleo no Amazonas e descobridor do primeiro campo comercial de petróleo no país, o Campo de Candeias. A partir dessa data, a base de operações de Urucu passou a ser designada de Base Geólogo Pedro de Moura.

Para a cerimônia, foram convidados os dois filhos do geólogo Pedro de Moura, Ivan Lobato de Moura e Carlos Eduardo Lobato de Moura, e os geólogos e engenheiros Acyr Ávila da Luz, Cássio Damázio, Hélio Lins Marinho Falcão e Alberto Carlos Ferreira de Almeida.

A cerimônia constou dos seguintes eventos:

• Descerramento, pelo Presidente Philippe Reischstul, do busto do geólogo Pedro de Moura e da placa com o novo nome da Base. Autoridades presentes: Presidente Philippe Reischstul - Diretor José Coutinho Barbosa - Gerente Geral em exercício da UNE&P-BSOL, Bento Daher Jr. - Prefeito de Coari, Sr. Adail Pinheiro.

• Reunião, no auditório, coordenada pelo Gerente de Comunicação Empresarial Mauro Martinez. Fizeram discursos o geólogo Acyr Ávila da Luz, o Presidente Philippe Reischstul e o Dr. Ivan Lobato de Moura.

• A seguir todos se deslocaram para o local do Memorial, onde foi descerrada a Placa do Memorial, pelo Presidente Philippe Reischstul e pelo Diretor José Coutinho Barbosa.

A cerimônia foi encerrada com um coquetel de congraçamento e confraternização, com a participação de toda a comitiva e de empregados da Petrobras na Base Geólogo Pedro de Moura.

Convém lembrar que o homenageado Pedro de Moura completaria seu centenário em 11 de junho desse ano. Formou-se em engenharia de minas, metalurgia e civil pela Escola de Minas de Ouro Preto, na turma de 1925. Os convidados para a cerimônia, Cássio Damázio, Acyr Ávila de Luz e Alberto Carlos Ferreira de Almeida, também são ex-alunos da Escola de Minas, os dois primeiros da turma de 1943 e 1948, respectivamente. O terceiro, também da nossa Escola, é da turma de 1955. O diretor da Petrobras, José Coutinho Barbosa, grande incentivador dessa homenagem, formou-se também pela Escola, como geólogo, na turma de 1964.

Nossa Escola de Minas está, pois, presente nesse marco de desenvolvimento da Amazônia.

CARTA DE BELO HORIZONTE: Unidos em favor da vida

O momento é de agregar esforços e agir em conjunto. Não há mais tempo; estamos correndo contra o relógio ambiental da Terra. Sabemos que o nosso Planeta está em risco. A destruição de nossas matas e de nossos rios e a utilização predatória dos recursos naturais estão ameaçando a sobrevivência de todas as espécies, inclusive a humana.

Governo, empresas e cidadãos brasileiros precisam agir agora. Em conjunto, precisamos planejar e executar ações para que possamos enfrentar as grandes mudanças que pretendemos empreender em favor da vida.

Esta é a direção apontada pelas entidades da sociedade civil organizada de todo país, reunidas nos dias 5, 6 e 7 de agosto de 2001, durante o “Seminário Nacional Sobre Riscos Ambientais”, em Belo Horizonte, promovido pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) e pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG), como sendo o único caminho sustentável para a construção de um futuro viável.

No século XXI, não há mais espaço para desastres ambientais; não é mais possível realizar ações de gerenciamento ambiental somente após os sinistros. Falar em desastres ambientais é falar em perdas de vidas, em perdas da função precípua da sociedade. O momento agora é de aplicar o princípio de precaução e de prevenção imediata prevista pela Constituição Federal. Para isso, é necessário que os órgãos ambientais, em todas as esferas, sejam reestruturados e fortalecidos para que passem a cumprir plenamente sua parcela de responsabilidade.

Precisamos de instituições ambientais eficazes, com quadro de pessoal suficiente e treinado para fiscalizar as atividades com potencial de risco; capazes, ainda, de elaborar e promover um Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável. Além do fortalecimento institucional de cada um, é preciso que todos os órgãos envolvidos passem a planejar e agir conjuntamente, principalmente em parceria com a sociedade civil organizada. Em um mundo que se pretende ser sustentável, não cabe mais uma ação isolada. Somente o resultado da soma de todas as atribuições de cada órgão, mais o trabalho das ONGS, é que possibilitará a segurança que a sociedade deseja e que todo cidadão almeja. Somente trilhando esse caminho é que poderemos gerenciar os riscos e minimizar a freqüência de acidentes e os impactos ambientais por eles causados.

As universidades precisam incorporar a questão ecológica em seus currículos, para que possam formar técnica e eticamente profissionais aptos a atender a demanda da sociedade brasileira, cada vez mais ambientalmente consciente. Profissionais e órgãos de fiscalização e de pesquisa precisam estar aparelhados de uma ética ecológica, de conhecimentos técnico e científico, de recursos legais e humanos tão necessários à defesa do meio ambiente e à construção de um futuro onde a vida seja o objetivo máximo de toda a sociedade.

Entretanto, para que a existência da vida humana seja assegurada, não basta apenas um ambiente saudável. É preciso, também, que exista uma atividade econômica nacional sustentada, que promova a redução da gigantesca exclusão social brasileira. Nosso país merece e necessita de empresas e profissionais com visão de responsabilidade social e ambiental e que, independentemente da fiscalização do Estado, adotem técnicas e procedimentos eficazes no combate à degradação ambiental. O Brasil precisa de empresas e de profissionais com conhecimento técnico atualizado, aplicando a melhor tecnologia disponível no mercado, adaptada à nossa realidade ambiental e social, para que exerçam suas atividades econômicas em consonância com a preservação do meio ambiente.

Todavia, e infelizmente , o que vemos ainda hoje são empresas que, em seu planejamento, muitas vezes saltam procedimentos necessários para uma operação segura e acabam, com isso, aumentando os riscos ambientais. Temos a obrigação de consolidar diretrizes para que haja uma fiscalização preventiva do Sistema CONFEA/CREAs em conjunto com todos os demais órgãos ambientais e com as organizações civis não governamentais e, especialmente, em parceria com os cidadãos.

A nova ética ecológica do mundo não permite mais que o cidadão responsabilize somente os órgãos de fiscalização do Estado, as empresas e os profissionais técnicos pelos desastres ambientais, enquanto o próprio cidadão não adota comportamentos ecologicamente corretos. Precisamos nos tornar, através da introdução da educação ambiental no ensino formal, uma nação composta por cidadãos com consciência ecológica, organizados em defesa do nosso planeta, para que possamos construir o futuro preservando a vida; e essa preservação deve, obrigatoriamente, incluir uma gestão saudável do nosso meio ambiente comum.

A ação integrada dos órgãos ambientais, inclusive no sentido de promover a conscientização e a educação ambiental do povo brasileiro, aliada à exigência cada vez mais rigorosa de projetos técnicos e profissionais habilitados à frente de todos os empreendimentos, nos traz a perspectiva de um futuro melhor para todos.

O futuro começa agora; não existirá um “mundo melhor e mais saudável” se não começarmos a projetá-lo e executá-lo ainda hoje. Tudo o que acontecer às gerações futuras será conseqüência do que estamos praticando no presente. Unidos, temos todo o potencial e, acima de tudo, a responsabilidade de construir o futuro valorizando a vida.

Belo Horizonte, 7 de agosto de 2001

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA (CONFEA)

CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DE MINAS GERAIS CREA-MG

Escola de Minas e ACESITA firmam acordo de cooperação

No dia 24 de abril do corrente ano toda a diretoria da ACESITA fez uma visita à Escola de Minas, com o objetivo de assinar um acordo geral de cooperação técnica com nossa instituição. Duas ordens de serviço já estão em andamento, sobre modelamento de lingotamento contínuo (prof. Carlos Antônio da Silva) e fadiga-corrosão de tubos de aço inoxidável (prof. Luiz Cláudio Cândido).

Em seguida à cerimônia de assinatura do convênio, o presidente da ACESITA, Dr. Jean-Yves Gilet, descerrou placas de sinalização de nossos prédios no Campus Universitário, em aço inoxidável, doado pela empresa.

Diversos engenheiros da empresa proferiram palestras para os alunos do curso de engenharia metalúrgica, sobre processos de fabricação e propriedades do aço inoxidável.

Presidente da Samarco é homenageado pelo Fórum de Líderes Empresarias

O presidente da Samarco, José Luciano Duarte Penido, foi, pela terceira vez, um dos homenageados do Fórum de Líderes Empresarias Setoriais em São Paulo. Promovido desde 1977 pela Gazeta Mercantil, o Fórum de Líderes homenageia, anualmente, personalidades do meio empresarial que são escolhidas em votação pelos leitores do jornal.

Esse ano, o Fórum premiou três representantes de 49 setores, como mineração, pecuária, telecomunicação e construção. Realizada entre 22 e 30 de maio, através de uma cédula encartada nos exemplares dos assinantes da Gazeta e do site do veículo, a votação não teve candidatos pré-definidos, permitindo uma escolha mais livre e democrática.

Preservação do meio ambiente, ação objetiva nas questões sociais, inovações tecnológicas e integração com a comunidade foram alguns dos tópicos sugeridos pelo jornal para serem levados em conta durante a votação. Os eleitos passam a fazer parte do Fórum de Líderes Empresarias da Gazeta Mercantil, instituição que congrega 800 membros e se encontra periodicamente para discutir temas econômicos, sociais, tecnológicos e ambientais.

Açominas

Turbina antiga leva à auto-suficiência energética

Animada pelo bom desempenho de sua nova linha de aços longos para a construção civil, pelo recente aumento da sua capacidade instalada e pela expectativa de entrada em operação do primeiro laminador de perfis pesados da siderurgia brasileira, a Açominas mudou de idéia: não quer correr qualquer risco de perder produção ou competitividade por falta de energia. A siderúrgica está investindo desde o mês passado US$ 8 milhões na ampliação da geração própria de energia, o que tornará a usina de Ouro Branco (MG) auto-suficiente e reduzirá a necessidade de compras para apenas 6 MW para manter toda a operação industrial da empresa.

A Açominas consome anualmente 69 MW na siderúrgica de Ouro Branco e outros 5 MW em sua subsidiária de São Paulo. A companhia tinha seu balanço energético acertado até o mês de novembro, graças à paralisação para reforma de seu alto-forno em junho e julho, período em que, mesmo consumindo menos, manteve a geração própria de 33 MW. Com isso, a empresa acumulou créditos em MW junto à Cemig, podendo transferir parte deles à unidade de São Paulo, atendida pela Eletropaulo.

Os técnicos da empresa encontraram um turbogerador com capacidade de 25 MW, desativado pela Eletropaulo. A turbina pertencia à termelétrica de Tapanã (PA) e foi desligada com a entrada em funcionamento da hidrelétrica de Tucuruí. O equipamento pode ser instalado na Açominas para gerar energia sem gasto com insumos, pois aproveita os gases do processo siderúrgico. No máximo em fevereiro a nova turbina estará em operação. O equipamento está sendo atualizado tecnologicamente por um consórcio formado pelas empresas Dresser Hand, Kobitz e Gevisa.

A Açominas, que nos últimos anos se firmou como produtora e exportadora de tarugos, placas e blocos (produtos semi-acabados), começou no ano passado a diversificar a sua produção. O primeiro passo foi o lançamento de uma linha de vergalhões e perfis leves, produtos típicos da siderurgia de aços longos, fabricados por sua unidade de São Paulo, antiga fábrica da Aliperti, que foi reestruturada.

(Gazeta Mercantil, 14/09)

Petrobras

Licença para instalação da termelétrica de Três Lagoas

A Petrobras acaba de obter a Licença de Instalação emitida pelo Ibama, para dar início às obras da Usina Termelétrica de Três Lagoas. A usina é uma das 17 unidades emergenciais do Programa Prioritário de Termeletricidade do Governo Federal e entrará em operação, em ciclo aberto, a partir de maio de 2002, com a geração de 240 MW para o Estado de Mato Grosso do Sul. A capacidade total de geração da Termelétrica, 350 MW, será alcançada em dezembro de 2003.

Com investimentos da ordem de US$ 250 milhões, inicialmente 100% da Petrobras, a Termelétrica de Três Lagoas vai consumir 2,1 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural e será construída pelo consórcio Odebrecht/Promom. A primeira das quatro turbinas fabricadas pela G&E já está no Porto de Santos e a instalação na base em Três Lagoas está prevista para dezembro próximo. As outras turbinas serão instaladas a cada dois meses e meio.

A Usina de Três Lagoas será a primeira com a participação da Petrobras a operar no Estado de Mato Grosso do Sul, garantindo cerca de 600 empregos diretos durante a fase de construção, com duração prevista para 15 meses. A próxima será a Usina Termelétrica de Corumbá- Termocorumbá, resultado de uma parceria entre a Petrobras (45%) e Duke Energy (55%) com investimentos de aproximadamente US$ 50 milhões.

As duas turbinas para a Usina Termelétrica de Corumbá, que terá capacidade para gerar 88 MW, já estão disponíveis, aguardando embarque no Porto de Houston, assim como as duas turbinas da termelétrica de Puerto Suarez.

Samarco

Capacitação de líderes comunitários

No dia 15 de setembro, a Samarco e a Prefeitura de Mariana, com o apoio do Sebrae/MG, deram continuidade a mais uma etapa do curso Líder Cidadão. A capacitação, que teve início em 25 de agosto, tem como objetivo a formação de líderes comunitários em Bento Rodrigues, visando ao desenvolvimento de atividades produtivas autônomas.

O Projeto Despertar - ação para o trabalho e a cidadania foi criado para orientar, informar e incentivar a profissionalização da mão-de-obra local, de acordo com as características próprias da comunidade. Em Bento Rodrigues, representantes do Sebrae realizaram uma sondagem dos interesses e potencialidades da população da região e, a partir daí, identificaram possíveis áreas para atuação como apicultura, hortaliças e artesanato. Agora estão sendo estudadas as propostas para a viabilidade dos projetos nos setores produtivos identificados.

Este é mais um passo dentro das ações que a Samarco, com o apoio da Prefeitura de Mariana, vem desenvolvendo para integrar, cada vez mais, a Comunidade de Bento Rodrigues. Vários projetos já foram desenvolvidos pela empresa na comunidade. Esse ano, além do Projeto Despertar, outras ações estão em andamento: a instalação de estação de tratamento de água em parceria com a Prefeitura, contratação de assessoria psico-pedagógica e a continuidade do programa de assistência oftalmológica em parceria com a AMO.

Descendente de Gorceix visita Escola de Minas

A Escola de Minas teve a honra de receber, em 04 de abril do corrente ano, a visita da Sra. Anne Coffin, bisneta de nosso fundador Claude Henri Gorceix. A Sra. Coffin é advogada e trabalha em Paris. Sempre teve intenção de conhecer Ouro Preto e nossa Escola, pois tinha na lembrança muitas histórias contadas por sua avó, filha de Gorceix. Durante uma semana e acompanhada pelo diretor da Escola de Minas, ela conheceu o Museu de Ciência e Técnica, assim como diversos outros monumentos e igrejas de Ouro Preto. Encerrando a visita, ela manteve contato com a prefeita de nossa cidade.

Professor inglês visita Escola de Minas

O professor Harry Bhadeshia, do Departamento de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade de Cambridge, Inglaterra, participou do 56o Congresso Anual da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, entre 16 e 20 de julho do corrente ano em Belo Horizonte, como palestrante convidado para proferir uma conferência sobre transformações de fase nos aços, especialmente transformação bainítica, do qual é um especialista de renome internacional.

Atendendo convite do diretor da Escola de Minas, o prof. Bhadeshia visitou as instalações do Departamento de Engenharia Metalúrgica e da REDEMAT. Na ocasião, foram discutidas diversas possibilidades de intercâmbio entre as duas instituições.

Escola de Minas visita EMBRAER

Um grupo de professores da Escola de Minas visitou a Empresa Brasileira de Aeronáutica – EMBRAER, em São José dos Campos, SP. Na ocasião, conheceram-se toda a linha de montagem dos aviões e também o setor de simulação virtual de projetos.

Aproveitando essa visita, o diretor da Escola de Minas entregou ao presidente da EMBRAER, Dr. Maurício Novis Botelho, uma proposta de convênio entre as instituições, para trabalhos de pesquisa em conjunto.

Uma proposta indecorosa* * Publicado em “Notas e Informações” do jornal “O Estado de São Paulo” de 31 de agosto de 2001.

O governo americano continua empenhado em salvar a indústria do aço dos Estados Unidos, sabidamente ineficiente, à custa dos produtores do resto do mundo. Seu novo lance foi a convocação de uma assembléia, em setembro, do Comitê de Aço da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma espécie de clube das economias mais industrializadas. O Brasil, oitavo maior produtor, também participará, embora não seja membro da organização. A agenda foi proposta pelos americanos. Segundo sua tese, há excesso mundial de capacidade na indústria siderúrgica. A reunião servirá, provavelmente, para a delegação de Washington propor uma redução internacional da oferta. A quem caberá o sacrifício? Se fosse aos americanos, não haveria por que solicitar uma discussão internacional.

O presidente George W. Bush tem sido um esforçado cumpridor de promessas políticas, sempre em benefício de grupos com poder econômico e eleitoral. Os beneficiários, desta vez, são grupos empresariais e sindicais de um setor com baixo poder de competição. Bush prometera ajudar a siderurgia americana a reequipar-se para concorrer. Está indo muito além disso. Pediu ao Comitê de Comércio Internacional um relatório sobre danos causados à indústria nacional pela importação de aço.

O documento, com entrega prevista para outubro, poderá reforçar a política protecionista, nunca interrompida. A imposição de cotas, medidas antidumping e taxas compensatórias, decididas freqüentemente com critérios unilaterais, já se converteu em atividade rotineira para o governo americano. Os lobbies protecionistas têm sido muito eficientes. Suas pretensões têm sido apoiadas, no Congresso, por democratas e republicanos.

A política americana para o aço tem gerado conflitos com países de todo tipo – em desenvolvimento, como Brasil e Argentina, em transição, como a Rússia, e industrializados, como os da União Européia. Medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos foram contestadas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e condenadas.

A tese americana de que as siderúrgicas privatizadas carregam ainda subsídios governamentais foi desmoralizada internacionalmente. Nada, no entanto, convenceu as autoridades de Washington a mudar de rumo.

Se há alguma novidade nessa política, é a disposição, conhecida há vários meses, de propor uma redução mundial da oferta. Se, como tudo parece indicar, o governo dos Estados Unidos formular essa proposta, o protecionismo estará ganhando uma nova conformação.

A pretensão americana é conseguir um acordo multilateral em benefício dos produtores de aço dos Estados Unidos. Nenhuma economia em condições de competir, como a brasileira, será beneficiada por uma redução voluntária da produção e das vendas ao exterior. Raramente se terá encontrado, no comércio internacional, uma proposta que mereça, tão claramente, ser qualificada como indecorosa.

O mais escandaloso é que, ao sustentar idéias como essa, as autoridades americanas utilizam o jargão dos defensores do livre comércio e do mercado concorrencial, como se os produtores de outros países, que reformaram suas indústrias, investiram e acumularam poder de competição, estivessem agindo de forma desleal. Deslealdade, segundo esse ponto de vista, é mostrar-se capaz de competir com as indústrias de quem pretende impor as regras do comércio mundial. E de levar vantagem.

Se há excesso de capacidade, que saiam do mercado as indústrias menos eficientes, no caso, as americanas. Além disso, se há distorções de mercado por subsídios oficiais, não é na siderurgia, mas na agricultura, por causa de políticas como a adotada nos Estados Unidos. Esse, sim, é um assunto que se precisa discutir com urgência nos foros internacionais, para a criação de um saudável ambiente de concorrência. Disto os americanos nem querem ouvir falar.

Crea avalia projeto da barragem de Macacos

A equipe de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia visitou a sede da Mineração Rio Verde, em Belo Horizonte, para conhecer o processo de elaboração do projeto e da execução da barragem, que rompeu no dia 22, em Macacos. O Crea fez uma visita ao local do acidente, no qual o órgão constatou a existência do registro da empresa no Conselho, mas ainda falta averiguar a existência do projeto da barragem e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), cuja obrigação legal de registro é do profissional.

Antes de emitir qualquer avaliação técnica, o presidente do Crea-MG, engenheiro Marcos Túlio de Melo, considera que a tragédia de Macacos é um alerta para que a sociedade exija critérios rigorosos de licenciamento e de fiscalização ambiental para atividades dessa natureza. Ele esclarece que cabe à empresa contratante a responsabilidade pela fiscalização dos serviços recebidos de terceiros. O Crea é uma autarquia pública federal, responsável pela fiscalização do exercício profissional. Cabe ao Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) a fiscalização da atividade de mineração. Ao setor de fiscalização minerária da Feam (Fundação Estadual de Meio Ambiente) cabe a fiscalização do impacto ambiental da mineração. Em agosto de 1994, a Feam realizou uma fiscalização na barragem, quando a empresa foi alertada para a necessidade do alteamento da barragem (aumento da altura) ser vistoriado e acompanhado por profissionais. Um parecer de 1995 recomendava a “reavaliação periódica e acompanhamento do projeto da barragem da Cava 1,para evitar risco de rompimento” .

O Crea colocou-se à disposição do Ministério Público , para participar de uma perícia técnica sobre as causas do acidente.

Acordo Internacional

O diretor da Escola de Minas visitou, a convite, a Escola de Minas da Universidade Politécnica de Madrid, Espanha, entre os dias 30/04 e 04/05. Essa visita teve como objetivo o levantamento de áreas de interesse conjunto para realização de projetos de pesquisa e cursos de pós-graduação. A Escola de Minas de Madrid é uma das mais antigas instituições de ensino de engenharia da Europa, com importantes laboratórios de geologia, mineração e metalurgia.

Na ocasião, foi assinado um acordo de cooperação entre as duas instituições. Prevêm-se, ainda para esse ano, a troca de alunos de graduação para estágios e a visita de dois professores de Ouro Preto para aprofundamento de projetos de pesquisa em Madrid.

Vale conclui planta de pelotização

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) deve concluir até março de 2002 a construção de uma nova planta de pelotização em São Luís, no Maranhão, que terá capacidade para produzir 6 milhões de toneladas por ano. A produção da nova unidade, que recebeu investimentos de US$ 246 milhões, será totalmente destinada ao mercado externo.

De acordo com o gerente de construção da usina, Dario Alves Pozzi, o investimento é parte de um programa maior, no valor de US$ 408 milhões, que engloba melhorias no Porto de Ponta da Madeira, em São Luís, nas minas de Carajás, no Pará, e no sistema ferroviário da empresa.

De acordo com o diretor de pelotização da Vale, Joaquim Martino, a empresa também está investindo US$ 23 milhões em um amplo programa de modernização das sete usinas de pelotização, em Tubarão, no Espírito Santo, que têm capacidade para 25 milhões de toneladas.

Caterpillar

Oferta de produtos de geração de energia elétrica na América Latina

A Caterpillar iniciará, a partir de outubro desse ano, a produção local de grupos geradores na Caterpillar Brasil Ltda., em suas instalações industriais de Piracicaba.

Essa nova linha de produção demonstra o compromisso da Caterpillar em satisfazer à demanda por energia elétrica de seus clientes latino-americanos, bem como o forte crescimento no setor de energia elétrica no âmbito global. Essa decisão foi tomada em um momento muito especial para o Brasil, que está passando por uma crise energética resultante de um longo período de seca, já que a maior parte da energia elétrica é produzida por hidrelétricas.

“A produção local de grupos geradoes de energia elétrica no Brasil irá aumentar significativamente a capacidade da Caterpillar em servir, de maneira eficiente, nossos clientes da América Latina,” afirmou Jim Parker, diretor do grupo de geração de energia elétrica da Caterpillar. “Oferecer soluções globais a nossos clientes faz parte de nossa estratégia a longo prazo, com o objetivo de ampliar a produtividade e melhorar a qualidade de vida”

A nova linha de montagem, de 3.200 metros quadrados, produzirá grupos geradores com potência de geração de energia na faixa de 40 a 370 kilowatts. Motores fabricados no Brasil serão utilizados para equipar os grupos geradores nacionais.

A demanda por mais grupos geradores no Brasil é imensa, com uma considerável lista de espera. Muitos clientes estão tomando providências para importar novos grupos geradores por via aérea para adequar-se às normas do governo no que se refere ao uso de energia elétrica no Brasil. Com o estabelecimento da produção local, o mercado do Mercosul terá maior acesso à linha completa de geração de energia Caterpillar, que varia de 10 kilowatts à 17 megawatts.

“Essa nova unidade de produção irá reforçar a posição global da Caterpillar no mercado de geradores e fundamentará ainda mais nossa empresa como um fornecedor estratégico para a América Latina de uma ampla gama de componentes e equipamentos elétricos,” observou Parker. “Acreditamos que nossos clientes serão beneficiados com a expansão de nossa oferta de produtos.”

Os produtos Caterpillar de geração de energia elétrica são distribuídos através da rede mundial de revendedores Caterpillar. A rede de revendedores na América Latina consiste de 35 revendedores que oferecem toda nossa linha de produtos e 220 filiais com mais de 12.200 empregados – todos aptos a oferecer serviço e suporte de peças e componentes nos canteiros de obras ou em uma de suas mais de mil oficinas de serviços.

A Caterpillar é líder mundial na fabricação de equipamentos de construção e mineração, motores a diesel e a gás natural e turbinas industriais. Com escritório central em Peoria, Illinois, nos Estados Unidos, a empresa atingiu no ano passado um faturamento de US$ 20,180 bilhões.

No Brasil, também mantém a liderança absoluta de mercado em seus segmentos de atuação, além de acumular as certificações de Excelência Operacional, MRP II Classe A, ISO 9002, e Prêmio Nacional de Qualidade/1999. A linha de produtos nacional é composta de 25 diferentesde modelos de máquinas, tais como: escavadeiras hidráulicas, compactadores, carregadeiras de rodas, motoniveladoras, retroescavadeiras e tratores de esteiras. Produz ainda ferramentas e acessórios especiais para seus equipamentos. Situada em Piracicaba/SP, a Caterpillar Brasil emprega 2.300 pessoas e exporta cerca de 70% de sua produção para mais de 120 países.

Petrobras

Ampliação da exploração petrolífera de Angola

A Petrobras acaba de assinar novo contrato para exploração de petróleo em Angola. O contrato refere-se à área denominada Bloco 34, localizado a noroeste da capital Luanda, em águas com profundidade variando entre 1500 e 2500 metros, na bacia do Baixo Congo.

O bloco em questão é avaliado como sendo de alta prospectividade para petróleo, situando-se próximo a outras áreas com descobertas comerciais. O empreendimento, no qual a Petrobras tem 15% de participação, tem como outros sócios a Sonangol - Companhia Estatal Angolana (operadora do bloco) com 20%, Norsk Hydro com 30%, Phillips com 20% e Shell com 15%.

A entrada da Petrobras no projeto alinha-se com a estratégia internacional da Companhia, que tem como um de seus objetivos a participação em projetos em águas profundas da costa oeste africana, com porte compatível com as suas metas de produção de médio e longo prazos.

A Petrobras já atuou em várias associações na exploração de hidrocarbonetos em Angola e atualmente tem 27,5 % de participação na produção de 63 mil barris de óleo por dia no Bloco 2, situado em águas rasas.

Escola de Minas no congresso da ABM

Entre os dias 16 e 20 de julho passado, a Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais - ABM realizou o 56o Congresso Anual de Metalurgia e Materiais em Belo Horizonte. Sob a coordenação técnica do prof. Leonardo Godefroid, o evento teve como tema central a competitividade empresarial e contou com a participação de mais de 500 profissionais de empresas e universidades.

A Escola de Minas foi a única instituição de ensino a manter, sob o apoio da Fundação Gorceix, um stand no referido evento. Nesse stand foram divulgados diversos projetos de pesquisa e publicações do Departamento de Engenharia Metalúrgica.

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    Publicado em “Notas e Informações” do jornal “O Estado de São Paulo” de 31 de agosto de 2001.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Jun 2002
    • Data do Fascículo
      Jul 2001
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