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Obtenção de microesferas de (U,Th)O2 para o combustível do reator nuclear de alta temperatura

Resumos

Variantes do Processo Sol-Gel foram utilizadas com sucesso para obter microesferas de (Th,U)O2 com os requisitos exigidos para seu uso em reatores HTGR. O Processo Hidrólise foi empregado para obtenção de microesferas de UO2 e o Processo de Gelação Externa foi empregado para obtenção de microesferas de (Th,U)O2 com teores de urânio de até 25%. O Processo Hidrólise ainda necessita de otimização das condições de síntese.

HTGR; dióxido de urânio; dióxido de tório; sol-gel; microesferas


Sol-Gel processes were successfully used to obtain (Th,U)O2 microspheres with the properties required for its use in HTGR reactors. The Hydrolysis Process was used to obtain UO2 microspheres, and the External Gelation Process was used to obtain (Th,0-25%U)O2 microspheres. Optimization of synthesis conditions is still required for the Hydrolysis Process.

HTGR; uranium oxide; thorium oxide; sol-gel; microspheres


METALURGIA & MATERIAIS

Obtenção de microesferas de (U,Th)O2 para o combustível do reator nuclear de alta temperatura

Fernando Soares LameirasI; Armindo SantosII; Gino de AssisII; Ana Maria Matildes dos SantosII; Wilmar Barbosa FerrazII

ICentro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN). Caixa Postal 941 - Campus da UFMG - CEP 30123-970 - Belo Horizonte - MG. E-mail: fsl@cdtn.br

IICentro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN). Caixa Postal 941 - Campus da UFMG - CEP 30123-970 - Belo Horizonte - MG

RESUMO

Variantes do Processo Sol-Gel foram utilizadas com sucesso para obter microesferas de (Th,U)O2 com os requisitos exigidos para seu uso em reatores HTGR. O Processo Hidrólise foi empregado para obtenção de microesferas de UO2 e o Processo de Gelação Externa foi empregado para obtenção de microesferas de (Th,U)O2 com teores de urânio de até 25%. O Processo Hidrólise ainda necessita de otimização das condições de síntese.

Palavras-chave: HTGR, dióxido de urânio, dióxido de tório, sol-gel, microesferas.

ABSTRACT

Sol-Gel processes were successfully used to obtain (Th,U)O2 microspheres with the properties required for its use in HTGR reactors. The Hydrolysis Process was used to obtain UO2 microspheres, and the External Gelation Process was used to obtain (Th,0-25%U)O2 microspheres. Optimization of synthesis conditions is still required for the Hydrolysis Process.

Keywords: HTGR, uranium oxide, thorium oxide, sol-gel, microspheres.

1. Introdução

A questão crucial para a construção de novas centrais nucleares está nos grandes investimentos necessários e na lenta taxa de amortização, conseqüência do custo competitivo de produção da energia elétrica, que está entre US$0,01 e US$0,02 por KWh. Um reator nuclear modular, que dispensasse as paradas para troca de combustível e tivesse uma maior eficiência na utilização do urânio e conversão da energia nuclear em eletricidade teria vantagem sobre os reatores hoje existentes. O reator de leito fluidizado, de alta temperatura e refrigerado a gás, o chamado HTGR ou pebble bed modular, satisfaz essas condições e se apresenta como um candidato para dominar a próxima geração dos reatores nucleares.

O combustível do HTGR é constituído de uma esfera de grafite de alta resistência mecânica. No seu interior existem milhares de microesferas de (Th,U)O2, sendo cada microesfera recoberta com três camadas: a primeira e a terceira de grafite e a segunda de carbeto de silício. A tecnologia de fabricação desse combustível se encontra desenvolvida em escala semi-industrial em alguns países. Entretanto não se tem acesso aos detalhes dos procedimentos de fabricação fora de contratos comerciais. Sabe-se que o Processo Sol-Gel, utilizando soluções de nitrato de uranilo e de tório, é empregado na fabricação das microesferas, atendendo as especificações técnicas das microesferas (elevada esfericidade, alta resistência mecânica, elevada densidade e composição química)[1,2].

Os processos para obtenção de microesferas se baseiam nos princípios da metalurgia do pó [2] ou da tensão superficial [2-8]. Nesse último, há necessidade de se prepararem gotas de um líquido contendo os compostos desejados e de estabelecerem as condições em que as gotas possam ser mantidas esféricas, enquanto ocorre a solidificação do líquido dentro delas. Nessa categoria, mais adequados para controle remoto, se encontram métodos que realizam a solidificação do líquido por meio de uma desidratação ou de uma gelação de uma solução coloidal. O mais conhecido desses métodos químicos por via úmida, o Processo Sol-Gel e suas variantes (Processo de Gelação Externa e Processo Hidrólise), se baseia em procedimentos de solidificação do líquido.

O processo aqui apresentado é uma adaptação do Processo de Precipitação Gel, o qual foi usado por nós para obter microesferas de (Th,U)O2 apropriadas para fabricação de pastilhas, através de prensagem das microesferas e sinterização, para uso nos reatores das centrais nucleares brasileiras [1]. Nesse caso, utiliza-se um composto orgânico (álcool polivinílico - PVA ou produtos similares) para elevar a viscosidade do sol e obterem-se microesferas com os requisitos de esfericidade e diâmetro desejados. No entanto, o PVA não pode ser usado na obtenção das microesferas para HTGR, porque as soluções contendo tório ou urânio podem vir das usinas de reprocessamento e ter alta radioatividade e, deste modo, causar radiólise das suas moléculas, tornando-o imprestável [4, 9]. A solução encontrada para esse problema demandou uma atuação nas seguintes etapas [5]:

  • Preparação do sol com elevada concentração de tório e/ou de urânio e valor pH apropriado para uma rápida neutralização dos íons de tório e urânio, levando a uma rápida solidificação da gota.

  • Substituição do álcool polivinílico pelo artifício de uma neutralização rápida e formação das microesferas em um meio orgânico (no nosso caso, óleo mineral, incolor, com densidade aproximada de 0,8 g/cm3; outro meio usado é um álcool de cadeia longa, por exemplo methyl isobutyl ketone, C6H12O, com grande capacidade de desidratar as gotas, promovendo a sua solidificação), onde podemos obter e manter o formato esférico das gotas. Explora-se a diferença de tensão superficial do meio água-óleo, o que permite a esferoidização das gotas aquosas.

  • Utilização de aditivos, tais como uréia e hexametileno tetramina, que funcionam como agentes complexantes dos íons metálicos ou como fornecedores indiretos de amônia, necessária para a neutralização dos íons metálicos. Essa é a variante do Processo Sol-Gel conhecida como Processo Hidrólise.

  • Alimentação do sol, cuja estabilidade pode requerer resfriamento contínuo cerca de 10ºC ou adição de um agente orgânico (normalmente um álcool tipo etanol e THFA - Tetra Hydrofurfuryl Alcohol) que abaixe a tensão interfacial sólido-líquido existente.

  • Gotejamento com aplicação de uma ou mais forças para formação das gotas. Essas forças podem ser de gravidade, de cisalhamento, de campo centrífugo, de tensão interfacial e de repulsão eletrostática.

  • Lavagem das microesferas gel em atmosfera controlada, para inibir a formação de compostos solúveis de urânio com o CO2 presente no ar. Também é necessária uma escolha criteriosa do meio de lavagem, com pH elevado e teor de eletrólitos próximo ao existente dentro da microesfera, de modo a não peptizá-la e nem causar desequilíbrio osmótico, com conseqüente produção de trincas.

  • Secagem das microesferas gel, que deve ser feita em atmosfera protetora, em temperaturas da ordem de 40ºC, de modo a evitar desequilíbrio osmótico e, conseqüentemente, trincas.

2. Material e métodos

Foi construída uma coluna de precipitação de vidro, com parede dupla e espaçamento para circulação de água aquecida a 95ºC, para aquecimento do meio de precipitação onde as gotas são formadas e endurecidas. Na parte inferior, foi acoplado um funil de aço inox, conectado a um balão de vidro de três bocas paralelas, onde as microesferas são acumuladas após gotejamento e endurecimento. Na parte superior, foi acoplado um funil com bico de saída estendido, o qual fica imerso no óleo quente contido dentro do tubo de vidro interior. À coluna foram acoplados um banho-maria para fornecimento de água quente em circuito fechado; um condensador de refluxo, para resfriamento do óleo, que é bombeado por uma bomba peristáltica até o funil de gotejamento, onde chega a cerca de 30ºC, mantendo, assim, um circuito fechado do meio de precipitação das microesferas; um recipiente de parede dupla para conter o sol; um criostato para manter o sol a -5ºC; uma bomba peristáltica para conduzir o sol até o bocal gotejador e um sistema de manutenção do nível do óleo no funil de gotejamento, constituído de uma mangueira conectada ao balão de três bocas, de vidro, onde as microesferas são acumuladas, e de um tambor coletor de óleo.

A partir de soluções nítricas de tório e/ou de urânio, foram precipitados, com solução de hidróxido de amônio (min. 25% em peso) e à temperatura ambiente, os compostos UO3.xH2O.yNH3 e ThO2.2H2O. Esses compostos foram lavados com solução amoniacal de concentração < 1 molar e água destilada [6] e secos a 70ºC durante 12 h, moídos e guardados em frascos plásticos vedados e identificados. Os pós resultantes foram usados para preparar sois de tório e/ou de urânio de elevada concentração. Essa preparação consistiu em peptizar os pós com ácido nítrico concentrado, de modo a manter as razões NO3-/Th e/ou NO3-/U em valores apropriados para uma rápida neutralização do sol durante solidificação das gotas.

Para preparar o sol de urânio é necessário adicionar um complexante, no caso uréia, a quente, na razão molar uréia/U= 2. O sol resultante foi resfriado a -5ºC para, em seguida, ser adicionado hexametileno tetramina sólido na quantidade necessária para elevar o valor do pH para a faixa de 5,0 a 5,5. A solução de alimentação contendo (Th,0-25%U)O2 não requer a adição de uréia. Assim, ela pode ser resfriada a -5ºC para a imediata adição de hexametileno tetramina sólido, na quantidade necessária para elevar o valor do pH para a faixa de 3,0 a 3,5 [7].

Para a formação de gotas, foi utilizado o mecanismo de gotejamento por queda livre. O tamanho das gotas é definido pela vazão de alimentação do sol, pelo tamanho do orifício da agulha de injeção e pela tensão interfacial entre os dois meios, o ar e o líquido na gota. Ao cair dentro do óleo, a gota mantém sua forma esférica devido à diferença entre as tensões superficiais do óleo e da solução contida na gota. A transformação sol-gel ocorre enquanto a gota passa, pela ação da força de gravidade, através da coluna de óleo.

A transformação sol-gel depende da temperatura do óleo. Ela resulta da completa neutralização dos íons de tório e/ou urânio ainda presentes nos sóis, propiciada pela amônia proveniente da decomposição tanto da uréia quanto do hexametileno tetramina em meio aquoso e a quente. Assim, é formada uma estrutura inorgânica com característica de um gel, que dá boa resistência mecânica às microesferas, mantendo a esfericidade nos tratamentos posteriores.

As microesferas obtidas foram lavadas com solução amoniacal e etanol, ao ar ambiente. Depois, foram secadas em uma peneira em multicamadas, em estufa ou por exposição ao ar, em temperatura <40ºC, durante 24 horas. Após secagem, as microesferas foram calcinadas em forno tipo mufla, a 1100ºC, ao ar. A redução e a sinterização das microesferas de urânio e de tório-urânio foram feitas concomitantemente em um forno tubular, a 1700ºC, com taxa de aquecimento de 5ºC/min., sob H2 comercial, durante 2 horas. As microesferas de tório foram sinterizadas em um forno tubular, a 1600ºC, com taxa de aquecimento de 3ºC/min., ao ar, durante 2 horas.

As microesferas resultantes foram caracterizadas quanto à presença de fases cristalinas, tamanhos de cristalitos, densidade, granulometria, integridade física, diâmetro geométrico e esfericidade.

A presença de fases cristalinas e tamanhos de cristalitos foram avaliados através de difração de raios X (RIGAKU, modelo GEIGERFLEX) com radiação CuKa, l=1,54178Å. A densidade e a granulometria das microesferas foram, respectivamente, medidas pela técnica de picnometria com hélio (QuantachRome, modelo Multipycnometer) e por peneiramento (RETSCH AS200), onde se utilizaram peneiras de latão com aberturas de 500 µm,1200 µm e 1700 µm.

A integridade física foi avaliada por inspeção visual e por documentação fotográfica com máquina digital de alta resolução (Cannon, modelo PowerShot A70). O diâmetro médio das microesferas foi obtido com auxílio de um projetor de perfil (MITUTOYO, modelo PJ300), tomando-se a média das medidas de diâmetro em duas posições diametrais distintas de 30 microesferas. A esfericidade foi obtida através da média da razão desses diâmetros com incertezas calculadas pela distribuição de Student com 95% de confiabilidade.

3. Resultados e discussão

Foram obtidas microesferas de UO2 secas, sem trincas e ovaladas (diâmetro médio = 1509 ± 43 µm e esfericidade = 0,973 ± 0,008). Após a calcinação, a 1100ºC, ao ar, durante 2 horas, as microesferas apresentaram esfericidade de 0,984 ± 0,007, diâmetro médio de 948 ± 11 mm, densidade de 8,00 g/cm3 (95,9% da densidade teórica) e coloração preta característica. As microesferas sinterizadas (Figura 1) ficaram com esfericidade de 1,002 ± 0,006, diâmetro médio de 877 ± 10 mm, densidade igual a 10,71 g/cm3 (97,6% da densidade teórica), muitas com defeitos superficiais e coloração cinza característica.


Nos experimentos com diferentes meios de lavagem (tetracloroetileno, acetona, solução amoniacal diluída e etanol) não ocorreu o efeito protetor contra a formação de complexos de carbonatos de urânio solúveis. Desse modo, a peptização superficial das microesferas deve ainda ser otimizada, com lavagens realizadas em atmosfera isenta de CO2.

Observou-se uma relação entre ocorrência de trincas e desequilíbrio osmótico nas microesferas gel, provavelmente causada pelos seguintes fatores:

  • Adição de hexametileno tetramina sólido na solução de alimentação com alta concentração de urânio [8].

  • Relação entre o pH do meio de lavagem e teor de eletrólitos em relação ao interior da microesfera.

  • Secagem rápida. Num ambiente muito seco, a camada externa da microesfera pode se tornar impermeável ao vapor d'água, o que pode aumentar a pressão no interior da microesfera, causando o seu trincamento [8].

Para se obterem microesferas de (Th,0-25%U)O2 sem álcool polivinílico, adotou-se o Processo de Gelação Externa [7-9]. Isso é possível quando se obtém um precipitado com características de um gel, que pode manter a esfericidade da gota durante seu endurecimento e secagem, sem causar trincas e outras deformações, como acontece em precipitados do tipo cristalino. O tório, sempre tetravalente, produz precipitados do tipo gel. Já o urânio, tetravalente e hexavalente, tende a formar precipitados mais cristalinos, dependendo, assim, da adição de um agente complexante e regulador do pH para permitir a formação de um sol e de um precipitado com característica gel mais acentuada.

Foram obtidas microesferas de tório, de coloração branca-amarelada, sem trincas, diâmetro médio de 448 ± 5 mm e esfericidade igual a 0,975 ± 0,006 (Figura 2). As microesferas secas e sinterizadas a 1600ºC, ao ar, durante 2 horas, têm uma coloração branca-amarelada, diâmetro médio de 282 ± 3 µm e esfericidade igual a 1,007 ± 0,008. A densidade média dessas microesferas é igual a 9,49 g/cm3 (94,9% da densidade teórica).


As microesferas gel de (Th,10%U)O2 lavadas foram secas à temperatura de 45ºC dispostas em multicamadas, dentro de uma estufa sem circulação de ar, durante 72 horas. As microesferas apresentaram coloração amarela-avermelhada, com presença de trincas e alguns fragmentos. Essas microesferas ficaram com diâmetro médio de 515 ± 20 mm e esfericidade igual a 1,000 ± 0,008 e não foram sinterizadas.

As microesferas gel de (Th,25%U)O2 foram secas dispostas em multicamadas, à temperatura de 40ºC, dentro de uma estufa sem circulação de ar, durante 12 horas. Foram obtidas microesferas de coloração vermelha-escura (Figura 3), sem trincas, com diâmetro médio de 488 ± 6 µm e esfericidade igual a 0,972 ± 0,008. Após a etapa de sinterização a 1700ºC, sob H2 comercial, a 5ºC/min., durante 2 horas, foram obtidas microesferas com cor cinza-escura, diâmetro médio de 271 ± 4 µm, esfericidade igual a 0,999 ± 0,011 e densidade média igual a 10,41 g/cm3, praticamente 100% da densidade teórica.


4. Conclusões

Foram utilizados o Processo Hidrólise e o Processo de Gelação Externa para obterem-se microesferas de (Th, 0-25%U)O2 com as características apropriadas para uso no reator HTGR.

Com o Processo Hidrólise, foram obtidas microesferas de UO2 sinterizadas, as quais apresentaram coloração cinza-escura característica, esfericidade bem próxima a 1, apresentando um diâmetro médio de 877 ± 10 µm e densidade de 10,71 g/cm3. Esse processo deve ser otimizado quanto à preparação da solução de alimentação com a concentração apropriada, formação da gota, à lavagem, que deve inibir a peptização superficial das microesferas gel, à secagem, que deve inibir o aparecimento de trincas e à redução/sinterização, que deve maximizar a densificação da microesfera.

Com o Processo de Gelação Externa, foram obtidas microesferas de (Th, 0-25%U)O2. As microesferas de ThO2 apresentaram coloração branca com tonalidade amarela acentuada, característica de um material bem cristalizado, esfericidade, também, bem próxima a 1, diâmetro médio de 282 ± 3 µm, densidade igual a 9,49 g/cm3 (94,9 % da densidade teórica).

As microesferas de (Th, 25%U)O2 apresentaram esfericidade igual a 0,999 ± 0,011, diâmetro médio de 271 ± 4 µm, densidade igual a 10,41 g/cm3 e coloração cinza-escura.

5. Agradecimentos

Ao CNPq, pelo apoio financeiro (Processo 476646/01-4). A Sérgio Carneiro dos Reis, Walter de Brito, Sebastião Luiz Machado, Moacir Moreira Pio e Estefânia Mara do Nascimento Martins pelo suporte técnico.

6. Referências bibliográficas

Artigo recebido em 24/06/2004 e aprovado em 21/09/2004.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Out 2004
  • Data do Fascículo
    Set 2004

Histórico

  • Recebido
    24 Jun 2004
  • Aceito
    21 Set 2004
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