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Uso de indicadores na gestão dos resíduos sólidos urbanos: uma proposta metodológica de construção e análise para municípios e regiões

Use of indicators in urban solid waste management: a methodological proposal of construction and analysis for cities and regions

RESUMO

Este artigo apresenta um modelo para avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos por meio do uso de indicadores que pode tanto ser aplicado em municípios como em regiões para efeito de comparabilidade da gestão, no que tange à sustentabilidade, ao desempenho, à eficiência e à eficácia. Para a construção do modelo, levaram-se em consideração lacunas identificadas no contexto brasileiro em propostas levantadas por meio de uma pesquisa bibliográfica, de que foram selecionados, adaptados ou elaborados indicadores passíveis de mensuração, quer por intermédio de dados primários, quer mediante dados secundários. Observou-se que o modelo em questão se mostra como uma ferramenta importante para a gestão pública municipal, uma vez que identifica os setores mais deficitários da gestão de resíduos, direcionados à tomada de decisão, assim como os recursos financeiros para investimento e melhoramento do setor.

Palavras-chave:
indicadores; gestão; resíduos sólidos urbanos

ABSTRACT

This research aims to present a model to evaluate the urban solid waste management through the use of indicators that may either be applied to municipalities or to larger regions for management comparison, when it comes to sustainability, performance, efficiency and efficacy. For the construction of the model, identified shortcomings were taken into account in the Brazilian context, in proposals raised by means of a bibliographical research in which indicators capable of being measured by means of primary and/or secondary data were selected, adapted or developed. It was noted that the model in question presents itself as an important tool for the municipal public administration, since it identifies the deficit sectors of waste management at decision making, as well as the financial resources for investment and improvement of the segment.

Keywords:
indicators; management; urban solid waste

INTRODUÇÃO

A construção de indicadores de sustentabilidade especificamente para a gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) é importante por proporcionar orientação essencial para a tomada de decisões de variadas formas. Esses indicadores podem traduzir informações estratégicas para a gestão de RSU e identificar aspectos da relação da sociedade com o meio ambiente (UGALDE, 2010UGALDE, J.C. (2010) Aplicação de indicadores de sustentabilidade para avaliar a gestão de resíduos sólidos urbanos em Porto Velho/RO. 135f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) - Núcleo de Ciências e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho. ).

De acordo com Siena (2002SIENA, O. (2002) Método para avaliar progresso em direção ao desenvolvimento sustentável. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Centro Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.), indicadores de sustentabilidade devem ser mais do que indicadores ambientais e só adquirem essa condição com a inclusão da perspectiva temporal, de limites ou objetivos. De modo similar, indicadores de desenvolvimento sustentável precisam ser mais do que indicadores de crescimento, mas expressar eficiência, suficiência, equidade e qualidade de vida. Crescimento significa apenas ter mais, não necessariamente melhor.

Entre os indicadores relacionados aos RSU, de acordo com Ugalde (2010UGALDE, J.C. (2010) Aplicação de indicadores de sustentabilidade para avaliar a gestão de resíduos sólidos urbanos em Porto Velho/RO. 135f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) - Núcleo de Ciências e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho. ), os mais utilizados no Brasil e no mundo explicam a questão da geração de resíduos no tocante ao tamanho da população (resíduos por habitante e tempo) e à questão da capacidade de aproveitamento do resíduo gerado (reciclagem, reutilização e compostagem).

Em virtude da complexidade que envolve a problemática dos resíduos, visto que esta abrange diversas dimensões da sustentabilidade, outros indicadores foram incorporados à análise dos modelos implementados e desenvolvidos nos municípios brasileiros, almejando, com isso, detectar os pontos fracos e fortes e estabelecer diretrizes para o seu equacionamento, ou, pelo menos, minimizar os danos decorrentes da ausência de gestão dos RSU.

Com a ampliação das discussões em torno do crescimento exponencial dos resíduos sólidos urbanos e, principalmente, do que se fazer com todos esses dejetos, observou-se, nas últimas décadas, grande mobilização em torno do assunto, o que atraiu a atenção de órgãos públicos e privados, das universidades e da sociedade, na tentativa de encontrar meios (econômicos, sociais e ambientais) viáveis de continuar mantendo os atuais padrões de produção e consumo, com menor degradação do ambiente urbano, nesse caso.

De acordo com Dantas (2008DANTAS, K.M.C. (2008) Proposição e avaliação de sistemas de gestão ambiental integrada de resíduos sólidos através de indicadores em municípios do Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.), os gestores municipais prestam serviços que interferem diretamente no meio ambiente, como os serviços de saneamento básico (por exemplo, a coleta, o tratamento e a disposição de resíduos sólidos e a drenagem), mas encontram o desafio frequente de lidar com a incerteza e a carência de informações e indicadores que demonstrem a eficiência desses serviços. A maioria dos municípios não consegue avaliar se as condições operacionais dos seus sistemas estão adequadas ou não e, em muitos casos, nem é possível ter uma visão sistêmica das atividades que englobam determinados serviços.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, 2004UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (UNEP). (2004) The Vital Waste Graphics. Disponível em: <Disponível em: http://www.vitalgraphics.net >. Acesso em: 15 ago. 2008.
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), os indicadores podem transformar-se em uma importante ferramenta para facilitar a acessibilidade da informação científica e técnica para os diferentes grupos de usuários. A função dos indicadores é resumir a grande quantidade de dados, tornando acessível o seu entendimento.

Nessa perspectiva, a criação de sistemas de indicadores organizados de modo a subsidiar a tomada de decisão, por meio de diagnósticos e previsões, utilizados para a promoção de políticas específicas, como, por exemplo, a gestão dos RSU, demonstra ser um caminho indispensável para buscar a sustentabilidade ambiental urbana.

Indicadores, subíndices e índices podem servir como referenciais para o planejamento e a melhoria operacional dos serviços de limpeza urbana nos municípios, pois demonstram, de acordo com Deus (2000DEUS, A.B.S. (2000) Gerenciamento de serviços de limpeza urbana: avaliação por indicadores e índices. Tese (Doutorado) - Instituto de Pesquisas Hidráulicas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.): a influência dos sistemas na área da saúde pública, no desenvolvimento econômico, social e ambiental regional; por meio de diagnósticos, as necessidades de desenvolvimento científico e tecnológico do setor; e as definições dos objetivos e das metas para futuros empreendimentos, levando em consideração, no seu projeto, as preocupações de proteção ambiental.

Segundo Braga et al. (2004BRAGA, T.M.; FREITAS, A.P.G.; DUARTE, G.S.; SOUSA, J.C. (2004) Índices de sustentabilidade municipal: o desafio de mensurar. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 14, n. 3, p. 11-33. Disponível em: <Disponível em: http://revistas.face.ufmg.br/index.php/novaeconomia/article/view/435/434 >. Acesso em: 20 jul. 2013.
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), um município é considerado mais ou menos sustentável à medida que é capaz de manter ou melhorar a saúde do seu sistema ambiental, minorar a degradação e o impacto antrópico, reduzir a desigualdade social e prover os habitantes de condições básicas de vida, bem como construir um ambiente de forma saudável e segura e ainda pactos políticos que permitam enfrentar desafios presentes e futuros. Seguindo a linha de pensamento dessa abordagem, um sistema de gestão integrada de resíduos é tido como mais ou menos adequado conforme algumas variáveis preestabelecidas vão sendo incorporadas ao sistema, fazendo com que este se torne mais equilibrado, de maneira que os recursos arrecadados sejam suficientes para a prestação de serviços com qualidade aos cidadãos e sejam sanados os problemas ambientais (DANTAS, 2008DANTAS, K.M.C. (2008) Proposição e avaliação de sistemas de gestão ambiental integrada de resíduos sólidos através de indicadores em municípios do Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.).

A gestão sistêmica dos RSU deve considerar todas as etapas, desde a geração até a disposição, uma vez que decisões tomadas quanto a um elemento têm influência sobre todos os demais. Essa gestão, como um todo, apresenta elevada relação com a sustentabilidade, pois, entre outros aspectos, concentra grande quantidade de recursos naturais (MILANEZ & TEXEIRA, 2003MILANEZ, B.; TEIXEIRA, B.A.N. (2003) Proposta de método de avaliação de indicadores de sustentabilidade para gestão de resíduos sólidos urbanos. In: FRANKENBERG, C.L.C.; RAYARODRIGUEZ, M.T.; CANTELLI, M. (Coords.). Gestão ambiental urbana e industrial. Porto Alegre: EDIPUCRS, p. 272-283.), além de outros aspectos relacionados à gestão, tais como eficiência, eficácia, desempenho, entre outros.

Com base na pesquisa bibliográfica realizada sobre o uso de indicadores utilizados direta ou indiretamente na problemática dos RSU, foi possível identificar uma série de pesquisas envolvendo o uso dessa ferramenta (SÁ & RODRÍGUEZ, 2001SÁ, F.A.P.; RODRÍGUEZ, C.R.R. (2001) Indicadores para el gerenciamiento del servicio de limpieza pública. Lima: Centro Panamericano de Ingeniería Sanitaria y Ciencias del Ambiente.; FARIA, 2002FARIA, F.S. (2002) Índice de qualidade de aterros de resíduos urbanos. 355f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.; MILANEZ & TEIXEIRA, 2001MILANEZ, B.; TEIXEIRA, B.A.N. (2001) Contextualização de princípios de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos urbanos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 21., 2001. Anais... João Pessoa., 2003MILANEZ, B.; TEIXEIRA, B.A.N. (2003) Proposta de método de avaliação de indicadores de sustentabilidade para gestão de resíduos sólidos urbanos. In: FRANKENBERG, C.L.C.; RAYARODRIGUEZ, M.T.; CANTELLI, M. (Coords.). Gestão ambiental urbana e industrial. Porto Alegre: EDIPUCRS, p. 272-283.; MILANEZ, 2002MILANEZ, B. (2002) Resíduos sólidos e sustentabilidade: princípios, indicadores e instrumentos de ação. 206f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.; SALLES, 2003SALLES, M.P.M. (2003) Diagnóstico e avaliação por indicadores e índices dos serviços de limpeza urbana no estado de mato Grosso do Sul. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais, Universidade Federal de Mato Grosso, Campo Grande.; BRINGHENTI, 2004BRINGHENTI, J.R. (2004) Coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos: aspectos operacionais e da participação da população. Tese (Doutorado) - Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo.; DEUS et al., 2004DEUS, A.B.S.; LUCA, S.J.; CLARKE, R.T. (2004) Índice de impacto dos resíduos sólidos urbanos na saúde pública (IIRSP): metodologia e aplicação. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 9, n. 4, p. 329-334. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522004000400010
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; LOUREIRO, 2005LOUREIRO, S.M. (2005) Índice de Qualidade no sistema da Gestão ambiental em aterros de resíduos sólidos urbanos - IQS. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.; VIEIRA, 2006VIEIRA, J.E.G. (2006) Modelo de avaliação de impactos socioambientais de programas de saneamento ambiental: avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos. 360f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.; LIMA, 2006LIMA, R.M.S.R. (2006) Implantação de um programa de coleta seletiva porta a porta com a inclusão de catadores. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Saneamento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina.; DANTAS, 2008DANTAS, K.M.C. (2008) Proposição e avaliação de sistemas de gestão ambiental integrada de resíduos sólidos através de indicadores em municípios do Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.; FERRAZ, 2008FERRAZ, J.L. (2008) Modelo para avaliação da gestão municipal integrada de resíduos sólidos urbanos. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Mecânica Universidade Estadual de Campinas, Campinas.; SILVEIRA, 2008SILVEIRA, R.C.E. (2008) Gestão consorciada de resíduos sólidos urbanos em municípios de pequeno porte: uma contribuição para a sustentabilidade nas relações socioambientais. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.; POLAZ & TEIXEIRA, 2007POLAZ, C.N.M.; TEIXEIRA, B.A.N. (2007) Utilização de indicadores de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos urbanos no município de São Carlos (SP). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL, 24., 2007, Belo Horizonte. Anais... Rio de Janeiro: ABES. CD-ROM., 2008POLAZ, C.N.M.; TEIXEIRA, B.A.N. (2008) Indicadores de sustentabilidade como ferramenta para a gestão municipal de resíduos sólidos. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANNPAS, 4., 2008. Anais... Brasília., 2009POLAZ, C.N.M.; TEIXEIRA, B.A.N. (2009) Indicadores de sustentabilidade para a gestão municipal de resíduos sólidos urbanos: um estudo para São Carlos (SP). Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 14, n. 3, p. 411-420. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522009000300015
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; POLAZ, 2008POLAZ, C.N.M. (2008) Indicadores de sustentabilidade para gestão de resíduos sólidos urbanos. 188f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.; BECK et al., 2009BECK, C.G.; ARAÚJO, A.G.; CÂNDIDO, G.A. (2009) Problemática dos resíduos sólidos urbanos do município de João Pessoa: aplicação do modelo P-E-R. Qu@litas Revista Eletrônica, v. 8, n. 3.; BESEN & RIBEIRO, 2010BESEN, G.R.; RIBEIRO, H. (2010) Construção participativa de indicadores de sustentabilidade da coleta seletiva. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANNPAS, 5., 2010. Anais... Florianópolis.; UGALDE, 2010UGALDE, J.C. (2010) Aplicação de indicadores de sustentabilidade para avaliar a gestão de resíduos sólidos urbanos em Porto Velho/RO. 135f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) - Núcleo de Ciências e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho. ; BESEN, 2011BESEN, G.R. (2011) Coleta seletiva com inclusão de catadores: construção participativa de indicadores e índices de sustentabilidade. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo.; BRASIL, 2012BRASIL. Governo Federal. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. (2012) Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS/2011. Brasília. Disponível em: <Disponível em: http://www.snis.gov.br/ >. Acesso em: 30 abr. 2012.
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; ASSIS, 2012ASSIS, C.M. (2012) Avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos em municípios da região metropolitana de Belo Horizonte. Tese (Doutorado) - Escola de Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.; IBGE, 2012INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). (2012) Estudos e Pesquisas. Informação Geográfica número 9. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2012. Rio de Janeiro: IBGE.; SANTIAGO & DIAS, 2012SANTIAGO, L.S.; DIAS, S.M.F. (2012) Matriz de indicadores de sustentabilidade para a gestão de resíduos sólidos urbanos. Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 17, n. 2, p. 203-212. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-41522012000200010
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; SANTOS et al., 2012SANTOS, A.L.F; HARAGUCHI, M.T.; LEITÃO, G.C. (2012) Índice de qualidade de aterro de resíduos (IQR), como subsídio para avaliar o sistema de disposição final do município de Anápolis-GO. Scientia Plena, v. 8, n. 10.; DANTAS, 2013DANTAS, E.R.B. (2013) Análise do processor de implementação e operação do aterro sanitário no município de Puxinanã-PB utilizando o sistema de indicador de sustentabilidade pressão-estado-impacto-resposta (P-E-I-R). Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental, Universidade Federal de Campina Grande, Campina Grande.), sendo essas investigações fruto de instituições públicas federais, assim como de pesquisas desenvolvidas em instituições de ensino superior.

Na tentativa de contribuir para as discussões acerca da temática em foco, informa-se que o modelo em questão levou em conta, para a sua construção, oito modelos de indicadores (MILANEZ, 2002MILANEZ, B. (2002) Resíduos sólidos e sustentabilidade: princípios, indicadores e instrumentos de ação. 206f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.; VIEIRA, 2006VIEIRA, J.E.G. (2006) Modelo de avaliação de impactos socioambientais de programas de saneamento ambiental: avaliação da gestão integrada de resíduos sólidos urbanos. 360f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.; LIMA, 2006LIMA, R.M.S.R. (2006) Implantação de um programa de coleta seletiva porta a porta com a inclusão de catadores. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Saneamento, Universidade Estadual de Londrina, Londrina.; POLAZ, 2008POLAZ, C.N.M. (2008) Indicadores de sustentabilidade para gestão de resíduos sólidos urbanos. 188f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.; FERRAZ, 2008FERRAZ, J.L. (2008) Modelo para avaliação da gestão municipal integrada de resíduos sólidos urbanos. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Mecânica Universidade Estadual de Campinas, Campinas.; DANTAS, 2008DANTAS, K.M.C. (2008) Proposição e avaliação de sistemas de gestão ambiental integrada de resíduos sólidos através de indicadores em municípios do Estado do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação de Engenharia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.; BRASIL, 2012BRASIL. Governo Federal. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. (2012) Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS/2011. Brasília. Disponível em: <Disponível em: http://www.snis.gov.br/ >. Acesso em: 30 abr. 2012.
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; IBGE, 2012INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). (2012) Estudos e Pesquisas. Informação Geográfica número 9. Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: Brasil 2012. Rio de Janeiro: IBGE.), e foram selecionados aqueles considerados mais relevantes e viáveis para a avaliação da gestão dos RSU, buscando integrar os modelos resultantes tanto de pesquisas acadêmicas como de instituições federais.

Diante do exposto, este artigo tem por objetivo apresentar um modelo para avaliação da gestão dos RSU por meio do uso de indicadores. O referido modelo foi aplicado em sete municípios da Região Metropolitana de Campina Grande (RMCG), para efeito de comparabilidade da gestão no que tange à sustentabilidade, ao desempenho, à eficiência e à eficácia, no entanto ele pode ser aplicado para outras realidades, pensando-se nas especificidades de cada localidade.

Pelo exposto, entende-se que a busca por uma metodologia para avaliação da gestão dos RSU se justifica pelo fato de essa problemática figurar como um dos grandes problemas socioambientais da atualidade.

Desse modo, os indicadores foram estruturados em quatro dimensões, que objetivam analisar, afora os aspectos relacionados à sustentabilidade da gestão, perpassando pelos fatores econômicos, sociais e ambientais, também os aspectos técnico-operacionais, haja vista serem fatores de suma importância para a execução da gestão dos RSU, sendo, portanto, tidos como indispensáveis em uma abordagem sistêmica da problemática em foco.

ESTADO DA ARTE

Em uma análise crítica dos modelos que subsidiaram o desenvolvimento da metodologia aqui proposta, foi possível observar que tais modelos apresentam lacunas que limitam ou dificultam a sua aplicação e, por conseguinte, a avaliação da gestão dos RSU, levando em consideração a realidade das cidades de pequeno, médio e grande porte e suas especificidades. No Quadro 1 é apresentada uma síntese de tais limitações, bem como os aspectos positivos de cada modelo.

Quadro 1:
Dimensões, categorias e indicadores selecionados para compor o novo modelo de avaliação da gestão de resíduos sólidos urbanos.

No entanto, os modelos consultados não atendem, em sua totalidade, às especificidades da gestão dos RSU quando analisados os seguintes parâmetros: importância do indicador para avaliação da gestão e aplicabilidade em cenários diversos para fins de comparabilidade, quando for o caso.

Para a estruturação e organização dos indicadores, foram levados em conta, além das lacunas identificadas no Quadro 2, os seguintes aspectos apontados por Mueller et al. (1997MUELLER, C.; TORRES, M.; MORAIS, M. (1997) Referencial básico para a construção de um sistema de indicadores urbanos. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).): ser simples de entender; ter quantificação estatística; ter lógica coerente e comunicar eficientemente o estado do fenômeno estudado.

Quadro 2:
Síntese comparativa das propostas dos indicadores analisadas.

Portanto, pode-se dizer que o que se pretende com a utilização de indicadores é que estes formem um sistema variável e completo, fornecendo toda a informação essencial acerca da realidade a ser tratada, e que sejam o mais fiel possível à realidade estudada. Desse modo, para que se possa alcançar a confiabilidade das informações coletadas, torna-se imprescindível considerar os atributos para um bom indicador, listados pelos autores supracitados.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Na primeira etapa, foi construído um marco teórico com base em uma ampla revisão de literatura, objetivando, além de mais profundidade das questões relacionadas aos RSU, o levantamento de indicadores aplicados na avaliação da gestão de tais RSU. Assim, foram utilizados como parâmetro para escolha das dimensões, das categorias e dos indicadores alguns estudos já publicados em teses, dissertações, artigos científicos, relatórios, entre outros.

O levantamento bibliográfico realizado teve como propósito fundamentar a segunda etapa para a estruturação do modelo. Ou seja, consistiu em estruturar os indicadores de maneira a buscar, principalmente, a objetividade dos dados a serem aferidos, visto que alguns dos indicadores usados nas fontes pesquisadas se encontram estruturados de forma bastante subjetiva, o que dificulta a compreensão por parte do gestor que vai responder aos questionamentos, limitando, por conseguinte, a coleta das informações.

As pesquisas que nortearam este estudo e culminaram na elaboração do modelo apresentado fazem uso, essencialmente, de índices e indicadores para a mensuração e o diagnóstico da gestão dos RSU, de modo a identificar, entre as diversas variáveis envolvidas na problemática em questão, situações de vulnerabilidade que comprometam a adequada execução do sistema de gestão. A estruturação do problema em uma análise sistêmica e a adoção de metodologias que levem em consideração o uso de indicadores, desde que esses possam expressar com fidedignidade a realidade pesquisada, são importantes na avaliação da gestão de RSU.

Após as análises e discussões sobre a aplicabilidade dos indicadores, foi selecionado um total de 42 indicadores para compor o modelo proposto, sendo estes agrupados em 14 categorias de análise e quatro dimensões, conforme evidenciado no Quadro 2.

A escolha das dimensões a serem investigadas levou em consideração a problemática dos RSU de forma sistêmica, buscando agregar dados que, direta ou indiretamente, corroboram com a ampliação da problemática em foco, como observado por Jacobi e Besen (2006JACOBI, P.; BESEN, G. R. Gestão de resíduos sólidos na Região Metropolitana de São Paulo: avanços e desafios. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 20, n. 2, p.90-104, abr./jun. 2006. Disponível em: Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v20n02/v20n02_07.pdf . Acesso: 21/04/2018.
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) quando afirmam que a geração crescente dos RSU resulta de vários fatores: o crescimento demográfico acelerado e a longevidade; o processo intensivo de industrialização; a concentração da população em cidades; e os padrões insustentáveis de produção e consumo da sociedade moderna.

Para cada indicador selecionado, foram agregadas informações sobre os parâmetros utilizados para sua escolha, o que constituiu a terceira etapa do modelo. Essas informações foram estruturadas em uma planilha, levando em consideração as dimensões e categorias selecionadas, conforme será apresentado mais adiante. A Figura 1 demonstra as informações agregadas para cada indicador após a sua definição.

Figura 1:
Informações agregadas para cada indicador selecionado.

Considerando as informações disponibilizadas na Figura 1, sobretudo no que diz respeito às características dos indicadores e à origem dos dados, os itens a serem investigados no modelo proposto basearam-se principalmente:

  • na disponibilidade/viabilidade de coleta dos dados por meio do acesso às informações, quer sejam estas primárias, quer sejam secundárias. Para os dados secundários, foi realizada uma busca de informações em base de dados já existentes (PNSB, 2008PNSB, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - 2008. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Rio de Janeiro, 2010; IBGE, 2010INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Rio de Janeiro, 2010; DATASUS, 2009BRASIL, Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, DATASUS. Brasil. 2009. Disponível em: Disponível em: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php . Acesso em: 21/04/2018.
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    etc.). Com isso, obtém-se confiabilidade maior dos dados. Quanto aos dados primários, foi-se a campo para verificar a disponibilidade de dados dos indicadores selecionados, os quais não estavam contemplados nos bancos de dados consultados. Nesta etapa, procurou-se estabelecer a forma de mensuração de acordo com a disponibilidade de dados sobre RSU na RMCG);

  • Na clareza e objetividade das informações a serem coletadas, de modo a obter melhor compreensão por parte dos entrevistados e conseguir informações relevantes do ponto de vista prático e não apenas teórico. Esses dados foram avaliados de forma objetiva e mensurados de maneira relativa para efeito de comparabilidade dos indicadores investigados, fazendo-se uso, para tanto, da análise multicriterial para a avaliação do desempenho dos municípios da RMCG;

  • Na estruturação do problema de forma sistêmica e hierárquica, procurando entender as relações entre os vários indicadores, de modo que um não sobressaísse no que se refere ao outro e evitando, assim, aspectos de redundância ou supervalorização de um indicador no tocante aos demais.

Registra-se, ainda, que os indicadores selecionados para compor o modelo foram validados por especialistas da área, fazendo-se uso, para tanto, de um questionário formulado em meio digital e encaminhado para o total de 53 especialistas, os quais puderam atribuir um grau de importância para cada indicador, categoria e dimensão do modelo ora proposto.

O questionário foi estruturado de modo a possibilitar, primeiramente, a atribuição do grau de importância para cada indicador da categoria selecionada. Essa atribuição realizava-se, posteriormente, para cada categoria das dimensões participantes e, por fim, entre as dimensões. Assim, caracterizou-se uma avaliação em três níveis (indicadores-categorias-dimensões). Tal estruturação teve por finalidade fazer uma comparação da importância de todos os elementos par a par, como forma de observar quais sobressairiam em detrimento de outros e seriam, desse modo, considerados pelos especialistas mais importantes para avaliação da gestão de resíduos sólidos urbanos (GRSU), quando comparados aos demais.

Os especialistas responderam a um questionário subjetivo em que o grau de importância dos indicadores, das dimensões e das categorias estava representado pelas seguintes opções: sem opinião formada; nenhuma; baixo; médio; alto; e muito alto, em uma escala variando de 0 a 1. De posse dos dados do questionário, foi realizada a padronização das respostas dos especialistas, sendo as informações subjetivas convertidas em informações numéricas por meio do processo de normalização.

O presente estudo fez uso do método Promethee II para análise dos indicadores propostos no modelo em discussão. O referido método trabalha com seis funções de preferência, baseadas na comparação par a par para cada indicador, levando em consideração a diferença de valores entre tais indicadores.

Sobre a forma de mensuração dos indicadores, ressalta-se que, para a criação dos indicadores, foram obedecidos dois critérios: deveriam ser objetivos (e não subjetivos); e medidos/mensurados ou observáveis. Em algum momento, pelo menos um desses critérios seria utilizado para a avaliação dos indicadores que compõem o modelo.

Acrescenta-se que, independentemente da forma como esses indicadores estão sendo mensurados (em escala de 0-1, 0-10 ou 0-100, por exemplo), os resultados da análise não serão alterados, visto que todos os dados serão normalizados, uma vez que o objetivo é tornar o modelo passível de comparabilidade, nesse caso entre os municípios da RMCG.

RESULTADOS

Os Quadros 3, 4, 5 e 6 apresentam a organização sistêmica dos indicadores selecionados para a composição do Modelo de Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos Sustentável (MGRSUS) em questão, levando em consideração a dimensão analisada. Acrescenta-se que a viabilidade da aplicação dos indicadores selecionados e estruturados sistemicamente foi verificada por meio da disponibilidade de dados de sete municípios paraibanos que fazem parte da RMCG.

Quadro 3:
Indicadores propostos para avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) segundo a dimensão ambiental.
Quadro 4:
Indicadores propostos para avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) segundo a dimensão social.
Quadro 5:
Indicadores propostos para avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) segundo a dimensão técnico-operacional.
Quadro 6:
Indicadores propostos para avaliação da gestão dos resíduos sólidos urbanos (RSU) segundo a dimensão econômico-financeira.

O modelo de indicadores é aplicável a qualquer situação e contexto, porque tem valor universal, sem prejuízo de melhorias das quais dependam a eficácia da sua aplicação, sobretudo pela falta de dados precisos para o cálculo dos diversos indicadores. A região piloto para aplicação do modelo foi a RMCG.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No ano de 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS - Lei nº. 12.305/2010), que dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de RSU, incluídos os perigosos; às responsabilidades dos geradores e do poder público e \os instrumentos econômicos aplicáveis. Atualmente, é o principal instrumento regulador da problemática dos RSU, que se torna, a cada dia, mais grave no que concerne aos seus efeitos.

Nessa perspectiva, a análise dos modelos de gestão de RSU adotados pelas gestões públicas municipais, além da sua adequação aos preceitos da sustentabilidade, o qual é definido por Sachs (1986SACHS, I. (1986) Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice., p. 110) como “o desenvolvimento socialmente desejável, economicamente viável e ecologicamente prudente”, torna-se extremanente necessária para o diagnóstico da real situação dos RSU.

Outro fato que chama a atenção é o reduzido número de trabalhos e pesquisas versando acerca de sistemáticas para a avaliação global dos sistemas integrados de gestão de RSU, contendo indicadores para análise do desempenho desses sistemas (FERRAZ, 2008FERRAZ, J.L. (2008) Modelo para avaliação da gestão municipal integrada de resíduos sólidos urbanos. Tese (Doutorado) - Faculdade de Engenharia Mecânica Universidade Estadual de Campinas, Campinas.), quando levada em consideração a relevância da problemática estudada.

Por esse motivo, acredita-se que a gestão dos RSU, por envolver diversos fatores (sociais, econômicos, ambientais, sanitários, culturais, políticos, tecnológicos, legais, entre outros), levanta a necessidade de ser concebida como um sistema integrado, conforme recomendado na PNRS (BRASIL, 2010BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. (2010) Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos e dá ouras providências. Disponível em: <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm >. Acesso em: 03 out. 2010.
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), devendo ser submetida de forma sistemática e periódica a um processo de avaliação com base em um conjunto de indicadores consistentes, dinâmicos e de fácil aplicação.

O modelo desenvolvido para avaliação da gestão dos RSU na RMCG, com base na sistematização de indicadores, demonstra-se uma ferramenta importante e que pode ser adotada em inúmeras realidades municipais, uma vez que, para a sua estruturação, se buscaram formas relativas de análise dos dados, de modo que os municípios pudessem ser comparados par a par sem comprometer a relevância das informações.

Logo, a criação, a adequação e a utilização de indicadores tornam-se elementos viáveis na análise e avaliação da gestão dos RSU, tendo em vista as suas especificidades, bem como as particularidades de cada localidade, o que ressalta a necessidade de que sejam adotados indicadores condizentes com a realidade local, como forma de, com base nos resultados, buscar melhorias no sistema, de modo a torná-lo mais eficiente no que se refere ao desempenho, à eficiência e à sustentabilidade da gestão. Todavia, o uso e a aplicação de modelos requerem atenção, procurando aquele que melhor se adapte à realidade estudada, como forma de obter os resultados adequados para os fins estabelecidos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    May-Jun 2018

Histórico

  • Recebido
    03 Maio 2016
  • Aceito
    04 Abr 2017
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