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Livro para saborear: método científico regado a sensibilidades

Livre à savourer: méthode scientifique plaquée avec sensibilité

Libro para disfrutar: método científico con sensibilidades

RESENHA

Livro para saborear: método científico regado a sensibilidades

Libro para disfrutar: método científico con sensibilidades

Livre à savourer: méthode scientifique plaquée avec sensibilité

Tati Costa

Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Florianópolis (SC), Brasil. E-mail: tatilcosta@yahoo.com.br

ALVES, Rubem. Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011. 188 p.

Pelo que sei, só existe um lugar, no universo inteiro,

onde o puro pensamento é capaz de mover

a matéria. Esse lugar é o corpo. No corpo, a gente

pensa na moqueca e a boca fica cheia d'água. (p. 144)

Resenhar obra de Rubem Alves é saboroso desafio pela qualidade de sua escrita e erudição de seus conhecimentos. Resenhar, com objetivo de circulação acadêmica orientada ao conhecimento histórico, é como acrescentar pitada de pimenta ao desafio. Porque a experiência de vida narrada pelo autor, então aos 77 anos, carrega uma provocação ao fato de que ambientes educacionais, acadêmicos e científicos ignoram o aspecto sensível do conhecimento e as dimensões do amor, prazer, desejo e alegria. Felizmente, nas ciências humanas, algumas experiências com história do tempo presente têm se dedicado a desafios semelhantes. Por exemplo, já se trilha com sabedoria a história das sensibilidades; já se trabalha, há algum tempo, a arte de uma boa conversa nas pesquisas com história oral. E, na história cultural, cada vez mais nos debruçamos sobre as artes e artistas da poesia e literatura, da música, da culinária, das imagens, buscando dimensões de economias do desejo ali presentes. Desde o início, o autor sugere aproximações entre a construção do conhecimento e a gastronomia, destacando as coincidentes raízes etimológicas de saber e sabor. Recorda inclusive que, antigamente, quando uma comida era saborosa, dizia-se: "esta comida sabe bem".

O livro transita por variações nas quais os objetos de análise são retomados por diferentes pontos de vista e, a cada capítulo, têm caráter ensaístico. Além do prefácio, do próprio autor, 12 ensaios variam bastante em estrutura narrativa. Nos títulos, lê-se marcante presença de bom humor, combinado com provocações críticas. As notas de rodapé, por exemplo, recebem o nome de notas de canapé, termo que Rubem Alves considera mais apropriado, pois devem ser "coisas pequenas e saborosas, algumas doces, outras apimentadas, que abrem o apetite, e que são servidas no meio da festa".1 1 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 7.

Atenta, sobretudo, às questões de história e memória, algo que ocupa significativamente a cena dos atuais estudos históricos, minha observação versa sobre o potencial metodológico da obra como contribuição para as pesquisas em História cultural, História do tempo presente e História oral. Além disso, o livro oferece uma bela retomada de autores clássicos, prato cheio para quem pesquisa apropriações e percursos de leitura a respeito de Nietzsche, Marx, Fernando Pessoa, Bachelard, Paulo Freire, Wittgenstein, Manoel de Barros, Guimarães Rosa, William Blake, entre outros.

A velhice é o ponto de onde fala (ou escreve) o autor: "A consciência da morte nos dá uma maravilhosa lucidez".2 2 Idem, Ibidem, p. 9. Tal singularidade sobre a fase da vida nos informa a respeito tanto dele quanto das categorias que lhe são atribuídas: escritor vencedor do prêmio Jabuti em 2009, professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pedagogo, poeta, cronista, contador de estórias, ensaísta, teólogo e psicanalista.

Quando fala sobre envelhecimento, refere-se às metamorfoses do ser humano ao longo do tempo, o processo histórico das mudanças no corpo e nas perspectivas sobre a experiência. Em se considerando a frequente participação de pessoas idosas na História oral, o testemunho do autor sugere ingredientes úteis à linha epistemológica interessada em considerar as elaborações, as composições narrativas, os processos de autopercepção que operam durante a produção e registro dos relatos, como sinalizam Walter Benjamin,3 3 Walter Benjamin, Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987. Alessandro Portelli4 4 Alessandro Portelli, "A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais," Tempo, vol. 1, n. 2, Rio de Janeiro, 1996, p. 59-72. e Eduardo Coutinho.5 5 Eduardo Coutinho, "O cinema documentário e a escuta sensível da alteridade", Projeto História, n. 15, São Paulo, 1997, p. 165-191.

Outro diálogo importante: a realização de entrevistas é ato de sensibilidade que exige o gosto por uma boa conversa, e uma epistemologia sobre o prazer da boa conversa é um dos elementos presentes na obra. O encontro entre a pessoa que pesquisa histórias de vida e aquela que narra é um espaço de arte e sabedoria, onde o prazer do corpo revela-se essencial. A dimensão do corpo como elemento de conhecimento tem fundamental importância para quem trabalha com o tema da memória na história. Lembremos, por exemplo, da discussão de Henri Bergson em "Matéria e Memória,"6 6 Henri Bergson, Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito, 4. Ed., São Paulo, WMF M. Fontes, 2010. atualizada no debate de Ecléa Bosi7 7 Ecléa Bosi, Memória e sociedade: lembranças de velhos, 3. Ed., São Paulo, Cia das Letras, 1994. sobre sociedade e memória nas lembranças dos velhos e complementada no diálogo com Paul Ricoeur8 8 Paul Ricoeur, A memória, a história, o esquecimento, Campinas, Editora da Unicamp, 2007. na dimensão da memória compartilhada entre as pessoas "próximas". Considerando-se as diversas operações entre memória individual e coletiva, é através do universo corporal que a lembrança de uma experiência vivida se inscreve na pessoa.

Mas a memória vive tanto de lembranças quanto de esquecimento, tema que recebe de Rubem Alves um ensaio específico, intitulado "O esquecimento: Barthes (ou 'Me esqueci do sabido para me lembrar do esquecido')". Leem-se algumas propostas produzidas na velhice, quando Barthes dedicou-se à pesquisa e à experimentação. Outra lição importante para o trabalho com História oral:

se quero viver, devo esquecer que meu corpo é histórico, devo lançar-me na ilusão de que sou contemporâneo dos jovens corpos presentes, e não de meu corpo passado.9 9 Roland Barthes apud Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 52.

A relação entre saberes e fases da vida, alvo da reflexão de Rubem Alves, delineia uma rota de aproximação da obra com o fazer histórico no contemporâneo:

Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida outra em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar.

Não estaria aí uma inspiração para a história do tempo presente? Uma história escrita a partir da compreensão de que essa ciência chegou à "beira da falésia," e que toma como objeto de atenção o próprio processo de construção da pesquisa, em seus caminhos e descaminhos, escolhas e descartes, enfim, a "operação historiográfica" em si, tomada como objeto de análise.

Por aí transitamos para o diálogo com a concepção de ciência discutida pelo autor: embate sobre os limites da objetividade em relação às subjetividades e saberes do corpo, um universo além do saber "lógico-racional". Afinal, indaga Rubem Alves, o que faz uma boa moqueca? O livro de receitas não é garantia de sucesso se não contar com a experiência da cozinheira. Por aí se insere a questão do método científico regado a sensibilidades: juntar ingredientes só resultará em uma boa moqueca se for capaz de gerar água na boca. E, para isso, é imperativo contar com os saberes do corpo, que vão desde a memória do gosto ideal de uma moqueca, passam pela sabedoria dos gestos de salpicar temperos e mexer os ingredientes até atingir o ponto.

A inspiração, esse elemento que todos conhecemos (buscamos, ao menos), é essencial nas escolhas do prato a preparar, das quantidades e qualidades de ingredientes, nos momentos de aumentar ou diminuir o fogo. Por esse caminho, Rubem Alves nos conduz ao paradoxo da (im)possibilidade de um método para a escrita ou para a inspiração. Contudo, tal ponto faz da obra uma inspiradora provocação! Preocupado com que a própria escrita seja prazerosa como uma boa conversa, nos ensina sobre as relações entre oralidade e escrita e sugere alguns temperos narrativos para se contar uma boa história:

Um artigo científico é isso: o relato do caminho que se seguiu para se ir do ponto de onde se partiu até o ponto aonde se chegou. Isso se chama método. Mas o corpo não entende a linguagem do método. Método são procedimentos racionais. Mas o corpo é um ser musical. "O organismo é uma melodia que se canta," diz Merleau-Ponty citando o biólogo Uexküll.10 10 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 17.

Mesmo que Rubem Alves defenda sua escrita "contra o método," com a licença e respeito profundo ao autor, ouso ler, a partir do livro que tenho em mãos, uma proposta metodológica. Não se trata de um método linear, objetivo, racional, como o da ciência cartesiana ou, para a história, no sentido hegeliano. Trata-se, a meu ver, de uma metodologia da inspiração e das sensibilidades — considerando que o sufixo possa ser uma forma de situar em palavras um sentido mais aberto de conhecimento.

Tratar de métodos e metodologias é demanda presente. Diversas áreas da ciência tiveram uma "crise" ou "virada" epistemológica,11 11 Dentre possíveis abordagens, menciono autores que situam o tema em suas áreas de estudo, com a ressalva de serem escolhas dentro de variado e saboroso menu! Roger Chartier debate a história entre certezas e inquietudes; Fritjof Capra dedica-se ao diálogo entre teorias das ciências físicas e biológicas, com sistemas políticos e sociais; Beatriz Sarlo pensa a emergência da cultura da memória a partir da guinada subjetiva. Cf. Roger Chartier, À beira da falésia: a história entre certezas e inquietudes, Porto Alegre, Ed. UFRGS, 2002. Fritjof Capra, As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável, São Paulo, Cultrix, 2005. Beatriz Sarlo, Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva, São Paulo, Cia das Letras; Belo Horizonte, UFMG, 2007. principalmente nas transições e revoluções que caracterizaram o decorrer do século XX. Depois do que se nomeou linguistic turn, o próprio papel do autor na produção do conhecimento científico é reconhecida como questão-chave e, se buscarmos uma emergência da temática, poderemos desfiar interessante debate, reunindo temporalidades por meio das obras de Walter Benjamin,12 12 Aqui me refiro ao ensaio "O autor como produtor", de 1934, Walter Benjamin, Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987. Roland Barthes,13 13 Roland Barthes, "A morte do autor" (1968), In: ______. O rumor da língua. 2. Ed., São Paulo, M. Martins, 2004, p. 65-78. Michel Foucault14 14 Michel Foucault, O que é um autor?, 4. Ed., Lisboa, Passagens; Vega, 2000. e Giorgio Agamben.15 15 Giorgio Agamben, "O autor como gesto," In: ______. Profanações, São Paulo, Boitempo, 2007, p. 55-62. Daí se decanta um desafio de como operar a transição, à la Deleuze e Guattari, da "árvore do conhecimento" para o conhecimento "rizomático".16 16 Giles Deleuze, Felix Guatari, "Introdução: Rizoma," Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1995, p. 11-37.

É com uma escrita por imagens, de caráter sensivelmente rizomático, que se exibe no livro uma metodologia para a construção do saber sensível: no modo de escrever, acompanhado por boa música; no conselho, "para aprender lógica, leia poesia;" nas mil e uma maneiras diferentes que o autor encontra para inserir o diálogo com autores e teorias ou, como ele gosta de dizer, nas conversas com os autores. E traz até uma "receita" para encontrar inspiração, por meio da descrição de Nietzsche:

Repentinamente, com certeza e sutileza indescritível, algo se torna visível, audível, algo nos sacode em nossas últimas profundezas e nos lança por terra... A gente não busca, ouve. Não pede ou dá, aceita. Como o relâmpago, um pensamento se ilumina, com necessidade, sem hesitações com respeito à sua forma.17 17 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p.23.

Com a metáfora: "ideias são bailarinas, a inspiração é a solista," o texto se compõe organicamente como num corpo de baile. A cadência do conhecimento científico que considere a inspiração como elemento metodológico está afinada, por exemplo, com o trabalho de Durval Muniz Albuquerque Jr.,18 18 Durval Muniz Albuquerque Jr., História. A arte de inventar o passado, Bauru, Edusc, 2007. quando diz que a história é a arte de "inventar" o passado, e com a defesa de João-Francisco Duarte Jr.19 19 João-Francisco Duarte Jr., O Sentido dos Sentidos: A Educação (do) Sensível, 4. Ed., Curitiba, Criar Edições, 2006. por uma educação (do) sensível. Ambos pontuam uma metamorfose do próprio olhar sobre a verdade, ao longo da história da ciência: mais do que absoluta, a verdade figura como o horizonte de possibilidades, quando se considera a relação de interdependência entre a realidade observada e o seu registro pelo observador.

Rubem Alves ocupa-se dos limites da linguagem para dar conta da experiência sensível. E os problemas que ocorrem quando a ciência, estritamente racional, ignora ou silencia uma importante gama de conhecimentos presentes nos saberes do corpo, não ditos em palavras puramente lógicas. Como uma trilha do prazer, propõe a metodologia da sapiência culinária: ter conhecimento do desejo e do que fazer para produzi-lo. A função da inteligência, nesse sentido, "é organizar o poder de tal forma que ele se transforme em ponte entre o desejo e seu objeto".20 20 Rubem Alves, op cit., p. 147.

Nesse sentido, destaco "Os saberes do corpo," sexto ensaio do livro, dedicado a uma ideia "bergsoniana": a percepção que temos de algo é a percepção de seus efeitos sensíveis, processo que ocorre de modo muito íntimo nos caminhos da subjetividade. Além do conhecimento acumulado, verificado e atestado, existe um nível subjetivo do conhecimento, elaborado por cada pessoa. Um exemplo: a forma como cada pessoa sente o sabor da mesma manga. A experiência é incomunicável, impossível de traduzir-se em palavras, menos ainda em dados verificáveis.

Sete são os ensaios dedicados ao que arrisco chamar de uma epistemologia do conhecimento sensível. Seguem-se outros cinco em torno das variações sobre o prazer. Inspiram-se na prática, algo comum no universo musical, de compor "variações sobre o mesmo tema". Além de obras eruditas que trabalham a partir dessa modulação, as Jam Sessions de blues ou jazz têm a mesma levada, com boa dose de improvisação. A cada ensaio, Rubem Alves compõe uma variação sobre o prazer, partindo do ponto de vista de uma área do conhecimento, em companhia de um autor central. A primeira variação, teologia, possui como ponto de partida um texto de longa história. Trata-se do De doctrina christiana, de Santo Agostinho (354–430 d.C.). A segunda variação, filosofia, é uma conversa com Nietzsche, escrita de modo transliterário, em que as ideias "nietzscheanas" são transpostas ao texto, com destaque para a especialidade de Nietzsche: ir além da preocupação com as coisas que podem se tornar palavras, para buscar o universo do indizível, que é visível, audível, sensível. A terceira variação, economia, é uma conversa do autor com Marx, num cenário boêmio, regado a cerveja e envolto por uma fumaça de charuto. A quarta variação, culinária, aproxima os temas da ciência e do saber ao espaço culinário, conversando com cozinheiras como Babette.

Acompanha o cafezinho, do ensaio Post scriptum, um saboroso chocolate mentolado dedicado à ausência do amor e do prazer na educação. Pela minha leitura a partir da História, devemos compartilhar essa observação, já que nosso ofício está ligado à educação em todos os níveis da escola formal, do ensino básico até o superior. E, mesmo quando não nos dedicamos diretamente à docência, concentramo-nos em pesquisas, estamos a produzir um conhecimento que, para ter sentido de ser, carrega o devir de se dirigir a um público e servir como ferramenta do saber.

O gosto que fica na boca após a leitura desse livro delicioso é o sabor de um texto escrito com prazer. Metáforas na arte da escrita, permeada por imagens da culinária e da música, revelam a importância da experiência pessoal e da potência sensível para o exercício da pesquisa e construção do conhecimento científico. Para Rubem Alves, o primeiro passo é o sonho. Levar o corpo a trabalhar, por prazer, mais do que por dever. Que o professor se ponha a sonhar e a ensinar a sonhar... Por isso, encerro com uma frase do filósofo e escritor Euclides Sandoval, leitor de Nietzsche e professor durante 40 anos, do ensino básico à faculdade de Artes, em um de seus cadernos diários: "Antes de uma aula, é preciso que o professor durma... E sonhe".

Resenha recebida em 03 de fevereiro de 2013 e aprovada para publicação em 22 de maio de 2013.

  • 1 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 7.
  • 2Idem, Ibidem, p. 9.3 Walter Benjamin, Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987.
  • 4 Alessandro Portelli, "A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais," Tempo, vol. 1, n. 2, Rio de Janeiro, 1996, p. 59-72.
  • 5 Eduardo Coutinho, "O cinema documentário e a escuta sensível da alteridade", Projeto História, n. 15, São Paulo, 1997, p. 165-191.
  • 6 Henri Bergson, Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito, 4. Ed., São Paulo, WMF M. Fontes, 2010.
  • 7 Ecléa Bosi, Memória e sociedade: lembranças de velhos, 3. Ed., São Paulo, Cia das Letras, 1994.
  • 8 Paul Ricoeur, A memória, a história, o esquecimento, Campinas, Editora da Unicamp, 2007.
  • 9 Roland Barthes apud Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 52.
  • 10 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 17.
  • 11 Dentre possíveis abordagens, menciono autores que situam o tema em suas áreas de estudo, com a ressalva de serem escolhas dentro de variado e saboroso menu! Roger Chartier debate a história entre certezas e inquietudes; Fritjof Capra dedica-se ao diálogo entre teorias das ciências físicas e biológicas, com sistemas políticos e sociais; Beatriz Sarlo pensa a emergência da cultura da memória a partir da guinada subjetiva. Cf. Roger Chartier, À beira da falésia: a história entre certezas e inquietudes, Porto Alegre, Ed. UFRGS, 2002.
  • Fritjof Capra, As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável, São Paulo, Cultrix, 2005.
  • Beatriz Sarlo, Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva, São Paulo, Cia das Letras; Belo Horizonte, UFMG, 2007.
  • 12 Aqui me refiro ao ensaio "O autor como produtor", de 1934, Walter Benjamin, Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987.
  • 13 Roland Barthes, "A morte do autor" (1968), In: ______. O rumor da língua. 2. Ed., São Paulo, M. Martins, 2004, p. 65-78.
  • 14 Michel Foucault, O que é um autor?, 4. Ed., Lisboa, Passagens; Vega, 2000.
  • 15 Giorgio Agamben, "O autor como gesto," In: ______. Profanações, São Paulo, Boitempo, 2007, p. 55-62.
  • 16 Giles Deleuze, Felix Guatari, "Introdução: Rizoma," Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 1, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1995, p. 11-37.
  • 17 Rubem Alves, Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p.23.
  • 18 Durval Muniz Albuquerque Jr., História. A arte de inventar o passado, Bauru, Edusc, 2007.
  • 19 João-Francisco Duarte Jr., O Sentido dos Sentidos: A Educação (do) Sensível, 4. Ed., Curitiba, Criar Edições, 2006.
  • 1
    Rubem Alves,
    Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 7.
  • 2
    Idem, Ibidem, p. 9.
  • 3
    Walter Benjamin,
    Magia e técnica, arte e política:
    Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987.
  • 4
    Alessandro Portelli, "A Filosofia e os Fatos. Narração, interpretação e significado nas memórias e nas fontes orais,"
    Tempo, vol. 1, n. 2, Rio de Janeiro, 1996, p. 59-72.
  • 5
    Eduardo Coutinho, "O cinema documentário e a escuta sensível da alteridade",
    Projeto História, n. 15, São Paulo, 1997, p. 165-191.
  • 6
    Henri Bergson,
    Matéria e memória:
    ensaio sobre a relação do corpo com o espírito, 4. Ed., São Paulo, WMF M. Fontes, 2010.
  • 7
    Ecléa Bosi,
    Memória e sociedade: lembranças de velhos, 3. Ed., São Paulo, Cia das Letras, 1994.
  • 8
    Paul Ricoeur,
    A memória, a história, o esquecimento, Campinas, Editora da Unicamp, 2007.
  • 9
    Roland Barthes
    apud Rubem Alves,
    Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 52.
  • 10
    Rubem Alves,
    Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 17.
  • 11
    Dentre possíveis abordagens, menciono autores que situam o tema em suas áreas de estudo, com a ressalva de serem escolhas dentro de variado e saboroso menu! Roger Chartier debate a história entre certezas e inquietudes; Fritjof Capra dedica-se ao diálogo entre teorias das ciências físicas e biológicas, com sistemas políticos e sociais; Beatriz Sarlo pensa a emergência da cultura da memória a partir da guinada subjetiva. Cf. Roger Chartier,
    À beira da falésia:
    a história entre certezas e inquietudes, Porto Alegre, Ed. UFRGS, 2002. Fritjof Capra,
    As conexões ocultas:
    ciência para uma vida sustentável, São Paulo, Cultrix, 2005. Beatriz Sarlo,
    Tempo passado:
    cultura da memória e guinada subjetiva, São Paulo, Cia das Letras; Belo Horizonte, UFMG, 2007.
  • 12
    Aqui me refiro ao ensaio "O autor como produtor", de 1934, Walter Benjamin,
    Magia e técnica, arte e política:
    Ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo, Brasiliense, 1987.
  • 13
    Roland Barthes, "A morte do autor" (1968),
    In: ______.
    O rumor da língua. 2. Ed., São Paulo, M. Martins, 2004, p. 65-78.
  • 14
    Michel Foucault,
    O que é um autor?, 4. Ed., Lisboa, Passagens; Vega, 2000.
  • 15
    Giorgio Agamben, "O autor como gesto,"
    In: ______.
    Profanações, São Paulo, Boitempo, 2007, p. 55-62.
  • 16
    Giles Deleuze, Felix Guatari, "Introdução: Rizoma,"
    Mil platôs:
    capitalismo e esquizofrenia, vol. 1, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1995, p. 11-37.
  • 17
    Rubem Alves,
    Variações sobre o prazer: Santo Agostinho, Nietzsche, Marx e Babette, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2011, p.23.
  • 18
    Durval Muniz Albuquerque Jr.,
    História.
    A arte de inventar o passado, Bauru, Edusc, 2007.
  • 19
    João-Francisco Duarte Jr.,
    O Sentido dos Sentidos:
    A Educação (do) Sensível, 4. Ed., Curitiba, Criar Edições, 2006.
  • 20
    Rubem Alves,
    op cit., p. 147.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Jan 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 2013
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