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O presente da Tempo

Com este novo número, uma nova equipe assume a editoria da Tempo. Queremos saudar e agradecer os dois editores que nos precederam, os professores Ronald Raminelli e Renato Franco, por todo o trabalho realizado quando estiveram no comando da revista, mantendo sua confiabilidade e prestígio entre a comunidade dos historiadores e demais investigadores das ciências sociais e humanas.

A Tempo é uma revista com uma política editorial aberta para a variedade de temas, problemas e abordagens da área de História, atenta às suas renovações e disposta a ajudar a promover inovações historiográficas. Por essa razão, os artigos de nossa revista passam pelo crivo de pareceristas altamente qualificados, o que vem garantindo a publicação de trabalhos e pesquisas de ponta na área de História.

Nosso compromisso, portanto, é manter o padrão de excelência já conquistado pela Tempo, uma revista com tradição na historiografia brasileira, presente na cena intelectual do país desde 1996, ano de seu surgimento. Queremos, também, dar continuidade à política editorial de internacionalização da Tempo, tanto para aumentar a sua divulgação e circulação no exterior, quanto para que seja um lugar de referência em publicação para pesquisadores de diferentes países e continentes.

Por essa razão, parte de nossa atuação estará concentrada na promoção de uma política de internacionalização (Parker, 2014PACKER, Abel Laerte. A eclosão dos periódicos do Brasil e cenários para seu porvir. Educação e Pesquisa, São Paulo: USP, v. 40, n. 2, p. 301-323, 2014., p. 308) a partir de ações como: a ampliação da publicação de textos em inglês, francês e espanhol; o incentivo a dossiês com temáticas relevantes e originais para a área e que tenham colaboradores oriundos de universidades e centros de pesquisa no exterior; a participação de eventos no exterior, especialmente na América Latina, em Congressos de editores interessados em debater o modelo de publicação acadêmica na era digital e global, pensando políticas colaborativas de acesso aberto, contribuindo, assim, para aprofundar a profissionalização da revista; o estímulo da seção de entrevistas com historiadores que estejam produzindo reflexões de impacto para o campo, a exemplo de problemas relacionados à temporalidade, às diferentes formas de periodização, às abordagens interdisciplinares que levam em conta o frutífero diálogo da história com as ciências humanas e sociais.

Neste sentido, a entrevista do historiador francês Henry Rousso à Tempo aqui publicada, é indicativa deste esforço que consiste em abrir uma seção bilíngue dedicada a tratar de temas que concentram importantes questões da e para a história, sempre levando em conta o caráter plural da revista. Ao falar dos desafios de se escrever uma história do tempo presente, Rousso toca em problemas que, julgamos, interessam a todos os historiadores, como a questão da validação da pesquisa histórica, o estabelecimento de marcos cronológicos, a relação entre história e política, o problema da objetividade e da subjetividade do conhecimento histórico.

Assim, acreditamos que nos próximos anos, a Tempo continuará se caracterizando como um fórum aberto e qualificado de interlocução historiográfica que não apenas acompanha as tendências e debates contemporâneos, mas os propõe.

Alexsander Gebara, Angélica Müller e Francine Iegelski

Referência Bibliográfca

  • PACKER, Abel Laerte. A eclosão dos periódicos do Brasil e cenários para seu porvir. Educação e Pesquisa, São Paulo: USP, v. 40, n. 2, p. 301-323, 2014.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    May-Aug 2018
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