Acessibilidade / Reportar erro

Effects of habitat complexity on the structure of macrobenthic association in a Spartina altemiflora marsh

Abstracts

The structure and seasonal variability of macrobenthic associations in four different patches on a Sportillo alterniflora bed at Arrozal Point, Cananéia, São Paulo State are described and compared. In the local intertidal marsh, densities of S. oltemifloro plants appear in sparsely or denscly arranged patches, both in tall and short forms. The infaunal polychaetes Copitella copitata, Isolda pulchella, Laconereis acuta accounted for 44.0% of the total individuals while epifaunal forms such as Helcobia australis, Littorina ollngulifera, Tholozidium rhombofrotalis and Sphoeromopsis mourei were the second most abundant components with 39.5%. Classilication analyses of sampling time in the same sampling patch indicated that species groups were formed basically by spatial similarity and peak densities of macrofauna and secondarily by temporal patterns. Temporal variations were evident with higher number of species in eolder months (winter and spring). Species diversity and evenness did not show clear seasonal pattcrns, although they were sigmlicantly different in sampling patchcs and time. Heleobia australis, Littorina agulifera and Anomalocardia brasilienses were dominant in tall sparse S. alterniflora with density pcaks occurring in winter/spring pcriods. Tholozodium rhombofrontalis and Sphoeromopsis mourei; were dominant in short sparse S. olterniflora with density peaks in summer. In tall, densely distributed S. altemiflora plants the higher densities occurred in winter and the dominant spccies were Nereis oligohoalina, Isolda pulchella and Copitella capitata. The species H. australis, L ongulifera and A. brasiliensis predominated in the short S. alterniflora plants denscly distributed, with faunistic peaks recorded in spring. The results suggcst that differenccs in form and aggregation of S. alternifloraimpart changes in the structure of macrobenthic fauna associated to this vegetation.

Habitat complexity; macrobenthic associalion; Spartina altemiflora marsh; Southern coast of São Paulo State; Brazil


A estrutura e variação temporal de associações macrobentônicas de marismas de Spartina olterniflora, estruturalmente diferentes com rcelação à forma (baixa ou alta) e ao grau de agregação (esparsa ou agregada), foram descritas e comparadas, na Ponta do Arrozal, região de Cananéia, costa sul do Estado de São Paulo. Representantes da infauna como os pohquetos Copitella copitata, Isolda pulchella, Nereis oligohallia eLaconereis acuta perfizeram 44,0% da fauna coletada, enquanto que formas epifaunais como HHeleobia australis, Littorina agulifera,Tholozidium rhombofrotaliseSphoeromopsis mourei atingiram 39,5%. Análises classificatórias dos períodos de amostragem indicaram que os agrupamentos de espécies foram formados basicamente pela similaridade espacial e picos de densidade da macrofauna seguidos pelos padrões de variação temporal. Os maiores valores de diversidade ocorreram no inverno e primavera. Os índices de diversidade e equitatividade, embora significativamente diferentes entre locais de amostra e tempo, não mostraram um padrão sazonal muito claro. Heleobia australis, Littorina agulifera e Anomalocardia brasilienses foram dominantes entre as plantas altas de S. alterniflora, esparsamente distribuídas, com picos de densidade faunística ocorrendo nos períodos de inverno e primavera. Entre as plantas haixas esparsamente distribuídas as espécies dominantes foramTholozodium rhombofrontalis e Sphoeromopsis mourei;, com maior densidade no verão. Nas plantas altas e agregadas as maiores densidades ocorreram no inverno e as espécies dominantes foram Nereis oligohoalina, Isolda pulchella e Copitella copitata. As espécies H. australis, L. ongulifera e A. brasilienses dominaram nas marismas baixas e agregadas, apresentando os maiores valores de densidade na primavera. Os resullados sugerem que diferenças na forma e agregação de S. alterniflora provocam mudanças na estrutura da fauna macrobentônica associada a esta vegetação.

Complexidade de hahitat; Associações macrobentônicas; marisma de Spartino altenriflora; Costa sul do Estado de São Paulo; Brasil


RESEARCH ARTICLES

Effects of habitat complexity on the structure of macrobenthic association in a Spartina altemiflora marsh

Maurea Nicoletti Flynn* * Bolsista de pós-doutorado do CNPq Contr. nº 794 do Inst. oceanogr. da Usp. ; Airton Santo Tararam; Yoko Wakabara

Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (Caixa Postal 66149, 05389-970 São Paulo, SP, Brasil)

ABSTRACT

The structure and seasonal variability of macrobenthic associations in four different patches on a Sportillo alterniflora bed at Arrozal Point, Cananéia, São Paulo State are described and compared. In the local intertidal marsh, densities of S. oltemifloro plants appear in sparsely or denscly arranged patches, both in tall and short forms. The infaunal polychaetes Copitella copitata, Isolda pulchella, Laconereis acuta accounted for 44.0% of the total individuals while epifaunal forms such as Helcobia australis, Littorina ollngulifera, Tholozidium rhombofrotalis and Sphoeromopsis mourei were the second most abundant components with 39.5%. Classilication analyses of sampling time in the same sampling patch indicated that species groups were formed basically by spatial similarity and peak densities of macrofauna and secondarily by temporal patterns. Temporal variations were evident with higher number of species in eolder months (winter and spring). Species diversity and evenness did not show clear seasonal pattcrns, although they were sigmlicantly different in sampling patchcs and time. Heleobia australis, Littorina agulifera and Anomalocardia brasilienses were dominant in tall sparse S. alterniflora with density pcaks occurring in winter/spring pcriods. Tholozodium rhombofrontalis and Sphoeromopsis mourei; were dominant in short sparse S. olterniflora with density peaks in summer. In tall, densely distributed S. altemiflora plants the higher densities occurred in winter and the dominant spccies were Nereis oligohoalina, Isolda pulchella and Copitella capitata. The species H. australis, L ongulifera and A. brasiliensis predominated in the short S. alterniflora plants denscly distributed, with faunistic peaks recorded in spring. The results suggcst that differenccs in form and aggregation of S. alternifloraimpart changes in the structure of macrobenthic fauna associated to this vegetation.

Descriptors: Habitat complexity, macrobenthic associalion, Spartina altemiflora marsh, Southern coast of São Paulo State, Brazil.

ABSTRACT

A estrutura e variação temporal de associações macrobentônicas de marismas de Spartina olterniflora, estruturalmente diferentes com rcelação à forma (baixa ou alta) e ao grau de agregação (esparsa ou agregada), foram descritas e comparadas, na Ponta do Arrozal, região de Cananéia, costa sul do Estado de São Paulo. Representantes da infauna como os pohquetos Copitella copitata, Isolda pulchella, Nereis oligohallia eLaconereis acuta perfizeram 44,0% da fauna coletada, enquanto que formas epifaunais como HHeleobia australis, Littorina agulifera,Tholozidium rhombofrotaliseSphoeromopsis mourei atingiram 39,5%. Análises classificatórias dos períodos de amostragem indicaram que os agrupamentos de espécies foram formados basicamente pela similaridade espacial e picos de densidade da macrofauna seguidos pelos padrões de variação temporal. Os maiores valores de diversidade ocorreram no inverno e primavera. Os índices de diversidade e equitatividade, embora significativamente diferentes entre locais de amostra e tempo, não mostraram um padrão sazonal muito claro. Heleobia australis, Littorina agulifera e Anomalocardia brasilienses foram dominantes entre as plantas altas de S. alterniflora, esparsamente distribuídas, com picos de densidade faunística ocorrendo nos períodos de inverno e primavera. Entre as plantas haixas esparsamente distribuídas as espécies dominantes foramTholozodium rhombofrontalis e Sphoeromopsis mourei;, com maior densidade no verão. Nas plantas altas e agregadas as maiores densidades ocorreram no inverno e as espécies dominantes foram Nereis oligohoalina, Isolda pulchella e Copitella copitata. As espécies H. australis, L. ongulifera e A. brasilienses dominaram nas marismas baixas e agregadas, apresentando os maiores valores de densidade na primavera. Os resullados sugerem que diferenças na forma e agregação de S. alterniflora provocam mudanças na estrutura da fauna macrobentônica associada a esta vegetação.

Descrifores: Complexidade de hahitat, Associações macrobentônicas, marisma de Spartino altenriflora, Costa sul do Estado de São Paulo, Brasil.

Full text available only in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Acknowledgements

This study was made possible through post-doc grant provided by CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - Proc. 300.417.194-2 to the senior author. Sonia Maria Araújo Barreto provided invaluable assistance during the sampling and sorting of biological material.

(Manuscript received 24 November 1995; revised 20 Marsh 1996; accepted 23 April 1996)

  • Bell, J. D. & Westoby, M. 1986. Importance of local changes in leaf height and density to fish and decapods associated with seagrasses. J. expl mar. Biol. Ecol., 104:249-274.
  • Edgar, G. J. 1990. The influence of plant structure on the species richness, biomass and secondary production of macrofaunal assemblages associated with Western Australiao seagrass beds. J. expl mar. Biol. Ecol., 137:215-240.
  • Edgar, G. J. & Moore, P. G. 1986. Macro-algae as habitat for motile macrofauna. Monogr. biot., 4:255-277.
  • FIynn, M. N. 1993. Aspectos ecológicos das associações de espécies e avaliação do efeito da predação sobre a estrutura da macrofauna bentônica de bancos de Spartina (Cananéia, SP, Brasil). Tese de doutorado. Universidade de São Paulo, Instituto Oceanográfico. 84p.
  • Grassle, J. F. & Smith, W. 1976. A similarity measure sensitive to the contribution of rare species and its use in investigation of variations in marine benthic communities. Oecologia, 25:13-22.
  • Gunnil, F. C. 1983. Seasonal variations in the invertebrate fauna of Pelvetia fastígiata (Fucaceae): effects of plant size and distribution. Mar. Biol., 73:115-130.
  • Heck Jr, K. L. & Thoman, T. A. 1981. Experiments on predatory-prey interaction in vegetated aquatic habitats. J. expl mar. Biol. Ecol., 53:125-134.
  • Jackson, J. B. C. 1972. The ecology of the molluses of 171alassia communities, Jamaica, West Indians. n. Molluscan population variability along an environment stress gradient. Mar. Biol., 14(4):304-337.
  • Lana, P. C. & Guiss, C. 1991. Influence of Sparlina altemiflora on the structure and temporal variability of macrobenthic associations in a tidal flat of Paranaguá Bay (Southeastern Brazil). Mar. Ecol.-Prog. Ser., 73:231-244.
  • Lewis, F. G. 1984. Distribution of macrobenthic crustaceans associated with Thalassia, Halodllle and .bare sand substrata. Mar. Ecol.-Prog. Ser.,18:101-113.
  • Lewis, F. G. & Stoner, A. W. 1983. Distribulion of macrofauna within seagrass beds: an explanation for patterns of abundance. Bull. mar. Sci., 33:296-304.
  • Nelson, W. S. 1979. Experimenlal studies of selective predation on amphipods. Consequences for amphipod distribution and abundance. J. expl mar. Biol. Ecol., 38:225-245.
  • Ono, Y. 1961. An ecological study of brachyuran community on Tomioka Bay, Amakusa. K. Y. Usher. Rec. oceanogr. Wks Japan, 5:199-210.
  • Orth, R.J.; Heck Jr, K. L. & Weinstein, M. P.1984. Faunal relationships in seagrass and marsh ecosystems. Estuaries, 7:273-274.
  • Petcrson, C. H.; Summerson, H. C. & Duncan P. B. 1984. The influence of seagrass cover on population structure and individual growth rate of a suspension-feeding bivalve, Mercenaria mercenaria. J. mar. Res., 42:123-138.
  • Rader, D. N. 1984. Salt-marsh benthic invertcbrates: small-scalc patterns of distribution and abundance. Estuaries, 7:123-138.
  • Rcice, S. R. & Stiven, A. E. 1983. Environmental patchiness, litter decomposition and associated faunal patterns in Spa11i1la altemiflora marsh. Estuar. coast. Shclf Sci., 16:559-571.
  • Schaeffer-Novelli, Y.; Mesquita, . H. S. L. & Cintron-Molero, B. 1990. The Cananéia lagoon estuarine system, São Paulo, Brazil. Estuaries, 13(2):193-203.
  • Schneider, F. I. & Mann, K. H. 1991. Species specific relationship of invertebrates to vegetation in a seagrass bed. I. Correlational studies. J. expl mar .Biol. Ecol., 145:101-117.
  • Stoner, A. W. 1980. Thc role of seagrass biomass in the organization of benthic macrofaunal assemblages. Bull.. mar. Sei., 30:537-551.
  • Strickland, J. D. & Parsons, T. R. 1968. A practical handbook of seawater analysis. J. Fish. Res. Bd Can., 197:1-311.
  • Suguio, K. 1973. Introdução a sedimentologia. São Paulo, Edgard Blücher/EDUSP. 312 p.
  • Tararam, A. S. & Wakabara, Y. 1987. Benthic fauna living on Spallilla altemiflora of Cananéia estuarine lagoon (25ş02'S - 47ş56'W). Bolm Inst. oceanogr., S Paulo, 35(2):103-113.
  • Virnstcin, R. W. 1977. The importance of predation by crabs and fishes on benthic infauna in Chesapeake Bay. Ecology,58:1199-1217.
  • Virnstein, R. W. & Howard, R. K. 1987. The motile epifauna of marine macrophytes in the Indian River lagoon, Florida. 11 . Comparisons between drift algae and three speeies of seagrass. Bull. mar. Sci., 41:13-26.
  • *
    Bolsista de pós-doutorado do CNPq Contr. nº 794 do Inst. oceanogr. da Usp.
  • Publication Dates

    • Publication in this collection
      22 Apr 2013
    • Date of issue
      1996

    History

    • Accepted
      23 Apr 1990
    • Reviewed
      20 Mar 1996
    • Received
      24 Nov 1995
    Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo Praça do Oceanográfico, 191, 05508-120 São Paulo SP Brasil, Tel: (55 11) 3091-6513, Fax: (55 11) 3032-3092 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: amspires@usp.br