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Editorial

EDITORIAL

Iniciando mais um ano na editoração da revista Psico-USF, o trabalho realizado em parceria com o Conselho Editorial, os Consultores ad hoc, os Assistentes editoriais, e os autores e leitores tem possibilitado um aumento considerável no número de manuscritos submetidos à revista. Diante disso, os esforços têm sido redobrados com o objetivo de manter a rapidez de resposta na análise de manuscritos. Isso está sendo possível graças ao empenho em conjunto. Assim, reforço mais uma vez minha gratidão a todos os profissionais e pesquisadores da psicologia brasileira que têm colaborado com a nossa revista.

O volume 16, número 1, da revista Psico-USF apresenta doze artigos e duas resenhas, com representatividade de regiões geográficas do país e de trabalho internacional, além de uma ampla gama de assuntos abordados. Os trabalhos iniciais referem-se à construção e estudos psicométricos de instrumentos de medida. O primeiro artigo, escrito por Sueli Edi Rufini, José Aloyseo Bzuneck e Katya Luciane de Oliveira, intitulado Estudo de validação de uma medida de avaliação da motivação para alunos do ensino fundamental, relata o processo de construção e validação de um instrumento para avaliação da qualidade motivacional em estudantes do ensino fundamental. As análises iniciais indicaram a presença de estrutura interna adequada e bons índices de precisão. Em seguida, o trabalho realizado por Camila Alves Fior, Elizabeth Mercuri e Leandro da Silva Almeida também buscou a construção e o estudo da validade de um instrumento, no caso específico, da Escala de Interação com Pares. O titulo do trabalho é Escala de Interação com Pares: construção e evidências de validade para estudantes do ensino superior. Os autores concluíram que o instrumento apresentou propriedades psicométricas adequadas. Ainda na linha de destacar a construção de instrumentos, Rodolfo Augusto Matteo Ambiel e Ana Paula Porto Noronha apresentam o artigo Construção dos itens da Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional. Os autores relatam três etapas de estudo que conduziram à criação dos itens da Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional, concluindo que a estrutura da mesma não deveria ser modificada. Também objetivado o estudo psicométrico de instrumentos de medida, Daniel Bartholomeu, Marjorie Cristina Rocha da Silva e José Maria Montiel elaboraram o artigo intitulado Teste de Habilidades Sociais para crianças: evidências psicométricas de uma versão inicial, que descreve o desenvolvimento de uma medida de avaliação das habilidades sociais em crianças do ensino fundamental. O estudo da estrutura interna revelou a existência de três fatores com propriedades psicométricas satisfatórias. O último dentro desse escopo de trabalhos é o realizado por Ítor Finotelli Júnior e Cláudio Garcia Capitão, com o título de Evidências de validade da versão brasileira da Escala de Autoeficácia Sexual - Função Erétil, que objetivou verificar a existência de evidências de validade baseadas na estrutura interna e nas relações com outras variáveis para a versão brasileira traduzida e adaptada da Escala de Autoeficácia Sexual - Função Erétil. No estudo, conclui-se que as dimensões do instrumento são capazes de discriminar características a respeito das queixas do tipo de dificuldade eretiva e satisfação com o relacionamento sexual.

O sexto e sétimo artigos deste número abordam o tema estresse. No artigo Vulnerabilidade ao estresse no trabalho e percepção de suporte familiar em porteiros: um estudo correlacional, Cristiane Oliveira Alves Telles Nunes e Sandra Leal Calais objetivaram avaliar e correlacionar os níveis de vulnerabilidade ao estresse no trabalho e percepção de suporte familiar em trabalhadores porteiros. Nos resultados foram observadas correlações negativas, de magnitude baixa, e estatisticamente significativas, entre os construtos pesquisados. Por sua vez, Gabriela Sbardelloto, Luiziana Souto Schaefer, Alice Reuwsaat Justo e Christian Haag Kristensen, no trabalho intitulado Transtorno de estresse pós-traumático: evolução dos critérios diagnósticos e prevalência, se propuseram a apresentar uma revisão crítica da literatura sobre o desenvolvimento dos critérios diagnósticos do Transtorno de Estresse Pós-Traumático ao longo das edições do Manual diagnóstico e estatístico dos transtornos mentais.

Influência dos pais no processo de escolha profissional dos filhos: uma revisão da literatura é o titulo do oitavo artigo, de autoria de Fabiana Hilário de Almeida e Lucy Leal Melo-Silva. As autoras discutem, de forma sistemática, a produção de conhecimento sobre a influência dos pais no processo de escolha da carreira de filhos adolescentes, mostrando, nos seus resultados, que essa influência ocorre continuamente nos processos de interação dentro dos grupos familiares.

Outro tema presente nesta edição é concernente à área da psicologia organizacional. Nesse sentido, Mary Sandra Carlotto, no texto Adição ao trabalho e relação com fatores de risco sociodemográficos, laborais e psicossociais, investigou prevalência e os fatores de risco sociodemográficos, laborais e psicossociais em uma amostra de trabalhadores do Rio Grande do Sul. Dentre os resultados, foi observada uma associação positiva entre trabalho excessivo e carga horária contratual, e trabalho excessivo e carga horária efetivamente realizada, além de o trabalho compulsivo ter se associado negativamente ao tempo de exercício profissional e de trabalho na empresa, bem como à percepção de estar saudável e à satisfação com a vida em geral.

O artigo seguinte, de autoria de Bruna Gomes Mônego e Maycoln Leoni Martins Teodoro, investigou a influência dos traços de personalidade de acordo com o modelo dos Cinco Grandes Fatores e do amor segundo a Teoria Triangular do Amor de Sternberg na satisfação conjugal. O título do trabalho é A Teoria Triangular do Amor de Sternberg e o Modelo dos Cinco Grandes Fatores. Por sua vez, o trabalho seguinte, intitulado Teste Wisconsin de Classificação de Cartas: uma revisão sistemática de 1952 a 2009, de José Humberto da Silva-Filho, Sonia Regina Pasian e Janaina Silva Martins Humberto, realizou uma revisão bibliográfica dos artigos que fazem referência ao teste, identificando 1.076 artigos científicos no período pesquisado.

Por fim, o artigo de Ana Paula Parada e Valéria Barbieri, Reflexões sobre o uso clínico do TAT na contemporaneidade, teve como objetivo investigar a influência do contexto sócio-histórico-cultural e artístico na definição dos cartões do Teste de Apercepção Temática. As autoras recomendam o uso crítico e cauteloso do TAT no que se refere à análise das histórias produzidas.

Na sessão de resenhas, Marlene Alves da Silva analisa o livro Testes informatizados para a avaliação psicológica e educacional, e Nayane Martoni Piovezan discorre sobre o livro Avanços em avaliação psicológica e neuropsicológica de crianças e adolescentes.

Desejamos que todos tenham uma leitura proveitosa.

Fabián Javier Marín Rueda

Editor

Abril de 2011

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Ago 2011
  • Data do Fascículo
    Abr 2011
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