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Homenagem a Yvonne Khouri (1923 - 2013)

Homenaje a Yvonne Khouri (1923 - 2013)

Tribute to Yvonne Khouri (1923 -2013)

HISTÓRIA HISTORY HISTORIA

Homenagem a Yvonne Khouri (1923 - 2013)

Tribute to Yvonne Khouri (1923 -2013)

Homenaje a Yvonne Khouri (1923 - 2013)

Carmem Silvia Rotondano TavernaI; Sérgio Antônio da Silva LeiteII

IPontifícia Universidade Católica de São Paulo

IIUniversidade Estadual de Campinas - SP

É uma grande honra homenagear a Dra. Yvonne Khouri - Yvonne Alvarenga Gonçalves Khouri, cuja trajetória como psicóloga, educadora e ser humano é exemplo do compromisso da Psicologia com as questões sociais brasileiras, especialmente no campo da Educação.

Paulistana, Yvonne formou-se na Faculdade de Saúde Pública da USP, em 1945, e concluiu o curso de especialização em Psicologia Clínica em 1959, na PUC/SP. Obteve o registro de psicólogo logo após a regulamentação da profissão, em 1962 (nº. 625), feita pelo MEC, e no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, em 1975 (CRP06 - 1042).

Na Secretaria da Educação da Prefeitura de São Paulo

No final dos anos 1950, já trabalhando na Prefeitura de São Paulo, Yvonne Khouri assumiu a chefia do Setor de Psicologia Clínica do Serviço de Assistência ao Escolar do Departamento de Educação, Assistência e Recreio, da Secretaria de Educação e Cultura do município, e foi a responsável, anos depois, pela criação do Serviço de Psicologia Escolar.

Nesse período cabia à Clínica Psicológica a tarefa de atender crianças e suas famílias encaminhadas pelas escolas e parques infantis, realizando diagnósticos e terapia. Além disso, a ela cabia também orientar professores quanto aos aspectos psicológicos do desenvolvimento infantil e oferecer cursos aos administradores escolares.

Ao longo da década de 1960 a Secretaria da Educação e Cultura tornou-se mais complexa com a expansão do ensino primário, e em 1967 passou por uma reestruturação. O Departamento de Recreação e Assistência passou a ser denominado Departamento de Assistência Escolar, constituído pelas seguintes Divisões: Odontológica, de Nutrição e de Assistência Médica. Nesta, foi criada a Seção de Psicologia Clínica, responsável pelo funcionamento das clínicas psicológicas do Itaim e da Mooca, sob a chefia de Yvonne Khouri.

Atenta às modificações que ocorreram no país e, consequentemente, na educação brasileira, na década de 1960 e início dos anos 1970 ela acompanhou estreitamente as transformações da escola pública, em especial o aumento significativo dos índices de reprovação de alunos na 1ª série. Sensível ao crescente aumento no número de encaminhamentos dessas crianças para atendimento psicológico, Yvonne Khouri buscou compreender, por meio de estudos e pesquisas, o denominado fracasso escolar.

Em 1974 a psicóloga fez um levantamento da realidade escolar e suas necessidades, com vistas a estabelecer algum plano de ação para a Psicologia. Em seu estudo, que envolveu 1.184 crianças e teve como base os dados obtidos em entrevistas com pais das crianças atendidas nas clínicas psicológicas e em relatórios de professores, constatou que muitos dos denominados "distúrbios de escolaridade", que correspondiam a 80% dos encaminhamentos, poderiam ser prevenidos ou minimizados mediante a ação do psicólogo na escola, e que esse serviço deveria priorizar a 1ª série, pois 57% das crianças encaminhadas frequentavam essa série. No ano seguinte realizou a pesquisa Avaliação do desenvolvimento intelectual de alunos de 1ª série do ensino de 1º grau da PMSP e suas relações com o fracasso escolar, com amostra de 10% da população escolar de 1ª série - meninos e meninas, entre 7 e 14 anos.

Os estudos por ela orientados indicaram que o fracasso escolar era o motivo de cerca de 80% dos encaminhamentos, o que mostrava a necessidade de adequação dos programas e metodologias educacionais e de ações profiláticas na área da saúde mental do escolar, de sua família e da escola como instituição. Essas ações poderiam ser realizadas de modo integrado por psicólogos, pedagogos, professores e pais, na própria escola.

Assim, além de manter o Serviço de Psicologia Clínica para alunos que necessitassem de diagnóstico psicológico e de psicoterapia, Yvonne Khouri propôs à Secretaria de Educação o Projeto Piloto de Psicologia Escolar, que foi instalado em julho de 1975. Era um projeto pioneiro, de abrangência comunitária, desenvolvido em escolas localizadas na periferia da cidade. Seu trabalho era um desafio, pois se confrontava com o encaminhamento dado pela Psicologia à época, colocando-se ao lado dos questionamentos que passaram a ser feitos em relação à profissão de psicólogo e ao encaminhamento dado pelo ensino de psicologia. Os psicólogos da prefeitura, os clínicos e os escolares, além de utilizar conhecimento e instrumental específico da área, precisariam compreender as relações entre escola e sociedade. Nessa perspectiva, os psicólogos escolares trabalhariam em ações integradas entre psicólogos, assistentes pedagógicos, orientadores educacionais, professores e pais e deveriam priorizar a ação com o grupo de alunos que chegava à escola - 1ª série - e com alunos que deixavam a escola (8ª série), auxiliando-os na escolha adequada de uma profissão ou de estudos posteriores. Também realizariam pesquisas no campo da Psicologia, além de acolherem estudantes em estágio.

Contando com uma avaliação positiva, o serviço de psicologia escolar foi ampliado nos anos seguintes: em 1978, os psicólogos, em número de 80, atuavam em aproximadamente 160 escolas do I grau e de Educação Infantil.

Yvonne Khouri valorizou o encontro dos psicólogos para a discussão crítica de seu trabalho, em espaço próprio; assim, em 1978 fundou e presidiu a Associação dos Psicólogos da Prefeitura - APP, com o objetivo de aglutinar não só os psicólogos da Secretaria da Educação, mas também aqueles que trabalhavam em outras secretarias. Vale lembrar que, durante todo esse período, ainda vigorava uma política autoritária nas instâncias públicas.

Em 1979 aposentou-se da PMSP. Deixou seu exemplo, força, persistência e a confirmação da importância da Psicologia na educação pública. Continuou companheira, respondendo prontamente aos pedidos de ajuda a ela feitos nos dez anos seguintes, até a extinção dos serviços de Psicologia na Secretaria da Educação.

Na PUC-SP

Como professora na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC/SP, cargo que ocupou desde 1963 no Centro de Educação, assumiu por duas gestões sua direção e a de representante junto ao Conselho Universitário (órgão máximo de deliberação da universidade). Também na PUC/SP, no período de 1977 a 2000, chefiou o Departamento de Tecnologia da Educação, participou do Programa de Avaliação Institucional e coordenou a Comissão de Avaliação Institucional. Foi professora do Programa de Pós-Graduação em Educação em Currículo, tendo tomado a si a responsabilidade de formação de muitos mestres e doutores, lado a lado com outros educadores como, por exemplo, Paulo Freire, com quem partilhou seu trabalho e que muito contribuiu com sua experiência, conhecimento e compromisso social.

Publicações

Yvonne tem inúmeras publicações, nas quais participou direta ou indiretamente, no entanto duas merecem especial destaque, pela importância que tiveram para a categoria dos psicólogos, em especial para os profissionais que atuam na área da Educação e para a formação e o ensino de Psicologia.

Khouri, Y. G. (Org.). (1984). Psicologia Escolar (Coleção Temas Básicos de Psicologia). São Paulo: EPU.

Além de organizadora, Yvonne escreveu o prefácio, a introdução, a conclusão e dois capítulos da obra "Educação e Psicologia Escolar".

No prefácio e na introdução, Yvonne Khouri deixa bastante evidente sua posição ética e política quanto às questões da Educação e da Psicologia no âmbito educacional e escolar. Participante dos encontros e seminários realizados à época pelo Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo e pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, o qual presidia, tornou-se porta-voz dos psicólogos que atuavam na área. Ao organizar esse livro, evidenciou a necessidade "de definir claramente a contribuição [do psicólogo] à educação, dentro de sua especificidade profissional" e, "de aprofundar mais nossos conhecimentos sobre aspectos filosóficos, sociais e econômicos deste processo, aspectos estes que constituem um cenário que não deve ser perdido [...], pois este processo nos dará definições sobre o homem, a estrutura social, o comportamento e as relações humanas" (p. IX-X). Na conclusão, reitera sua preocupação com a educação desumanizadora e mecanicista e seus anseios em relação a ela e à possibilidade de trabalho para o psicólogo escolar.

Escreveu ainda dois capítulos: Aspectos do desenvolvimento intelectual de crianças pertencentes a níveis socioeconômicos diferentes, no qual "enfatiza a necessidade da utilização de testes psicológicos numa modalidade libertadora, sem torná-los instrumentos que contribuam à discriminação de crianças"; e O autoritarismo na relação professor-aluno, no qual relata uma pesquisa com adolescentes e a sensibilização de professores. Neste último capítulo apresenta a escola como um centro de relações autoritárias, difíceis de serem enfrentadas pelo psicólogo, não só por sua estrutura administrativa e burocrática, mas também pelo fato de "o autoritarismo estar profundamente interiorizado em todos nós". Para Yvonne Khouri, "só à medida que conseguimos entender o nosso autoritarismo temos condições para deixar de exercê-lo" (p.75).

Em síntese, pode-se afirmar que, para Yvonne, embora seja difícil, não é impossível para o psicólogo, considerando as reais necessidades da escola, promover a dignidade de todos os envolvidos no processo educacional e buscar formas criativas de trabalho, assim como fizeram os autores que colaboraram nesse volume, ao relatarem suas experiências.

Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região (São Paulo), & Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo. (1986). Psicologia no ensino do 2º grau: uma proposta emancipadora . São Paulo: Edicon.

A partir de 1980 o Sindicado dos Psicólogos e o Conselho Regional de Psicologia de São Paulo assumiram a luta pela volta das disciplinas das áreas das ciências humanas - Psicologia, Filosofia e Sociologia - ao então ensino de 2º Grau. Para tanto, foi formada a Comissão de Ensino CRP-Sindicato, da qual Yvonne participou ativamente, junto com os colegas Carlos Rodrigues Ladeia, Regina Aparecida Loureiro Caroni e Sérgio Antônio da Silva Leite.

Em sua fase inicial, a Comissão de Ensino desenvolveu amplo trabalho de articulação junto às entidades representantes dos filósofos e dos sociólogos e, principalmente, junto à CENP - Coordenadoria de Ensino e Normas Pedagógicas da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Nesta instância foi formado um grupo de trabalho conjunto, com o objetivo de formular, em curto prazo, uma proposta de conteúdos programáticos para a disciplina Psicologia no 2º Grau.

Dessa aproximação resultaram duas importantes consequências: a primeira foi que a SEE/SP incluiu as disciplinas das ciências humanas no concurso de ingresso de docentes, previsto para 1986, como realmente ocorreu; e segunda foi a realização do curso "Psicólogo - docente no ensino de 2º Grau", no segundo semestre de 1995, nas dependências da CENP, com o objetivo de colaborar com o aprimoramento da ação educacional dos licenciados em Psicologia que já atuavam na área ou que tinham interesse em iniciar a atividade docente no Ensino Médio. Para tanto, foram convidados psicólogos e pesquisadores, que apresentaram, para os 250 psicólogos inscritos, análises sobre cada um dos onze temas propostos para o rol dos conteúdos programáticos da disciplina.

A Comissão de Ensino, de posse desse rico material, decidiu reuni-lo em um livro para possibilitar uma ampla socialização dessa inédita experiência.

Na apresentação do livro, elaborada pela Comissão de Ensino, fica expressa a intenção de que as disciplinas das ciências humanas, em especial a Psicologia, voltem-se para a "formação do sujeito crítico e participante, assegurando-lhe uma visão integrada de Homem e de mundo, para a qual as ciências humanas dão especial contribuição". Na sequência, sugere que "o professor, ao mesmo tempo em que se questiona como reprodutor da ideologia dominante estará contribuindo, simultaneamente, para o nascimento de uma proposta curricular atenta aos elementos contraditórios do real, inserido no contexto mais amplo do processo social. Desta maneira é que se entende a ação transformadora da Educação".

A proposta previa como tema central o Homem como ser total que interage com o mundo. A questão norteadora dos temas escolhidos era: "O que determina a ação humana em nossa sociedade?".

Yvonne teve um papel fundamental na construção e desenvolvimento do trabalho acima resumido.

No Sistema Conselhos de Psicologia

Durante as décadas de 80 e 90 do século passado, Yvonne participou ativamente nos conselhos, atuando tanto no Conselho Regional de Psicologia de São Paulo quanto no Conselho Federal de Psicologia, chegando a assumir a presidência do CRP-SP, em um período de importantes realizações para a organização política da categoria, como a realização do I Congresso Nacional de Psicologia (I CNP).

Dentre as inúmeras atividades desenvolvidas, algumas merecem destaque por sua abrangência e relevância. Além da sua participação na já citada Comissão de Ensino, relacionada com a disciplina Psicologia no 2º Grau, Yvonne também participou ativamente da Comissão de Psicologia Educacional, juntamente com outros colegas profissionais da área. Esta comissão começou, no início dos anos 1980, a articulação dos psicólogos no Estado de São Paulo que atuavam na área da Educação. Planejou e realizou as três versões do "Encontro de Psicólogos da Área da Educação", nos anos de 1981, 1982 e 1983, respectivamente, nas dependências do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo. Esse processo caracterizou-se como o movimento pioneiro que iniciou o trabalho de organização dos psicólogos escolares e educacionais, que hoje assume proporções nacionais.

Destaca-se o I Encontro, de 1981, que foi precedido de uma ampla pesquisa elaborada pela comissão, sobre a atuação do psicólogo na área da Educação, no Estado de São Paulo, comissão na qual Yvonne teve um papel fundamental. Os dados foram apresentados e discutidos durante o Encontro, que foi realizado nos dias 6 e 7 de dezembro daquele ano.

Além disso, destaca-se o trabalho desenvolvido por Yvonne como membro da Câmara de Educação e Formação Profissional do CFP, que envolveu, no início dos anos 1990, um importante levantamento sobre o psicólogo, que gerou o livro "Psicólogo Brasileiro - Práticas Emergentes - desafios para a formação", publicado em 1994.

Toda a trajetória de Yvonne, bem como sua atuação no sistema conselhos, possibilitou sua indicação como membro da I Comissão de Especialistas de Psicologia, no MEC.

Diante de tão ampla atuação, fica evidente a importância do papel da Dra. Yvonne Khouri na história da Psicologia, em São Paulo e no Brasil, em especial a da Psicologia Escolar. Não obstante, mais do que sua grande e importante produção profissional e acadêmica, destaca-se a sua figura humana - simples, sempre solidária, mas profundamente envolvida quando se tratava da defesa dos direitos dos setores menos privilegiados da população. Yvonne deixou uma grande lição para as gerações que se seguiram: a luta pela construção de uma Psicologia, como ciência e profissão, marcada pelo compromisso social - que marcou sua atuação como psicóloga e educadora.

Referências

Associação dos Psicólogos da Prefeitura de São Paulo. (1978). Anais do I Ciclo de Debates sobre o Atendimento Psicológico a Escolares. São Paulo: PMSP/APP.

Conselho Federal de Psicologia, & Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região. (1994). Uma profissão chamada Psicologia - CRP-06, 20 ANOS. São Paulo: CRP06.

Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região, & Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo. (1986). Psicologia no ensino do 2º grau: uma proposta emancipadora. São Paulo: Edicon.

KhourI, Y. G. (Org.) (1984). Psicologia Escolar (Coleção Temas Básicos de Psicologia). São Paulo: EPU.

Khouri, Y. (2002). Entrevista concedida à Carmem Silvia R. Taverna.

Projeto de Lei nº. 2549. (1956). Reorganiza o Departamento de Educação, Assistência e Recreio, desdobrando-o em Departamento de Educação e Departamento de Recreação e Assistência. Prefeitura Municipal de São Paulo: PMSP.

Taverna, C. S. R. (2003). Um estudo histórico sobre a Psicologia Escolar na Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de São Paulo. Tese de doutorado, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo-SP.

Sobre os autores

Sérgio Antônio da Silva Leite (sasleite@uol.com.br)

Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, doutorado em psicologia.

Cidade Universitária Zeferino Vaz Barão Geraldo, CEP: 13081-970 - Campinas, SP

Carmem Silvia Rotondano Taverna (carmemtaverna@uol.com.br)

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pós-doutorado em psicologia.

Rua Monte Alegre, 984 - Perdizes, São Paulo - SP, 05014-901.

  • Associação dos Psicólogos da Prefeitura de São Paulo. (1978). Anais do I Ciclo de Debates sobre o Atendimento Psicológico a Escolares São Paulo: PMSP/APP.
  • Conselho Federal de Psicologia, & Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região. (1994). Uma profissão chamada Psicologia - CRP-06, 20 ANOS São Paulo: CRP06.
  • Conselho Regional de Psicologia - 6ª Região, & Sindicato dos Psicólogos do Estado de São Paulo. (1986). Psicologia no ensino do 2º grau: uma proposta emancipadora São Paulo: Edicon.
  • KhourI, Y. G. (Org.) (1984). Psicologia Escolar (Coleção Temas Básicos de Psicologia). São Paulo: EPU.
  • Khouri, Y. (2002). Entrevista concedida à Carmem Silvia R. Taverna.
  • Projeto de Lei nº. 2549 (1956). Reorganiza o Departamento de Educação, Assistência e Recreio, desdobrando-o em Departamento de Educação e Departamento de Recreação e Assistência. Prefeitura Municipal de São Paulo: PMSP.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jan 2014
  • Data do Fascículo
    Dez 2013
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