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EDITORIAL

O final do ano de 2017 se aproxima e, com ele, reflexões sobre o que realizamos e propostas para o ano vindouro. A Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional - ABRAPEE, neste ano continuou com sua luta pela aprovação do PL 3688/2000 que desde 2000 tramita no Congresso Nacional que “Dispõe sobre a prestação de serviços da Psicologia e Assistência Social nas escolas públicas de Educação Básica” e também por melhores condições de ensino em todos os níveis, se posicionando contra a precarização do trabalho e das condições para que o processo ensino-aprendizagem se efetive com qualidade.

Em 2017, mais especificamente no período de 27 a 30 de setembro, na cidade de Salvador ocorreu o XIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional CONPE, com o tema “Pela Democratização da Educação”. Na bela cidade, junto à brisa e beleza do mar, desfilaram pesquisadores, profissionais e estudantes que apresentaram suas pesquisas e atuações. Foi um período rico de trocas, de apropriação de diferentes conhecimentos, de fortalecimento de idéias e de inspiração para novos trabalhos.

Na Assembleia de Associados da ABRAPEE, quando analisamos questões da Revista Psicologia Escolar e Educacional, os participantes aprovaram a proposição das editoras de pagamento de taxa para publicação de artigos no periódico, considerando que, na atualidade, os fundos de fomento disponibilizam recursos que cobrem parte dos custos do processo de editoração. O valor ainda está em estudo, mas em breve será informado nas Normas de Submissão dos Artigos. Outro ponto referendado na Assembléia foi a publicação de artigos na língua portuguesa e inglesa. A Revista Psicologia Escolar e Educacional amplia, cada vez mais, sua qualidade e é necessário investir na possibilidade que interessados de outros países terem acesso aos artigos publicados, divulgando, assim, a pesquisa brasileira. Além disso, é premente propor ações de internacionalização, em tempos nos quais a globalização está presente e existe mais facilidade para ter acesso a produções em nível mundial.

Participamos do evento da Associação Brasileira de Editores Científicos, em Curitiba-PR e constatamos a necessidade de apoio para que os periódicos brasileiros possam estar par-a-par com periódicos internacionais em nível de qualidade e visibilidade. Para tanto, cada vez mais precisamos de uma equipe de editores, de uma comissão e conselho editorial, assim como de pareceristas que possam fazer um trabalho que prime pelo rigor científico. Desta forma, aproveitamos a oportunidade para agradecer a parceria com todos esses estudiosos que colaboram para que nosso periódico mantenha o conceito emitido pela CAPES como A2.

A Revista continua debatendo temas candentes na interseção entre a Psicologia e a Educação, como é o caso da publicação da palestra que o Prof. Dermeval Saviani proferiu na abertura do CONPE. Mas outros assuntos são debatidos neste número, tais como: queixa escolar, relação entre desenvolvimento e aprendizagem, formação e atuação do psicólogo escolar, políticas educacionais, educação especial, adoecimento do professor, tecnologia no ensino, entre outros pontos abordados nos vários artigos. Interessante destacar que, como vem ocorrendo em outros números da Revista, que além de lidar com diferentes aspectos da relação entre processo de escolarização e desenvolvimento humano, os trabalhos centram as investigações nas diversas fases de idade. É um rico material e espelho do que a Psicologia tem investigado na atualidade, de acordo com as demandas históricas.

Temos consciência das dificuldades que o país atravessa com a crise econômica e política que se instalou nestes últimos anos, quando o sistema capitalista tem que inventar e reinventar novas formas para conter a transformação da situação posta. Também temos acompanhado a barbárie que está ocorrendo nas escolas, fruto das contradições postas na realidade, onde vítimas e agressores são analisados mundialmente, muitas vezes sem analisar o sofrimento que é produzido a partir das relações de classe. São situações emblemáticas que a Psicologia tem que compreender e pensar em formas de enfrentamento, mas sabemos o quanto que sentimentos de coletividade precisam ser fortalecidos neste momento.

Finalizando, não só de lamúrias o homem pode viver. Nosso desejo é que todos os leitores tenham Boas Festas junto a amigos e familiares e que, no próximo ano, façamos uma aliança para defender a possibilidade de poder opinar acerca do destino do país e, mais especificamente, da educação.

Bom Natal e Feliz Ano Novo.

Editoras

Marilda Gonçalves Dias FacciMarilene Proença Rebello de SouzaSilvia Maria Cintra da Silva

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Dec 2017
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