Acessibilidade / Reportar erro

ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR: ANÁLISE DE DISSERTAÇÕES E TESES BRASILEIRAS

Altas habilidades/superdotación en la enseñanza universitaria: análisis de tesinas y tesis brasileñas

RESUMO

Pretendeu-se realizar um estudo de revisão de dissertações e teses brasileiras sobre Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) no ensino superior. Para isso, efetuou-se uma busca na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. As teses e dissertações foram categorizadas quanto à frequência da publicação ao longo dos anos, as universidades de origem, o tipo de estudo, os objetivos, o número de participantes e os principais resultados. Foram encontradas 47 pesquisas e, a partir da leitura dos resumos, foram excluídas as que não abordavam especificamente a temática de AH/SD no contexto universitário e/ou que se repetiram, resultando no total sete, sendo cinco de mestrado e duas de doutorado realizadas entre 2011 a 2017. Concluiu-se que os temas mais abordados nas pesquisas relacionaram-se à identificação. É uma temática de interesse recente e carente de estudos que investiguem problemáticas mais amplas relativas aos estudantes universitários com AH/SD.

Palavras-chave:
Revisão de literatura; ensino superior; superdotados

RESUMEN

Se pretendió realizar un estudio de revisión de tesis y tesis brasileñas sobre Altas Habilidades/Superdotación (AH/SD) en la enseñanza universitaria. Para ello, se efectuó una búsqueda en la Biblioteca Digital Brasileña de Tesis y Tesinas. Se categorizó las tesis y tesinas cuanto a la frecuencia de la publicación a lo largo de los años, las universidades de origen, el tipo de estudio, los objetivos, el número de participantes y los principales resultados. Se encontraron 47 investigaciones y, a partir de la lectura de los resúmenes, se excluyeron las que no abordaban específicamente la temática de AH/SD en el contexto universitario y/o que se repitieron, resultando al total siete, siendo cinco de maestría y dos doctorales realizadas entre 2011 a 2017. Se concluyó que los temas más abordados en las investigaciones se relacionaron a la identificación. Es una temática de interés reciente y carente de estudios que investiguen problemáticas más amplias relativas a los estudiantes universitarios con AH/SD.

Palabras clave:
Revisión de literatura; enseñanza universitaria; superdotados

ABSTRACT

The aim of this study was to review Brazilian dissertations and theses on High Ability / Giftedness (HA / G) in higher education. For this, we searched the Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations. The theses and dissertations were categorized according to the frequency of publication over the years, the universities of origin, the type of study, the objectives, the number of participants and the main results. Forty-seven researches were found and, from reading the abstracts, those that did not specifically address the issue of HA / G in the university context and / or that were repeated were excluded, resulting in a total of seven, five of which were master’s and two doctoral degrees between 2011 and 2017. It was concluded that the topics most addressed in the research related to identification. It is a topic of recent interest and lacking studies that investigate broader issues related to college students with HA/ G.

Keywords:
Literature review; higher education; intellectual giftedness

INTRODUÇÃO

A legislação brasileira define pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD) como aquelas que “demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual; acadêmica; liderança; artes; psicomotricidade, entre outras” (Brasil, 2008BrasilSecretaria de Educação Especial. (2008). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP., p. 15). De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008BrasilSecretaria de Educação Especial. (2008). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP.), essas pessoas também apresentam “elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e para realização de tarefas em áreas de seu interesse” (p. 15).

Renzulli (1977Renzulli, J. S. (1977). The enrichment triad model: A guide for developing defensible programs for the gifted and talented. Mansfield: Creative Learning Press.) define AH/SD, baseado em sua teoria dos Três Anéis, que são: habilidades acima da média; comprometimento com a tarefa e criatividade. A interseção destes três componentes é o que caracteriza o comportamento superdotado. Renzulli (1998)Renzulli, J. S. (1998). The three-ring conception of giftedness. In Baum, S. M.; Reis, S. M.; Maxfield, L. R. (Eds.), Nurturing the gifts and talents of primary grade students (pp. 1-25). Mansfield Center, Connecticut: Creative Learning Press. aponta que além do Modelo dos Três Anéis, outros fatores devem ser considerados, pois podem explicar porque algumas pessoas apresentam comportamentos de superdotação em certos momentos e/ou determinadas circunstâncias, destacando alguns fatores ambientais e familiares. Entre eles estão as características dos pais ou da família, o nível socioeconômico, a escolaridade e um ambiente estimulador presente desde a infância. Segundo Renzulli (1977, 1998Renzulli, J. S. (1998). The three-ring conception of giftedness. In Baum, S. M.; Reis, S. M.; Maxfield, L. R. (Eds.), Nurturing the gifts and talents of primary grade students (pp. 1-25). Mansfield Center, Connecticut: Creative Learning Press.), o ambiente educacional formal em que a criança foi exposta é determinante para a manifestação e o desenvolvimento da AH/SD.

Renzulli (2014Renzulli, J. S. (2014). A concepção de superdotação no modelo dos três anéis: um modelo de desenvolvimento para a promoção da produtividade criativa. In Virgolim, A. M. R.; Konkiewitz, E. C. (Eds.), Altas Habilidades/Superdotação, Inteligência e Criatividade (pp. 219-264). Campinas: Papirus.) apresenta duas categorias de superdotação, a “superdotação escolar” ou “acadêmica” e a “superdotação criativo-produtiva”. A superdotação acadêmica é mais facilmente medida por testes de inteligência e/ou de habilidades cognitivas e, por essa razão, é mais frequentemente usado para identificação. Na superdotação criativo-produtiva a ênfase é colocada no “desenvolvimento de pensamentos, soluções, materiais e produtos originais, propositadamente desenvolvidos para impactar uma ou mais audiências” (p. 231), que pode estar presente em qualquer das atividades humanas. Nesse tipo de superdotação a pessoa é levada a utilizar seu pensamento para produzir novas ideias, passando de simples consumidor para produtor de conhecimento.

O Ministério da Educação do Brasil (MEC), dentro das orientações da Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008) defende a importância da identificação dessa população no processo educacional, afirmando que os órgãos gestores da educação, em todos os níveis da federação, devem promover ações, programas e projetos no intuito de atender as suas necessidades educacionais especiais. Tal premissa é confirmada pela alteração da LDB por meio do Projeto de Lei nº. 4.700, de 2012Projeto Projeto de Lei nº 4.700, de 2012 2012. Dispõe sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento aos alunos com altas habilidades ou superdotação na educação básica e superior. Brasília, DF., que dispõe sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento aos alunos com AH/SD na educação básica e superior, com prazo de cumprimento de quatro anos desde a data da publicação.

Segundo Brandão (2010Brandão, T. M. (2010). Atitudes de professores em relação aos estudantes talentosos e à sua educação. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.), existe uma lacuna para a exploração científica direcionada ao estabelecimento de um processo para essa identificação no Brasil, sobretudo em crianças e jovens, a fim de propiciar reconhecimento, orientação e desenvolvimento adequado. Dentre os recursos utilizados para atender essa demanda encontra-se a aceleração, o enriquecimento curricular e a oferta de serviço especializado em programas especiais que acontecem fora do horário normal de aula. Todas essas práticas são estratégias muito eficazes para satisfazer as necessidades de aprendizagem de alunos com AH/SD. Entretanto, a oferta desses serviços para esse público é bastante restrita. São poucos os tipos de serviços ofertados, a quantidade de profissionais qualificados para realização desse trabalho e a divulgação da área ainda é tímida e não atinge a comunidade educacional como um todo, de forma a conscientizá-la sobre a necessidade e a urgência de se pensar sobre este público (Martelli, Lima, & Moreira, 2016Martelli, A. C. M. P.; Lima, D. M. M. P.; Moreira, L. C. (2016). Direito à educação dos estudantes com Altas Habilidades/Superdotação no ensino superior: da identificação ao enriquecimento curricular. Revista Brasileira de Altas Habilidades/Superdotação, 2 (3), 129-131.).

O Decreto n. 7.611, de 17 de novembro de 2011Decreto n. 7.611, de 17 de novembro de 2011(2011, 17 de novembro). Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, DF., que dispõe sobre a Educação Especial e o Atendimento Educacional/pedagógico Especializado (AEE), considera Público Alvo da Educação Especial (PAEE) as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com AH/SD. Assim, esses têm direito ao AEE quando necessário, com vistas a promover seu desenvolvimento, assim como medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem tanto o acadêmico como o social.

Consonante com a legislação é consenso na literatura da área a necessidade da oferta desse tipo de atendimento visando atender as necessidades específicas destes alunos (Alencar, 2001Alencar, E. S. (2001). Criatividade e educação de superdotados. Petrópolis: Vozes.; Fleith, 2007Fleith, D. S. (Ed.). (2007). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.; Cupertino, 2008Cupertino, C. M. B. (Ed.). (2008). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos. Secretaria da Educação. São Paulo: FDE.). Para que o AEE seja democrático ele deve ser ofertado em todos os níveis e sistemas escolares, inclusive no âmbito do ensino superior. Atualmente, os serviços de atendimento mais comumente oferecidos são as Salas de Recursos Multifuncionais e os Núcleos de Atividades para Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S), mas não está previsto o atendimento ao aluno do ensino superior nesses serviços (Martelli et al., 2016Martelli, A. C. M. P.; Lima, D. M. M. P.; Moreira, L. C. (2016). Direito à educação dos estudantes com Altas Habilidades/Superdotação no ensino superior: da identificação ao enriquecimento curricular. Revista Brasileira de Altas Habilidades/Superdotação, 2 (3), 129-131.).

Pedro et al. (2016Pedro, K. M.; Ogeda, C. M. M.; Silva, R. C.; Koga, F. O.; Chacon, M. C. M. (2016). Altas Habilidades/Superdotação: estudos no Brasil. Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 135-139.) fizeram um levantamento de teses e dissertações brasileiras defendidas entre 1987 a 2014 na área das AH/SD. Os autores localizaram um total de 126 produções, sendo 110 dissertações e 16 teses. Eles elencaram 17 categorias de assuntos: atendimento, avaliação, contexto social, criatividade, dupla excepcionalidade, família, formação, habilidade social, identidade, identificação, inclusão, levantamento, ludicidade, políticas públicas, precocidade, representação social e superdotação adulta. Na categoria de identificação os autores encontraram 18 produções e, em relação à superdotação adulta, encontraram apenas duas.

Martins, Pedro e Ogeda (2016Martins, B. A.; Pedro, K. M.; Ogeda, C. M. M. (2016). Altas habilidades/superdotação: o que dizem as pesquisas sobre estas crianças invisíveis? Psicologia Escolar e Educacional, 20 (3), 561-568.) fizeram uma revisão de teses e dissertações brasileiras defendidas entre os anos de 2005 a 2014 que abordam a temática da identificação de pessoas com AH/SD. Os resultados apontaram que de 91 publicações encontradas, 18 eram de identificação e apenas uma foi realizada em contexto universitário tendo como participantes professores universitários enquanto possíveis identificadores de alunos com esta condição.

Embora pessoas com AH/SD estejam inseridas no público-alvo da Educação Especial, elas não recebem atenção das políticas governamentais para a educação e com pouca frequência da comunidade acadêmica. Entretanto, constata-se uma tendência de crescimento nos estudos relacionados a essa temática, na medida em que aumenta o envolvimento de pesquisadores das áreas da Educação e da Psicologia com ela (Chacon & Martins, 2014Chacon, M. C. M.; Martins, B. A. (2014). A produção acadêmico-científica do Brasil na área das altas habilidades/superdotação no período de 1987 a 2011. Revista Educação Especial, 27(49), 353-372.).

A temática de identificação e desenvolvimento de pessoas adultas que apresentam características de AH/SD não é comum nos atuais sistemas educacionais, público ou privado (Pereira & Barbosa, 2011Pereira, C. E. S.; Barbosa, A. J. G. (2011). Identificar talentos: questões epistemológicas e implicações para a prática. In Barbosa, A. J. G. (Ed.), Atualizações em psicologia social e desenvolvimento humano(pp. 33-45). Juiz de Fora: EDUFJ.; Cianca & Marquezine, 2014Cianca, F. S. C.; Marquezine, M. C. (2014). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação. Revista brasileira de educação especial,20 (4), 591-604.). Rinn e Bishop (2015Rinn, A. N.; Bishop, J. (2015). Gifted Adults: A Systematic Review and Analysis of the Literature. Gifted Child Quarterly, 59(4), 213-235.) apontaram que estudos com adultos superdotados são raros, além disso, muitas vezes esses estudos apresentam falhas metodológicas, como por exemplo, definições imprecisas e pouco claras de superdotação, amostras pequenas e falta de grupos para comparação. Os autores, ao explicitar que a fase adulta representa o tempo médio maior da vida, enfatizam que a superdotação nessa fase não pode deixar de ser estudada, alertando que são mais frequentes os estudos com essa população na infância. Freitas e Pérez (2010Freitas, S. N.; Pérez, S. G. P. B. (2010). Altas habilidades/superdotação: atendimento especializado. Marília: ABPEE.) confirmam esses dados ao afirmarem que, de forma geral, a literatura especializada analisa as características de crianças e adolescentes e raramente aborda os adultos.

Segundo Cianca e Marquezine (2014Cianca, F. S. C.; Marquezine, M. C. (2014). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação. Revista brasileira de educação especial,20 (4), 591-604.), o ambiente universitário, ainda que sugira a ideia de encaminhamento dos alunos para projetos e estudos mais específicos que deveria atender às necessidades dos considerados superdotados, ainda não conseguem solucionar algumas questões. O estudante universitário com AH/SD que não foi identificado nos anos anteriores deveria, nesse momento, ter a oportunidade de vivenciar e experimentar diferentes propostas para que pudessem se desenvolver e aprimorar suas habilidades, para que não permanecesse na invisibilidade, como aponta Pérez (2003Pérez, S. G. P B.. (2003). Mitos e crenças sobre as pessoas com altas habilidades: alguns aspectos que dificultam o seu atendimento.Cadernos de Educação Especial, 2 (22), 45-59.) e, assim, satisfizesse as suas próprias expectativas e viesse a se realizar como pessoa.

Wechsler e Suarez (2016Wechsler, S. M.; Suarez, J. T. (2016). Percepção de professores em cursos de formação sobre talentos/superdotação. Revista de Psicología, 34(1), 36-60.) identificaram em 170 universitários de cursos de licenciatura (Letras, Educação Artística, História e Pedagogia) a presença e/ou ausência de conhecimentos sobre AH/SD e como identificariam esses alunos quando sob sua responsabilidade. Para isso as autoras utilizaram um questionário com seis perguntas abertas referentes às AH/SD. Os resultados apontaram que os futuros professores possuem muitas dúvidas com relação ao fenômeno das AH/SD, inclusive questionam se realmente esse público é de responsabilidade deles e/ou da equipe gestora. Além disso, a pesquisa evidenciou que os futuros professores da presente pesquisa não estão preparados para identificar e atuar com esses estudantes.

Este trabalho teve por objetivo fazer uma revisão de dissertações e teses brasileiras sobre AH/SD no ensino superior, categorizando as pesquisas quanto à frequência de publicação ao longo dos anos, a universidade de origem, os autores, o tipo de pesquisa, os objetivos do estudo, o número de participantes e os principais resultados.

MÉTODO

Sendo uma pesquisa bibliográfica, a busca de pesquisas de mestrado e doutorado foi feita na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) para investigar as pesquisas existentes sobre AH/SD no ensino superior publicadas em todos os anos até janeiro/2018. Utilizaram-se os descritores “altas habilidades”, “superdotação”, “dotação”, “ensino superior”, “universidade”, e “universitário(s)”. Foram estabelecidos como critérios de exclusão: pesquisas bibliográficas, pesquisas que não abordavam especificamente a temática de AH/SD e que os participantes não fossem do contexto do ensino superior. Realizou-se a leitura dos resumos selecionados e, posteriormente, dos trabalhos completos, para análise quanto à frequência de publicação ao longo dos anos, a universidade de origem, o tipo de pesquisa, os objetivos do estudo, o número de participantes e os principais resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O levantamento realizado na base de dados resultou em um total de 47 produções, sendo que 11 eram repetidas, conforme a combinação dos descritores e, 29, não abordavam especificamente a temática. Foram, então, excluídas, chegando-se a um total de sete pesquisas.

Das produções cinco eram da área de Educação, uma de Educação Especial e uma de Psicologia. A maior frequência delas (3) foi na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e todas são oriundas de universidades públicas, conforme demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1
Instituição, quantidade, área do programa e linha de pesquisa

Segundo Chacon e Martins (2014Chacon, M. C. M.; Martins, B. A. (2014). A produção acadêmico-científica do Brasil na área das altas habilidades/superdotação no período de 1987 a 2011. Revista Educação Especial, 27(49), 353-372.), constata-se uma tendência de crescimento nos estudos relacionados a AH/SD nos últimos tempos, principalmente nas áreas da Educação e da Psicologia. Em relação a estudos relacionados a esse público no ensino superior também estão presentes nessas duas áreas, sendo mais frequente na Educação. Interessante observar que as três pesquisas realizadas na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), são do programa de Educação e da linha de pesquisa em Educação Especial e a pesquisa realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) é a única do programa e linha de pesquisa em Educação Especial.

A Tabela 2 apresenta o ano de publicação, a quantidade produzida em cada ano e o tipo de pesquisa. Ainda que não houvesse restrição de ano, observa-se que teve mais pesquisas em 2012 e 2016, sendo mais frequentes as dissertações de mestrado (cinco) e apenas duas teses de doutorado. Nos anos de 2014 e 2015 não se constatou pesquisas relacionadas com AH/SD no ensino superior.

Considerando que a busca na plataforma foi realizada sem considerar data limite, esse resultado corrobora os autores que apontaram que o tema AH/SD no ensino superior é recente (Pereira & Barbosa, 2011Pereira, C. E. S.; Barbosa, A. J. G. (2011). Identificar talentos: questões epistemológicas e implicações para a prática. In Barbosa, A. J. G. (Ed.), Atualizações em psicologia social e desenvolvimento humano(pp. 33-45). Juiz de Fora: EDUFJ.), constando que a primeira dissertação com essa temática foi publicada apenas em 2011 e a primeira tese em 2013.

Tabela 2
Ano de publicação, quantidade em cada ano e o tipo de pesquisa

Na Tabela 3 é apresentado o(a) autor(a), tipo de pesquisa, tema/ objetivo da pesquisa e número de participantes. Nota-se que o tema rastreio/identificação foi o mais frequente, abordado em quatro das pesquisas analisadas. O tema envolvendo profissionais (professor universitário, coordenador de curso e futuro professores) esteve presente em três pesquisas e o tema sobre desempenho acadêmico do estudante universitário com AH/SD em uma.

Tabela 3
Autor(a), ano, tipo, tema/objetivo da pesquisa e número de participantes

Observa-se que o número de participantes foi pequeno na maioria das pesquisas, sendo inferior a 14, o que corrobora Rinn e Bishop (2015Rinn, A. N.; Bishop, J. (2015). Gifted Adults: A Systematic Review and Analysis of the Literature. Gifted Child Quarterly, 59(4), 213-235.) que apontam que pesquisas com adultos com AH/SD são realizadas com amostras pequenas. Entretanto, tiveram duas exceções; a pesquisa de Oliveira (2016Oliveira, A. M. (2016). Dotação intelectual em universitários: rastreio e relação com engajamento estudantil e desempenho acadêmico. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Juiz de Fora.) por envolver o rol de estudantes universitários em busca daqueles com AH/SD em diferentes cursos e de Souza (2017Souza, A. R. (2017). Formação de pedagogos para a atuação com pessoas dotadas e talentosas. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos.), por coletar com universitários de três instituições.

Na revisão de teses e dissertações sobre AH/SD realizada por Pedro et al. (2016Pedro, K. M.; Ogeda, C. M. M.; Silva, R. C.; Koga, F. O.; Chacon, M. C. M. (2016). Altas Habilidades/Superdotação: estudos no Brasil. Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 135-139.), a categoria “identificação” foi a terceira com mais pesquisas, totalizando 18 produções. Observa-se que na presente revisão relacionada ao ensino superior, a identificação de pessoas com AH/SD foi o tema mais frequente, presente em quatro das pesquisas (Lima, 2011Lima, D. M. M. P. (2011). O professor universitário frente às estratégias de identificação e atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação. Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná.; Peranzoni, 2013Peranzoni, V. C. (2013). Altas Habilidades/Superdotação no curso de Educação Física da Universidade de Cruz Alta/RS. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.; Costa, 2016Costa, L. C. (2016). Altas Habilidades/Superdotação e acadêmicos idosos: o direito à identificação. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.; Oliveira, 2016Oliveira, A. M. (2016). Dotação intelectual em universitários: rastreio e relação com engajamento estudantil e desempenho acadêmico. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Juiz de Fora.) e a descrição de como profissionais que lidam ou lidarão com pessoas com AH/SD se comportam e pensam a respeito desse tema e dessas pessoas esteve presente em três pesquisas (Lima, 2011Lima, D. M. M. P. (2011). O professor universitário frente às estratégias de identificação e atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação. Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná.; Cianca, 2012Cianca, F. S. C. (2012). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Londrina.; Souza, 2017Souza, A. R. (2017). Formação de pedagogos para a atuação com pessoas dotadas e talentosas. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos.).

Outra informação que chama atenção é o direcionamento ao público idoso, presente na pesquisa de mestrado e doutorado de Costa (2012Costa, L. C. (2012). Acadêmico idoso no ensino superior: características de Altas Habilidades/Superdotação. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria., 2016Costa, L. C. (2016). Altas Habilidades/Superdotação e acadêmicos idosos: o direito à identificação. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.), sendo que no mestrado ela abordou as características e, no doutorado, a identificação de universitários idosos com AH/SD.

A dissertação de Lima (2011Lima, D. M. M. P. (2011). O professor universitário frente às estratégias de identificação e atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação. Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná.) teve por objetivo investigar por meio de uma entrevista aberta com nove professores universitários de uma Universidade Federal se eles reconhecem alunos com AH/SD, como o fazem e que estratégias metodológicas adotam para a inclusão educacional desses na universidade. Segundo a autora, constatou-se que a maioria dos professores diverge sobre a concepção de necessidades educacionais especiais, demonstrando incerteza acerca da participação do estudante superdotado no grupo de alunos que fazem parte do público-alvo da educação especial. Referente à concepção de AH/SD, a maioria é constituída por informações do senso comum e os professores que promovem encaminhamentos pedagógicos e estratégias diferenciadas os identificam informalmente, sem focar as características de AH/SD ou a necessidade específica de enriquecimento curricular que esses apresentam.

A pesquisa de Cianca (2012Cianca, F. S. C. (2012). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Londrina.) teve por objetivo investigar por meio de uma entrevista semiestruturada como é a temática de AH/SD segundo a percepção de 14 docentes do ensino superior que são coordenadores dos cursos de licenciatura de uma Universidade Estadual. Os resultados indicaram que os docentes utilizam-se do senso comum ao tratar da superdotação e não reconhecem entre seus alunos aqueles com potencial de AH/SD. Entretanto, os docentes apontaram diversos indicadores em alunos das licenciaturas em que atuam que condizem com pessoas com AH/SD.

Costa (2012Costa, L. C. (2012). Acadêmico idoso no ensino superior: características de Altas Habilidades/Superdotação. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.) objetivou discutir a continuidade da aprendizagem de cinco acadêmicos idosos inseridos no ensino superior em uma Universidade Federal a partir da investigação de características de AH/SD por meio de uma entrevista semiestruturada. Os resultados apontaram a presença de pessoas idosas no ambiente universitário e os cinco participantes se enquadraram no comportamento de AH/SD descrito por Renzulli.

Peranzoni (2013Peranzoni, V. C. (2013). Altas Habilidades/Superdotação no curso de Educação Física da Universidade de Cruz Alta/RS. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.) identificou os indicadores de AH/SD em acadêmicos do curso de Educação Física de uma Universidade. Entre os 14 participantes, foi possível identificar sete que apresentaram indicadores de AH/SD por meio de aplicação e análise de questionários, ficha de informações e histórico escolares.

Costa (2016Costa, L. C. (2016). Altas Habilidades/Superdotação e acadêmicos idosos: o direito à identificação. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.) objetivou identificar as AH/SD em acadêmicos idosos inseridos no ensino superior de uma Universidade Federal localizada no Rio Grande do Sul. Muitos indicadores comuns encontrados nos estudos realizados com pessoas adultas foram visualizados nos oito participantes idosos, como a curiosidade, a criatividade, a liderança, a persistência, o senso de humor elevado, a autonomia e a preferência por desafios que foram notados por meio da aplicação de um questionário, uma ficha de informações pessoais e uma entrevista semiestruturada.

Oliveira (2016Oliveira, A. M. (2016). Dotação intelectual em universitários: rastreio e relação com engajamento estudantil e desempenho acadêmico. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Juiz de Fora.) realizou uma avaliação inicial para identificar superdotação intelectual em graduandos e relacionou-a a desempenho acadêmico e o engajamento estudantil. A pesquisa foi realizada com 749 universitários, utilizando um questionário sociodemográfico e dois testes psicológicos, um para rastreio (Teste dos Cubos) e outro para a confirmação (WAIS). O teste de rastreio identificou 263 estudantes, destes 66 responderam ao WAIS, sendo que a AH/SD foi confirmada em 34 universitários. A autora concluiu que os instrumentos foram adequados à identificação de AH/SD em universitários.

Souza (2017Souza, A. R. (2017). Formação de pedagogos para a atuação com pessoas dotadas e talentosas. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos.) verificou e analisou a existência do conhecimento em relação à temática de dotação e talento em 118 universitários do último ano de Pedagogia egressos de três instituições, uma Universidade Federal, uma Estadual e uma Faculdade particular. Para isso, foi utilizado um questionário com questões abertas e fechadas com o objetivo de conhecer o perfil dos universitários, concepções e se sentiam preparados para lidar com alunos com dotação e talento. Além disso, a autora consultou as disciplinas das matrizes curriculares dos cursos de Pedagogia das três instituições e os planos de ensino, visando perceber o que há em relação à temática de Educação Especial e dotação e talento. Os resultados obtidos a partir do relato dos participantes demonstraram que seus cursos de Pedagogia não deram ênfase à temática de dotação e talento e que o conhecimento dos universitários em relação ao tema mostrou que grande parte não se sentia preparado para atuação com alunos com alto potencial. Dados semelhantes foram encontrados na pesquisa de Wechsler e Suarez (2016Wechsler, S. M.; Suarez, J. T. (2016). Percepção de professores em cursos de formação sobre talentos/superdotação. Revista de Psicología, 34(1), 36-60.), onde universitários de licenciatura relataram não sentirem preparados para atuarem com pessoas com AH/SD. Em relação às matrizes curriculares e planos de ensino, Souza (2017) averiguou que as três instituições apresentavam características muitos parecidas, constatando-se que os cursos ofertam pelo menos uma disciplina obrigatória voltada à área da Educação Especial e que de modo superficial, apresentavam o tema de dotação e talento aos universitários.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa objetivou realizar uma revisão das dissertações e teses sobre AH/SD no ensino superior. Os resultados apontaram que o estudo sobre a temática ainda é incipiente (sete produções) e recente, com a primeira pesquisa sendo finalizada em 2011. Há mais pesquisas de mestrado, na área de Educação, com amostra pequena e tendo como temas mais frequentes o de identificação de pessoas com AH/SD e percepções de profissionais a respeito desse das AH/SD. Embora a Psicologia contribua significativamente com o tema das AH/SD, Educação Especial e Educação Inclusiva, pode-se notar que apenas uma pesquisa foi advinda de um programa desta área. Com isso, aponta-se que é necessário e importante que pesquisas produzidas em programas de Psicologia possam beneficiar ainda mais a área, com produção de conhecimento próprio relacionando os temas de Educação Especial, Inclusão e AH/SD.

As políticas públicas na perspectiva inclusiva contemplam o aluno da educação básica, mas não apresentam orientações para apoio pedagógico ao superdotado do ensino superior (Martelli et al. 2016Martelli, A. C. M. P.; Lima, D. M. M. P.; Moreira, L. C. (2016). Direito à educação dos estudantes com Altas Habilidades/Superdotação no ensino superior: da identificação ao enriquecimento curricular. Revista Brasileira de Altas Habilidades/Superdotação, 2 (3), 129-131.). Segundo as autoras, o apoio diferenciado aos alunos com AH/SD diz respeito ao desenvolvimento de seu potencial e ao direito que possuem de obter uma formação educacional que atenda às suas especificidades na aprendizagem e lhes possibilite condições para o convívio socioemocional saudável, por isso a necessidade e importância de atendimento quando esses alunos estão no ensino superior.

Rinn e Bishop (2015Rinn, A. N.; Bishop, J. (2015). Gifted Adults: A Systematic Review and Analysis of the Literature. Gifted Child Quarterly, 59(4), 213-235.) apontam que a maioria dos estudos realizados com superdotados leva em consideração a infância e poucos estudos examinam as necessidades de aconselhamento e/ou terapia. Os autores recomendam que mais pesquisas sejam conduzidas sobre a vida e experiências atuais do adulto com superdotação, identificando-os e, também, descrevendo suas características, suas carreiras, suas famílias, suas metas de vida, satisfação e bem-estar, pois a partir disso, poderá auxiliá-los a alcançar seu próprio potencial. A Psicologia pode contribuir nessa investigação, até mesmo abordando características socioemocionais, e propondo intervenções, quando necessário.

Pesquisas sobre AH/SD são pouco frequentes, mais ainda no contexto do ensino superior. Apesar de esta revisão ter sido elaborada a partir de poucos estudos, considera-se um ponto forte de pesquisa abranger todo o período de busca até janeiro de 2018, pois contribui com a literatura da área apontando os temas investigados sobre AH/SD no ensino superior até o momento.

Diante do exposto, aponta-se a necessidade de aprofundar e expandir os estudos sobre AH/SD e, também, realizar pesquisas que possam trazer novos apontamentos em relação a esse tema no contexto do ensino superior.

REFERÊNCIAS

  • Alencar, E. S. (2001). Criatividade e educação de superdotados Petrópolis: Vozes.
  • Brandão, T. M. (2010). Atitudes de professores em relação aos estudantes talentosos e à sua educação Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora.
  • BrasilSecretaria de Educação Especial. (2008). Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva Brasília, DF: MEC/SEESP.
  • Chacon, M. C. M.; Martins, B. A. (2014). A produção acadêmico-científica do Brasil na área das altas habilidades/superdotação no período de 1987 a 2011. Revista Educação Especial, 27(49), 353-372.
  • Cianca, F. S. C. (2012). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Londrina.
  • Cianca, F. S. C.; Marquezine, M. C. (2014). A percepção dos coordenadores de licenciaturas da UEL sobre altas habilidades/superdotação. Revista brasileira de educação especial,20 (4), 591-604.
  • Costa, L. C. (2012). Acadêmico idoso no ensino superior: características de Altas Habilidades/Superdotação Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.
  • Costa, L. C. (2016). Altas Habilidades/Superdotação e acadêmicos idosos: o direito à identificação Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.
  • Cupertino, C. M. B. (Ed.). (2008). Um olhar para as altas habilidades: construindo caminhos Secretaria da Educação. São Paulo: FDE.
  • Decreto n. 7.611, de 17 de novembro de 2011(2011, 17 de novembro). Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Brasília, DF.
  • Fleith, D. S. (Ed.). (2007). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial.
  • Freitas, S. N.; Pérez, S. G. P. B. (2010). Altas habilidades/superdotação: atendimento especializado Marília: ABPEE.
  • Lima, D. M. M. P. (2011). O professor universitário frente às estratégias de identificação e atendimento ao aluno com altas habilidades/superdotação Mestrado em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná.
  • Martelli, A. C. M. P.; Lima, D. M. M. P.; Moreira, L. C. (2016). Direito à educação dos estudantes com Altas Habilidades/Superdotação no ensino superior: da identificação ao enriquecimento curricular. Revista Brasileira de Altas Habilidades/Superdotação, 2 (3), 129-131.
  • Martins, B. A.; Pedro, K. M.; Ogeda, C. M. M. (2016). Altas habilidades/superdotação: o que dizem as pesquisas sobre estas crianças invisíveis? Psicologia Escolar e Educacional, 20 (3), 561-568.
  • Oliveira, A. M. (2016). Dotação intelectual em universitários: rastreio e relação com engajamento estudantil e desempenho acadêmico. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de Juiz de Fora.
  • Pedro, K. M.; Ogeda, C. M. M.; Silva, R. C.; Koga, F. O.; Chacon, M. C. M. (2016). Altas Habilidades/Superdotação: estudos no Brasil. Journal of Research in Special Educational Needs, 16(1), 135-139.
  • Peranzoni, V. C. (2013). Altas Habilidades/Superdotação no curso de Educação Física da Universidade de Cruz Alta/RS Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Maria.
  • Pereira, C. E. S.; Barbosa, A. J. G. (2011). Identificar talentos: questões epistemológicas e implicações para a prática. In Barbosa, A. J. G. (Ed.), Atualizações em psicologia social e desenvolvimento humano(pp. 33-45). Juiz de Fora: EDUFJ.
  • Pérez, S. G. P B.. (2003). Mitos e crenças sobre as pessoas com altas habilidades: alguns aspectos que dificultam o seu atendimento.Cadernos de Educação Especial, 2 (22), 45-59.
  • Projeto Projeto de Lei nº 4.700, de 2012 2012. Dispõe sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento aos alunos com altas habilidades ou superdotação na educação básica e superior. Brasília, DF.
  • Renzulli, J. S. (1977). The enrichment triad model: A guide for developing defensible programs for the gifted and talented Mansfield: Creative Learning Press.
  • Renzulli, J. S. (1998). The three-ring conception of giftedness. In Baum, S. M.; Reis, S. M.; Maxfield, L. R. (Eds.), Nurturing the gifts and talents of primary grade students (pp. 1-25). Mansfield Center, Connecticut: Creative Learning Press.
  • Renzulli, J. S. (2014). A concepção de superdotação no modelo dos três anéis: um modelo de desenvolvimento para a promoção da produtividade criativa. In Virgolim, A. M. R.; Konkiewitz, E. C. (Eds.), Altas Habilidades/Superdotação, Inteligência e Criatividade (pp. 219-264). Campinas: Papirus.
  • Rinn, A. N.; Bishop, J. (2015). Gifted Adults: A Systematic Review and Analysis of the Literature. Gifted Child Quarterly, 59(4), 213-235.
  • Souza, A. R. (2017). Formação de pedagogos para a atuação com pessoas dotadas e talentosas Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos.
  • Wechsler, S. M.; Suarez, J. T. (2016). Percepção de professores em cursos de formação sobre talentos/superdotação. Revista de Psicología, 34(1), 36-60.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Ago 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    08 Abr 2018
  • Aceito
    26 Nov 2019
Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), Rua Mirassol, 46 - Vila Mariana , CEP 04044-010 São Paulo - SP - Brasil , Fone/Fax (11) 96900-6678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: revista@abrapee.psc.br