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Efeitos da lasalocida sódica e proporção volumoso/concentrados sobre a degradabilidade in situ do farelo de soja e do feno Coast Cross [Cynodon dactylon (L.) Pers.] em vacas secas

Effects of sodium lasalocid and roughage/concentrate ratio on in situ degradability of soybean meal and Coast Cross hay [Cynodon dactylon (L.) Pers.] in dry cows

Resumos

Foram estudados os efeitos da lasalocida sódica e de diferentes proporções volumoso:concentrados sobre a degradabilidade da fibra (FDN e FDA) e PB através de experimento em Quadrado Latino 4 x 4, utilizando-se quatro fêmeas bovinas dotadas de cânulas ruminais, pesando em média 500 kg de peso vivo. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial 2 x 2 com 40% ou 70% de volumoso na dieta (39% ou 59% de FDN) e zero ou 200 mg de lasalocida/animal/dia. Utilizaram-se subperíodos de 21 dias, sendo os 16 primeiros destinados à adaptação dos animais à dieta, composta de feno de Coast Cross (Cynodon dactylon) e mistura de concentrados. O ensaio de degradabilidade in situ pela técnica dos sacos de náilon foi realizado do 17º ao 21º dia, incubando-se o farelo de soja durante 0, 1,5, 3, 6, 12, 24 e 48 horas e o feno por 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas. Interação foi observada entre lasalocida e a proporção volumoso:concentrados da dieta sobre a degradabilidade efetiva da FDN e FDA do feno (p < 0,05). Na ausência de lasalocida, menor proporção de volumoso diminuiu a degradabilidade da FDN e FDA em 12,0% e 12,7%, respectivamente, enquanto na sua presença as diminuições foram de 7,0% e 4,9%. Nenhum dos tratamentos alterou significativamente a degradabilidade efetiva da PB do farelo de soja.

Ionóforos; Degradabilidade in situ; Farelo de Soja; Feno; Ruminantes


Sodium lasalocid and different roughage:concentrates ratios were studied in a 4 x 4 change over design, with four canulated heifers, weighing 500 kg of average body weight. Treatments were applied in a 2 x 2 factorial arrangement with 40% or 70% of roughage (39% or 59% NDF in the diet) and zero or 200 mg of lasalocid/animal/day. Twenty-one days subperiods were used, the first sixteen for diet’s adaptation, constituted by Coast Cross hay and concentrate mixture. In situ degradability assay was runned from day seventeen to twenty-one. Statistical interaction between roughage:concentrate ratio and lasalocid was detected over hay NDF and ADF contents (p < 0.05): without lasalocid, less roughage in the diet decreased NDF and ADF degradabilities 12.0% and 12.7% respectively, but with lasalocid the decreasing rates were 7.0% and 4.9%. There were no differences among treatments for protein degradability of soybean meal.

Ionophores; In situ degradability; Soybean Meal; Hay; Ruminants


Efeitos da lasalocida sódica e proporção volumoso/concentrados sobre a degradabilidade in situ do farelo de soja e do feno Coast Cross [Cynodon dactylon (L.) Pers.] em vacas secas

Effects of sodium lasalocid and roughage/concentrate ratio on in situ degradability of soybean meal and Coast Cross hay [Cynodon dactylon (L.) Pers.] in dry cows

Paulo Henrique Mazza RODRIGUES1 1 Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP ; Carlos de Sousa LUCCI1 1 Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP ; Laércio MELOTTI1 1 Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP

CORRESPONDÊNCIA PARA:

Paulo Henrique Mazza Rodrigues

Departamento de Nutrição e Produção Animal

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP

Av. Duque de Caxias Norte, 225

13630-000 – Pirassununga – SP

e-mail: pmazza@usp.br

RESUMO

Foram estudados os efeitos da lasalocida sódica e de diferentes proporções volumoso:concentrados sobre a degradabilidade da fibra (FDN e FDA) e PB através de experimento em Quadrado Latino 4 x 4, utilizando-se quatro fêmeas bovinas dotadas de cânulas ruminais, pesando em média 500 kg de peso vivo. Os tratamentos foram dispostos em arranjo fatorial 2 x 2 com 40% ou 70% de volumoso na dieta (39% ou 59% de FDN) e zero ou 200 mg de lasalocida/animal/dia. Utilizaram-se subperíodos de 21 dias, sendo os 16 primeiros destinados à adaptação dos animais à dieta, composta de feno de Coast Cross (Cynodon dactylon) e mistura de concentrados. O ensaio de degradabilidade in situ pela técnica dos sacos de náilon foi realizado do 17º ao 21º dia, incubando-se o farelo de soja durante 0, 1,5, 3, 6, 12, 24 e 48 horas e o feno por 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas. Interação foi observada entre lasalocida e a proporção volumoso:concentrados da dieta sobre a degradabilidade efetiva da FDN e FDA do feno (p < 0,05). Na ausência de lasalocida, menor proporção de volumoso diminuiu a degradabilidade da FDN e FDA em 12,0% e 12,7%, respectivamente, enquanto na sua presença as diminuições foram de 7,0% e 4,9%. Nenhum dos tratamentos alterou significativamente a degradabilidade efetiva da PB do farelo de soja.

UNITERMOS: Ionóforos; Degradabilidade in situ; Farelo de Soja; Feno; Ruminantes.

INTRODUÇÃO

Durante muito tempo procurou-se melhorar a fermentação ruminal através da manipulação da dieta, porém, nas últimas duas décadas, um grande número de compostos químicos tem sido testado para os mesmos fins5. Uma classe desses compostos que vem obtendo considerável sucesso como aditivos alimentares são os chamados antibióticos ionóforos polieter carboxílicos, os quais são substâncias produzidas por várias cepas de Streptomyces sp. Entre elas incluem-se a monensina, lasalocida, salinomicina, narasina e outras.

A lasalocida, ao ser comparada com a monensina, apresenta como vantagens maior palatabilidade e menor toxidez, além de resultar em queda pequena ou nula na ingestão de alimentos, em dietas com alta energia, e conferir maior ganho de peso nessas dietas25. Entretanto, os efeitos dos ionóforos sobre o consumo de alimentos, digestibilidade, degradabilidade, parâmetros de fermentação do rúmen e desempenho animal têm sido bastante variáveis, fenômeno que pode ser explicado, em parte, pelas diferentes condições experimentais11.

MATERIAL E MÉTODO

Quatro fêmeas bovinas mestiças holandês x zebu (500 kg de P.V.), portadoras de cânulas ruminais, foram distribuídas em delineamento Quadrado Latino 4 x 420 com um arranjo fatorial de tratamentos do tipo 2 x 2 correspondendo à ausência ou presença da lasalocida sódica na dosagem de 200 mg por animal e por dia (equivalente à concentração de 23 ppm com base na MS da ração) com proporções de 40% ou 70% de volumoso na dieta, a qual era constituída por feno de Coast Cross [Cynodon dactylon (L.) Pers.], grãos de milho moído, farelo de soja, farelo de trigo e premix mineral. A ração era fornecida duas vezes ao dia espaçadas de 8 horas e a lasalocida administrada via fístula ruminal no momento da primeira refeição.

Os animais foram adaptados aos tratamentos por 16 dias, sendo a avaliação da degradabilidade realizada entre o 17º e o 21º dia. A degradabilidade da MS e PB do farelo de soja e MS, FDN e FDA do feno de Coast Cross foram medidas através da técnica de sacos de náilon in situ15. Para tal, utilizaram-se sacos medindo 10,0 x 19,0 cm que abrigaram aproximadamente 6 gramas de farelo de soja ou feno previamente secos em estufa de ar forçado a 65ºC por 72 horas, sendo o feno moído em peneira de 5 mm. O farelo de soja possuía 52% de PB (base na MS) e feno de Coast Cross 76% de FDN e 41% de FDA.

Os sacos foram incubados durante 0, 1,5, 3, 6, 12, 24 e 48 horas para as amostras de farelo de soja e 0, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas para as de feno, sendo imediatamente lavados em água corrente até que o líquido de lavagem fluísse incolor, sendo então colocados em estufa a 65ºC por 72 horas para posteriormente serem pesados e submetidos a análises bromatológicas. A degradabilidade em tempo zero foi tomada mergulhando-se os sacos em um recipiente contendo água à temperatura de 39ºC durante 10 minutos. As análises bromatológicas de PB foram avaliadas segundo a A.O.A.C.2, e de FDN e FDA segundo Goering; Van Soest12.

Os dados de degradabilidade, calculados através da diferença de pesagens dos sacos antes e após a incubação, foram ajustados segundo a equação18p = a + b (1- e-ct), onde p é a quantidade degradada ao tempo (t), a representa a fração rapidamente solúvel, b é a fração potencialmente degradável e c a taxa de degradação na qual a fração descrita por b será degradada por hora. As constantes a, b e c da equação exponencial foram utilizadas para calcular a degradabilidade potencial (a + b) e a degradabilidade efetiva (De) calculada através da seguinte fórmula1:

onde k representa a taxa de saída do rúmen por hora, sendo utilizadas taxas iguais a 0,02/h, 0,04/h e 0,06/h, o que é justificado pelo fato de terem sido observados ganhos de peso de aproximadamente 900 g/dia para os animais alimentados com 40% de volumoso na dieta e 400 g/dia para aqueles alimentados com 70%.

As análises estatísticas separaram, entre as fontes de variação, o efeito da lasalocida (Las), o da proporção volumoso:concentrados (Prop) e a interação entre esses fatores (L x P). Quando a interação entre os fatores lasalocida e proporção de volumoso foi significativa (p < 0,05), foram testados os efeitos da lasalocida dentro das proporções volumoso:concentrados e vice-versa, através do uso de contrastes ortogonais. Quando estas não foram significativas, utilizou-se a probabilidade dos efeitos principais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As ingestões de MS foram iguais a 9,21, 8,96, 8,54 e 7,74 kg, respectivamente para os tratamentos com 40% de volumoso sem lasalocida, 40% de volumoso com lasalocida, 70% de volumoso sem lasalocida e 70% de volumoso com lasalocida, havendo diferenças estatísticas somente para o fator proporção volumoso: concentrados na dieta, com maiores consumos nas dietas mais ricas em concentrados.

As Tab. 1 e 2 trazem respectivamente os dados da degradabilidade da FDN e FDA do feno de Coast Cross. Observou-se aumento da fração potencialmente degradável (constante b) em 3,84% e 3,87% (p < 0,05) e diminuição da taxa de degradação (constante c) em 25,0% e 23,8% (p < 0,05) da FDN ou FDA, respectivamente, com a diminuição dos níveis de volumoso na ração de 70% para 40%. Obtidas as degradabilidades efetivas para taxas de passagem (constante k) de 0,02, 0,04 e 0,06, observou-se efeito de interação entre os tratamentos, de forma que na ausência de lasalocida a diminuição da degradabilidade efetiva, causada pelo decréscimo de volumoso na dieta, variou de 8,2% a 15,1% para a FDN e de 8,6% a 16,0% para a FDA, sendo as quedas da degradabilidade sempre mais acentuadas com taxas de passagem mais rápidas. Estes efeitos não foram observados na presença do ionóforo.

Tabela 1

Tabela 2

A menor degradação da fibra em dietas ricas em concentrados (sem a presença de lasalocida) está associada ao menor pH ruminal, fato que poderia diminuir a atividade da celulose microbiana ruminal17. Quanto à lasalocida, seus possíveis efeitos indiretos não puderam ser explicados pelo efeito sobre o pH do líquido ruminal7 e nem por alterações no consumo de MS24.

Os resultados obtidos neste experimento contradizem aqueles nos quais se observou aumento da digestibilidade ou degradabilidade da fibra ao adicionar lasalocida11,22,26 em dietas predominantemente volumosas. Outros autores23 não observaram efeitos significativos deste produto sobre a taxa de desaparecimento da celulose quando incubaram esta fração no rúmen de ovinos alimentados com 67% de volumoso (dieta com 39% de FDN) durante os períodos de 9, 18, 27 e 36 horas. Apesar disso, o valor obtido com a lasalocida foi 21,3% menor (não-significativo) quando comparado com o grupo controle. Experimentos com ovinos recebendo dieta com 68% de volumoso (dieta com 40% de FDN) adicionada de lasalocida também não mostraram efeitos significativos sobre a degradabilidade in situ da celulose quando esta foi incubada durante 24 horas, apesar do desaparecimento desta fração ter sido 27,0% menor (não-significativo) com a utilização da lasalocida6.

Também foi observado que o efeito da lasalocida sobre a degradação dos alimentos variava de acordo o tempo de incubação6, tendendo a diminuir, proporcionalmente, a degradação da fração rapidamente degradável (parâmetro a) e aumentar a fração potencialmente degradável (parâmetro b) e a taxa de desaparecimento (parâmetro c) de forma que a lasalocida poderia incrementar a degradação ruminal da fibra quando o tempo de incubação fosse alto e poderia diminuí-la quando o tempo fosse baixo. Os resultados aqui encontrados mostram que os efeitos da lasalocida sobre a degradação da fibra dependem da proporção de fibra na dieta.

Caso as interações observadas neste experimento sejam comprovadas na prática, o pequeno aumento no aproveitamento da fibra causado pela lasalocida na dosagem de 200 mg/animal/dia, em dietas predominantemente concentradas (40% de volumoso), portanto com baixo nível de fibra para ser degradada, traria efeitos positivos de menor importância quando comparados aos efeitos negativos resultantes da menor digestão da fibra, por ação dos ionóforos, em dietas predominantemente volumosas (70% de volumoso), onde a maior fonte de energia provém desta fração.

Os efeitos da lasalocida e da proporção volumoso:concentrados sobre a degradabilidade da PB do farelo de soja encontram-se na Tab. 3. Observou-se efeito significativo (p = 0,0039) da lasalocida em aumentar a constante a da equação em 12,3% e diminuir em 5,7% a fração b (p = 0,0163), embora a degradabilidade potencial (a + b) tenha apresentado apenas tendência (p = 0,0585) em estar diminuída em 2,1%.

Tabela 3

Somente a degradabilidade efetiva calculada para uma taxa de passagem de 0,02 apresentou tendência (p = 0,0842) em estar diminuída em 1,6% quando os animais foram tratados com lasalocida. Também não foram observadas interações entre os níveis de lasalocida e a proporção volumoso:concentrados em nenhum dos parâmetros analisados para a degradabilidade da PB do farelo de soja.

No presente experimento surgiram tendências de a lasalocida aumentar a degradação do farelo de soja, quando este alimento permaneceu pouco tempo no rúmen, e de diminuir, quando o tempo de incubação foi prolongado. O relato deste efeito não foi encontrado na literatura, mas poderia explicar, em parte, a grande variabilidade encontrada em relação à utilização da proteína, quando empregados os ionóforos.

A falta de resultados benéficos significativos sobre a utilização da proteína, com o emprego de lasalocida, encontrados neste trabalho, concorda com os obtidos por outros autores8,10,16, com relação à digestibidade desta fração. Em experimento que utilizou a técnica dos sacos náilon em ovinos alimentados com dieta à base de 67% de volumoso, também não foram observados efeitos da lasalocida sobre a taxa de desaparecimento in situ do nitrogênio do farelo de soja, apesar de os dados referentes às constantes da equação de degradação não terem sido apresentados23.

Os dados observados neste trabalho discordam dos obtidos por outros pesquisadores11,19,29,31, que obtiveram melhor utilização da proteína. Com relação à proteólise, também discordam dos obtidos em experimentos realizados com animais com cânulas de duodeno13. Quanto à interação com o nível de fibra na dieta, estudos in vivo com ionóforos encontraram melhor utilização da proteína em dietas predominantemente concentradas, quando compararam com as predominantemente volumosas3,14.

Existe a possibilidade de os resultados gerados neste experimento, quanto à curva de degradação da proteína (aumento da constante a), estarem tendenciados em conseqüência da possível heterogeneidade de concentração de lasalocida no líquido ruminal ao longo do dia, fato que poderia resultar em maior ou menor efeito sobre os microrganismos ruminais, dependendo do tempo em que cada amostra foi incubada e da duração dos efeitos da aplicação de ionóforos. Mas, de qualquer forma, esta possibilidade implicaria em atividade proteolítica inibida, durante o prazo em que há altas concentrações de lasalocida no líquido ruminal, mas aumentada quando esta concentração baixasse, podendo até anular os efeitos já obtidos. É necessário rever as causas que fizeram com que alguns experimentos observassem diminuição do nitrogênio de origem bacteriana e aumento no de origem vegetal que chegavam ao abomaso em testes in vivo9,13,21, diminuição da concentração de nitrogênio microbiano no meio de cultura de testes in vitro4,27, aumento do nitrogênio de origem bacteriana no líquido ruminal28, além de alguns não terem registrado efeito algum sobre tais parâmetros8,30 ao utilizarem ionóforos.

CONCLUSÕES

Com base nas condições em que este trabalho foi desenvolvido, as seguintes conclusões podem ser enumeradas:

1) rações com 70% de volumoso, em relação àquelas com 40%, propiciaram maior degradabilidade efetiva da fibra (FDN e FDA), na ausência de lasalocida, mas não na sua presença;

2) há indicações de que a lasalocida diminui a degradabilidade ruminal da fibra em dietas ricas em alimentos volumosos, mas aumenta naquelas ricas em concentrados;

3) não foram notados efeitos da proporção volumoso:concentrados ou da lasalocida sobre a degradabilidade efetiva da proteína bruta do farelo de soja.

SUMMARY

Sodium lasalocid and different roughage:concentrates ratios were studied in a 4 x 4 change over design, with four canulated heifers, weighing 500 kg of average body weight. Treatments were applied in a 2 x 2 factorial arrangement with 40% or 70% of roughage (39% or 59% NDF in the diet) and zero or 200 mg of lasalocid/animal/day. Twenty-one days subperiods were used, the first sixteen for diet’s adaptation, constituted by Coast Cross hay and concentrate mixture. In situ degradability assay was runned from day seventeen to twenty-one. Statistical interaction between roughage:concentrate ratio and lasalocid was detected over hay NDF and ADF contents (p < 0.05): without lasalocid, less roughage in the diet decreased NDF and ADF degradabilities 12.0% and 12.7% respectively, but with lasalocid the decreasing rates were 7.0% and 4.9%. There were no differences among treatments for protein degradability of soybean meal.

UNITERMS: Ionophores; In situ degradability; Soybean Meal; Hay; Ruminants.

Recebido para publicação: 26/08/1996

Aprovado para publicação: 07/01/2000

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  • 1
    Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP – SP
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Fev 2001
    • Data do Fascículo
      2000

    Histórico

    • Aceito
      07 Jan 2000
    • Recebido
      26 Ago 1996
    Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, 05508-270 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 3091-7636, Fax: +55 11 3031-3074 / 3091-7672 / 3091-7678 - São Paulo - SP - Brazil
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