Acessibilidade / Reportar erro

Atuais conhecimentos sobre Myxosporea (Myxozoa), parasitas de peixes: um estágio alternativo dos parasitas no Brasil

Recent information on the Myxosporean (Myxozoa) fish parasites: an alternate stage of the parasites in Brazil

Resumos

Os autores relatam as recentes informações sobre o ciclo alternativo dos mixosporeos (Myxozoa) comprovados nos últimos anos nos oligoquetas, estimulando pesquisas para estudar o desenvolvimento das numerosas espécies de parasitas de peixes conhecidos e desconhecidos dos mixosporeos no Brasil. Ao mesmo tempo, formas de actinosporeos, raabeia, eliminados pelos oligoquetas da família Ocnerodrilidae, foram relatadas pela primeira vez no Brasil.

Myxosporea; Parasita; Peixes; Ocnerodrilidae


The autors refer to recent information on the alternate life cycle of myxosporeans (Myxozoa) approved in the last years in Oligochaete worms, stimulating efforts to study the developement of numerous known and unknown species from Myxosporean fish parasites in Brazil. At the same time Actinospore, Raabeia forms shed by Oligochaets of the Ocnerodrilidae family were reported for the first time in Brazil.

Myxosporea; Parasites; Fishs; Ocnerodrilidae


Atuais conhecimentos sobre Myxosporea (Myxozoa), parasitas de peixes. Um estágio alternativo dos parasitas no Brasil

Recent information on the Myxosporean (Myxozoa) fish parasites. An alternate stage of the parasites in Brazil

László BékésiI; Csaba SzékelyII; Kálmán MolnárII

IUPIS Faculdades Integradas, Brasília - DF

IIVeterinary Medical Research Institute, Budapest, Hungary

Endereço para correspondência Endereço para correspondência László Békési UPIS Faculdades Integradas SEP Sul EQ 712/912 70390-125 - Brasília - DF E-mail: amlbekesi@bol.com.br

RESUMO

Os autores relatam as recentes informações sobre o ciclo alternativo dos mixosporeos (Myxozoa) comprovados nos últimos anos nos oligoquetas, estimulando pesquisas para estudar o desenvolvimento das numerosas espécies de parasitas de peixes conhecidos e desconhecidos dos mixosporeos no Brasil. Ao mesmo tempo, formas de actinosporeos, raabeia, eliminados pelos oligoquetas da família Ocnerodrilidae, foram relatadas pela primeira vez no Brasil.

Palavras-Chave: Myxosporea. Parasita. Peixes. Ocnerodrilidae.

SUMMARY

The autors refer to recent information on the alternate life cycle of myxosporeans (Myxozoa) approved in the last years in Oligochaete worms, stimulating efforts to study the developement of numerous known and unknown species from Myxosporean fish parasites in Brazil. At the same time Actinospore, Raabeia forms shed by Oligochaets of the Ocnerodrilidae family were reported for the first time in Brazil.

Keywords: Myxosporea. Parasites. Fishs. Ocnerodrilidae.

INTRODUÇÃO

Mixosporeos (Myxosporea) são endoparasitas comuns encontrados nos diversos órgãos dos peixes. A maioria destes parasitos (aproximadamente 1400 espécies conhecidas) é estenoxeno, atacando somente uma única espécie. Entretanto, uma espécie de peixe pode albergar dezenas de espécies de mixosporeo. Desde o fim do século dezenove, vários grupos de especialistas estão pesquisando o ciclo evolutivo dos mixosporeos e as doenças que eles provocam. Apesar disso, há apenas quinze anos que obtiveram resultados significativos possibilitando explicar os processos patogênicos no hospedeiro.

Segundo o sistema dos protistas, elaborado por Levine e Corliss30, os esporozoas dos peixes e anfíbios (Myxosporea) junto com os actinosporozoas parasitos dos vermes Polichaeta e Oligochaeta (Actinosporea) formam o filo Myxozoa. Nas ultimas décadas diversos autores (Smothers et al.49, Siddal et al.48, Kent et al.28, Schlegel et al.46) duvidaram dessa classificação e pelas análises de RNA ribossômico preferiram enquadrar estes seres vivos nos metazoários (Cnidaria ou Bilateralia).

O primeiro mixosporeo foi mencionado por Jurine27 em 1825, referindo-se os cistos encontrados na musculatura de um peixe do gênero Coregonus. No inicio, os parasitas foram denominados como psorospermis (Müller40), sendo o nome mixosporeo (Myxosporidia), considerado apenas mais tarde (Bütschli9). Dentro da subclasse Myxosporidia, Schulman distinguiu as ordens Bivalvulea (com dois esporotecas) e Multivalvulea (com mais esporotecas) e colocou as centenas de espécies em diversos gêneros. O gênero mais rico dos mixosporeos é o Myxobolus apresentando mais de 450 espécies. Os resultados recentes das pesquisas na área foram relatados por Lom e Dykova31.

Uma parte das espécies são conhecidas como parasitas patogênicos. Alguns deles provocam doenças específicas nos alevinos das espécies regionais e exóticas, como o rodopio dos salmonídeos (Myxobolus cerebralis) e a inflamação da bexiga natatória da carpa (Sphaerospora renicola) descritos por Csaba et al.12. A mixobolose do tambaqui, provocada pelo Myxobolus colossomatis, foi encontrada pela primeira vez no Brasil por Molnár e Békési36 e posteriormente, Martins et al.33,34 constataram a infestação no tambacu e compararam a evolução de susceptibilidade de algumas espécies de peixe em cultivo a alguns mixosporeos.

Pelo conhecimento atual, os mixosporeos são organismos metazoários primitivos concluindo uma fase vegetativa prolongada nos peixes onde surgem esporos apresentando no mínimo seis células. As formas vegetativas geralmente são plasmódios de tamanho grande contendo numerosos núcleos vegetativos e células germinativas. As células generativas originam os espóros de seis células, sendo dois deles destinados a formar dois hemisférios de esporoteca, outro dois para surgir duas tecas polares com o fio polar e os dos restantes formam germes (esporoplasma) amebóides (Fig. 1).


Os conhecimentos sobre a morfologia, taxinomia e o ciclo vital dos mixosporideos dentro do organismo dos peixes, enriqueceram bastante nas últimas décadas (Pavanelli et al.41). A evolução deles fora do organismo dos peixes (desenvolvimento alternativo) foi elucidada apenas há poucos anos. Wolf e Markiw57 demonstraram, primeiro, no caso de Myxobolus cerebralis da truta (responsável pela doença do rodopio da truta-arco-iris), que o ciclo vital dos mixosporideos ocorre paralelamente em dois hospedeiros: num vertebrado - peixe - e num invertebrado - oligoqueta (Fig. 2).


A classe Oligochaeta contém cerca de 3.000 espécies de anelídeos, incluindo as familiares minhocas e espécies que vivem em água doce. Os oligoquetas de água doce escavam na lama e nos sedimentos do fundo. A segmentação deles é bem desenvolvida e possuem cerdas. As cerdas mais longas são características das espécies. Nos adultos, determinados segmentos adjacentes na metade anterior do corpo encontram-se espessados e inchados por glândulas que secretam muco para a cópula, e também, secretam o casulo (contendo os ovos). São hermafroditas e a restrição das gonadas a uns poucos segmentos genitais, distingue os oligoquetas dos poliquetas (Polichaeta). Sua classificação baseia-se na de Brinkhurst e Jamieson8. Na ordem Tubificida, família Tubificidae, os gêneros mais comuns são Tubifex, Branchiura, Limnodrilus, largamente distribuídos em águas fracamente oxigenadas e poluídas. A família circumtropical Ocnerodrilidae inclui o gênero e espécies Ocnerodrilus.

Pela morfologia, os actinosporeos eliminados pelos oligoquetas são similares aos esporos dos mixosporideos, mas caracterizados pela metamerização tripartida, sendo três cápsulas polares com fio polar e apresentando mais freqüentemente três prolongações caudais. Por sua vez, o número dos germes amebóides (esporoplasma) dos actinosporeos pode atingir dúzias. As formas de actinosporeos são bem conhecidas também pela sua ultraestrutura (Lom e Dykova32).

O primeiro representante dos actinosporeos foi descrito por Štolz51 como triactinomyxon, uma espécie autônoma dos oligoquetas em 1899. Mais tarde, a maioria das aproximadamente 40 espécies foi publicada pelo Janiszewska26 e Marques35 classificando-as em "gêneros" como triactinomyxon, raabeia, aurantiactinomyxon, echinoactinomyxon e neoactinomyxon (Fig. 3). Xiao et al.58,59 descreveram oito novas formas de triactinomyxon e seis formas de raabeia dos oligoquetas de Tubifex tubifex e Limnodrilus hoffmeisteri e novas formas de guyenotia, synactinomyxon e antonactinomyxon, no Canadá.


Neste trabalho são relatados os resultados preliminares obtidos da análise de uma população de oligoquetas, para a eliminação dos actinosporeos, coletados num viveiro de uma piscicultura intensiva.

MATERIAL E MÉTODO

Oligoquetas foram coletadas de um viveiro de 200 m2 no Campos 1 do Centro de Pesquisas Ictiologicas Rodolfo von Ihering, em Pentecoste, Ceará. Os vermes foram separados do sedimento de margem do viveiro pela peneira com lavagem de água. Usando pinças finas os vermes foram coletados (aproximadamente 200 unidades) nos dois recipientes de 200 ml cada. Alguns vermes foram fixados no local em formol 10 % tamponado para exame histológico. Os vermes foram transportados junto com um litro de água do mesmo viveiro para o laboratório de parasitologia da UPIS (Faculdades Integradas) em Brasília/DF. Até a análise, a água sobrenadante foi regularmente decantada, coletada e substituida pela água do local original.

Para o exame microscópico, a água sobrenadante foi filtrada por uma peneira de malha fina medindo de 50 a 15 mm. As últimas gotas foram colocadas nas lâminas de microscópio, montadas com lamínulas e observadas por diversas ampliações. As formas encontradas foram registradas nas microfotografias. Um total de 50 vermes foram enviados para o laboratório do Veterinary Medical Research Institute em Budapest, Hungria (IBAMA licença No. 099381 BR).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os oligoquetas coletados em Pentecoste apresentaram um tamanho de 2 a 3 cm e de cor avermelhada. Pela morfologia geral são da família Ocnerodrilidae.

Pela aparência, as formas de actinosporo eliminadas pelos vermes são do tipo raabeia. A extremidade anterior do corpo apresentou as cápsulas polares brilhantes. O corpo é parecido com um barril espessado distalmente e mede 15 a 22 mm. Os processos caudais (armas) foram iguais, sem ramificações finais e medem 160 a 180 mm (Fig. 4, 5). Este é o primeiro relato no Brasil de descrição dos actinosporos eliminados pelos oligoquetas.



Os esporos eliminados pelos peixes são a fonte de infestação dos oligoquetas e ao contrário, os actinosporeos eliminados pelos oligoquetas provocam infestação nos peixes. Foi descrito, também, o fato que a infestação dos peixes pode acontecer não obrigatoriamente via oral, mas os actinosporeos têm capacidade de serem ancorados pela expulsão de seus fios polares nas guelras e na pele, possibilitando ao esporoplasma amebóide entrar no organismo dos peixes via parenteral (Fig. 6). Desde primeiras experiências os pesquisadores conseguiram demonstrar a similaridade do ciclo vital no caso dos outros gêneros dos myxosporideos, todos parasitos dos peixes de água doce e salgada, como Myxobolus, Hoferellus, Ceratomyxa, Zschokkella, Myxidium e Thelohanellus. O gênero Myxobolus foi mais intensamente pesquisado. Experimentos bem sucedidos aprovaram o ciclo alternativo do M. cotti (El-Matbouli e Hoffmann19) M. pavlowskii (Ruidisch et al.45), M. carassii (El-Matbouli e Hoffmann21), M. arcticus (Kent et al.28), M. cultus (Yokoyama et al.61). Para outros gêneros de mixosporeos foram realizadas também provas com sucesso como as publicadas pelos Styer et al.50, Benajiba e Marques7, El-Matbouli et al.20, Yokoyama et al.60,62, Trouillier et al.54, Bartholomew et al.6. Na Hungria, os trabalhos de El-Mansy e Molnár14,15,16,17,18, El-Mansy et al., Székely et al.52 e Molnár et al.37,38,39 aprovaram o ciclo alternativo dos myxosporeos diferentes. Em todos os casos foram encontradas espécies de oligoquetas como hospedeiros alternativos no ciclo vital destes mixosporeos. Na Tabela 1 estão apresentadas algumas formas de actinosporos, identificados no ciclo experimentalmente comprovados.


Usando técnicas modernas há possibilidade de identificar ciclos de Myxozoa de maneira mais simples, evitando estudos complicados de transmissão experimental. Andree et al.1 compararam as seqüências 18S e ITS-1 rRNA de isolamentos geográficos do Myxobolus cerebralis. Entre outros, Eszterbauer et al.22 também relataram a identificação e diferenciação entre espécies de Myxobolus usando técnicas PCR-RFLP.

Relativamente poucas espécies sul-americanas de Myxosporea são conhecidas. Membros do gênero Henneguya são os mais pesquisados pelos Pinto42, Guimarães e Bergamini24,25, Cordeiro et al.11, Azevedo et al.5, Azevedo e Matos2,3,4, Casal et al.10, Rocha et al.44. As espécies conhecidas na América latina são limitadas em comparação as descritas no resto do mundo (Donets e Shulman13, Landsberg e Lom29). Pela primeira vez, Walliker56 contou as espécies sul-americanas, mencionando 11 espécies e acrescentando uma espécie nova, o Myxobolus serrasalmi. Posteriormente, Thatcher53 e Molnár e Békési36 relataram nova espécie do gênero.

Uma tarefa das pesquisas posteriores pode ser a de revelar as formas de actinosporeos existentes nos diversos grupos dos oligoquetas no Brasil, e ao mesmo tempo, tentar identificar a conexão desses actinosporeos e das diversas espécies conhecidas de mixosporideos dos peixes na região. Para justificar o ciclo deste tipo de desenvolvimento deve-se realizar infestações artificiais usando esporos coletados dos peixes. Oligoquetas livres de qualquer forma de actinosporo teriam que ser infestadas com mixosporos e, posteriormente, reinfestar alevinos de peixe com actinosporeos.

Tratamento contra os mixosporideos é conhecido (Rigos et al.43) mas a persistência da infestação dos oligoquetas, torna importante a prevenção da introdução desses parasitos entre as diferentes regiões do país e, também, em nível internacional.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a ajuda do Centro de Pesquisas Ictiológicas do DNOCS (Pentecoste/CE) e particularmente o apoio de Pedro Eymarb Campos Mesquita pesquisador.

Recebido para publicação: 07/11/2001

Aprovado para publicação: 31/07/2002

  • 1
    ANDREE, K.B.; EL-MATBOULI, M.; HOFFMANN, R.W.; HEDRICK, R.P. Comparison18S and ITS-1 rDNA sequences of selected geographic isolates of Myxobolus cerebralis. Int. J. Parasitol. 29. 771-775. 1999.
  • 2
    AZEVEDO, C.; MATOS, E. Some ultrastrutural data on the spore development in a Henneguya sp. parasite of gill of a Brazilian fish. Parasitol. Res. 76. 131-134. 1989.
  • 3
    AZEVEDO, C.; MATOS, E. Henneguya adherens n. sp. (Myxozoa, Myxosporea), parasite of the Amazonian fish, Acestrorhynchus falcatus. J. Euc. Microbiol. 40. 515-518. 1995.
  • 4
    AZEVEDO, C.; MATOS, E. Henneguya malabarica sp. nov. (Myxozoa, Myxobolidae) in the Amazonian Hoplias malabaricus. Parasitol. Res. 82. 222-224. 1996.
  • 5
    AZEVEDO, C.; CORRAL, L.; MATOS, E.; GUSMAO, S. Some ultrastructural aspects of the life cycle of Henneguya sp. (Myxozoa), a parasite of na estuarine fish of the Amazon River. Pathology in Marine Scinece, Academic Press, New York. p. 175-180. 1990.
  • 6
    BARTHOLOMEW, J.L.; WHIPPLE, M.J.; STEVENS, D.G.; FRYER, J.L. The life cicle of Ceratomyxa shasta, a myxosporean parasite of salmonids, requires a frechwater polychaete as na alternate host. J. Parasitol. 83. 859-868. 1997.
  • 7
    BENAJIBA, M.H.; MARQUES, A. The alternation of actinomyxidien and myxosporidian sporal form in the development of Myxidium giardi (parasite of Anguilla anguilla) through oligochaetes. Bull. Eur. Ass. Fish Pathol. 13. 100-103. 1993.
  • 8
    BRINKHURST, R.O.; JAMIESON, B.G.M. Aquatic oligochaeta of the World. Toronto University Press, Toronto. p. 86. 1972.
  • 9
    BÜTSCHLI, O. Myxosporidia in Bronns Klassen und Ordnungen des Tierreiches. Protozoa. Vol. 1. 590-603. 1882.
  • 10
    CASAL, G.; MATOS, E.; AZEVEDO, C. Some ultrastructural aspects of Henneguya striolata sp. n. (Myxozoa, Myxosporea), a parasite of the Amazon fish Serrasalmus striolatus Paras. Res. 83. 93-95. 1997.
  • 11
    CORDEIRO, N.S.; ARTIGAS, P.T.; GIOIA, I.; LIMA, R.S. Henneguya pisciforme n. sp. mixosporideo parasito de branquias do lambari Hyphessobrycon anisitsi )Pisces, Characidae). Mem. Inst. Butantan. 47/48. 61-69. 1984.
  • 12
    CSABA, Gy.; KOVÁCS-GAYER, É.; BÉKÉSI, L.; BUCSEK, M.; SZAKOLCZAI, J.; MOLNAR, K. Studies into the possible sporozoan aetiology of swimbladder inflammation in the carp fry. J. Fish Diseases. 7. 235-239. 1984.
  • 13
    DONETS, Z.S.; SHULMAN, S.S. Parasitic protozoa. In: BAUER, O. N. (Ed.) Key to the parasites of freshwater fish of the USSR. Nauka, Leningrad, Vol. 1, p. 426. 1984. (em russo).
  • 14
    EL-MANSY, A.; MOLNÁR, K. Extrapiscine development of Myxobolus drjagini Achmerow, 1954 (myxosporea: Myxobolidae) in oligochaete alterbative host. Acta Vet. Hung. 45. 427-438. 1997 a.
  • 15
    EL-MANSY, A.; MOLNÁR, K. Development of Myxobolus hungaricus (Myxosporea: Myxobolidae) in the oligochaete alternate host. Dis. Aquat. Org. 31. 227-232. 1998 b.
  • 16
    EL-MANSY, A.; MOLNÁR, K.; SZÉKELY, Cs. Development of Myxobolus portucalensis Saraiva et Molnár, 1990 (Myxosporea: Myxobolidae) in the oligochaete Tubifex tubifex (Müller). Syst. Parasitol., 41: 95-103. 1998 a.
  • 17
    EL-MANSY, A.; SZÉKELY, Cs.; MOLNÁR, K. Studies on the occurrece of actinosporean stages of fish myxosporean in a fish farm in Hungary, with the description of triactinomyxon, raabeia, aurantiactinomyxon and neoactinomyxon types. Acta Vet. Hung. 46. 259-284. 1998 b.
  • 18
    EL-MANSY, A.; SZÉKELY, Cs.; MOLNÁR, K. Studies on the occurrece of actinosporean stages of myxosporeans in Lake Balaton, Hungary, with the description of triactinomyxon, raabeia and aurantiactinomyxon types. Acta Vet. Hung. 46. 437-450. 1998 c.
  • 19
    EL-MATBOULI, M.; HOFFMANN, R.W. Experimental transmission of two Myxobolus spp. Developing bi-sporogeny via tubificid worms. Parasitol Res. 75. 461-464. 1989.
  • 20
    EL-MATBOULI, M.; FISCHER-SCHERL, T.; HOFFMANN, R.W. Trandmission of Hofferellus carassii Achmerov, 1960 to goldfish Carassius auratus via na aquatic oligochaete. Bull. Eur. Ass. Fish Pathol. 12. 54-56. 1992.
  • 21
    EL-MATBOULI, M.; HOFFMANN, R.W. Myxobolus carassii Klokacheva, 1914. Also requires na aquatic oligochaete, Tubifex tubifex as an intermediate host in its life cycle. Bull. Eur. Ass. Fish Pathol. 13. 189-192. 1993.
  • 22
    ESZTERBAUER, E.; BENKÕ, M.; DÁN, Á.; MOLNÁR, K. Identification of fish-parasitic myxobolus (Myxosporea) species using a combined PCR-RFLP method. Dis. Aquat. Organisms. 44. 35-39. 2001.
  • 23
    GROSSHEIDER, G.; KÖRTING, W. Experimental transmission of Sphaerospora renicola to common carp Cyprinus carpio fry. Dis. Aquat. Org. 16. 91-95. 1993.
  • 24
    GUIMARAES, J.R..A.; BERGAMINI, F. Considerações sobre as ictioepizootias produzidas pelos mixosporideos do genero "Henneguya" Thélohan, 1892 - Henneguya travassosi sp. n. Ver. Indust. Animal. 10. 1151-1156. 1933.
  • 25
    GUIMARAES, J.R. A.; BERGAMINI, F. Henneguya santae sp. n. - um novo mixosporideo parasito de Tetragnopterus sp. Rer. Indust. Animal. 12. 110-113. 1934.
  • 26
    JANISZEWSKA, J. Actinomyxidia. Morphology, ecology, history of investigations, systematics, development. Acta Parasit. Polon 2. 405-443. 1955.
  • 27
    JURINE, L.L. Histoire des poissons du lec Leman. Mem. Soc. Phys. His. Nat, Vol. 3. 1825.
  • 28
    KENT, M.L.; WHITAKER, D.J.; MARGOLIS, L. Transmission of Myxobolus arcticus Pugachev and Khokhlov, 1979, a myxosporidian parasite og pacific salmon, via a triactinomyxon from the aquatic oligochaete Stylodrilus heringianus (Lumbriculidae). Can. J. Zool. 71. 1207-1211. 1993.
  • 29
    LANDSBERG, J.H.; LOM, J. Taxonomy of the genera of the Myxobolus/Myxoxoma group (Myxobolidae: Myxosporea), current listing of species and revision of synonyms. Syst. Parsitol 18. 165-186. 1991.
  • 30
    LEVINE, N.D.; CORLISS, J. A newly revised classification of the Protozoa. J. Protozool. 27. 37-58. 1980.
  • 31
    LOM, J.; DYKOVA, I. Protozoan parasites of fishes. Elsevier. Amsterdam-London-New York-Tokyo. P. 159-235. 1992.
  • 32
    LOM, J.; DYKOVA, I. Ultrastructure features of the actinosporean phase of Myxosporea (Phylum Myxozoa): a comparative study. Acta Protozool. 36. 83-103. 1997.
  • 33
    MARTINS, M.L.; SOUSA, V.N.; MORAES, F.R. Myxobolus colossomatis (Myxozoa: Myxobolidae) infection in tambacu from a commercial fish farm of Sao Paulo State. Ars. Veterinaria. 14. 324-330. 1998.
  • 34
    MARTINS, M.L.; SOUSA, V.N. de; MORAES J.R.E de; MORAES, F.R. de; COSTA, A.J. de. Comparative evolution of the susceptibility of cultivated fishes to the natural infection with myxoxporean parasites na tissue changes in the host. Revita Brasileira de Biologia. 59. 263-269. 1999.
  • 35
    MARQUES, A. Contribution a la connaissance des Actinomyxidies: ultrastructure, cycle biologique, systematique. Ph.D Thesis, Universite des Science et Techniques du Languedoc, Montpellier, France. 1984.
  • 36
    MOLNÁR, K.; BÉKÉSI, L. Description of a new Myxobolus species, M. colossomatis n. sp. from the teleost Colossoma macropomum of the Amazon River basin. J. Appl. Ichthyol. 9. 57-63. 1992.
  • 37
    MOLNÁR, K.; EL-MANSY, A.; SZÉKELY, CS.; BASKA, F. Development of Myxobolus dispar Thelohan, 1895 (Myxosporea: Myxobolidae) in an oligochaete alternate host Tubifex tubifex (Müller). Folia Parasitol. 46. 15-21. 1999 a.
  • 38
    MOLNÁR, K.; EL-MANSY, A.; SZÉKELY, CS.; BASKA, F. Experimantal identification of the actinosporean stage of Schaerospora renicola Dykova et Lom 1982 (myxosporea: Sphaerosporidae) in oligochaete alternate hosts. J. Fish Dis. 22. 1-11. 1999 b.
  • 39
    MOLNÁR, K.; EL-MANSY, A.; SZÉKELY, CS.; BASKA, F. Experimental studies on the intraoligochaete development of myxosporean fish parasites. Magy. Áo. Lapja. 121. 283-291. 1999 c. (em hungaro).
  • 40
    MÜLLER, J. Über Psorospermien. Arch. Anat. Physiol. Wissensch. Med. 5. 477-496. 1941.
  • 41
    PAVANELLI, G.C.; EIRAS J.C.; TAKEMOTO R.M. Doenças de Peixes. Nupelia, Maringa, PA. p.264. 1998.
  • 42
    PINTO, C. Myxosporideos e outros protozoarios intestinais de peixes observados na America do Sul. Arch. Inst. Biol. S. Paulo. 1. 101-136. 1928.
  • 43
    RIGOS, G; KOTZAMANIS, I; GIALAMAS, I.; NENGAS, I.; ALEXIS, M. Toxicity and digestibility of fumagillin DCH in gilthead sea bream, Sparus aurata L. J. Fish Diseases. 23. 161-164. 2000.
  • 44
    ROCHA, E.; MATOS, E.; AZEVEDO, C. Henneguya amazonica n. sp. (Myxozoa, Myxobolidae), parasitising the gills of Crenicichla lepidota Heckel, 1840 (Teleostei, Cichlidae) from Amazon river. Eur. J. Protistol. 28. 173-278. 1992.
  • 45
    RUIDISCH, S.; EL-MATBOULI, M.; HOFFMANN, R.W. The role of tubificide worms as an intermediate host in the life cycle of Myxobolus pavlovskii (Akhmerov, 1954). Parasitol. Res. 77.
  • Endereço para correspondência
    László Békési
    UPIS Faculdades Integradas SEP Sul EQ 712/912
    70390-125 - Brasília - DF
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Jun 2003
    • Data do Fascículo
      2002

    Histórico

    • Aceito
      31 Jul 2002
    • Recebido
      07 Nov 2001
    Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia / Universidade de São Paulo Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, 05508-270 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 3091-7636, Fax: +55 11 3031-3074 / 3091-7672 / 3091-7678 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: brazvet@edu.usp.br