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Gestão da informação: rumo a uma proposta de definição atual e consensual para o termo

Information management: towards a proposal for a current and consensual definition for the term

RESUMO

A Gestão da Informação (GI) é uma necessidade em vários contextos organizacionais e esta exigência se estende aos processos e seus respectivos fluxos informacionais. Todavia e a partir da literatura consultada, nota-se que não há um consenso teórico e prático sobre o que é a GI e quais são suas características essenciais. Sob esta argumentação, justifica-se a proposição deste estudo. O presente artigo objetiva levantar os aspectos teóricos e conceituais da GI propondo uma definição atual e consensual para este termo. Metodologicamente, em um primeiro momento, uma pesquisa bibliográfica sobre os princípios e os fundamentos da GI foi realizada. Em um segundo momento, baseada na Teoria do Conceito de Dahlberg e nos princípios de indexação do UNISIST foi proposta uma definição atual e consensual para a GI. Buscou-se responder a seguinte questão: considerando o panorama teórico e conceitual, quais são as características essenciais para propor uma definição atual e consensual ao termo GI? Como resultado, constatou-se que a GI está relacionada à gestão do ciclo de vida da informação, aos fluxos informacionais, à gestão organizacional e à tecnologia da informação e comunicação. Espera-se que os desdobramentos proporcionados por este estudo tragam luz e sejam utilizados pelos profissionais e pela comunidade acadêmica seja no aperfeiçoamento da teoria, seja na pratica organizacional relativa à GI.

Palavras-chave:
Gestão da Informação; Gestão de Recursos Informacionais; Teoria do Conceito; Princípios de Indexação

ABSTRACT

Information Management (IM) is a necessity in several organizational contexts and this requirement extends to processes and their respective information flows. However, from literature consulted, it is noted that there is no practical and practical consensus on what IM is and what are its characteristics. Under this argument, the proposition of this study is justified. This article aims to raise the theoretical and conceptual aspects of IM by proposing a current and consensual definition for this term. Methodologically, at first, a bibliographic research on the principles and foundations of IM was carried out. In a second moment, based on Dahlberg's Theory of Concept and on the UNISIST indexing principles, a current and consensual definition for IM was proposed. The following question was answered: considering the theoretical and conceptual panorama, what are the essential characteristics to propose a definition for IM term? As a result, it was found that IM is related to the information life cycle management, information flows, organizational management and information and communication technology. It is hoped that the advances provided by this study bring light and be used by professionals and the academic community, whether in the improvement of theory or in organizational practice related to IM.

Keywords:
Information Management; Information Resource Management; Concept Theory; Indexing Principles

1 Introdução

A variada gama de aplicações e recursos trazidos pela Tecnologia da Informação (TI), sobretudo por meio da Internet, tem transformado o modo de comunicação da sociedade do século XXI em diversas áreas: conexões profissionais, conexões pessoais, serviços públicos, política, religião, acesso às informações, entretenimento etc. Neste contexto, as organizações, sejam públicas ou privadas, buscam o redesenho de processos tradicionais visando à transformação digital. Tal contexto, acalentado por uma nova e emergente sociedade, requer o desenvolvimento de competências profissionais específicas (tecnológica, contábil, financeira, etc) e competências organizacionais (gestão estratégica, comunicação, criatividade, liderança, etc). Todavia, atingir, manter e aperfeiçoar tais competências necessitam, constantemente, do acesso a dados e informações para, então gerar conhecimento e construir tais competências rumo a uma tomada de decisão consciente e que gere valor à organização. Assim, a Gestão da Informação (GI), termo surgido na segunda metade do século XX, poderá auxiliar uma organização rumo à sua sobrevivência em tempos de mares revoltos e de atmosfera tempestuosa.

As argumentações aqui apresentadas são fruto dos resultados preliminares da pesquisa de doutorado, em andamento, em Gestão e Organização do Conhecimento, intitulada Gestão da Informação e Sistemas de Gestão de Segurança da Informação: modelo para a garantia de disponibilidade em processos de contratação, do Programa de Pós-graduação em Gestão e Organização do Conhecimento da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

O presente artigo tem como objetivo apresentar os aspectos teóricos, conceituais e históricos da Gestão da Informação (GI) sob o prisma da Ciência da Informação (CI). Para tanto, recorre-se a uma abordagem metodológica exploratória por meio de pesquisa bibliográfica, uma vez que se realiza um estudo conceitual do tema para se propor uma definição atual e consensual para o termo GI. Busca-se responder a seguinte questão: considerando o panorama teórico e conceitual da GI, quais são as características essenciais que permitem propor uma definição atual e consensual para o termo GI?

Segundo Aganette (2015AGANETTE, E. C. Representação do Conhecimento Biomédico: Uma Investigação Sobre a Teoria Da Terminologia e a Teoria da Ontologia Aplicada no Domínio do Sangue Humano. 2015. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.), as características usadas para definir as coisas contêm as características essenciais, as quais são uma referência ao termo aristotélico “essencial real” das coisas. Amparados neste argumento, justifica-se a proposição desta investigação científica pois, verificou-se na literatura consultada, que não há consenso sobre o limite de características essenciais que define o que, de fato, seja GI. Não havendo esse consenso, a prática nas organizações ou mesmo o ensino nas academias científicas podem apresentar-se sem consistência e dificultoso.

Por fim, esta comunicação científica seguirá a seguinte estrutura: primeiro, por meio da Introdução, tem-se a contextualização do tema, a justificativa, a questão problema, os aspectos metodológicos e o objetivo a ser alcançado. Nas próximas seções, seguem-se: os procedimentos metodológicos, a fundamentação teórica e conceitual sobre GI, a proposição de definição consensual e atual e as considerações preliminares.

2 Procedimentos metodológicos

Os procedimentos metodológicos são divididos em duas fases distintas: A fase A, que envolveu os procedimentos de pesquisa bibliográfica segundo Gil (2010GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.), visou identificar os conceitos de GI existentes na literatura consultada. Já a fase B, que está fundamentada na Teoria do Conceito tal como apresentada por Dahlberg (1978DAHLBERG, I. Teoria do conceito. Ciência da informação, Rio de Janeiro, v.7, n.2, p. 101-107, jul./ dez. 1978.; 1981) e utilizou-se dos princípios de indexação propostos pelo Unisist1 1 United Nations International Scientific Information System (1981), visou a identificar os termos contidos nos conceitos recuperados por meio da fase A.

A Teoria do Conceito considera que a linguagem natural (linguagens utilizadas nas necessidades da vida cotidiana) é útil em formular enunciados a respeito de objetos individuais e gerais. Os objetos individuais são aqueles que podem ser pensados como exclusivos e distintos dos demais. Já os objetos gerais, estão situados fora do espaço e do tempo e constituem-se de enunciados mais genéricos do que específicos. Embasando-se nisto, é possível, com o auxílio da linguagem natural, formular enunciados verdadeiros de objetos gerais, expressos por conceitos gerais, como também de objetos individuais, expressos por conceitos individuais. A soma desses enunciados verdadeiros sobre um objeto geral e um objeto individual constitui os conceitos dos mesmos. A ação rumo a sintetizar, compilar e reunir enunciados verdadeiros sobre um objeto, conduz para a formação de seu conceito. Dahlberg (1978DAHLBERG, I. Teoria do conceito. Ciência da informação, Rio de Janeiro, v.7, n.2, p. 101-107, jul./ dez. 1978., 1981), afirma que conceito é a compilação de enunciados verificáveis sobre determinado objeto, fixado por um símbolo linguístico: o termo. Entretanto, considerando que um conceito é formado por características atribuídas a um objeto, fatalmente, estas passam por uma análise de contexto. Nesse sentido, Dahlberg (1978) distingue dois tipos de características: características essenciais (necessárias à conceituação de um objeto) e acidentais (adicionais ou possíveis a um objeto). Para Dahlberg (1981), a definição é uma equação de sentido entre aquilo que está sendo definido (o definiendum) e aquilo pelo qual algo é definido (o definiens). A prática desta equação de sentido tem por finalidade definir um limite para a atribuição e para a compilação das características indispensáveis na argumentação e comunicação dos conceitos. Portanto, a tarefa de proposição da definição do termo GI passa pela identificação das características essenciais do mesmo. Assim sendo, buscou-se nos princípios de indexação (UNISIST, 1981) a prática para a formulação das características essenciais dos conceitos recuperados na fase A. Segundo o Unisist (1981, p. 84), “a indexação é vista como a ação de descrever e identificar um documento de acordo com seu assunto”. Assim, conceitos são extraídos através de um processo de análise (análise de assunto) e traduzidos, via linguagens de indexação, (tais como, os tesauros e listas de cabeçalhos de assunto) a fim de assegurar consistência, imparcialidade e representatividade do conceito extraído. O Quadro 1 detalha os passos contidos em cada fase da metodologia.

Quadro 1:
Fases da metodologia

3 Evolução teórica conceitual do termo GI

Abaixo,enquanto resultado da fase A da metodologia, a evolução teórica conceitual do termo GI é apresentada.

Segundo Barbosa (2008BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação e Informação, Londrina, v. 13, n. Esp., p. 1-25, 2008.), a origem moderna do termo GI pode ser encontrada nos trabalhos de Paul Otlet, cujo livro Traité de documentation, publicado em 1934, foi um marco fundamental do desenvolvimento da GI, disciplina que, na época, era conhecida como documentação. Para Rayward (1991RAYWARD, W. Boyd. The case of Paul Otlet, pioneer of information science, internationalist, visionary: reflections on biography. Journal of Librarianship and Information Science, v. 23, n. 3, Sep. 1991, p. 135-145.), Otlet estava preocupado em entender a natureza dos documentos e levantar os requisitos organizacionais necessários para garantir acesso à informação.

Mais adiante, em 1945, o trabalho de Vannevar Bush representa um marco evolutivo para a GI. Bush (1945BUSH, V. As we may think. The atlantic monthly, Boston, v. 176, n. 1, p. 101-108, jul. 1945.) publicou um artigo intitulado As we may think, onde pensou uma máquina capaz de armazenar e organizar toda a informação da humanidade (BARBOSA, 2008BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação e Informação, Londrina, v. 13, n. Esp., p. 1-25, 2008., p. 6).

Segundo Belluzzo (2017BELLUZZO, C. R. B. Bases teóricas da gestão da informação: das origens aos desafios na sociedade contemporânea. Palabra Clave, La Plata, v. 7, n. 1, p. 1-12, 2017.), a partir dos anos de 1980, o termo GI surge nos Estados Unidos da América e na Inglaterra, todavia como Gerência de Recursos Informacionais (GRI). O objetivo era gerenciar a informação como um recurso estratégico e o grande marco foi a publicação do US Public Act - A130 - pelo governo dos EUA. Barbosa (2008BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação e Informação, Londrina, v. 13, n. Esp., p. 1-25, 2008.) também menciona o termo GRI, todavia remetendo à sugestão de seu conceito à Robert S. Taylor em 1960. Segundo Barbosa (2008), a GRI apoia-se em três disciplinas essenciais: Administração, Ciência da Computação e Ciência da Informação. Sendo que, na Ciência da Informação, destacam-se a Biblioteconomia, a Gestão de Documentos e a Arquivologia (BARBOSA, 2008BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação e Informação, Londrina, v. 13, n. Esp., p. 1-25, 2008., p. 7). De acordo com Savic (1992SAVIC, D. Evolution of information resource management. Journal of Librarianship and Information Science, London, v. 24, n. 3, p. 127-138,sep.1992.), o primeiro documento inteiramente dedicado à GRI foi o livro de Forest Woody Horton Junior, How to harness information resources: a systems approach, publicado em 1974. Horton Junior (19792 2 HORTON JUNIOR, F. W. Information resources management: concepts and cases. Cleveland, Ohio: Association for Systems, 1979. apudSAVIC, 1992SAVIC, D. Evolution of information resource management. Journal of Librarianship and Information Science, London, v. 24, n. 3, p. 127-138,sep.1992., p. 127, tradução nossa), define GRI como:

um sistema através do qual se realiza a gestão de dados e recursos de maneira ordenada e sistemática. Segundo ele, esse sistema de gerenciamento de recursos inclui todos os métodos e procedimentos para coleta e processamento de informações de um determinado recurso (ou seja, homens, dinheiro, máquinas ou o que é pertinente ao nosso assunto aqui, informação em si) e a formatação dos dados de uma maneira útil para gestão.

No final da década de 1980, Rowley (1988ROWLEY, J E. Basics of information technology. London: Library Association, 1988.) pondera que a gestão da informação deve ser vista como uma disciplina que inclui toda a organização, planejamento de políticas de informação, desenvolvimento e manutenção de sistemas e serviços, a otimização dos fluxos de informação e o aproveitamento de tecnologias de ponta aos requisitos funcionais dos usuários finais, isso em qualquer organização.

Um ano depois, Picot (1989PICOT, A. Information management: the science of solving problems. Journal of Information Management, v. 9, p. 237-243, 1989.), um professor da Ludwig Maximilian University, na Alemanha, apresentou um artigo cujo o foco é a GI enquanto ferramenta para o sucesso produtivo nas organizações. Esse autor ponderou que a introdução de novas informações tecnológicas é um fator de risco ao sucesso em treinamentos e atitudes dos colaboradores de uma organização. Assim, propôs a GI como um elemento de equilíbrio para o uso mais eficiente e eficaz da informação.

No âmbito da América Latina, o pesquisador Páez Urdaneta (1992), da Universidad Simón Bolívar em Caracas - Venezuela, conceituou a GI como um conjunto de elementos e processos vitais dentro da gestão em diferentes dimensões da informação.

Dois anos depois, um modelo de GI elaborado pelos autores Mc Gee e Prusak (1994, p. 107-127) do Ernst & Young’ S Center for Information Technology and Strategy nos Estados Unidos da América foi publicado. Esse foi composto de 6 (seis) fases: (1) identificação de necessidades e requisitos de informação, (2) aquisição/coleta de informações, (3) classificação, armazenamento, tratamento e apresentação da informação, (4) desenvolvimento de produtos e serviços de informação, (5) distribuição e disseminação da informação e (6) análise e uso da informação.

No ano seguinte, o trabalho de Choo (1995CHOO, C.W. Information management for the intelligent organization: roles and implications for the information professions. In: Digital Libraries Conference, 1995, Singapura. Proceedings. Singapore: national computer board of Singapore, 27-30 mar. 1995, p. 81-99.) intitulado Information Management for the Intelligent Organization: Roles and Implications for the Information Professions foi apresentado. Para esse autor, o objetivo básico da gestão da informação é aproveitar os recursos de informações e as capacidades informacionais da organização para permitir que essa aprenda e adapte-se em um ambiente de mudança. Desta forma, a criação, aquisição, armazenamento, análise e uso da informação fornecem a base intelectual para permitir o crescimento e o desenvolvimento da organização inteligente.

Em 1998, o célebre livro de Davenport (1998DAVENPORT, t. H. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.), intitulado Ecologia da Informação, afirmou que a abordagem comumente aceita para a GI - apenas no investimento em novas tecnologias, não funcionava. Para esse autor, os gestores precisam adotar uma perspectiva holística, que possa assimilar alterações repentinas no mundo dos negócios e adaptar-se às mudanças das realidades sociais. Essa abordagem, inovadora para a década de 1990, foi chamada de ecologia da informação e enfatizou o ambiente da informação em sua totalidade.

Nos anos 2000, Beal (2004BEAL, A. Gestão estratégica da informação: como transformar a informação e a tecnologia da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo: Atlas, 2004., p. 83-86) apresentou uma alteração do termo GI para gestão estratégica da informação. Segundo a autora, a gestão estratégica da informação deve preocupar-se com a administração dos recursos informacionais de uma organização a partir de um referencial estratégico.

No ano seguinte, Schlögl (2005SCHLÖGL, C. Information and knowledge management: dimensions and approaches. Information Research, v. 10, n. 4, jul. 2005. Disponível em: http://informationr.net/ir/10-4/paper235.html. Acesso em: 29 abr. 2020.
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) da University of Graz na Áustria apresentou o termo GI como gestão da informação e do conhecimento. Esse autor afirma que, embora a literatura sobre gestão da informação e do conhecimento seja vasta, há certa confusão com relação ao significado desses termos.

Três anos depois, Barbosa (2008BARBOSA, R. R. Gestão da informação e do conhecimento: origens, polêmicas e perspectivas. Informação e Informação, Londrina, v. 13, n. Esp., p. 1-25, 2008.), em um estudo que discute as origens, semelhanças e diferenças entre a GI e a gestão do conhecimento, afirmou que a GI tem sua origem na documentação e é uma disciplina mais consolidada do que a gestão do conhecimento. Para ele, a GI e a gestão do conhecimento focalizam aspectos complementares de dois importantes fenômenos organizacionais. Enquanto a GI focaliza a informação ou o conhecimento registrado (conhecimento explícito), a gestão do conhecimento destaca o conhecimento pessoal, muitas vezes tácito (conhecimento tácito), e que, para ser efetivamente utilizado, antes precisa ser descoberto e socializado.

Rodriguéz Cruz (2008) da Universidad de La Habana, apresentou alguns conceitos de gestão da informação que ora vão ao encontro, ora de encontro do que, até então, fora discutido. Para ele, a GI tem como propósito fundamental o uso da informação em uma organização que a demanda para seu melhor funcionamento.

Detlor (2010DETLOR, B. Information management. International Journal of Information Management, v. 30, p. 103-108, 2010.), da Mc Master University no Canadá, apresentou a GI sob três perspectivas: (1) organizacional, (2) das bibliotecas e (3) pessoal. O autor considera a GI como a gestão sobre o ciclo de vida das informações, sendo algo muito semelhante ao dito por Choo (1995CHOO, C.W. Information management for the intelligent organization: roles and implications for the information professions. In: Digital Libraries Conference, 1995, Singapura. Proceedings. Singapore: national computer board of Singapore, 27-30 mar. 1995, p. 81-99.).

Ponjuán Dante (2011), da Universidad de La Habana em Cuba, afirmou que a GI é um processo estratégico que ocorre em uma organização de qualquer tipo (incluindo comunidades e outras instituições sociais), engloba todos os processos e atividades dessa organização e seus componentes.

Alguns anos depois, Saeger et al (2016SAEGER, M. M. M. T. et al. Organização, acesso e uso da informação: componentes essenciais ao processo de gestão da informação nas organizações. Páginas A&B: arquivos e bibliotecas, n. 6, p. 52-64, 2016.), pontua que o acesso e o uso da informação são componentes essenciais no processo de GI nas organizações. Afirma que a GI pode ocorrer por meio da aplicação de modelos, que devem ser adaptados às necessidades e particularidades dos ambientes dos fluxos informacionais, tal como apresentados por Santos e Valentim (2014SANTOS, C. D.; VALENTIM, M. L. P. As interconexões entre a gestão da informação e a gestão do conhecimento para o gerenciamento dos fluxos informacionais. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 19-33, jul. / dez. 2014.).

Belluzzo (2017BELLUZZO, C. R. B. Bases teóricas da gestão da informação: das origens aos desafios na sociedade contemporânea. Palabra Clave, La Plata, v. 7, n. 1, p. 1-12, 2017., p. 5) apresenta a GI frente aos desafios das organizações contemporâneas. Para essa autora, a GI apresenta pontos que podem ser considerados essenciais para o desenvolvimento de suas políticas, compreendendo novas condutas, tais como: importância da qualidade, produção com criatividade e criticidade e a satisfação do cliente. Com relação aos desafios da contemporaneidade, Belluzzo (2017) chama a atenção para: (1) a produção massiva de informações; (2) a necessidade de compreensão da informação de qualidade e reflexão crítica e (3) a Internet como um fator crítico de transformação das organizações.

Finalmente, a pesquisadora da Universidade do Porto - Portugal, Pinto (2017PINTO, maria Manuela Gomes de Azevedo. Gestão da informação: para um mapeamento de abordagens e perspectivas. Páginas A&B: arquivos e bibliotecas, Porto - Portugal, v. 3, n. Especial, 2017, p. 144-157. Disponível em: http://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/2661. Acesso em: 30 abr. 2020.
http://ojs.letras.up.pt/index.php/pagina...
) traz uma reflexão sobre GI nas universidades públicas portuguesas. Para ela, há duas vertentes de análise envolvendo perspectivas, conceitos e definições em torno da GI: (1) da GI e da Ciência da Informação e (2) da Gestão de Recursos Informacionais e a informação como recurso estratégico e mercadoria.

Conclui-se que, desde o surgimento da ideia de GI, há características semelhantes e diferentes entre os autores aqui apresentados. A figura 1 apresenta uma linha cronológica evolutiva da GI. Na próxima seção, a proposição de definição do termo GI será apresentada.

Figura 1:
Linha evolutiva do termo GI

3.1 Rumo à proposição da definição para o termo GI

Enquanto resultado da fase B da metodologia, a proposição de definição para o termo GI é apresentada. Foram recuperados 19conceitos de GI como resultado da pesquisa bibliográfica. A origem dos autores de cada conceito é diversa: América Central (Cuba), América do Sul (Venezuela e Brasil), América do Norte (Canadá e Estados Unidos da América), Europa (Portugal, Reino Unido, Áustria, Sérvia e Alemanha) e África (África do Sul).

A partir dos princípios de indexação (UNISIST, 1981), foram extraídos219 termos dos 19 conceitos fruto da pesquisa bibliográfica. Os termos foram tratados através da técnica de análise de assunto e, através de uma linguagem de indexação (tradução), realizado o controle terminológico. Neste estudo, optou-se pela utilização do Tesauro Brasileiro de Ciência da Informação (PINHEIRO, FERREZ, 2014PINHEIRO, L. V. R.; FERREZ, H. D. Tesauro brasileiro de ciência da informação. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), 2014.), por ser o vocabulário controlado nacional e por conter mais opções de termos na área de Ciência da Informação. Para representar o termo “qualidade de vida” utilizou-se o tesauro da área da saúde (BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE, [20--]). Para os termos da área administrativa, utilizou-se o Catálogo on-line do Sistema de Bibliotecas FGV (FGV SB SISTEMA DE BIBLIOTECAS, [20--]). Priorizou-se a seleção de termos mais próximos da indexação selecionada, previamente, em Linguagem Natural. Por meio de instrumentos de linguagem de indexação, chegou-se ao termo final autorizado (APÊNDICE A).A tabela 1 apresenta os termos finais autorizados com até três ocorrências. Esta está ordenada sob os seguintes critérios: (1) frequência de incidência e (2) ordem alfabética.

Tabela 1:
Análise da frequência de termos dos conceitos de GI

Evidenciou-se que os termos de maior incidência (de três a 12 ocorrências) são relativos aos processos do ciclo de vida informação (três ocorrências): necessidade de informação (quatro ocorrências), criação da informação (quatro ocorrências), aquisição da informação (onze ocorrências), organização da informação (doze ocorrências), armazenamento da informação (sete ocorrências), disseminação da informação (nove ocorrências), distribuição da informação (cinco ocorrências), usos da informação (doze ocorrências) e uso eficiente da informação (cinco ocorrências). De forma correlata, foram identificados os termos: análise da informação (seis ocorrências), fluxo da informação (seis ocorrências), serviços de informação (cinco ocorrências), produto informacional (quatro ocorrências), recuperação da informação (quatro ocorrências), planejamento da informação (três ocorrências) e políticas de informação (três ocorrências). Estes estão relacionados, de forma indireta, ao ciclo de vida da informação e, de forma direta, podem ser encarados como características da GI.

Outro grupo de termos de maior incidência (de três a 12 ocorrências), considera a GI (três ocorrências) como parte de uma organização (onze ocorrências): planejamento estratégico (cinco ocorrências) e cultura organizacional (quatro ocorrências), ambiente da informação (três ocorrências), operacionalização organizacional (três ocorrências) e processos organizacionais (três ocorrências). Este grupo apresenta termos e definições oriundas da disciplina Administração.

Por fim, os termos controle (sete ocorrências), tecnologia da Informação e comunicação (seis ocorrências), sistema da informação (cinco ocorrências) também apresentaram incidência destacada. Estes têm relação indireta com o ciclo de vida informação em uma organização. Especificamente, podem ser encarados como ferramentas para implementação e manutenção de um processo de GI nas organizações (DAVENPORT, 1998DAVENPORT, t. H. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.).O grupo de menor ocorrência (de uma a duas ocorrências) somou 57 termos e, em função da frequência de ocorrência tímida, não foram considerados na proposta de definição.

Tendo por base os termos autorizados oriundos dos conceitos de GI levantados, pôde-se inferir que: (a) o ciclo de vida da informação, (b) as características da GI, (c) a organização para a qual ou para as quais a GI se aplica e (d) as tecnologias da informação e comunicação são as quatro categorias fundamentais para se caminhar rumo à construção de uma definição atual e consensual de GI.

Retornando ao estudo de Dahlberg (1981DAHLBERG, I. Towards establishment of compatibility between indexing languages. International Classification, v. 8, n. 2, p. 86-91, 1981.) relativo à definição de conceitos, soa razoável construir a definição do conceito de GI a partir dos termos de maior incidência dentro do universo de conceitos recuperados: serão utilizados os termos com, no mínimo, quatro ocorrências. Dito isso, são elencadas as características essenciais sobre o conceito de GI:

  • Compreende a gestão do ciclo de vida da informação que é composto pelas seguintes etapas: identificação das necessidades da informação, criação da informação, aquisição da informação, organização da informação, armazenamento da informação, disseminação da informação, distribuição da informação e uso da informação;

  • Está inserida em uma organização, sofrendo ação da cultura organizacional e do planejamento estratégico;

  • Os fluxos da informação e a análise informacional exercem papel protagonista para a recuperação da informação e a criação dos produtos informacionais;

  • Utiliza as tecnologias da informação e comunicação, através dos sistemas de informação, como ferramenta para o controle da informação.

Portanto, amparados no argumento de que a definição de um conceito tem por finalidade definir um limite para a atribuição e para a compilação das características indispensáveis na argumentação e comunicação dos conceitos (DAHLBERG, 1981DAHLBERG, I. Towards establishment of compatibility between indexing languages. International Classification, v. 8, n. 2, p. 86-91, 1981.), propõe-se a definição de GI: processo de gestão do ciclo de vida da informação que compreende as etapas: identificação das necessidades, criação, aquisição, organização, armazenamento, disseminação, distribuição e uso da informação. Pertence a uma organização, sofrendo ação direta da cultura organizacional e do planejamento estratégico. Através da análise dos fluxos da informação e da própria informação, visa à recuperação e a criação de produtos da informação. Utiliza as tecnologias da informação e comunicação, através dos sistemas de informação, como ferramenta de controle.

A partir da definição proposta, afirma-se que a GI é um processo que está alicerçado em três pilares: (1) o ciclo de vida da informação, (2) a gestão organizacional e (3) a tecnologia da informação e comunicação. O termo processo é comumente relacionado a algum método, técnica ou maneira de agir ou proceder, sistematicamente, para atingir um ou mais objetivos. Desta forma, a GI, enquanto um processo, visa à gestão do ciclo de vida da informação em um contexto organizacional. Assim, a abordagem de GI que considera a ecologia da informação (DAVENPORT, 1998DAVENPORT, t. H. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.) - emprega uma gama mais rica de ferramentas, uma abordagem holística da informação - parece permanecer atual. Os ecologistas da informação devem apoiar-se não somente na tecnologia e design da informação, mas, igualmente, devem tratar da estratégia, da política e dos comportamentos ligados à informação para produzir ambientes informacionais melhores. Em suma, quando se fala em gestão do ciclo de vida da informação propõem-se controles inteligentes, resultados de uma visão integrada e holística do ciclo de vida da informação. A maneira que se dará a identificação, criação, aquisição, organização, armazenamento, distribuição, disseminação e uso da informação são dependentes entre si e relacionados diretamente com a organização. Além disso, a análise dos fluxos informacionais e analisar a própria informação são cruciais na eficiência e na eficácia da recuperação e da criação dos produtos de informação. Por fim, enquanto ferramenta de apoio para criar e modificar o ciclo de vida da informação, estão as tecnologias da informação e comunicação, através de hardwares e softwares.

4 Considerações finais

A fundamentação teórica deste artigo encontra abrigo no conceito de sociedade da informação e do conhecimento. De maneira mais contundente, a segunda metade do século XX trouxe para a sociedade contemporânea grande impacto no modo de criação, armazenamento, uso, transmissão e reuso de dados e informações. Castells (2011CASTELLS, M. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.) pontua a existência de um paradigma da tecnologia da informação, focado na transferência de tecnologias baseadas em insumos baratos da informação. Tal paradigma considera a informação como sua matéria prima e está sustentado pela extrema penetrabilidade tecnológica nos processos humanos individuais e/ou coletivos, tendo a lógica das redes presente nas interações humanas, apresentando capacidade de flexibilidade e reconfiguração dos processos e organizações e demandando sistemas altamente integrados.

Sobretudo nos dias pós início da pandemia de COVID-19, a penetrabilidade da tecnologia da informação tem papel protagonista nas organizações e em seus processos de trabalho. A compreensão do que, de fato, é GI e de sua interface com as disciplinas de gestão organizacional e tecnologia da informação e comunicação tende a viabilizar a concepção, implantação e manutenção dos processos de GI nas organizações.

Espera-se que tanto a fundamentação teórica, como a proposta de definição de GI deste estudo, atavés de método de pesquisa amplamente aceito e de técnicas oriundas da Biblioteconomia e Ciência da Informação, traga maior clareza sobre o tema aos profissionais e à comunidade acadêmica.

Referências

  • AGANETTE, E. C. Representação do Conhecimento Biomédico: Uma Investigação Sobre a Teoria Da Terminologia e a Teoria da Ontologia Aplicada no Domínio do Sangue Humano. 2015. Tese (Doutorado em Ciência da Informação) Escola de Ciência da Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
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  • 3
    Referências atuais sobre aquisição estão relacionadas a aquisição de dados em software, aquisição da informação na web e em fontes externas não foi localizado.

Apêndice A


Análise do conteúdo informacional dos conceitos de GI

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Maio 2022
  • Data do Fascículo
    Jan-Mar 2022

Histórico

  • Recebido
    17 Fev 2022
  • Aceito
    24 Mar 2022
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