Acessibilidade / Reportar erro

Family care practitioners experience with individuals with orofacial clefts in Brazil

Experiência de profissionais de saúde da família com pessoas com fendas orofaciais no Brasil

Abstracts

INTRODUCTION: Orofacial clefts are among the most prevalent birth defects worldwide. Specialized treatment and surveillance of basic health needs are critical. Few studies have investigated primary care practitioners' experience in caring for individuals with clefts. OBJECTIVE: It was to describe experience and current interest of family care practitioners on the management of individuals with clefts. METHODS: Observational cohort of 104 practitioners from Maceió (AL) e Campinas (SP). Demographic, academic and professional characteristics, didactic experience and desire in continuing education on clefts were assessed using a questionnaire RESULTS:Seventy-four practitioners were located in Maceió and 30 in Campinas. Female gender and low academic qualification were predominant. Physicians and nurses prevailed over dentists, 78 (75%) participants had clinical experience with clefts. Use of protocols was mentioned by 3/104 (2.9%), provision of information on clefts by 58/104 (56%) and referrals to the Brazilian Reference Network by 7/104 (6.7%). Almost 50% reported didactic experience and 94%, desire on continuing education in this field CONCLUSION: Results corroborate the literature and reinforce the need of improving family care practitioners' skills to manage individuals with clefts. Education and strengthen ties between primary level of the health system and specialized teams must be focused. Some strategies are presented in this regard.

orofacial clefts; primary care; continuing education


INTRODUÇÃO: As fendas orofaciais estão entre os mais prevalentes defeitos congênitos em todo o mundo. Atenção especializada e vigilância de necessidades básicas de saúde são críticas no cuidado aos indivíduos. OBJETIVO: Foi descrever a experiência e o interesse de profissionais da Estratégia Saúde da Família no acompanhamento de indivíduos com fendas orofaciais. MÉTODOS: Coorte observacional com 104 profissionais de Maceió (AL) e Campinas (SP). Características demográficas, acadêmicas e profissionais, bem como a experiência didática e o desejo por educação continuada, foram colhidas por meio de questionário. RESULTADOS: Setenta e quatro profissionais atuavam em Maceió e 30 em Campinas. O gênero feminino e a baixa qualificação acadêmica foram predominantes. Médicos e enfermeiros prevaleceram sobre dentistas, e 78 (75%) participantes tinham experiência clínica com fendas. O uso de protocolos foi mencionado por 3/104 (2,9%), a oferta de informações sobre fendas por 58/104 (56%) e o encaminhamento para unidades especializadas da Rede de Referência por 7/104 (6,7%). Cerca de 50% dos participantes referiram experiência didática e 94%, desejo por educação continuada CONCLUSÃO: Os resultados corroboram a literatura e reforçam a necessidade de melhorar a capacitação de profissionais nesta área. Para tanto, são apresentadas estratégias para promover educação e reforçar laços entre a atenção básica e equipes especializadas.

fendas orofaciais; atenção básica; educação continuada


  • 1
    Brasil. Ministério da Saúde: Saúde Brasil 2008: 20 anos de Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. [cited 2010 Dec 8]. Available from: http://www.rededepesquisaaps.org.br/UserFiles/File/biblioteca/saude_brasil_2008_web_20_11.pdf/
  • 2
    Mossey PA, Little J, Munger RG, Dixon MJ, Shaw WC. Cleft lip and palate. Lancet. 2009;374(9703):1773-85.
  • 3
    Mossey PA, Shaw WC, Munger RG, Murray JC, Murthy J, Little J. Global oral health inequalities: challenges in the prevention and management of orofacial clefts and potential solutions. Adv Dent Res. 2011;23(2):247-8.
  • 4
    Dixon MJ, Marazita ML, Beaty TH, Murray JC. Cleft lip and palate: synthesizing genetic and environmental influences. Nat Rev Genet. 2011;12(3):167-78.
  • 5
    Rahimov F, Marazita ML, Visel A, Cooper ME, Hitchler MJ, Rubini M, Domann FE, Govil M, Christensen K, Bille C, Melbye M, Jugessur A, Lie RT, Wilcox AJ, Fitzpatrick DR, Green ED, Mossey PA, Little J, Steegers-Theunissen RP, Pennacchio LA, Schutte BC, Murray JC. Disruption of AP-2 alpha binding site in an IRF6 enhancer is strongly associated with cleft lip. Nat Genet. 2008;40(11):1341-7.
  • 6
    Luijsterburg AJM, Vermeij-Keers C. Ten years recording common oral clefts with a new descriptive system. Cleft Palate-Craniofac J. 2011;48(2):173-82.
  • 7
    Herkraf APCQ, Herkraf FJ, Rebelo MAB, Vettore MV. Parental age as a risk factor for non-syndromic oral clefts: a meta-analysis. J Dent. 2012;40(1):3-14.
  • 8
    Strauss RP. The organization and delivery of craniofacial health services: the state of the art. Cleft Palate Craniofac J. 1999;36(3):189-95.
  • 9
    Shaw WC, Semb G, Nelson P, Brattström V, Mølsted K, Prahl-Andersen B, Gundlach KK. The Eurocleft Project 1996-2000: overview. J Craniomaxillofac Surg. 2001;29(3):131-40.
  • 10
    World Health Organization (WHO). Global strategies to reduce the health-care burden of craniofacial anomalies [cited 2010 Dec 8]. Available from: http://www.who.int/genomics/publications/en/
  • 11
    Mitchell JC, Wood RJ. Management of cleft lip and palate in primary care. J Ped Health Care. 2000;14(1):13-9.
  • 12
    Grow JL, Lehman JA. A local perspective on the initial management of children with cleft lip and palate by primary care physicians. Cleft Palate-Craniofac J. 2002;39(5):535-40.
  • 13
    Nackashi JA, Dedlow RE, Dixon-Wood V. Health care for children with cleft lip and palate: comprehensive services, and infant feeding. In: Wyszynski DF (editor). Cleft lip and palate from origin to treatment. New York: Oxford University Press; 2002. p. 127-58.
  • 14
    Damiano PC, Tyler MC, Romitti PA, Druschel C, Austin AA, Burnett W, Robbins JM. Primary care physicians experience with children with oral clefts in three states. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2010;88(12):1050-6.
  • 15
    Amstalden-Mendes LG. Aspectos da atenção à saúde a indivíduos com fenda de lábio e (ou) palato no Brasil e propostas para seu incremento no SUS [thesis]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2011.
  • 16
    Monlleó IL, Mossey PA, Gil-da-Silva-Lopes VL. Evaluation of craniofacial care outside the Brazilian Reference Network for Craniofacial Treatment. Cleft Palate-Craniofac J. 2009;46(2):204-11.
  • 17
    Monlleó IL, Gil-da-Silva-Lopes VL. Anomalias craniofaciais: descrição e avaliação das características gerais da atenção no Sistema Único de Saúde. Cad Saúde Pública. 2006;22(5):913-22.
  • 18
    Monlleó IL, Gil-da-Silva-Lopes VL. Brazil's Craniofacial Project: genetic evaluation and counseling in the Reference Network for Craniofacial Treatment. Cleft Palate-Craniofac J. 2006;43(5):577-9.
  • 19
    Brasil. Portaria SAS/MS nº 62, 19 de abril de 1994: normaliza cadastramento de hospitais que realizem procedimentos integrados para reabilitação estético-funcional dos portadores de má-formação lábio-palatal para o Sistema Único de Saúde [cited 2010 Dec 8]. Available from: http://www.saude.mg.gov.br/atos_normativos/legislacao-sanitaria/estabelecimentos-de-saude/lesoes-labio-palatais/Portaria%20SAS-MS%20no%2062,%20de%2019-04-1994.pdf/
  • 20
    Brasil. Ministério da Saúde: reduzindo as desigualdades e ampliando o acesso à assistência à saúde no Brasil 1998-2002 [monograph]. Brasília: Ministério da Saúde; 2002.
  • 21
    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica: Avaliação para melhoria da qualidade da estratégia saúde da família [cited 2010 Dec 8]. Available from: http://dab.saude.gov.br/dab/docs/publicacoes/geral/doc_tec_amq_portugues.pdf/
  • 22
    Yetter JF 3rd. Cleft lip and cleft palate. American Family Physician. 1992;46(4):1211-8.
  • 23
    Brasil. Ministério da Saúde: sala de situação em saúde. Saúde da família [cited 2011 Jan 11]. Available from: http://189.28.128.178/sage/
  • 24
    Cull WL, O'Connor KG, Sharp S, Tang SS. Response rates and response bias for 50 surveys of pediatricians. Health Serv Res. 2005;40(1):213-26.
  • 25
    Tomasi E, Facchini LA, Piccini RX, Thumé E, Silveira DS, Siqueira FV, Rodrigues MA, Paniz VV, Teixeira VA. Perfil sócio-demográfico e epidemiológico dos trabalhadores da atenção básica à saúde nas regiões Sul e Nordeste do Brasil. Cad Saúde Pública. 2008;24(Suppl 1):193-201.
  • 26
    Gil CRR. Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e perspectivas. Cad Saúde Pública. 2005;21:490-8.
  • 27
    World Health Organization (WHO). Programmes and projects. [cited 2011 Aug 25]. Available from: http://www.who.int/genomics/anomalies/americas_registry/en/index.html
  • 28
    Hospital Sobrapar - Crânio e Face. [cited 2011 Jan 11]. Available from: http://www.sobrapar.org.br/default.asp/
  • 29
    Silveira-Basso MC. Conhecimento de futuros profissionais da saúde sobre aspectos de importância multiprofissional de indivíduos com fendas de lábio e (ou) palato [dissertation]. Campinas (SP): Universidade Estadual de Campinas; 2011.
  • 30
    Amstalden-Mendes LG, Magna LA, Gil-da-Silva-Lopes VL. Neonatal care of infants with cleft lip and/or palate: feeding orientation and evolution of weight gain in a nonspecialized brazilian hospital. Cleft Palate-Craniofac J. 2007;44(3):329-34.

Publication Dates

  • Publication in this collection
    13 July 2015
  • Date of issue
    Sept 2013

History

  • Received
    08 Sept 2012
  • Accepted
    31 July 2013
Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro Avenida Horácio Macedo, S/N, CEP: 21941-598, Tel.: (55 21) 3938 9494 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cadernos@iesc.ufrj.br