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Uso do filme como estratégia de ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência: percepção de alunos de enfermagem

The use of movie as a strategy for teaching-learning about people with impairments: perception of nursing students

El uso del cine como estrategia de enseñanza-aprendizaje de las personas com discapacidad: la percepción de los alumnos de enfermería

Resumos

O objetivo deste estudo foi elaborar uma estratégia de ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial e registrar a percepção dos alunos de graduação em enfermagem acerca da utilização de filmes como parte da estratégia do processo ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial visual, auditiva e de fala. Estudo descritivo, exploratório, qualitativo, desenvolvido no Laboratório de Comunicação em Saúde, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, no período de 2010.1. O primeiro tema tratado foi a deficiência visual, seguida da auditiva e da fala. A associação do uso de filmes a conteúdos teóricos e leitura de textos sobre determinado tema foi considerada experiência prazerosa pelos alunos, motivando o aprendizado. A introdução de filmes representa uma oportunidade para rever e sofisticar a abordagem pedagógica e os conteúdos ministrados pelo professor.

Educação em Enfermagem; Pessoas com deficiência; Enfermagem


The objective of this study is to construct a strategy for teaching and learning about people with disabilities and to register the perception of nursing graduation students concerning the use of movies as part of the strategy of the teaching-learning process on people with visual, hearing and speech impairments. This is a descriptive, exploratory, qualitative study carried out at the Health Communication Laboratory of the Nursing Department of the Federal University of Ceará, in the first semester 2010. The first theme approached was visual disability, followed by hearing and speech. Associating the use of movies with theoretical contents and texts reading on certain theme was considered a pleasant experience to the students, motivating the learning. The introduction of movies represents an opportunity to review and improve the pedagogic approach and the contents given by the teacher.

Education Nursing; Disabled Persons; Nursing


El objetivo de este estudio es desarrollar una estrategia para la enseñanza/aprendizaje de las personas con discapacidades sensoriales y el registro sobre la percepción de los estudiantes de enfermería de la universidad sobre el uso de películas como parte del proceso de la estrategia de enseñanza/aprendizaje sobre personas con deficiencia sensorial visual, auditiva y del habla. Estudio descriptivo, exploratorio, cualitativo, desarrollado en el Laboratorio de Comunicación en Salud, Departamento de Enfermería, de la Universidad Federal de Ceará, en el período de 2010.1. El primer tema fue la deficiencia visual, seguido de la auditiva y del habla. Relacionar el uso de las películas a contenidos teóricos y lectura de textos sobre tema en particular fue considerada una experiencia agradable por los alumnos, motivándoles el aprendizaje. La introducción de las películas representa una oportunidad de revisar y refinar el enfoque pedagógico y los contenidos ministrados por el profesor.

Educación en Enfermería; Personas con Discapacidad; Enfermería


PESQUISA

Uso do filme como estratégia de ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência: percepção de alunos de enfermagem

The use of movie as a strategy for teaching-learning about people with impairments: perception of nursing students

El uso del cine como estrategia de enseñanza-aprendizaje de las personas com discapacidad: la percepción de los alumnos de enfermería

Paula Marciana Pinheiro de OliveiraI; Monaliza Ribeiro MarianoII; Cristiana Brasil de Almeida RebouçasIII; Lorita Marlena Freitag PagliucaIV

IEnfermeira. Doutoranda do Departamento de Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). Bolsista do CNPq. Fortaleza-CE. Brasil. E-mail: paulamarciana@yahoo.com.br

IIEnfermeira. Doutoranda do Departamento de Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFC. Bolsista da Funcap. Fortaleza-CE. Brasil. E-mail: monalizamariano@yahoo.com

IIIEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Bolsista de Pós-Doutorado do CNPq no Departamento de Enfermagem da UFC. Fortaleza-CE. Brasil. E-mail:cristianareboucas@yahoo.com.br

IVEnfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora Titular do Departamento de Enfermagem da UFC. Pesquisadora do CNPq. Fortaleza-CE. Brasil. E-mail: pagliuca@ufc.br

RESUMO

O objetivo deste estudo foi elaborar uma estratégia de ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial e registrar a percepção dos alunos de graduação em enfermagem acerca da utilização de filmes como parte da estratégia do processo ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial visual, auditiva e de fala. Estudo descritivo, exploratório, qualitativo, desenvolvido no Laboratório de Comunicação em Saúde, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, no período de 2010.1. O primeiro tema tratado foi a deficiência visual, seguida da auditiva e da fala. A associação do uso de filmes a conteúdos teóricos e leitura de textos sobre determinado tema foi considerada experiência prazerosa pelos alunos, motivando o aprendizado. A introdução de filmes representa uma oportunidade para rever e sofisticar a abordagem pedagógica e os conteúdos ministrados pelo professor.

Palavras-chave: Educação em Enfermagem. Pessoas com deficiência. Enfermagem.

ABSTRACT

The objective of this study is to construct a strategy for teaching and learning about people with disabilities and to register the perception of nursing graduation students concerning the use of movies as part of the strategy of the teaching-learning process on people with visual, hearing and speech impairments. This is a descriptive, exploratory, qualitative study carried out at the Health Communication Laboratory of the Nursing Department of the Federal University of Ceará, in the first semester 2010. The first theme approached was visual disability, followed by hearing and speech. Associating the use of movies with theoretical contents and texts reading on certain theme was considered a pleasant experience to the students, motivating the learning. The introduction of movies represents an opportunity to review and improve the pedagogic approach and the contents given by the teacher.

Keywords: Education Nursing. Disabled Persons. Nursing

RESUMEN

El objetivo de este estudio es desarrollar una estrategia para la enseñanza/aprendizaje de las personas con discapacidades sensoriales y el registro sobre la percepción de los estudiantes de enfermería de la universidad sobre el uso de películas como parte del proceso de la estrategia de enseñanza/aprendizaje sobre personas con deficiencia sensorial visual, auditiva y del habla. Estudio descriptivo, exploratorio, cualitativo, desarrollado en el Laboratorio de Comunicación en Salud, Departamento de Enfermería, de la Universidad Federal de Ceará, en el período de 2010.1. El primer tema fue la deficiencia visual, seguido de la auditiva y del habla. Relacionar el uso de las películas a contenidos teóricos y lectura de textos sobre tema en particular fue considerada una experiencia agradable por los alumnos, motivándoles el aprendizaje. La introducción de las películas representa una oportunidad de revisar y refinar el enfoque pedagógico y los contenidos ministrados por el profesor.

Palabras clave: Educación en Enfermería; Personas con Discapacidad; Enfermería

INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo, o ensino, de modo geral, tem passado por profundas mudanças. No contexto atual, o curso de graduação deve possibilitar ao futuro enfermeiro sua instrumentalização para a intervenção na realidade, ao favorecer a organização e reorganização do trabalho. Dessa forma, a articulação entre o ensino e a prática mostra a necessidade de transformar os modelos gerenciais vigentes centrados na visão normativa e prescritiva do trabalho em enfermagem. A intencionalidade de contextualizar para inovar o ensino de enfermagem surge pelas características do mundo do trabalho da enfermagem por seu papel no cuidado ao ser humano.1

Nessa perspectiva de inovação do ensino, surgiu a Formação Baseada em Competências (FBC), metodologia diferente dos processos educacionais tradicionais. Tal método centra-se no desempenho do participante associando comportamentos, conhecimentos e competências, e não apenas informações adquiridas. Requer, ainda, que o formador facilite e encoraje a aprendizagem em detrimento da sua atuação como professor tradicional.2

Entre os vários recursos de abordagem na educação, inclui-se o cinema, o qual pode ser considerado uma linguagem centenária "nova", pois, apesar de existir há mais de cem anos, a educação o descobriu tardiamente. Não significa, porém, que o cinema foi pensado apenas atualmente; desde seus primórdios é visto como elemento educativo. Empregar filmes como uma estratégia educativa é ajudar o aluno a reencontrar a cultura, porquanto o cinema é o campo onde a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados em uma mesma obra de arte. Dos mais sofisticados aos mais simples, dos mais difíceis aos mais fáceis, os filmes apresentam sempre possibilidades para o trabalho na educação.3

Hoje, a utilização das novas tecnologias em sala de aula, como suporte para se transmitir conhecimento aos alunos, está em voga nas discussões pedagógicas. A capacidade de um indivíduo em relembrar os conhecimentos adquiridos em sala de aula aumenta quando o material é aprendido por meio de métodos participativos, como, por exemplo, as palestras com apresentações visuais e verbais, dramatizações, casos práticos e filmes, e, ainda, por meio da prática em laboratório.2

Ao escolher um filme para dinamizar o conhecimento dos alunos com as atividades em sala de aula, o professor deve levar em conta o problema da adequação do conteúdo e da abordagem por meio de reflexão prévia sobre os objetivos. Alguns fatores, contudo, interferem na conformação e desenvolvimento deste tipo de abordagem. São eles: as possibilidades técnicas e de organização na exibição de um filme; a articulação com o conteúdo discutido; os conceitos que deverão ser trabalhados e ajustados conforme a faixa etária da turma.3

Adotar filmes como recurso para facilitar o processo ensino-aprendizagem exige a presença de um moderador para fomentar as discussões acerca daquele conhecimento exposto. Neste caso, as imagens tornam-se um poderoso instrumento de aproximação do real, por sua sutileza de discurso e sedução de linguagem, sendo possível associar o estímulo verbal à reflexão com fins pedagógicos.4

Na saúde, é pouco comum a utilização destas estratégias. Algumas produções conseguem trabalhar determinados temas, como: a questão das drogas e do álcool; a saúde mental e neurológica; a saúde pública e a saúde profissional3;a ética em pesquisa; o paciente terminal; a ética profissional, entre outros. No projeto pedagógico do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará há a disciplina Enfermagem em Situações Especiais, com carga horária de 32 horas. Em sua ementa constam: Indicadores de saúde das pessoas com deficiência; Políticas públicas e legislação para as pessoas com deficiência; Acessibilidade física e sensorial da pessoa com deficiência aos serviços de saúde; e Avaliação em saúde da pessoa com deficiência.

O conteúdo aborda a participação do enfermeiro no processo de inclusão e no cuidado à pessoa com deficiência, particularmente na comunicação com as pessoas com deficiência sensorial. Conforme identificado, existem filmes ficcionais e biográficos sobre a questão da deficiência sensorial. Optou-se, então, por incluir esta estratégia na disciplina e selecionaram-se os seguintes temas no enfoque da comunicação: deficiência visual, deficiência auditiva e deficiência de fala.

Desse modo, o objetivo desta pesquisa foi elaborar estratégia de ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial e registrar a percepção dos alunos de graduação em enfermagem acerca da utilização de filmes como parte da estratégia do processo ensino-aprendizagem sobre pessoas com deficiência sensorial visual, auditiva e de fala.

METODOLOGIA

Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa que desvenda as várias maneiras pelas quais um fenômeno se manifesta, assim como os processos a ele associados, e, ainda, tenciona descrever, elucidar fenômenos relacionados com a profissão de enfermagem (POLIT; BECK e HUNGLER, 2004). Desenvolvido no Laboratório de Comunicação em Saúde, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, pela disponibilidade de equipamentos para projeção dos filmes, a oferta da disciplina ocorreu no primeiro semestre letivo de 2010 e participaram alunos dos 2º, 5º e 8º semestres.

Previamente ao início da disciplina, foi elaborado o Plano de Aula contendo tema, data e duração da aula; objetivos a serem alcançados ao término da aula; metodologia, dividida em etapas, de acordo com as atividades a serem desenvolvidas na aula; ficha técnica do filme selecionado para a aula; sinopse do filme; roteiro do filme; roteiro de discussão contendo questões relacionadas ao tema da aula e aspectos observados no filme; critérios de avaliação do desempenho do aluno durante a aula e referências para leitura. A ficha técnica do filme baseou-se em modelo segundo o qual para cada aula que utilize filme, faz-se necessário um cuidadoso planejamento4.

Posterior à elaboração, no dia da disciplina, o plano de aula era entregue e apresentado aos alunos para que estes fossem informados acerca das atividades propostas para aquele encontro. As etapas do plano de aula eram coordenadas pela docente e acompanhadas pelos alunos.

Durante as aulas, na aplicação dos planos de aula, os alunos foram indagados e esclarecidos sobre a disponibilidade e importância de participação na pesquisa e preenchimento do instrumento para aprimoramento dos semestres posteriores. Com o aceite de participação, ao término da disciplina e após assinatura do Termo de Consentimento, aplicou-se questionário de avaliação, contendo seis perguntas subjetivas, as quais abordavam: opinião acerca da disciplina, utilização do filme como estratégia ensino-aprendizagem, se o plano de aula esclarece sobre as atividades que serão desenvolvidas durante a aula, se os textos complementares e a aula contemplaram o assunto proposto e sugestões relativas à disciplina e ao plano de aula. Os alunos descreveram individualmente sua percepção sobre a utilização do filme como estratégia de ensino-aprendizagem integrada às demais abordagens. Para facilitar aexploração do material e análise dos dados, os relatos foram agrupados em categorias e, para preservar o anonimato dos alunos, os depoimentos foram identificados por letras do alfabeto (A a Z). A análise dos planos de aula e dos registros dos alunos foi discutida com base na literatura científica pertinente à temática abordada.

Como exigido, foram respeitados os aspectos éticos de acordo com as normas que regulam as pesquisas com seres humanos conforme a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Ressalta-se, ainda, que este trabalho está inserido no Projeto Laboratório de Comunicação em Saúde e recebeu aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará com nº 124/02.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados são apresentados na sequência de planos de aula comentados com literatura pertinente e, em um segundo momento, pela avaliação dos estudantes. A elaboração do plano de aula teve como princípio que os alunos têm diferentes estilos de aprendizagem e a utilização de meios audiovisuais variados lhes permite receber as informações de diversas maneiras, reforçando, assim, o processo de aprendizagem.2 O primeiro tema tratado foi a deficiência visual, seguida da auditiva, e, por fim, a da fala. No Quadro 1, aborda-se a deficiência visual.


No Plano de Aula 1 apresentam-se informações sobre o filme Perfume de Mulher acompanhadas de indagações a respeito de situações que envolvem as pessoas com deficiência visual. Incluem-se, também, textos a respeito deste tema. Com estas estratégias buscou-se refletir e discutir a respeito da capacidade da pessoa cega desenvolver atividades de vida diária, executar as mais diversas funções no mundo, a inclusão social, e observar as relações interpessoais. Abordou-se, ainda, a comunicação dos profissionais de saúde com estas pessoas.

Diferentemente do suposto, a falta ou redução de visão não é o principal obstáculo à inclusão das pessoas com deficiência visual como cidadãos possuidores de direitos e deveres. Quando são oferecidas as condições de aprendizado e os meios para desenvolver e aplicar suas habilidades, estas pessoas têm condições de desempenhar tarefas como caminhar sozinhas,estudar, trabalhar e participar da vida social,econômica, cultural e política da sociedade.5

Para abordar o tema deficiência auditiva preparou-se o Plano de Aula 2, conforme consta no Quadro 2.


Nesta segunda aula, o intuito foi instigar o pensamento crítico sobre as atividades desempenhadas pelos deficientes auditivos, visto que esta parcela da população também possui vida social ativa. As estratégias possibilitam a sensibilização acerca da importância da comunicação com esta clientela por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) bem como o estimulo à observação da comunicação não verbal entre surdos e ouvintes.

A pessoa com deficiência auditiva tem dificuldades de atendimento nos serviços de saúde por impossibilidade de estabelecer comunicação com o profissional. É fundamental que a comunicação não verbal e a LIBRAS sejam abordadas nos processos de formação do enfermeiro. Sendo assim, é necessário investir na formação de profissionais para abordar esta clientela, com vistas a aprimorar a assistência ao tratá-la com igualdade social para galgar espaços no exercício da cidadania. 6

O Plano de Aula 3, acerca da deficiência da fala, utilizou o filme O Escafandro e a Borboleta, apresentado no Quadro 3.


Nesta aula o enfoque foi a comunicação com a pessoa com múltiplas deficiências. O filme usado para a reflexão e discussão do tema retrata um homem que fica afásico após derrame cerebral; em consequência deste derrame fica impossibilitado de comunicar-se com os profissionais que o assistem, seus familiares e amigos.

De modo geral, as afasias se instalam abruptamente, ocasionando dificuldades totais ou parciais de linguagem, tais como falar, ler, escrever. No entanto, preserva a compreensão verbal. O paciente afásico apresenta, além do estado psicológico comprometido pelo impacto da situação, a inaptidão em transmitir seus pensamentos e aflições por meio da linguagem. Isto gera sentimento de frustração e agressividade.7

Em virtude desta alteração patológica há uma mudança na maneira pela qual o afásico entende e se expressa ao mundo. Na afasia severa, o paciente decodifica apenas palavras mais importantes de uma sentença. Dessa forma, ocasiona desentendimentos, pois a combinação de palavras com o conhecimento geral de mundo não é suficiente para a compreensão correta da mensagem dada.8

Mesmo ante a impossibilidade de se expressar de modo verbal, o paciente pode preservar outros canais de comunicação, como a audição, o tato e os movimentos corporais. No filme selecionado para esta aula, além da afasia, a pessoa mantinha apenas o movimento das pálpebras de um olho. É por meio da melhor utilização das habilidades comunicativas remanescentes do afásico que ainda é possível se comunicar com ele.8

Incumbe à instituição formadora de profissionais de saúde priorizar o desenvolvimento de competências para estabelecer a mediação entre a realidade e o sujeito em formação. Dessa maneira, cabe aos profissionais de saúde trabalhar para que este indivíduo seja capaz de entender essa realidade, os modos de atuar sobre ela e intervir como agente de transformação das práticas sociais e de si mesmo.9

Defende-se que o primeiro passo para essas mudanças seja a conscientização dos profissionais no tocante ao cuidado do paciente em todos os seus aspectos. Com profissionais conscientizados, serão viáveis as mudanças comportamentais. Pesquisadores apontam para a aquisição da competência em comunicação verbal e não verbal no intuito de serem entendidos e se fazerem entender pelos pacientes para a promoção de um cuidado efetivo. O conhecimento e a utilização da comunicação pela enfermagem podem ser melhorados e aprofundados através de cursos de aperfeiçoamentos e/ou treinamentos.10-11

Para a formação dos profissionais brasileiros editou-se a Lei nº 9.394/96 que dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs)12. Estas expressam o compromisso por transformações na formação dos profissionais de saúde. A mudança precisa estar direcionada e comprometida com a concretização dos princípios da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único de Saúde. Um estudo também destaca a prática da interdisciplinaridade, a aquisição de competências e habilidades, a autonomia institucional e a flexibilidade, bem como a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.13

Diante destas considerações, a inovação e a elaboração de estratégias na sala de aula são relevantes, pois têm o objetivo de despertar no discente sensibilização e reflexão perante as especificidades das pessoas com deficiência, mostrando-lhe a realidade vivenciada por esta clientela. Para melhor apreensão, é indispensável a relação entre o tema, conteúdos expostos pelo professor, os filmes e os textos, com vistas a se fornecer elementos para enriquecer a discussão em sala de aula.

Ao final do semestre, durante a avaliação da disciplina por meio do questionário, os alunos apresentaram sugestões para melhorar os planos de aula bem como a disciplina de modo geral, além de abordarem pontos positivos e negativos observados ao longo desta.

Organizaram-se, então, categorias para melhor compreensão dos depoimentos dos acadêmicos, como expostos: (1) Utilização de filmes e correlação com conteúdos e habilidades no processo ensino-aprendizagem; e (2) O filme e a aproximação com a realidade.

Categoria 1: Utilização de filmes e correlação com conteúdos e habilidades no processo ensino-aprendizagem

Nesta categoria, especificamente, a indagação se referiu à utilização do filme e dos artigos científicos no processo de ensino-aprendizagem. O Plano de Aula foi construído para situar o aluno sobre a atividade a ser realizada com o filme, mediante informações importantes para entender o contexto e discuti-lo em sala. As falas que correspondem a esta categoria são as seguintes:

"... sensibiliza ainda mais os alunos a refletirem sobre o problema gerando argumentos para debate, além de ser possível associar com os artigos" (A, G, I).

"...O Plano de Aula ajuda a direcionar quais pontos são importantes para serem observados no filme" (J).

"Os artigos e as aulas ministradas esclarecem bastante o conteúdo teórico, acho que as aulas ministradas desta maneira proporcionam um melhor entendimento do assunto" (K).

É perceptível pelas falas dos alunos que a utilização de aulas expositivas, dos filmes e da leitura de artigos subsidiou as discussões dos conteúdos em sala e a estratégia foi positiva, favorecendo o alcance dos objetivos estabelecidos em cada plano de aula, e estas estratégias ajudaram no aprendizado.

Em um estudo realizado com professores do ensino fundamental e médio de escolas públicas, foi visível a importância da utilização do filme na sala de aula. Como se observou, o filme pode auxiliar a elucidar fatos que o professor muitas vezes deixa de comentar e também levar o aluno a fazer uma reflexão através da fonte cinematográfica. Na opinião dos autores deste mesmo estudo, os educadores precisam estabelecer uma relação positiva da mídia com o espaço educativo, buscando formar pessoas que saibam filtrar as informações na mídia e, ao mesmo tempo, analisar a produção cinematográfica.14

Em outro estudo, com professores do ensino superior, constatou-se que eles não têm domínio de teorias cinematográficas, porém essa limitação não inibe o recurso à exibição de filmes em aula. Assim, mais significante que conhecer as teorias da área é ter uma articulação clara entre a disciplina e os filmes a serem exibidos, de modo que não sejam apenas ilustrativos. Mesmo assim, o cinema na sala de aula é recurso didático e, por vezes, estratégia pedagógica. Enfim, o cinema auxilia na educação. É dispositivo pedagógico a serviço de bons percursos educativos e de inspirados condutores.14

O uso do filme como recurso didático deve proporcionar a aprendizagem, ajudando o aluno a encontrar nova maneira de refletir e entender o conteúdo. Uma opção interessante e motivadora, que não seja meramente ilustrativa e nem substitua o professor, mas que seja um momento crítico de aprofundamento.

Qualquer filme, independente da sua temática, pode ser documento para o estudo. Afinal, as imagens em movimento, embora nem sempre traduzam a realidade, podem ser um elemento criativo para perceber e aprender as formas de apresentação da realidade, sob aspectos socioculturais de pessoas inseridas em contextos que podem colaborar na construção do conhecimento histórico. A tarefa de mostrar filmes, modificando a prática pedagógica, é uma estratégia a ser colocada em prática mediante um processo coletivo de educadores de todas as áreas do conhecimento.14

Como se percebe, a utilização de filmes envolve todos os sentidos do aluno, além de ser uma maneira prazerosa de se aprender. Trabalhar com o cinema em sala de aula é reencontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois é o campo no qual estão inseridos a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos em uma mesma obra de arte.15

Genericamente, o cinema é adotado por professores nos mais diversos níveis de ensino. Na educação infantil, a utilização pode ser meramente recreativa, mas em patamares mais avançados da instrução formal, o cinema, usado como recurso pedagógico, amplia o potencial de aplicabilidade. No ensino superior, essa estratégia educativa possivelmente poderia cumprir funções mais auxiliares, sendo mais significativa na formação dos futuros profissionais.14

Outro pesquisador apontou que é inegável a praticidade desses métodos na redução do trabalho do professor por ser um artifício bastante simples o de projetar o filme e deixar sua análise a cargo dos próprios alunos. Isso elimina completamente a qualidade dialética da imagem em sala de aula. A função do educador reside justamente na orientação da discussão. Ao professor cabe a tarefa de esclarecer o que está obscuro no roteiro, preenchendo os espaços deixados intencionalmente ou não pelos realizadores do filme. É dessa forma que os educandos vão estabelecendo relações entre o que está sendo visto e o que vivem.16

Categoria 2: O filme e a aproximação com a realidade

Pelas respostas, identifica-se que o filme consegue relacionar o assunto proposto a partir dos depoimentos dos alunos, observados a seguir:

"Os filmes conseguem atingir o objetivo da disciplina, que é mostrar a realidade da vida que os deficientes vivem e, com isso, fazer com que percebamos o quanto é importante para nós profissionais da saúde sabermos lidar com tais clientes, para, só assim, prestarmos uma assistência efetiva" (C).

"O filme complementa o assunto proposto mostrando como é a vida do deficiente na realidade" (K).

Nestas descrições, os alunos apresentaram opiniões favoráveis em relação aos filmes assistidos e a importância destes para conhecer a realidade das pessoas com deficiência. Diante disso, a literatura aponta a possibilidade, através da arte, de desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realidade do meio ambiente, neste caso, das pessoas com deficiência. A arte instiga a capacidade crítica, permite analisar a realidade percebida e ampliar a capacidade criadora de maneira a mudar a realidade analisada.17

Utilizar o cinema na educação é fundamental, pois contribui para que a escola e a universidade participem ativamente da cultura não apenas como repetidora e divulgadora de conhecimentos massificados e muitas vezes ultrapassados. O cinema propicia uma diversificada e variada atuação pedagógica.3

É perceptível também nas descrições como os alunos consideram o filme próximo à realidade, e a importância disto na vivência como futuro profissional. Na ótica de autores, o espectador está sempre fazendo associações com seu espaço-tempo. Os acontecimentos da sua rotina diária interferem na sua percepção da obra e, assim, se estabelece um diálogo entre quem assiste e a realidade da tela. É possível estabelecer relação dialógica quando o estudante se sente participante no processo de construção dos seus valores e do seu aprendizado. Isso acontece na medida em que o próprio aluno consegue perceber as relações entre o que está assistindo e sua própria vivência. Além disso, não se pode esquecer o caráter de ludicidade na experiência cinematográfica, pois o cinema é e sempre será um meio atrativo na transmissão de conhecimento, capaz de seduzir a atenção do espectador/aprendiz.16

O cinema transmite a sensação de que a pessoa está bem informada e, assim, pode avaliar criticamente os acontecimentos históricos, porquanto a imagem tem capacidade de convencimento aparente, como se estivesse vendo a própria realidade, tem o poder nem sempre disponível pela palavra. Em virtude de lidar diariamente com a intervenção de diversos meios de comunicação de massa como jornais, revistas, televisão, cinema, além de outros, cabe às instituições de ensino estimular o aluno a ler a imagem em movimento. É fundamental, portanto, que a sala de aula seja também um espaço de pedagogia crítica dos meios de comunicação de massa, construindo uma visão transformadora da consciência e geradora de novas formas de conhecimento.18

Educação, segundo a concepção da pedagogia da imagem, vai além da tela branca: negocia os diversos significados que constituem o espetáculo, desenvolvendo uma visão crítica sobre ele. Assim, as escolas e as universidades detêm importante papel por conter um espaço designado ao saber científico sistematizado, onde as discussões poderão ser potencializadas com a participação de docentes de diversas áreas de conhecimento, de modo a enriquecer os debates de forma interdisciplinar. É interessante que estas instituições tenham o objetivo de educar os jovens para dialogarem com o filme, sem perderem o prazer proporcionado pela arte.18

Portanto, enfatiza-se: as instituições de ensino precisam ensinar o alunado a ler imagens, pois com o desenvolvimento das tecnologias de informações e comunicação a imagem é cada vez mais apreendida pela educação. Educar com a utilização do cinema é ensinar diferente. É educar o olhar. Aprender a ver cinema é realizar mudança do espectador passivo para o espectador crítico.18

Formar pessoas com a capacidade de pensar o mundo de uma nova forma constitui um desafio. É sempre positivo se ter contato com estratégias diferentes, pois essa diversidade é essencial para despertar a consciência do valor de se estabelecer e manter contato com todos os tipos de manifestações do pensamento humano, sem que nenhuma delas seja superior a outra.16

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção do Plano de Aula contendo as atividades a serem desenvolvidas no decorrer da aula com seus respectivos objetivos permite ao aluno direcionar seu foco de aprendizagem para os pontos relevantes. Além disso, o Plano também direciona o docente e alunos a questionamentos per tinentes, possibilitando diálogo entre eles. Indicar referências no plano de aula para contemplar o assunto proposto amplia e complementa o aprendizado do aluno.

Associar o uso de filmes a conteúdos teóricos e leitura de textos sobre determinado tema foi considerado uma experiência prazerosa pelos alunos e contribuiu para motivar e fixar o aprendizado. Um ganho adicional foi a aproximação com tema pouco explorado no ensino de graduação em enfermagem no qual muitos acadêmicos não têm um referencial de vivência.

O uso de filmes oferece vantagens ao professor pelo fato de ser um meio confortável, familiar e estimulante para os estudantes; por mobilizar o interesse dos estudantes; e, ainda, porque filmes são fontes de experiências emocionais e cognitivas que permitem ampliar a visão de mundo e aperfeiçoar as competências, habilidades e atitudes dos acadêmicos.

Acrescenta-se: a utilização de filmes é importante ferramenta de motivação para despertar o interesse sobre determinado tema ou assunto e, ainda, para fomentar debates em sala de aula. Finalmente, observa-se que a introdução de filmes representa mais uma oportunidade para rever e sofisticar a abordagem pedagógica e os conteúdos. No entanto, por constituírem produtos complexos, com dimensões culturais, artísticas e comerciais, os filmes não são um recurso de manipulação simples. Para ultrapassar estas barreiras, elaboraram-se as fichas técnicas dos filmes, selecionaram-se artigos científicos relacionados ao tema, mantiveram-se aulas expositivas e estimularam-se os debates em sala de aula para abordar o conteúdo proposto. Houve, ainda, em outros momentos, contato com pessoas com deficiência que deram depoimentos de suas experiências.

Uma limitação para o uso do filme em sala de aula é a sua duração, em torno de duas horas, sobretudo porque, na maioria das vezes, não permite corte. Logo, os alunos devem dispor deste tempo corrido para assistir ao filme, mas é pertinente experimentar ver o filme extraclasse, e debatê-lo em conjunto. Vislumbra-se, assim, a possibilidade de uso de documentários ou clipes com curta duração como estratégia didática pedagógica em disciplinas nas quais a carga horária não permita a adoção de filmes comerciais longos.

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Recebido em 03/05/2011

Reapresentado em 19/01/2012

Aprovado em 26/03/2012

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Jun 2012
  • Data do Fascículo
    Jun 2012

Histórico

  • Recebido
    03 Maio 2011
  • Aceito
    26 Mar 2012
  • Revisado
    19 Jan 2012
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