Competência de idosos cuidadores informais de pessoas em assistência domiciliar^a

Competencia de ancianos que se desempeñan como cuidadores informales de personas en cuidados domiciliarios

Resumo

Objetivos

analisar a estimativa condicional do conhecimento, adaptação e preparo nas competências de idosos que exercem o papel de cuidadores informais de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar.

Método

estudo transversal, realizado com idosos cuidadores informais, residentes no município de Maringá, Paraná, Brasil. A coleta de dados foi realizada entre maio e julho de 2019 com um instrumento que avalia as competências cognitivas, psicomotoras, emocionais e relacionais de cuidadores informais de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. O instrumento é constituído por 14 itens e três construtos: conhecimento, adaptação e preparo, sendo a escala de resposta Likert de cinco pontos. Utilizou-se análise de regressão linear para tratamento das variáveis.

Resultados

participaram do estudo 101 idosos cuidadores informais, e as estimativas condicionais das competências cognitiva e relacional apresentaram maior correlação com adaptação e o preparo. O melhor conhecimento estima maior desenvolvimento da competência psicomotora e cognitiva nas práticas de cuidado.

Conclusão e implicações para a prática

os conceitos hipotéticos de conhecimento, adaptação e preparo explicam o melhor desempenho das competências cognitiva, relacional e psicomotora de idosos cuidadores informais. Este resultado possibilita o desenvolvimento de novas intervenções educativas aos idosos que desempenham o papel de cuidador informal.

Palavras-chave:
Aptidão; Assistência domiciliar; Cuidadores; Idoso; Modelos lineares

Resumen

Objetivos

analizar la estimación condicional del conocimiento, adaptación y preparación en las habilidades de personas mayores que desempeñan el papel de cuidadores informales de personas dependientes de cuidados en el hogar.

Método

estudio transversal realizado con personas mayores que se desempeñan como cuidadores informales, residentes en la ciudad de Maringá, Paraná, Brasil. La recolección de datos se realizó entre mayo y julio de 2019 a través de un instrumento construido y validado que evalúa las habilidades de los cuidadores informales de personas dependientes de cuidados en el hogar. Se utilizó análisis de regresión lineal para tratar las variables.

Resultados

participaron del estudio 101 personas mayores, que obran como cuidadores informales y las estimaciones condicionales de las habilidades cognitivas y relacionales de las personas mayores mostraron mayor correlación con la adaptación y preparación. Un mejor conocimiento estima un mayor desarrollo de la competencia psicomotora y cognitiva de las personas mayores en las prácticas asistenciales.

Conclusión e implicaciones para la práctica

los conceptos hipotéticos de conocimiento, adaptación y preparación explican el mejor desempeño de las habilidades cognitivas, relacionales y psicomotoras de las personas mayores que actúan como cuidadores informales. Este resultado permite el desarrollo de nuevas intervenciones educativas para las personas mayores que desempeñan el papel de cuidadores informales.

Palabras clave:
Aptitud; Atención domiciliaria de salud; Cuidadores; Personas Mayores; Modelos lineales

Abstract

Objectives

to analyze the conditional estimate of knowledge, adaptation and preparation in the skills of aged people who play the role of informal caregivers of assistance-dependent individuals in home care.

Method

a cross-sectional study carried out with aged informal caregivers who live in the city of Maringá, Paraná, Brazil. Data collection was carried out between May and July 2019 through a constructed and validated instrument that assesses the skills of informal caregivers of assistance-dependent individuals in home care. Linear regression analysis was used to treat the variables.

Results

the study participants were 101 aged informal caregivers, in which the conditional estimates of the cognitive and relational skills of the aged person showed a greater correlation with adaptation and preparation. Better knowledge estimates greater development of the psychomotor and cognitive competence of the elderly in care practices.

Conclusion and implications for the practice

the hypothetical concepts of knowledge, adaptation and preparation explain the better performance of the cognitive, relational and psychomotor skills of aged informal caregivers. This result enables the development of new educational interventions for the elderly who play the role of informal caregivers.

Keywords:
Aptitude; Home care services; Caregivers; Aged; Linear models

INTRODUÇÃO

A transição demográfica caracterizada pelo envelhecimento da população é uma realidade no Brasil e no mundo.¹ Estima-se que o número global de pessoas com 60 anos ou mais será de 1,4 bilhões em 2030 e que a taxa de envelhecimento populacional dobrará de 12% para 22% entre 2015 e 2050.²

O envelhecimento pode acarretar dificuldades na autonomia para a realização das atividades básicas de vida diária, essa situação demanda a presença de cuidadores para a prestação de assistência domiciliar.³ O cuidador é incumbido de proporcionar conforto, suporte, auxilio e cuidado à pessoa dependente, sendo definido como cuidador informal aquele que realiza assistência de maneira não remunerada e não possui preparação profissional, sendo muitas vezes o próprio familiar.⁴

Atualmente, se observa na literatura um contexto domiciliar com alta prevalência de idosos que cuidam de outros idosos mais dependentes.⁵ Nesta situação, os profissionais da saúde, especialmente a equipe de enfermagem, devem se atentar às diversas condições de saúde destes cuidadores, uma vez que trata de um público em situação de vulnerabilidade que, muitas vezes, também apresenta condições de saúde que necessitam de assistência profissional.⁶

A integração do familiar na função de cuidador informal, exige a atribuição de competências e habilidades para que ele possa sentir-se preparado para realizar a assistência ao familiar adoecido,⁷ sendo assim, as competências podem ser classificadas em cognitiva, psicomotora, emocional e relacional. A habilidade de conhecer as necessidades do cuidado, desenvolvimento, planejamento e organização das ações é denominada competência cognitiva, esta inclui a capacidade de analisar restrições alimentares, tipos de medicamentos, sinais e sintomas de doenças entre outros conhecimentos necessários.⁸

A competência emocional é a capacidade de se adaptar em variadas situações relacionadas à saúde, assim como gerenciar situações estressoras e de sobrecarga, com o intuito de melhora da qualidade de vida. A competência psicomotora trata-se da destreza manual e habilidades que são necessárias para executar um cuidado seguro, como saber vestir os pacientes, conseguir reposicioná-los na cama, realizar transferências da cama para cadeira e vice-versa e estimular exercícios físicos, sempre associando o conhecimento com a prática. A competência relacional é a capacidade de construir um diálogo efetivo, de forma verbal e não verbal e estabelecer vínculo com o familiar, sempre apoiado em uma relação de respeito, sensibilidade e empatia.⁸

Com o desdobramento da transição epidemiológica no Brasil, cada vez mais se expandem os serviços de atenção domiciliar para atender às demandas de cuidado, sendo que o cuidador se torna responsável pela assistência. Também os cuidadores idosos têm um papel importante nesse contexto. Um estudo constatou que, dos 26 cuidadores informais, seis eram idosos e prestavam assistência a outros idosos dependentes de cuidados para as Atividades de Vida Diária (AVD).⁹

Neste contexto, se destaca a importância de oferecer capacitação e treinamento aos cuidadores informais idosos, para que eles possam realizar uma assistência domiciliar segura e de qualidade. A oferta de orientação e acompanhamento pelos profissionais de saúde e da enfermagem, no sentido de aprimorar as competências do cuidador idoso, também reflete em menores níveis de sobrecarga, desgaste físico e emocional e, consequentemente, melhor qualidade de vida.^10,11 Assim, há necessidade de evidência dos fatores que estimam maior competência para o exercício do cuidar no domicílio, a fim de oferecer apoio aos cuidadores informais idosos que, por se tratar de população mais vulnerável, requer maior atenção e visibilidade dos profissionais. Diante do exposto, este estudo objetiva analisar a estimativa condicional do conhecimento, adaptação e preparo nas competências de idosos que exercem o papel de cuidadores informais de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo quantitativo, de abordagem transversal, que seguiu as recomendações da iniciativa Strengthening the Reporting of Observational studies in Epidemiology (STROBE),¹² realizado no município de Maringá (PR), Brasil, com população 430.157 pessoas, das quais, estima-se que 10,08% são idosos.¹³ A rede de atenção à saúde do município é distribuída de forma descentralizada, possuindo 34 Unidades Básicas de Saúde (UBS), quatro Unidades de Apoio à Saúde da Família, 82 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), que perfaz a cobertura de 64,83% da população e uma equipe de Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), que realiza assistência complementar as pessoas dependentes de cuidado no domicílio.¹⁴ A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio a junho de 2019, nas residências dos participantes eleitos para o estudo.

Participaram da pesquisa cuidadores informais de pessoas dependentes de cuidados em assistência domiciliar, cadastrados no sistema eletrônico de saúde do município, do qual se obteve a lista de cadastro das pessoas que recebiam assistência domiciliar pela dependência de cuidado. Por ocasião do estudo, o número total foi de 1.017 pessoas com cadastro ativo nas 82 equipes, distribuídas nas 34 UBS. Para os cuidadores formais ou informais, a Secretaria Municipal de Saúde não possui sistema eletrônico de cadastro, e a aproximação destes participantes se deu a partir das reuniões com enfermeiros responsáveis pelas equipes da ESF, no período de fevereiro a março de 2019, em que estes profissionais possuíam informações contiguas a esta população, como endereço domiciliar e telefone. Posteriormente, foi realizado contato telefônico para coleta de informações prévias para definir seu enquadramento nos critérios de inclusão e exclusão do estudo.

Os critérios de inclusão para participação no estudo foram idade superior ou igual a 60 anos, ambos os sexos e ser cuidador informal de pessoa dependente de cuidado. Os critérios de exclusão foram cuidadores residentes na área rural do município, devido à dificuldade de contato e locomoção às residências, óbito da pessoa dependente de cuidados e tentativas mal sucedidas de contato com o cuidador. Reitera-se que a definição de cuidador informal, critério essencial para participação no estudo, designa-se ao familiar, amigos próximos e/ou pessoa que exerce o cuidado à pessoa dependente sem receber gratificações financeiras e/ou ter contrato de prestação de serviços formalizado. Com as informações da coleta prévia adquiridas através do contato telefônico, dos cuidadores das 1.017 pessoas dependentes de cuidado na assistência domiciliar, excluíram-se o total de 66 participantes por serem cuidadores formais, que recebiam remuneração para realizar a assistência, e por óbito.

Para a definição do cálculo amostral, foram considerados os 951 cuidadores informais eleitos a partir do levantamento prévio, onde concluiu-se que 47,6% destes eram idosos. Determinou-se a amostra representativa, calculada por meio de processo aleatório estratificado, por proporção, com erro máximo de estimativa de 9,23% e 95% de nível de confiança. O cálculo amostral resultou em 113 participantes, realizado correção, considerando que a população era finita e conhecida, o que estabeleceu o erro máximo desejado, finalizando a amostra em 101 cuidadores informais. Quando os participantes escolhidos aleatoriamente se recusavam a participar da pesquisa, automaticamente era abordado o próximo da lista, e assim sucessivamente.

Inicialmente, por intermédio do contato telefônico, os objetivos do estudo foram apresentados aos cuidadores informais sorteados, solicitando-se as datas de agendamento dos encontros onde foram realizadas as visitas. Com estes dados, foi elaborado cronograma estratégico para que todas os participantes inclusos no estudo pudessem ser atendidos. Participaram da coleta de dados duas enfermeiras, estudantes de mestrado e doutorado e uma graduanda em enfermagem, vinculada ao Programa de Iniciação Científica, ambos sob orientação da coordenadora do projeto e da presente pesquisa. Todas as pessoas que realizaram a coleta de dados receberam treinamento prévio para conhecimento dos instrumentos e desenvolvimento de maior domínio para a realização das entrevistas.

Foram utilizados dois instrumentos para coleta de dados. Inicialmente, aplicou-se o instrumento Critério de Classificação Econômica Brasil (ABEP), que se refere à avaliação do perfil econômico, classificando o poder de compra do chefe familiar.¹⁵ Os resultados desta avaliação foram agrupados em AB (boas condições), C (condições regulares) e DE (baixas condições). Posteriormente, aplicou-se o questionário para avaliação das competências do cuidador informal (COPER 14), que, de acordo com os autores, a competência avaliada pelo instrumento refere-se à aptidão para cumprir alguma função e/ou tarefa.^8,16

O instrumento é dividido em duas partes, quais sejam: a primeira composta por 13 questões de caracterização do cuidador informal; e a segunda composta por 14 questões, divididas em quatro domínios, denominados competências cognitivas (quatro questões), emocionais (duas questões), psicomotoras (cinco questões) e relacionais (três questões). Este instrumento foi construído e validado, sendo suas propriedades de medida avaliadas de acordo com análises psicométricas.^8,16

Ademais, o instrumento é dividido em três construtos, que englobam as dimensões citadas anteriormente e denominam conceitos hipotéticos do COPER 14 e suas cinco possibilidades de respostas, mensuradas através da escala de Likert, quais sejam: Construto conhecimento | como você avalia seu conhecimento: “péssimo”, “regular”, “bom”, “ótimo” e “excelente”. Neste construto há questões relacionadas à competência cognitiva, relacional e psicomotora; Construto adaptação | quanto você se sente adaptado: “sem adaptação”, “pouco adaptado”, “adaptado”, “bem adaptado” e “totalmente adaptado”. Neste construto há questões relacionadas à competência cognitiva e relacional; Construto preparo | como você se sente em relação ao seu preparo: “sem preparo”, “pouco preparado”, “preparado”, “bem preparado” e “totalmente preparado”. Neste construto há questões relacionadas à competência cognitiva, relacional e psicomotora.^8,16

Os dados foram digitados duplamente em planilha da Microsoft Excel 2019 e encaminhados para análise com auxílio do software Statistical Package for Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Foram categorizadas as variáveis referentes à capacitação para realização das práticas assistenciais como cuidador e o tempo de experiência em cuidado a pessoas dependentes no domicílio. Realizou-se a identificação de normalidade dos dados pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, com correção de Lilliefors. As variáveis sociodemográficas e as relacionadas à experiência de cuidado e capacitação para realização das práticas assistenciais às pessoas dependentes de cuidado foram descritas em valores absoluto e em porcentagem.

Para prever as estimativas condicionais dos construtos dos conceitos hipotéticos conhecimento, adaptação e preparo, nos resultados da avaliação da competência cognitiva, emocional, psicomotora e relacional, foram utilizados modelos lineares de regressão. Primeiramente, foi observado suposição de linearidade, através de Scatter Plot para verificar se as variáveis explicativas, referentes aos construtos, possuem interferência nas competências e seguem tendência linear. Para analisar a autocorrelação dos resíduos, com a independência dos valores previstos e das observações, foi realizado teste de Durbin-Watson.¹⁷

A determinação das somas dos quadrados e das estatísticas dos testes de hipóteses, como também, dos resíduos padronizados, foi verificado a homocedasticidade, utilizando o teste de Breusch-Pagan. As estatísticas residuais foram analisadas a partir dos Scatter Plot, desenvolvidos pelo MedCalc Statistical Software, versão 18.2.1, que apresentaram os outliers sem a violação das premissas da regressão linear, como também, atribui a linha de tendência, estabelecendo o ${\text{R}}^2$, que se deu a partir da equação $y=\text{a}+\text{bx}$, apresentando a variabilidade dos dados resultantes desta análise.¹⁶ Foi considerado o nível de significância de p < 0,05 para todos os testes realizados.

Esta pesquisa seguiu as diretrizes da Resolução n° 466/2012, sendo submetida na secretaria de saúde do município de referência e após a aprovação, foi encaminhada ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos (CEP), recebendo parecer favorável para sua realização sob o número 2.584.897/2018. Todos os participantes foram orientados sobre os objetivos do estudo e potenciais benefícios e explicitação dos possíveis desconfortos e riscos decorrentes da participação na pesquisa, recebendo o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em linguagem clara e objetiva, o qual foi assinado em duas vias de igual teor.

RESULTADOS

Participaram do estudo 101 idosos, cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar, dos quais, a maioria tinha idade entre 60 e 69 anos (57,4%), do sexo feminino (81,2%), que convive com companheiro (63,4%) e possui escolaridade até o ensino fundamental básico (51,7%). Quanto às características econômicas, mais da metade pertence ao extrato C no que corresponde ao grau de consumo familiar (54,5%), recebem até dois salários mínimos (62,4%) e são aposentados/pensionistas (59,4%). Quanto à função de cuidador, a maioria referiu que realiza assistência à esposa ou marido (37,6%), tem mais de cinco anos de experiência de cuidado (59,4%) e não realizaram capacitação para prestação de cuidado domiciliar (53,3%) (Tabela 1).

Tabela 1
Perfil sociodemográfico e econômico de idosos cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. Maringá (PR), Brasil, 2019.

Idade	N	%
60 – 69 anos	58	57,4
70 – 79 anos	32	31,7
80 – 89 anos	11	10,9
Sexo
Feminino	82	81,2
Masculino	19	18,8
Estado Civil
Com companheiro	64	63,4
Sem companheiro	37	36,6
Escolaridade
Sem escolaridade	13	12,9
Fundamental I	52	51,7
Fundamental II	14	13,9
Médio	17	16,8
Superior	5	5,0
Classe de consumo
AB	26	25,7
C	55	54,5
DE	20	19,8
Renda Familiar *
Até dois salários	63	62,4
Três a cinco salários	35	34,7
Mais de seis salários	3	3,1
Ocupação
Empregado	9	8,9
Desempregado	32	31,7
Aposentado/Pensionista	60	59,4
Grau de parentesco
Esposa(o)	38	37,6
Filho(a)	32	31,7
Irmã(o)	12	11,7
Mãe/pai	8	7,9
Outros	11	10,9
Tempo de experiência de cuidado
Até cinco anos	41	40,6
Acima de cinco anos	60	59,4
Capacitação
Não	54	53,3
Sim	47	46,5

• Fonte: a autora.
• ABEP: Critério de Classificação Econômica Brasil; AB: boas condições; C: condições regulares; e DE baixas condições.
• ^*
  Salário mínimo vigente em 2019 R$ 998,00.

Na Tabela 2, apresenta-se a estimativa condicional dos construtos hipotéticos, preditores e as competências dos idosos que realizam assistência a pessoas dependentes de cuidado no domicílio. No construto conhecimento, as competências psicomotoras ($R^2$: 0,813) e cognitiva ($R^2$: 0,429) apresentaram maior estimativa preditiva. A competência cognitiva ($R^2$: 0,527) e a relacional ($R^2$: 0,437) apresentaram aumento linear nas questões adaptativas na assistência ao cuidado. No construto do preparo, as competências cognitivas ($R^2$: 0,561) e relacionais ($R^2$: 0,441) apresentaram aumento moderado das estimativas condicionais.

Tabela 2
Estimativa condicional dos construtos preditores das competências de idosos cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. Maringá (PR), Brasil, 2019.

Conhecimento	Equação	$R^2$	DP Residual	p valor *	Durbin Watson	F	p valor**
	β + α
Cognitivo	y=1,399+0,752x	0,429	0,628	< 0,001	1,957	74,33	0,0001
Psicomotor	y=-0,817+1,140x	0,813	0,395	< 0,001	1,998	431,95	0,0001
Relacional	y=2,071+0,530x	0,245	0,671	< 0,001	1,910	32,26	0,0001
Emocional	y=1,896+0,567x	0,152	0,969	< 0,001	1,886	17,75	0,0001
Adaptação	Equação	$R^2$	DP Residual	p valor*	Durbin Watson	F	p valor**
	β + α
Cognitivo	y=0,737+0,836x	0,527	0,571	< 0,001	1,781	110,37	0,0001
Psicomotor	y=-0,123+0,809x	0,407	0,704	< 0,001	1,861	68,10	0,0001
Relacional	y=1,162+0,7089x	0,437	0,580	< 0,001	1,977	76,98	0,0001
Emocional	y=2,625+0,322x	0,057	0,689	< 0,003	2,050	9,35	0,0029
Preparo	Equação	$R^2$	DP Residual	p valor*	Durbin Watson	F	p valor**
	β + α
Cognitivo	y=0,782+0,833x	0,561	0,550	< 0,001	1,890	126,71	0,0001
Psicomotor	y=-0,018+0,789x	0,416	0,699	< 0,001	1,867	70,55	0,0001
Relacional	y=1,267+0,687x	0,441	0,577	< 0,001	2,033	78,39	0,0001
Emocional	y=2,024+0,466x	0,109	0,993	< 0,001	2,061	12,18	0,0007

• Fonte: a autora.
• β: coeficiente angular; α: coeficiente linear; R2: coeficiente de determinação; DP: desvio padrão; Durbin-Watson: teste de independência das variáveis; F: teste de variância ou igualdade entre médias.
• ^*
  Significância estatística do coeficiente de determinação e da ** razão entre os construtos e as competências.

Na Figura 1, são apresentados os Scatter Plot do construto hipotético conhecimento. Como apresentado numericamente na Tabela 2, a maior predição encontra-se na competência psicomotora e cognitiva. Os gráficos de dispersão também demonstram as distribuições dos casos, que não apresentaram distâncias discrepantes, com outliers próximos a reta linear. Ademais, de acordo com os entes geométricos do gráfico, é possível observar o grau de inclinação da reta, em que a variação do conhecimento interfere nas competências do cuidador informal, principalmente na psicomotora.

Figura 1
Scatter Plot da relação entre os construtos conhecimento e as competências de idosos cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. Maringá (PR), Brasil, 2019.

Os Scatter Plot da Figura 2, que correspondem ao construto hipotético sobre adaptação, graficamente demonstraram que quanto maior a adaptação do idoso, maior será sua competência cognitiva e relacional, representado pela estimativa condicional do ${\text{R}}^2$. Reitera-se que os coeficientes de determinação das três figuras, que remetem aos construtos hipotéticos, resultaram em significância estatística em todas as competências, isto é, apresentaram um valor de p inferior a 0,05. Considerando que todas as competências apresentaram diferença significativa, a força da estimativa e interpretação dos resultados foram estabelecidos pela medida do ajuste do modelo linear, representado pelo R².

Figura 2
Scatter Plot da relação entre os construtos adaptação e as competências de idosos cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. Maringá (PR), Brasil, 2019.

Na Figura 3 observa-se a relação do construto preparo, em que as competências cognitiva, relacional e psicomotora mostraram alta estimativa quando comparadas ao melhor preparo, como observado na reta linear e nos valores do ${\text{R}}^2$. Ressalta-se a apresentação dos resíduos nas três figuras, que agrupam os 12 Scatter Plot, que estão distribuídos normalmente, respeitando as premissas da homocedasticidade dos dados.

Figura 3
Scatter Plot da relação entre os construtos preparo e as competências de idosos cuidadores de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar. Maringá (PR), Brasil, 2019.

Ademais, as figuras apresentam graficamente o coeficiente angular, observado numericamente na Tabela 1, que corresponde à inclinação da reta linear, de acordo com os parâmetros estimados na regressão. Observa-se que as competências psicomotora, cognitiva e relacional apresentam maior inclinação, em relação aos construtos conhecimento, adaptação e preparo, apresentando estimativas condicionais do ${\text{R}}^2$ de moderado a alto. A competência emocional, apesar de apresentar inclinação crescente da reta, não possuiu valor angular maior do que as demais competências, como pode ser observado nos eixos das abscissas, que resultou em ${\text{R}}^2$ baixo.

DISCUSSÃO

As estimativas condicionais das competências cognitiva e relacional apresentaram maior correlação com os construtos adaptação e preparo. O melhor conhecimento estima maior desenvolvimento das competências psicomotora e cognitiva dos idosos nas práticas de cuidado. A competência emocional apresentou fraca correlação com os construtos analisados.

O processo de envelhecimento nem sempre está associado ao adoecimento ou más condições de saúde, os avanços no campo da saúde e da tecnologia permitem melhor qualidade de vida para idosos com acesso a serviços públicos ou privados adequados.¹⁸ Estima-se que 80% dos idosos no Brasil são independentes e conseguem realizar suas atividades diárias sozinhos, sendo caracterizados como totalmente independentes.¹⁹ Com isto, pode-se inferir que os idosos cuidadores, em sua maioria, são indivíduos ativos, com os aspectos psicomotores e cognitivos bem preservados. No presente estudo, mais de 50% dos participantes apresentaram idade entre 60 e 69 anos, fator que contribui para maior preservação funcional em relação aos demais, sendo essencial para ofertar um cuidado de qualidade, evidenciado pela associação importante entre a competência psicomotora e o construto conhecimento.

Estudo realizado com 39 idosos cuidadores com idade entre 60 e 75 anos, demonstrou que o construto conhecimento foi indicado como um fator essencial no processo de cuidar, e que prestação de cuidado sem orientação, com falta de informações e sem conhecimento prévio, apresenta-se como risco à saúde do cuidador e da pessoa que necessita de cuidado,¹¹ assim um maior conhecimento predispõe a melhor prestação de cuidado e desenvolvimento do construto psicomotor e cognitivo como verificado no estudo.

Nesse sentido, vale ressaltar a importância de orientar o cuidador e oferecer um treinamento que promova novos conhecimentos baseados em evidências científicas.^8,11 A competência psicomotora requer saberes relativos à realização do cuidado, como manuseio de tecnologias, movimentação do paciente na cama, da cama para a cadeira, entre outros. Estudo realizado na Bahia evidenciou que cuidadores idosos de pacientes acamados frequentemente apresentam problemas osteomusculares devido, entre outros fatores, à negligência do autocuidado. O estudo ressaltou que as orientações ergonômicas podem ser um importante método de prevenção de lesões osteomusculares, priorizando também ações de promoção da saúde do cuidador informal idoso.²⁰

As informações ofertadas por profissionais capacitados através de cursos ou capacitações produzem impacto significativamente positivo no desenvolvimento das competências para cuidar no domicílio. As intervenções educativas podem ser realizadas por meio de abordagem em grupo, intervenções multiprofissionais treinamento com distribuição de materiais, plataformas digitais, entre outras e demonstram eficácia na promoção da qualidade da assistência domiciliar.^8,11

Entre os fatores que promovem maior nível de envelhecimento ativo e, consequentemente, melhores condições para oferecer o cuidado, destacam-se maior escolaridade, maior renda familiar per capita, prática de atividade física e melhor saúde física e mental.³ No que tange à escolaridade dos participantes desta pesquisa, mais de 50% estudaram até o ensino fundamental I, que corresponde a 5 anos de estudo, o que representa fragilidade importante no processo de educação do cuidador informal, uma vez que o menor grau de instrução compromete a assimilação das orientações recebidas pelos profissionais quanto às práticas de cuidado adequadas. Além disso, os indivíduos mais instruídos possuem mais condições de acesso e busca por informações, o que favorece o desenvolvimento de habilidades para cuidar.^21-23

As competências cognitiva e relacional demonstraram elevado grau de estimativa quando comparadas à melhor adaptação. Na presente pesquisa, a maioria dos entrevistados cuidava há mais de cinco anos. Interpreta-se que a duração do cuidar é um fator relevante para os resultados obtidos, uma vez que o seu processo de adaptação a rotina de cuidados não se apresenta fragilizado devido a esta maior experiência. Estudo realizado no Rio Grande do Sul verificou que as experiências adquiridas ao longo dos anos são uma forma de aprendizado nos aspectos cognitivo e relacional, e apontou que o conhecimento pode ser construído com o passar dos anos, dado que as experiências de cuidado se constituem como uma forma de aprendizado.²² Ademais, a competência relacional também é refinada ao longo do tempo, pois o cuidador passa a compreender melhor a pessoa cuidada, suas necessidades e os aspectos que lhe promovem maior bem-estar.²²

Com relação às competências cognitiva, relacional e psicomotora, estas demonstraram alto grau de estimativa quando comparado ao melhor preparo do idoso cuidador informal. Tal preparo é necessário para que ele possa sentir-se seguro para prestar cuidados de forma mais eficiente. Em estudo realizado na Paraíba verificou-se que o cuidador idoso que realiza o cuidado sem nenhum preparo, está mais suscetível à sobrecarga e desgaste físico e emocional, uma vez que a sua própria qualidade de vida e autocuidado ficam sem a devida atenção.¹¹

A competência emocional apresentou as correlações mais fracas em todos os construtos do instrumento. Conclui-se que há dificuldade em explicar objetivamente os fatores preditores da competência emocional porque esta é permeada por aspectos singulares e, portanto, subjetivos. Recomenda-se a realização de pesquisas futuras com abordagem qualitativa para maior aprofundamento da competência emocional de idosos e como tais fatores interferem na assistência domiciliar, buscando compreender os significados atribuídos a experiências e a comportamentos individuais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA

Ao analisar a estimativa condicional do conhecimento, adaptação e preparo nas competências de idosos que exercem o papel de cuidadores informais de pessoas dependentes de cuidado em assistência domiciliar, identificou-se que os conceitos hipotéticos de conhecimento, adaptação e preparo explicam o melhor desempenho das competências cognitivas, relacionais e psicomotora de idosos cuidadores informais. Ainda, as competências cognitiva e relacional apresentaram maior correlação com os construtos adaptação e preparo, o conhecimento estima maior desenvolvimento das competências psicomotora e cognitiva e a competência emocional apresentou fraca correlação com os construtos analisados.

Espera-se que os resultados desse estudo auxiliem no desenvolvimento de novas intervenções educativas aos idosos que desempenham o papel de cuidador informal a fim de promover maior conhecimento, adaptação e preparo a eles, garantindo uma assistência domiciliar segura e de qualidade.

Entre as limitações do estudo, destaca-se viés de seleção da população, uma vez que os cuidadores foram identificados a partir de cadastro no ESF, não sendo possível abranger aqueles que são acompanhados pelo setor privado. A idade dos participantes também pode ser considerada uma limitação do estudo, uma vez que dificulta a generalização dos resultados para as demais faixas etárias.

Aponta-se também a impossibilidade de atribuir casualidade aos resultados considerando a natureza de estudos transversais, o que reduz sua potencialidade de generalização. No entanto, os resultados apresentados nesta pesquisa evidenciaram que o conhecimento, adaptação e preparo explicam o aprimoramento das competências de idosos cuidadores informais, reforçando a importância de apoiar essa população, contribuindo com melhor assistência domiciliar.

• a
  Artigo extraído da Dissertação de Mestrado “Propriedades psicométricas do questionário de avaliação das competências do Cuidador Informal”, de autoria de Fernanda Gatez Trevisan dos Santos, orientada por Cremilde Aparecida Trindade Radovanovic, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá, defesa no ano de 2020.
• FINANCIAMENTO Estudo desenvolvido com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001, na modalidade de bolsa de mestrado, concedida a Fernanda Gatez Trevisan dos Santos, no período de 2018 a 2020.

REFERÊNCIAS

• ¹
  Farias MFRN, Souza PHV, Santos VS. O novo retrato demográfico do Brasil: análise acerca do envelhecimento populacional e suas decorrências econômicas. Rev Bras de Direito e Gestão Pública [Internet]. 2019; [citado 2020 set 19];7(3):1-11. Disponível em: https://gvaa.com.br/revista/index.php/RDGP/article/view/7074/6463
  » https://gvaa.com.br/revista/index.php/RDGP/article/view/7074/6463
• ²
  Organização Pan-Americana de Saúde. Folha informativa- Envelhecimento e saúde.Brasília: OPAS; 2018. Folha informativa atualizada em fevereiro de 2018.
• ³
  Sousa NFS, Lima M, Cesar CLG, Barros MBA. Envelhecimento ativo: prevalência e diferenças de gênero e idade em estudo de base populacional. Cad Saude Publica. 2018;34(11):1-13. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00173317 PMid:30484561.
  » http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00173317
• ⁴
  Pocinho R, Belo P, Melo C, Navarro-Pardo E, Fernández Muñoz JJ. Relação entre o estado psicossocial do cuidador informal e o tempo de cuidado dos idosos da região centro de Portugal. Educ. Humanismo. 2017;19(32):88-101. http://dx.doi.org/10.17081/eduhum.19.32.2533
  » http://dx.doi.org/10.17081/eduhum.19.32.2533
• ⁵
  Oliveira NA, Souza ÉN, Luchesi BM, Inouye K, Pavarini SCI. Stress and optimism of elderlies who are caregivers for elderlies and live with children. Rev Bras Enferm. 2017 Jul-Aug;70(4):697-703. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0088 PMid:28793097.
  » http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2017-0088
• ⁶
  Santos-Orlandi AA, Brigola AG, Ottaviani AC, Luchesi B, Souza E, Moura FG et al. Elderly caregivers of the elderly: frailty, loneliness and depressive symptoms. Rev Bras Enferm. 2019;72(2, suppl 2):88-96. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0137 PMid:31826196.
  » http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0137
• ⁷
  Castro L, Souza DN, Pereira A. O autocuidado do cuidador familiar: Intervenção psicoeducativa para o desenvolvimento de competências pessoais/sociais. Atas do XIV Colóquio Internacional de Psicologia e Educação. Curitiba: Editora Artemis; 2019. p. 231-240.
• ⁸
  Sanches RCN. Construção e validação de questionário de avaliação das competências do cuidador informal - COPER14. [Tese]. Maringá (PR): Universidade Estadual de Maringá; 2019.
• ⁹
  S Silva YC, Silva KL. Constituição do sujeito cuidador na atenção domiciliar: dimensões psicoafetiva, cognitiva e moral. Esc Anna Nery. 2020;24(4):e20190335. http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0335
  » http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0335
• ¹⁰
  Assenheimer A, Brum ZPD. Difficulties faced by the elderly care. Rev Inter Ciên Saúde Biol. 2019;3(2):3-12. http://dx.doi.org/10.31512/ricsb.v3i2.3281
  » http://dx.doi.org/10.31512/ricsb.v3i2.3281
• ¹¹
  Santos WP, Freitas FBD, Sousa VAG, Oliveira AMD, Santos JM, Gouveia BDL. Sobrecarga de cuidadores idosos que cuidam de idosos dependentes. Rev Cuid (Bucaramanga). 2019;10(2):e607-18. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i2.607
  » http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.v10i2.607
• ¹²
  Vandenbroucke JP, Von Elm E, Altman DG, Gøtzsche PC, Mulrow CD, Pocock SJ et al. Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE): explanation and elaboration. PLoS Med. 2007;4(10):e297. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pmed.0040297 PMid:17941715.
  » http://dx.doi.org/10.1371/journal.pmed.0040297
• ¹³
  Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Caderno Estatístico Município de Maringá [Internet]. Curitiba: IPARDES; 2020. Disponível em: http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=309&btOk=ok
  » http://www.ipardes.gov.br/perfil_municipal/MontaPerfil.php?codlocal=309&btOk=ok
• ¹⁴
  Ministério da Saúde (BR). Departamento de Atenção Básica (DAB). Histórico de Cobertura da Saúde da Família [Internet]. Brasília, DF: MS; 2020 [citado 2020 set 6]. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml
  » https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml
• ¹⁵
  Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério Brasil, 2018 [Internet]. São Paulo: ABEP; 2020 [citado 2020 set 18]. Disponível em: http://www.abep.org/
  » http://www.abep.org/
• ¹⁶
  Santos FGT. Propriedades psicométricas do questionário de avaliação das competências do cuidador informal. [Dissertação]. Maringá (PR): Universidade Estadual de Maringá; 2020.
• ¹⁷
  Flatt C, Jacobs RL. Principle assumptions of regression analysis: testing, techniques, and statistical reporting of imperfect data sets. Adv Dev Hum Resour in Developing Human Resources. 2019;21(4):484-502. http://dx.doi.org/10.1177/1523422319869915
  » http://dx.doi.org/10.1177/1523422319869915
• ¹⁸
  Miranda GMD, Mendes ACG, Silva ALA. Population aging in Brazil: current and future social challenges and consequences. Rev Bras Geriatr Gerontol. 2016;19(3):507-19. http://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.150140
  » http://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.150140
• ¹⁹
  Monier EB, Soares RR. Saúde do idoso e a saúde da família. São Luís: EDUFMA; 2016. 79 p. (Cadernos de Saúde da Família, n. 7).
• ²⁰
  Gomes NP, Pedreira LC, Gomes NP, Fonseca EOS, Reis LA, Santos AA. Health-related consequences of caring for dependent relatives in older adult caregivers. Rev Esc Enferm USP. 2019;53:e03446. http://dx.doi.org/10.1590/s1980-220x2018002303446 PMid:30864620.
  » http://dx.doi.org/10.1590/s1980-220x2018002303446
• ²¹
  Prieto AM, Rocha HF. Competencias del cuidador familiar para cuidar a su familiar que recibe quimioterapia. Rev Cienc Cuidad. 2019;16(2):95-107. http://dx.doi.org/10.22463/17949831.1612
  » http://dx.doi.org/10.22463/17949831.1612
• ²²
  Coppetti LC, Girardon-Perlini NMO, Andolhe R, Gutiérrez MGR, Dapper SN, Siqueira FD. Habilidade de cuidado de cuidadores familiares de pacientes em tratamento oncológico: fatores associados. Rev Lat Am Enfermagem. 2018 Oct 11;26:e3048. http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2824.3048 PMid:30328974.
  » http://dx.doi.org/10.1590/1518-8345.2824.3048
• ²³
  Araújo MGO, Dutra MOM, Freitas CCSL, Guedes TG, Souza FS, Baptista RS. Caring for the carer: quality of life and burden of female caregivers. Rev Bras Enferm. 2019;72(3):728-36. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0334 PMid:31269139.
  » http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0334

Editado por

EDITOR ASSOCIADO

EDITOR CIENTÍFICO

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  23 Fev 2022
• Data do Fascículo
  2022

Histórico

• Recebido
  29 Jul 2021
• Aceito
  23 Dez 2021