Acessibilidade / Reportar erro

Oficina de marcenaria: uma experiência de criação de mundos

Resumos

O objetivo deste artigo é apresentar um trabalho desenvolvido com um grupo de adolescentes, com idades entre 12 e 16 anos, com problemas emocionais graves, numa parceria entre o Curso de Graduação em Terapia Ocupacional da USP e a Pré-escola Terapêutica “Lugar de Vida”, do Instituto de Psicologia da USP.

Uma questão de fundo acompanhou o planejamento e a implantação deste trabalho: como se daria, para as crianças psicóticas a vivência do momento adolescente? Como poderíamos ajudá-las nesse momento de passagem, de abandonar a infância e preparar-se para uma travessia?

No grupo de terapia ocupacional nos propusemos a enfrentar essa questão, pesquisando e desenvolvendo junto com esses jovens um projeto que tinha como norteadores a implementação de uma maior circulação social e a pesquisa de possíveis relações com o universo da criação e da produção.

Adolescência; psicose; Terapia Ocupacional; atividades


El objetivo de este artículo es presentar un trabajo desarrollado con un grupo de adolescentes – con edades entre 12 y 16 años, con problemas emocionales graves – a través de un convenio entre el Curso de Graduación en Terapia Ocupacional de la Universidad de São Paulo (USP) y la Preescuela Terapéutica “Lugar de Vida”, del Instituto de Psicología de la USP.

Una cuestión de fondo acompañó la planificación e implantación de este trabajo: ¿cómo se daría en los casos de niños psicóticos la vivencia del momento adolescente? ¿Cómo podríamos ayudarlos en ese momento de pasaje, de abandono de la infancia y de preparación para una travesía?

En el grupo de terapia ocupacional nos propusimos enfrentar esa cuestión, investigando y desarrollando junto a esos jóvenes un proyecto que tenía como ejes la implementación de un tránsito mayor por lo social y el estudio de las posibles relaciones con el universo de la creación y de la producción.

Adolescente; psicosis; Terapia Ocupacional; atividad


L’objetif de cet article est de présente um travail effetué avec un groupe d’adolescents de douze à seize ans, présentent des problémes émotionnels graves.

La préoccupation principale qui a accompagné le déroulement et l’èlaboration de ce travail était de savoir comment aider des enfants psychotiques à entrer dans l’adolescence; comment les aider dans cette phase à abandoner l’enfance et les préprare à vie d’adulte.

Dans le groupe de ergothérapie nous nous sommes proposé de regarder en face cette question, en recherchant et en développant avec ces jeune un project qui encourage la relation sociale, la création et la production.

Adolescents; psycotique; Èrgoterapeutic; activité


The aim of this article is to show a work developed with a group of adolescents from 12 to 16 years old, having serious emotional problems, in collaboration with the Occupational Therapy Graduate Course – USP and Therapeutic Preschool “Lugar de Vida”, from the Psychology Institute – USP.

A fundamental question had a great importance in the planning and implanting of this work: how to explain life experience of adolescent moment to the psychotic children? How to help them in this moment of passing from childhood to adolescence and be prepared to this crossing?

In the Occupational Therapy group we decided to face this question, researching and developing together with this young people a project which had as guides the implementation of a greater transit across the social and research of possible relations with the universe of creation and production.

adolescents; psychotic; Occupational Therapy; activities


Texto completo disponível apenas em PDF.

Referências Bibliográficas

  • ARIÈS, P. (1981). História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Ed.
  • BENETTON, M.J. (1991). Trilhas associativas: ampliando recursos na clínica da psicose. São Paulo: Lemos.
  • BRUNELLO, M.I.B. (1991). “Loucura: um processo de desconstrução da existência”. Dissertação de mestrado. São Paulo, Programa de Psicologia Social da PUC-SP.
  • DELEUZE, G. (1997) “O que as crianças dizem”, in Crítica e clínica Rio de Janeiro: Ed. 34.
  • DELEUZE, G. & GUATTARI, F. (1996). Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol.3. Rio de Janeiro: Ed. 34.
  • GIL, J. (1987). Fernando Pessoa ou a metafísica das sensações. Lisboa: Relógio d’Água.
  • GUARÁ, I.M.F.R. (1997). “Modernidade, adolescência e cidadania”, in Cidadania e subjetividade. São Paulo: Imaginário.
  • GUATTARI, F. (1992). Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34.
  • KUPFER, M. C. (1996). “Apresentação da Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida”, in Estilos da clínicaRevista sobre a infância com problemas, ano I, no 1: 8-17
  • LAZNIK-PENOT, M. C.(1992). “O espanto do outro materno”, in Boletim de Novidades da Livraria Pulsional, no 44, dez-1992, São Paulo.
  • LAFARGUE, P. (1980). O direito à preguiça. São Paulo: Kairós.
  • LIMA, E.A. (1997). “Clínica e criação: a utilização de atividades em instituições de saúde mental”. Dissertação de mestrado. São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP.
  • MAXIMINO, V.S. (1997). “A constituição de grupos de atividade com pacientes psicóticos”. Tese de doutorado. Campinas, Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP.
  • MOTA, A.A. (1994). “A ponte de madeira: a possibilidade estruturante da atividade profissional na clínica da psicose”. São Paulo, Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica. Monografia de Conclusão da Formação.
  • PELBART, P.P. (1993). A nau do tempo rei: sete ensaios sobre o tempo da loucura Rio de Janeiro: Imago.
  • ROLNIK, S. (1995). “O mal-estar na diferença”. Anuário Brasileiro de Psicanálise, 3: 97/103.
  • SOARES, L.B.T. “Terapia Ocupacional, lógica do capital ou do trabalho”. Dissertação de mestrado. São Carlos, Programa de Pós-graduação em Educação da UFSCAR.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Apr 2000
Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental Av. Onze de Junho, 1070, conj. 804, 04041-004 São Paulo, SP - Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretaria.auppf@gmail.com