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Consumo alimentar de escolares das redes pública e privada de ensino em São Luís, Maranhão

Food consumption of schoolchildren from private and public schools of São Luis, Maranhão, Brazil

Resumos

OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de 570 escolares de 9 a 16 anos das redes pública e privada de ensino, em São Luís (MA), matriculados da 4ª à 8ª séries, em 2005. MÉTODOS: Os dados de consumo alimentar foram coletados por meio de Inquérito Alimentar Recordatório de 24 horas. O consumo de energia, macronutrientes, vitamina A, vitamina C, ferro e cálcio foram comparados às Dietary Reference Intakes. Considerou-se o número de vezes em que os alimentos apareceram na dieta e o seu agrupamento foi feito de acordo com a proposta da Pirâmide Alimentar Brasileira. O teste do qui-quadrado foi utilizado na análise estatística. RESULTADOS: O baixo consumo de alimentos embutidos (em torno de 6%), o adequado consumo de carnes e ovos (95,9%) e a baixa omissão do desjejum (3,2%), almoço (2,2%) e jantar (3,1%) foram aspectos favoráveis da dieta. Por outro lado, elevado consumo de biscoitos (52,6%), baixo consumo de frutas (52,6%) e hortaliças (34,4%), elevado consumo de açúcares e doces (69,4%), óleos e gorduras (65,6%), além do consumo de refrigerantes (25,8%) e sucos industrializados (35,8%) ter sido maior do que o consumo de sucos naturais (23,4%) foram aspectos negativos da dieta. Observou-se consumo insuficiente de energia em 66,3% dos escolares, de lipídeos em 30,2%, de vitamina A em 28,7%, de vitamina C em 59,2% e cálcio em 98,8%. CONCLUSÃO: Estratégias educativas para assegurar a formação de hábitos alimentares saudáveis devem abranger conteúdos comuns e específicos, refletindo diferenças no consumo alimentar de alunos das escolas públicas e privadas.

Adolecentes; Consumo alimentar; Crianças; Inquérito sobre dietas


OBJECTIVE: This study assessed the food consumption of 570 students aged 9-16 years, in grades 4-8 in 2005, from public and private schools of São Luís, Maranhão, Brazil. METHODS: Food consumption was determined by the 24-hour recall. Energy, macronutrient, vitamins A and C, iron and calcium intakes were compared with the Dietary Reference Intakes. The number of times each food was cited was considered and the foods were grouped according to the Brazilian food pyramid. The chi-square test was used for the statistical analysis. RESULTS: Low consumption of sausages (around 6%), adequate consumption of meat and eggs (95.9%) and few skipping breakfast (3.2%), lunch (2.2%) or dinner (3.1%) were favorable aspects of the diet. Conversely, elevated consumption of biscuits (52.6%), low consumption of fruits (52.6%) and greens (34.4%), high consumption of sugars and sweets (69.4%) and oils and fat (65.6%), and the fact that the consumption of sodas (25.8%) and powdered drink mixes (35.8%) were higher than the consumption of fresh juices (23.4%) were negative aspects of the diet. Energy consumption was inadequate for 66.3% of the schoolchildren, lipids for 30.2%, vitamin A for 28.7%, vitamin C for 59.2% and calcium for 98.8%. CONCLUSION: Educational strategies for the promotion of healthy eating habits should cover common and specific contents in order to deal with the different food consumption practices of schoolchildren from private and public schools.

Adolescent; Food consumption; Child; Dietary surveys


ORIGINAL ORIGINAL

Consumo alimentar de escolares das redes pública e privada de ensino em São Luís, Maranhão1 1 Artigo elaborado a partir da dissertação de S.I.O. CONCEIÇÃO, intitulada "Prevalência de desnutrição e consumo alimentar dos escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís, Maranhão, 2005". Universidade Federal do Maranhão; 2006. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo: 550504/2002-8) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (Processo: BM - 4.05-1654/05).

Food consumption of schoolchildren from private and public schools of São Luis, Maranhão, Brazil

Sueli Ismael Oliveira da ConceiçãoI; Cristiane de Jesus Nunes dos SantosII; Antônio Augusto Moura da SilvaIII; Josenilde Sousa e SilvaIII; Thiara Castro de OliveiraII

IUniversidade Federal do Maranhão, Departamento de Ciências Fisiológicas. Av. dos Portugueses, s/n., Campus Universitário do Bacanga, 65080-040, São Luís, MA, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: S.I.O. CONCEIÇÃO. E-mail: <sioc@elo.com.br>

IIUniversidade Federal do Maranhão. Departamento de Saúde Pública. São Luís, MA, Brasil

IIIHospital Universitário Unidade Materno Infantil. São Luís, MA, Brasil

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar o consumo alimentar de 570 escolares de 9 a 16 anos das redes pública e privada de ensino, em São Luís (MA), matriculados da 4ª à 8ª séries, em 2005.

MÉTODOS: Os dados de consumo alimentar foram coletados por meio de Inquérito Alimentar Recordatório de 24 horas. O consumo de energia, macronutrientes, vitamina A, vitamina C, ferro e cálcio foram comparados às Dietary Reference Intakes. Considerou-se o número de vezes em que os alimentos apareceram na dieta e o seu agrupamento foi feito de acordo com a proposta da Pirâmide Alimentar Brasileira. O teste do qui-quadrado foi utilizado na análise estatística.

RESULTADOS: O baixo consumo de alimentos embutidos (em torno de 6%), o adequado consumo de carnes e ovos (95,9%) e a baixa omissão do desjejum (3,2%), almoço (2,2%) e jantar (3,1%) foram aspectos favoráveis da dieta. Por outro lado, elevado consumo de biscoitos (52,6%), baixo consumo de frutas (52,6%) e hortaliças (34,4%), elevado consumo de açúcares e doces (69,4%), óleos e gorduras (65,6%), além do consumo de refrigerantes (25,8%) e sucos industrializados (35,8%) ter sido maior do que o consumo de sucos naturais (23,4%) foram aspectos negativos da dieta. Observou-se consumo insuficiente de energia em 66,3% dos escolares, de lipídeos em 30,2%, de vitamina A em 28,7%, de vitamina C em 59,2% e cálcio em 98,8%.

CONCLUSÃO: Estratégias educativas para assegurar a formação de hábitos alimentares saudáveis devem abranger conteúdos comuns e específicos, refletindo diferenças no consumo alimentar de alunos das escolas públicas e privadas.

Termos de indexação: Adolecentes. Consumo alimentar. Crianças. Inquérito sobre dietas.

ABSTRACT

OBJECTIVE: This study assessed the food consumption of 570 students aged 9-16 years, in grades 4-8 in 2005, from public and private schools of São Luís, Maranhão, Brazil.

METHODS: Food consumption was determined by the 24-hour recall. Energy, macronutrient, vitamins A and C, iron and calcium intakes were compared with the Dietary Reference Intakes. The number of times each food was cited was considered and the foods were grouped according to the Brazilian food pyramid. The chi-square test was used for the statistical analysis.

RESULTS: Low consumption of sausages (around 6%), adequate consumption of meat and eggs (95.9%) and few skipping breakfast (3.2%), lunch (2.2%) or dinner (3.1%) were favorable aspects of the diet. Conversely, elevated consumption of biscuits (52.6%), low consumption of fruits (52.6%) and greens (34.4%), high consumption of sugars and sweets (69.4%) and oils and fat (65.6%), and the fact that the consumption of sodas (25.8%) and powdered drink mixes (35.8%) were higher than the consumption of fresh juices (23.4%) were negative aspects of the diet. Energy consumption was inadequate for 66.3% of the schoolchildren, lipids for 30.2%, vitamin A for 28.7%, vitamin C for 59.2% and calcium for 98.8%.

CONCLUSION: Educational strategies for the promotion of healthy eating habits should cover common and specific contents in order to deal with the different food consumption practices of schoolchildren from private and public schools.

Indexing terms: Adolescent. Food consumption. Child. Dietary surveys.

INTRODUÇÃO

O consumo de alimentos é uma necessidade fisiológica do ser humano e expressa o seu estilo de vida, contribuindo para o seu estado de saúde ou doença1.

A alimentação adequada, em quantidade e qualidade, fornece ao organismo a energia e os nutrientes necessários para o desempenho de suas funções e para a manutenção de um bom estado de saúde. O consumo alimentar insuficiente é fator de risco para a desnutrição e deficiências por micronutrientes. Por outro lado, o excesso alimentar relaciona-se à ocorrência de obesidade e suas comorbidades, como hipertensão arterial, diabetes Mellitus, dislipidemias e doenças cardiovasculares2.

As crianças e os adolescentes são mais suscetíveis a apresentar desequilíbrios nutricionais, devido ao aumento das suas necessidades energéticas e de nutrientes, em função do seu acentuado desenvolvimento físico e pela sua vulnerabilidade perante as mensagens publicitárias das indústrias de alimentos e modismos alimentares3.

Estudos sobre os padrões alimentares de crianças e adolescentes, realizados no Brasil e em outros países, mostram elevado consumo de sucos industrializados4, refrigerantes4-6, alimentos ricos em açúcar e gordura5,6, e baixo consumo de leite3, frutas e hortaliças7. Essas práticas alimentares são desfavoráveis, por estarem associadas a alto risco de doenças crônicas não-transmissíveis. No Brasil, essas práticas coexistem com a desnutrição e as deficiências por micronutrientes, decorrentes do déficit alimentar8.

O reconhecimento de que características da dieta influenciam o estado de saúde dos indivíduos determinou que a Organização Mundial de Saúde elaborasse, em 2004, a Estratégia de Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde. Seguindo essas recomendações, o Brasil implementou a Estratégia de Promoção de Práticas Alimentares e Estilos de Vida Saudáveis, no âmbito da Política Nacional de Alimentação e Nutrição. As ações, direcionadas aos indivíduos nos diferentes estágios da vida, visam à prevenção e ao controle das doenças crônicas não-transmissíveis, da desnutrição e das deficiências nutricionais específicas9.

Como há pouca disponibilidade de pesquisas sobre o consumo alimentar de escolares no Maranhão, este estudo teve como objetivos investigar as práticas alimentares de escolares das redes pública e privada de ensino, no Município de São Luís, verificar aspectos saudáveis e negativos da sua alimentação e identificar se existem diferenças no consumo alimentar entre os estudantes das duas redes de ensino.

MÉTODOS

Foi realizado estudo transversal, incluindo escolares matriculados nas redes pública e privada do ensino fundamental, no Município de São Luís, Maranhão. A investigação vinculou-se à pesquisa maior intitulada: "Consumo alimentar e prevalência de desnutrição, sobrepeso, obesidade em escolares da rede pública e privada de ensino, em São Luís, Maranhão, em 2005".

Em São Luís foram identificadas 479 escolas de ensino fundamental, sendo 197 públicas e 279 particulares, com um total de 189 642 estudantes de 6 a 16 anos. Destes, 140 644 estavam matriculados na rede pública e 48 998 na rede privada de ensino.

Considerando-se precisão relativa de 4%, prevalência esperada de 50% e efeito de desenho igual a dois, mais possíveis perdas, o tamanho da amostra foi estimado em 1 224 escolares. Como a prevalência de consumo de vários nutrientes foi investigada simultaneamente, trabalhou-se com uma prevalência de 50%, que produziu o maior tamanho de amostra possível.

Foi utilizada amostragem por conglomerados, com estratificação por rede de ensino, sendo sorteadas 34 escolas no primeiro estágio, 17 no estrato de escolas públicas e 17 no estrato de escolas privadas. Em cada estrato as escolas foram sorteadas com probabilidade proporcional ao número de alunos matriculados em cada estabelecimento. No segundo estágio foi realizada amostragem sistemática das classes existentes nos turnos matutino e vespertino, sendo a investigação realizada em quatro turmas, por unidade escolar. No terceiro estágio, tendo como base a listagem dos alunos nos diários de classe, foi realizada amostragem aleatória simples, sem reposição. Foram sorteados nove alunos em cada turma, totalizando 36 alunos por escola. Foram excluídos do sorteio os escolares ausentes nos três últimos dias consecutivos que antecederam o início do estudo.

No decorrer da pesquisa ocorreram 94 perdas (7,7%). Essas perdas foram devidas à recusa dos estudantes em participar, ausência nos dias das entrevistas ou não autorização dos responsáveis, resultando a amostra final em 1.130 escolares. As práticas alimentares dos escolares matriculados da 1ª à 3ª séries do ensino fundamental não foram investigadas, pois o indivíduo só atinge a habilidade de responder, precisamente, sobre sua ingestão alimentar aos 10 a 12 anos10. Assim, foi investigado o consumo alimentar de 606 escolares, de 9 a 16 anos, matriculados da 4ª à 8ª séries.

O estudo foi conduzido de janeiro a outubro de 2005. As entrevistas foram realizadas por nutricionistas. A identificação da situação socioeconômica foi feita pelo Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB)11. Aplicou-se questionário padronizado, contendo perguntas sobre o consumo alimentar, avaliado por meio do Inquérito Alimentar Recordatório de 24 horas, recomendado para estudos epidemiológicos10. Obtiveram-se informações sobre os alimentos e bebidas ingeridos nas últimas 24 horas, desde a primeira até a última refeição; a forma de preparação dos alimentos; o local e o horário das refeições; a marca comercial dos alimentos industrializados; o peso ou volume e o tamanho das porções consumidas. As entrevistas não foram realizadas às segundas-feiras, pela maior possibilidade de consumo atípico de alimentos no domingo. Utilizou-se álbum de fotografias com desenhos de alimentos, utensílios e medidas padrão, para minimizar o viés de memória e auxiliar na identificação das porções referidas12. As quantidades ingeridas foram estimadas em medidas caseiras e, em seguida, convertidas para unidades de medida de peso ou volume, com auxílio de instrumento apropriado13. Devido ao consumo atípico de alimentos em festas, restaurantes, casas de terceiros e pela impossibilidade de alguns alunos quantificarem o consumo alimentar, 36 (5,9%) entrevistas foram excluídas, resultando, assim, em 570 inquéritos alimentares concluídos.

Na avaliação do consumo alimentar, considerou-se o número de vezes em que cada grupo de alimentos foi citado na dieta. Os alimentos foram agrupados de acordo com a Pirâmide Alimentar Adaptada à População Brasileira14. Obteve-se a participação relativa diária do consumo dos seguintes grupos: "carnes e ovos", "leite e produtos lácteos", "leguminosas", "açúcares e doces" (chicletes, balas, pirulitos, bolos, doces industrializados e caseiros, sorvetes, refrigerantes e outros), "óleos e gorduras" (manteiga, margarina, maionese e similares) "frutas" (incluídos os sucos naturais), "hortaliças" e "pães, cereais, raízes e tubérculos".

Analisou-se, quantitativamente, o consumo de energia, proteínas, carboidratos, lipídeos, vitamina A, vitamina C, ferro e cálcio. Os níveis de consumo desses nutrientes foram comparados com o disposto nas Ingestões Dietéticas de Referência, segundo idade e sexo15. A adequação da ingestão energética foi avaliada segundo a Necessidade Estimada de Energia (Estimated Energy Requirements) (EER), de acordo com idade, sexo, peso, altura e atividade física de indivíduos saudáveis16. Para avaliação do nível de atividade física aplicou-se o Self-Administered Physical Activity Checklist (SAPAC), instrumento elaborado e validado por Sallis & Strikmiller17. Investigaram-se os minutos gastos pelos escolares com algumas atividades sedentárias (assistir à TV, videocassete ou DVD, jogar videogame e usar computador) e com atividades físicas em que participaram por cinco ou mais minutos nas últimas 24 horas. Classificaram-se como inativos/pouco ativos (sedentários) os escolares que tenham gasto até 240 MET/min/dia (MET é abreviatura de equivalente metabólico em inglês); em moderadamente ativos os que obtiveram de 241 a 540 MET/min/dia, e em muito ativos os que somaram 541 ou mais MET/min/dia. A adequação do percentual de macronutrientes em relação ao Valor Energético Total da dieta (VET) foi avaliada segundo os Acceptable Macronutrient Distribution Range (AMDR), com os seguintes intervalos de distribuição considerados aceitáveis: 45% a 65% para carboidratos, 25% a 35% para lipídeos e 10% a 30% para proteínas16. Na avaliação da adequação da ingestão dietética de vitamina A, vitamina C e ferro adotou-se a Necessidade Média Estimada -Estimated Average Requirement (EAR)18, e para a análise do cálcio, utilizou-se a Ingestão Adequada (AI)15, visto que não existe EAR estabelecida para esse nutriente. Classificaram-se como dietas adequadas aquelas cujos componentes se mantiveram nos intervalos de consumo recomendados15,16,18. Definiram-se como dietas insuficientes e dietas com componentes elevados aquelas cujas densidades energética e de nutrientes se encontravam com valores abaixo ou acima dos intervalos recomendados, respectivamente.

O consumo alimentar foi analisado pelo programa Virtual Nutri e os cálculos estatísticos foram realizados no programa Stata 8.0. Em razão do delineamento complexo de amostragem, uma vez que a amostra não foi equiprobabilística, as estimativas foram corrigidas devido ao viés provocado pela quebra da proporcionalidade. Esta foi uma estratégia deliberada de aumentar o poder do estudo para comparar o consumo alimentar entre alunos das escolas públicas e privadas.

Para analisar a existência de associação entre as variáveis empregou-se o teste de qui-quadrado (Pearson). A associação entre as variáveis foi considerada significante quando o valor de p foi menor do que 0,05.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, protocolo número 00495/2004, em 09/06/2004. A investigação obedeceu ao disposto na Resolução nº 196 de 10/10/1996 do Conselho Nacional de Saúde. Todos os participantes assinaram Termo de Consentimento Livre e Esclarecido antes de sua inclusão na amostra.

RESULTADOS

Dos escolares investigados, 279 (49,4%) eram do sexo masculino e 291 (50,6%) do sexo feminino; 13,1% pertenciam à classe econômica A e B, 30,1% à classe C, 45,8% à classe D e 10,9% à classe E.

A análise do consumo de alimentos consta da Tabela 1. Arroz (97,6%), pães (77,6%), feijão (61,6%), manteiga/margarina (61,1%), carne bovina (59,6%), farinha/farofa (53,9%) e biscoitos (52,6%) foram os alimentos mais consumidos pelos estudantes. Frango foi consumido por 31,7%, peixes/mariscos por 20,1% e ovo por 13,1%. Verificou-se baixa ingestão de alimentos embutidos, como salsicha (6,6%), presunto/mortadela (6,3%) e linguiça (5,5%). A ingestão de bebidas, a exemplo do leite (48,7%), café (47,4%), sucos industrializados (35,8%) e de refrigerantes (25,8%) foi mais elevada do que a registrada para os sucos naturais (23,4%). O consumo de hortaliças (41,7%) foi ligeiramente mais elevado que o de frutas (40,4%).

Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes no consumo de cada tipo de carne e ovos entre os escolares das redes pública e privada de ensino (p>0,05). A farinha/farofa e caldos/sopas foram mais consumidos pelos escolares da rede pública do que pelos da rede privada de ensino (p<0,05). O consumo de leite, refrigerantes e sucos naturais foi maior para os escolares da rede privada que para os da rede pública de ensino (p<0,05). As hortaliças, macarrão, salgados, pastéis e pizzas, salgadinhos tipo chips, bolos e queijos foram mais consumidos pelos escolares da rede privada de ensino (p<0,05).

Os resultados da análise do consumo por grupos de alimentos (Tabela 2) mostraram que carnes e ovos foram referidos por 95,9% e leite e derivados lácteos por 75,5% dos escolares. Os menos preferidos foram frutas (52,6%) e hortaliças (34,4%). Açúcares e doces foram consumidos por 69,4% e óleos e gorduras por 65,6% dos escolares. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significantes no consumo dos grupos das carnes e ovos, açúcares e doces, leguminosas e frutas, entre os escolares das redes pública e privada de ensino. O consumo dos grupos do leite e derivados lácteos, óleos e gorduras e hortaliças foi mais elevado para os escolares da rede privada, quando comparados aos da rede pública de ensino (p<0,05).

Com base nos resultados do ritmo de consumo diário de refeições (Tabela 3) identificou-se que a ingestão de cinco a seis refeições diárias foi referido por 66,2% dos escolares. O desjejum (3,2%), o almoço (2,2%) e o jantar (3,1%) foram pouco omitidos. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes no ritmo de consumo e na omissão de refeições entre os escolares das redes pública e privada (p>0,05).

Na análise da adequação energética e de nutrientes consumidos (Tabela 4) observou-se consumo insuficiente de energia em 66,3% dos escolares, enquanto para 30,1% deles a ingestão foi elevada. Os escolares da rede pública tiveram consumo insuficiente de energia (68,7%) em maior proporção que o observado nos escolares da rede privada (57%) (p=0,035). O consumo elevado de energia foi mais prevalente nos escolares da rede privada (37,9%), em comparação aos escolares da rede pública de ensino (28,0%) (p=0,035).

A adequação do consumo de carboidratos ocorreu em 71,7% dos escolares, sendo que a participação relativa desse nutriente na disponibilidade total de energia da dieta foi insuficiente para 15% e elevada para 13,3% dos escolares. Observou-se baixa prevalência (4,6%) da insuficiente participação relativa das proteínas no consumo energético total da dieta. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes no consumo de carboidratos e proteínas pelos escolares entre os estratos (p>0,05).

A insuficiente participação relativa dos lipídeos na disponibilidade total de energia proveniente da dieta atingiu 30,2% dos escolares, sendo a insuficiência de consumo mais elevada para os escolares da rede pública (32,2%) do que para os da rede privada de ensino (22,1%) (p=0,033). Apresentaram ingestão de lipídeos acima do recomendado 18,5% dos escolares, sendo que para os estudantes da rede privada a prevalência de consumo elevado foi maior (24,3%) do que para aqueles da rede pública de ensino (17,0%) (p=0,033).

O consumo de vitamina A foi insuficiente para 28,7% dos escolares, sendo a maior prevalência de inadequação observada entre os estudantes da rede pública (30,4%), em comparação aos da rede privada de ensino (22,1%) (p=0,042). O consumo alimentar de vitamina C foi insuficiente para 59,2% dos escolares e a insuficiência de consumo de ferro ocorreu em 6,4% das dietas, não se observando diferenças estatisticamente significantes no consumo de vitamina C e ferro pelos escolares por estrato (p>0,05). A ingestão de cálcio abaixo das recomendações ocorreu em 98,8% dos escolares, não se verificando diferenças estatisticamente significantes no consumo entre os estudantes das redes pública e privada de ensino (p=0,199).

DISCUSSÃO

A adoção de práticas alimentares saudáveis desde a infância é um comportamento que contribui para a promoção da saúde na vida adulta9. O consumo alimentar dos escolares de São Luís apresentou aspectos favoráveis e aspectos negativos. O baixo consumo de alimentos embutidos, o adequado consumo de carnes e a baixa omissão do desjejum, almoço e jantar foram aspectos favoráveis da dieta. Por outro lado, elevado consumo de biscoitos, baixo consumo de frutas e hortaliças, elevado consumo de açúcares, óleos e gorduras, além do consumo de refrigerantes e sucos industrializados ter sido maior do que o consumo de sucos naturais foram aspectos negativos da dieta.

Aspectos favoráveis e negativos do consumo alimentar foram observados em estudantes das redes pública e privada de ensino, com algumas diferenças entre eles. O consumo de leite, sucos naturais e hortaliças foi maior entre os escolares da rede privada, sendo este um aspecto favorável da sua alimentação. O consumo de óleos e gorduras, refrigerantes e salgadinhos foi mais elevado, também, entre os alunos da rede privada, representando aspectos negativos da sua alimentação.

A proporção de consumo de biscoitos pelos escolares foi elevada, superando os valores observados em investigação realizada em Piracicaba, São Paulo19. Os biscoitos podem conter gordura trans (hidrogenada), a qual é prejudicial ao organismo, por elevar o colesterol sanguíneo20.

Os alimentos embutidos são altamente processados e detentores de elevados teores de sal e gordura. O baixo consumo de embutidos pelos escolares investigados evidencia conduta alimentar saudável, a qual se associa a menor risco de desenvolvimento de hipertensão arterial e dislipidemia9.

Outros estudos mostraram consumo elevado de sucos industrializados, bebidas gaseificadas4,5,21, e baixo consumo de frutas e hortaliças19,22 por escolares, assemelhando-se aos achados desta investigação. O consumo excessivo de refrigerantes e sucos industrializados, que contêm baixos níveis de vitaminas e minerais e teores elevados de aditivos e açúcares, é fator de preocupação. Esses alimentos elevam o teor energético da dieta e favorecem o surgimento da obesidade e suas complicações4. Por sua vez, as frutas e hortaliças, devido à sua riqueza em vitaminas, minerais e fibras, são consideradas fatores de proteção contra doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e constipação intestinal23. O baixo consumo de frutas e hortaliças observado neste estudo pre-dispõe os estudantes a deficiências nutricionais específicas, como hipovitaminose A, anemia ferropriva e a doenças crônicas não-transmissíveis.

No Brasil, os gastos domiciliares com a compra de hortaliças, frutas, alimentos proteicos de origem animal, como leite e produtos lácteos, dependem do nível socioeconômico das famílias9,23. O maior consumo de leite, queijos, hortaliças e sucos naturais pelos escolares da rede privada de ensino de São Luís foi um aspecto positivo da sua alimentação e, provavelmente, se deveu ao seu maior acesso a estes alimentos, proporcionado pelo maior poder aquisitivo de suas famílias.

O modismo, a propaganda, a influência de amigos e a contestação dos valores familiares e sociais são fatores que contribuem para que crianças e, principalmente, adolescentes modifiquem seus hábitos alimentares, consumindo lanches inadequados24. Neste cenário, a preferência pelo consumo de salgados, pastéis e pizzas, bem como de salgadinhos do tipo chips, refrigerantes e bolos é uma tendência observada em pesquisas com escolares no Brasil5,24. O consumo desses alimentos neste estudo foi maior entre os estudantes da rede privada de ensino. Preparações como salgadinhos, pizzas, pastéis contêm elevadas concentrações de sal e gordura, enquanto refrigerantes e bolos detêm elevadas proporções de açúcar. Logo, o consumo prolongado desses alimentos aumenta o risco de ocorrência de doenças crônicas não-transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes Mellitus, obesidade, dislipidemias e hipertensão arterial9. A maior ingestão de açúcares e doces e do grupo de óleos e gorduras pelos escolares se assemelhou ao registrado em outros estudos7,19,22 e foi, provavelmente, devida ao consumo elevado de salgados, pastéis, pizzas e bolos.

O ritmo de consumo diário das refeições neste estudo foi mais favorável que o observado por Santos et al.7. A baixa omissão do desjejum, almoço e jantar foi um aspecto positivo da alimentação detectado neste trabalho, em contraste com o descrito no estudo de Sturion et al.25, no qual foi identificada frequente omissão destas refeições. Essas práticas alimentares sugerem que os escolares de São Luís estão relativamente protegidos do jejum prolongado. A baixa omissão de refeições possibilita a elevação da glicemia sanguínea em níveis necessários às atividades matinais24 e também ajuda na prevenção da distensão gástrica, que pode ser decorrente do consumo de refeições volumosas como forma de compensação do jejum.

Para uma parcela considerável dos escolares, o consumo de energia na dieta foi insuficiente, ratificando outros estudos5,26. Contudo, o elevado consumo de energia, mais prevalente entre os estudantes da rede privada, e o consumo insuficiente entre aqueles da rede pública de ensino, divergiram das informações da pesquisa desenvolvida com escolares das redes privada e pública de ensino, em Florianópolis (SC)26. Esses dados merecem atenção, visto que o consumo insuficiente de energia, por períodos prolongados, pode fazer com que os escolares apresentem menor resistência contra doenças9 e os predispõe à desnutrição. Por sua vez, o consumo excessivo de energia, associado ao sedentarismo, conduz ao surgimento de obesidade, dislipidemia e diabetes Mellitus22.

O consumo adequado de carboidratos atingiu uma proporção elevada dos escolares, com valor acima do registrado no estudo de Kazapi et al.26. Porém, nos estudantes cujo consumo de carboidrato foi insuficiente, é provável que a utilização de proteínas no organismo estivesse desviada de sua função principal de gerar energia27, causando prejuízo ao crescimento linear e ao desenvolvimento. Naqueles cuja ingestão de carboidratos foi elevada, a continuidade dessa prática alimentar não saudável pode contribuir para a gênese da obesidade.

Pesquisas mostram elevado consumo de proteínas por escolares26,28,29, contrariando os resultados deste estudo, que mostrou consumo adequado. A elevada adequação do consumo proteico foi um aspecto favorável da dieta e pode estar associada à ingestão do grupo das carnes e ovos em proporções suficientes pelos estudantes.

A alta prevalência de consumo insuficiente de lipídeos pelos escolares da rede pública e a maior proporção de consumo elevado por aqueles da rede privada de ensino assemelharam-se aos dados de outra investigação26. Constatou-se que a deficiência energética da dieta proveio, principalmente, da baixa ingestão de lipídeos. Ressalta-se que a insuficiência no consumo de lipídeos pode comprometer a veiculação das vitaminas lipossolúveis e o aporte de ácidos graxos essenciais ao organismo desses escolares, desencadeando deficiências nutricionais. Entretanto, para aqueles cujo consumo de lipídeos foi excessivo, a continuidade dessa prática alimentar é fator de risco para o surgimento de dislipidemia e obesidade.

Os escolares apresentaram deficiência no consumo da maioria dos micronutrientes analisados, com exceção do ferro. A baixa ingestão de vitamina A, com predomínio entre os escolares da rede pública de ensino, e o baixo consumo de vitamina C também foram registrados em outras pesquisas19,29. Esses dados são preocupantes, pois a hipovitaminose A é considerada um problema de Saúde Pública no Brasil e pode provocar cegueira noturna, perda da visão e menor resistência às infecções9. O baixo consumo de vitamina C relaciona-se com menor absorção orgânica do ferro, principalmente do contido nos alimentos de origem vegetal22. As deficiências de vitaminas A e C devem-se, possivelmente, ao insuficiente consumo de frutas e hortaliças, sendo necessário incentivar os escolares a consumir alimentos que são fontes desses nutrientes, priorizando-se os regionais, pois são de baixo custo e de elevada densidade nutricional.

Ingestão de cálcio abaixo das recomendações por escolares foi demonstrada em outros trabalhos5,28,29, corroborando os resultados deste estudo. Apesar do consumo favorável do grupo do leite e derivados lácteos, o baixo consumo de cálcio pode ser decorrente da ingestão de leite de forma muito diluída, com frequência e fracionamento insuficientes para atingir os requerimentos diários desse mineral no organismo. Essa prática alimentar inadequada pode provocar baixo crescimento linear, prejudicar a formação da massa óssea28 e favorecer o aparecimento precoce da osteoporose22.

A elevada adequação do consumo de ferro, na presente investigação, ratifica achados de outros autores28,29, sendo um aspecto favorável da alimentação dos escolares. A elevada adequação proteica da dieta sugere que o consumo de alimentos proteicos, principalmente de carne, está sendo priorizado pelas famílias. Nesses alimentos, que possuem ferro em sua composição, este mineral está mais biodisponível, o que pode prevenir o desenvolvimento de anemia ferropriva.

CONCLUSÃO

Algumas práticas alimentares dos escolares mostraram-se inadequadas: elevado consumo de biscoitos, baixa ingestão de frutas e hortaliças, insuficiência do consumo de energia, lipídeos, vitamina A, vitamina C e cálcio. O maior consumo de lanches não saudáveis, como refrigerantes, salgados, pastéis, pizzas e bolos, assim como a ingestão elevada de energia e lipídeos pelos estudantes das escolas privadas, evidenciou a prática de excessos alimentares, os quais podem contribuir para o desenvolvimento de doenças crônicas não-transmissíveis. A maior prevalência de consumo insuficiente de energia, lipídeos e vitamina A pelos escolares da rede pública de ensino favorece a ocorrência de deficiências nutricionais específicas e desnutrição.

Tais evidências reforçam a importância da implementação de estratégias de educação nutricional, com ênfase na escolha adequada de alimentos. Essas estratégias devem ser direcionadas aos estudantes de ambas as redes de ensino e a seus responsáveis. Entretanto, o conteúdo das mensagens abrange aspectos comuns e específicos, refletindo diferenças no consumo alimentar observado entre os estudantes das escolas públicas e privadas. Essas medidas objetivam promover mudanças de comportamento que assegurem a formação de hábitos alimentares saudáveis, como meio de promoção da saúde e prevenção de doenças na vida adulta.

AGRADECIMENTOS

Aos gestores da educação municipal e estadual, aos dirigentes das escolas, ao Fundo das Nações Unidas para a Infância em São Luís, aos pais e aos alunos pelo apoio e participação.

COLABORADORES

Todos os autores contribuíram substancialmente para a concepção e planejamento ou análise e interpretação dos dados, colaboraram, significativamente, na elaboração do rascunho ou na revisão crítica do conteúdo e aprovaram a versão final do manuscrito.

Recebido em: 10/10/2007

Versão final reapresentada em: 19/7/2010

Aprovado em: 9/8/2010

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    Artigo elaborado a partir da dissertação de S.I.O. CONCEIÇÃO, intitulada "Prevalência de desnutrição e consumo alimentar dos escolares da rede pública e privada de ensino em São Luís, Maranhão, 2005". Universidade Federal do Maranhão; 2006. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Processo: 550504/2002-8) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (Processo: BM - 4.05-1654/05).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      20 Abr 2011
    • Data do Fascículo
      Dez 2010

    Histórico

    • Aceito
      09 Ago 2010
    • Revisado
      19 Jul 2010
    • Recebido
      10 Out 2007
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