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Condutas terapêuticas para tratamento da Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) e da Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores (SRVAS) com enfoque no Aparelho Anti-Ronco (AAR-ITO)

Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS) and snoring: treatment strategies with focus in Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO)

Resumos

Os autores apresentam uma revisão da literatura referente às alternativas de tratamento cirúrgicas e não-cirúrgicas para a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) e para a Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS) com enfoque no princípio de ação e evolução dos aparelhos de avanço mandibular e, em particular, no mecanismo dinâmico de ação do Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO).

Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO); Aparelhos de avanço mandibular; Mecanismo dinâmico de ação; Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS); Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS)


The authors present a literature review of the surgical and non-surgical treatment alternatives to the Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS) and snoring with focus in the mechanism of action and progress of mandibular advancement devices mainly in the dynamic action mechanism of the Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO).

Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO); Dynamic action mechanism; Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS); Snoring


ARTIGO INÉDITO

Condutas terapêuticas para tratamento da Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) e da Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores (SRVAS) com enfoque no Aparelho Anti-Ronco (AAR-ITO)

Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS) and snoring: treatment strategies with focus in Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO)

Fausto Alves ItoI; Roberto Takashi ItoII; Nádia Magalhães MoraesIII; Tatsuko SakimaIV; Márcio Luciano de Souza BezerraV; Roberto Campos MeirellesVI

ICirurgião-Dentista (UNESA-RJ), Especialista em Anatomia Aplicada da Cabeça (ICB-USP), Aluno do Curso de Mestrado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

IICirurgião-Dentista (UFF-RJ)

IIIProfessora Adjunta do Departamento de Odontologia Social e Preventiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

IVProfessor Titular do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara - São Paulo (UNESP)

VDiretor do Instituto do Sono da Universidade Estácio de Sá (UNESA-RJ)

VIProfessor Adjunto do Departamento de Otorrinolaringologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Centro Odontológico de Pesquisas Clínicas Dr. Roberto Ito & Dr. Fausto Ito Ltda. Rua Visconde de Pirajá 463 Sl. 210 Ipanema - Rio de Janeiro/RJ CEP 22.410 003 e-mail: faustoito@gmail.com

RESUMO

Os autores apresentam uma revisão da literatura referente às alternativas de tratamento cirúrgicas e não-cirúrgicas para a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) e para a Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS) com enfoque no princípio de ação e evolução dos aparelhos de avanço mandibular e, em particular, no mecanismo dinâmico de ação do Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO).

Palavras-chave: Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO). Aparelhos de avanço mandibular. Mecanismo dinâmico de ação. Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS). Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS).

ABSTRACT

The authors present a literature review of the surgical and non-surgical treatment alternatives to the Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS) and snoring with focus in the mechanism of action and progress of mandibular advancement devices mainly in the dynamic action mechanism of the Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO).

Key words: Mandibular Advancement Device® (MAD-ITO). Dynamic action mechanism. Obstructive Sleep Apnea and Hypopnea Syndrome (OSAHS). Snoring.

INTRODUÇÃO

O fenômeno sono é essencial à homeostasia e por meio do qual todo o organismo, incluindo o sistema nervoso central, pode ser renovado. É definido como processo dinâmico e fisiológico de perda de consciência e inativação da musculatura voluntária, sendo reversível frente a estímulos (tátil, auditivo, somato-sensitivo). Diversas teorias foram propostas e pode-se afirmar que as funções do sono sofreram mudanças de acordo com a evolução dos mamíferos. Iniciou-se, principalmente, como um modo de tornar o animal imóvel e assim conservar energia e culminou com os humanos como um meio de facilitar o descanso e recuperar as funções cerebrais. Apresenta variações quanto à distribuição dos estágios e ao ritmo circadiano conforme a faixa etária, podendo ser mais fragmentado na população idosa, que além disso, tem maior tendência aos cochilos diurnos7,47,58.

A estrutura normal do sono é composta de 5 fases: estágios 1, 2, 3, 4 do sono lento ou NREM (Non Rapid Eyes Moviment = sem movimentos oculares rápidos) e sono paradoxal ou REM (Rapid eyes moviment = movimentos oculares rápidos). Estes estágios são cíclicos e apresentam alterações fisiológicas e comportamentais específicas nos quais o sono e a vigília se alternam no tempo durante a noite. Normalmente, em um adulto que dorme cerca de 7 a 8 horas, ocorrem cerca de 4 a 6 ciclos por noite, sendo necessários cerca de 70 a 120 minutos para completar cada ciclo. Entretanto, alguns indivíduos necessitam de um número menor de horas de sono (dormidores curtos) e outros necessitam de mais horas (dormidores longos) para se restabelecerem física e mentalmente2,57,58.

A Síndrome da Resistência das Vias Aéreas superiores (SRVAS) e a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono (SAHOS) são consideradas transtornos respiratórios do sono que afetam a população geral com capacidade de fragmentar a arquitetura do sono, devido aos recorrentes microdespertares noturnos e às pausas respiratórias que, por conseqüência, poderão acarretar alterações funcionais, neurocognitivas e psicossociais14,20,41,44.

A classificação internacional dos distúrbios do sono, publicada em 1997, definiu a SAHOS como dissônia, ou seja, transtorno que leva à hipersonolência diurna ou dificuldade de iniciar ou manter o sono.

PROPOSIÇÃO

O objetivo desta revisão de literatura é descrever as estratégias de tratamento para a SAHOS e para a SRVAS.

EPIDEMIOLOGIA

Dados epidemiológicos revelam que a SRVAS e a SAHOS apresentam alta incidência e prevalência, atingindo 2% da população feminina e 4% da masculina. Podem acometer qualquer faixa etária, entretanto, o pico de incidência está situado entre 40 e 60 anos. A SAHOS é considerada problema de saúde pública, devido às conseqüências cardiovasculares e aos riscos de acidentes ocupacionais e automobilísticos em decorrência da hipersonolência diurna que se estabelece e das decisões equivocadas que ocorrem. Está relacionada com a má qualidade de vida do paciente acometido, com deterioração dos aspectos neurocognitivos, refletindo negativamente no relacionamento familiar, social e no rendimento intelectual e profissional4,6,20,29,53,56,69,73.

Dentre as comorbidades mais freqüentes da SAHOS estão as arritmias cardíacas, a hipertensão arterial sistêmica, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral11,15,43,64.

A faixa etária, condição hormonal e o gênero são fatores relevantes nessa síndrome, uma vez que estas variáveis podem estar relacionadas com diversas causas, sintomas e conseqüências, devido à complexidade dos mecanismos neuronais que envolvem o fenômeno sono e a patogênese da SAHOS4,39.

FISIOPATOLOGIA

A obstrução das vias aéreas superiores durante o sono ocorre devido ao estreitamento dessas vias, que se estende desde a nasofaringe até a porção inferior da hipofaringe. A interação entre fatores fisiológicos e alterações anatômicas dessa região, são fundamentais para compreender a patogênese da SAHOS. Inúmeras causas têm sido sugeridas para elucidar a fisiopatologia desse transtorno, como: alterações nas estruturas craniofaciais; alterações no comando ventilatório; glossoptose; obesidade (aumento de tecido adiposo no tronco superior e na região cervical); volume aumentado de secreções respiratórias, hipertrofia de amígdalas e/ou adenóides, fatores extrínsecos tais como álcool, tabaco e drogas que deprimem o sistema nervoso central, além de componentes genéticos4,21,31,37,45,71.

Durante a vigília, o comando ventilatório é automático e voluntário ao passo que durante o sono esse comando passa a ser somente automático. Essa situação acarreta redução do controle ventilatório e, por conseqüência, poderá diminuir a modulação dos músculos dilatadores da faringe. Soma-se a isso, a posição de decúbito dorsal e a ação da gravidade que favorecem a pitose do músculo genioglosso em direção à parede posterior do conduto faríngeo, caracterizando o colapso na orofaringe4,6,27,37.

Em indivíduos com predisposição para a SAHOS, a pressão intraluminal negativa produzida pela contração diafragmática, em detrimento do esforço inspiratório, agrava a obstrução, evoluindo para apnéia. Em decorrência do quadro apnéico, se desenvolve hipoxemia e hipercapnia. Esses, estimulam o sistema nervoso central, que, por meio dos quimiorreceptores e mecanorreceptores, irão ativar núcleos da formação reticular do tronco cerebral levando ao despertar e por conseguinte, acionarão os músculos abdutores da faringe desobstruindo a mesma e permitindo o retorno do fluxo aéreo. Quando o paciente volta a dormir, os músculos relaxam e todo o processo se inicia novamente repetindo-se por várias vezes ao longo da noite4,21,27,40,41,71.

QUADRO CLÍNICO

As manifestações clínicas da SAHOS mais freqüentes e suas conseqüências são descritas a seguir: 1) sono inquieto, 2) despertares freqüentes (fragmentação do sono), 3) ronco, 4) apnéias, 5) déficits neurocognitivos (memória, atenção, concentração, reflexo), 6) hipersonolência diurna, 7) cefaléia matinal, 8) alterações comportamentais (mudança de humor, irritabilidade, fadiga crônica), 9) hipertensão arterial sistêmica (HAS) e hipertensão pulmonar (HP), 10) problemas sexuais (impotência), 11) policitemia, 12) estresse oxidativo e 13) dilatação da raiz da aorta20,27,64,69.

DIAGNÓSTICO

Após avaliação clínica, é necessária a realização de um exame quantitativo específico, a polissonografia (PSG), que consiste no monitoramento de parâmetros fisiológicos durante o sono para que seja diagnosticado a gravidade, o tipo de apnéia presente, bem como alterações cardíacas, respiratórias e cerebrais. O histórico de ronco alto com hipersonolência diurna, associado ao excesso de peso, são algumas das principais justificativas para solicitação de um estudo polissonográfico, cuja acurácia e interpretação é de responsabilidade médica6,16,22,26,27,40.

O critério diagnóstico para SAHOS refere-se à presença de cinco ou mais episódios de apnéia/hipopnéia (IAH) por hora de sono acompanhado de diminuição da saturação de oxigênio sangüíneo menor que 85% (Tab. 1). O diagnóstico pode ser complementado por meio de análise cefalométrica, fibroscopia, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética1.

ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO

Uma vez diagnosticado o transtorno, pode-se intervir com segurança no tratamento com o objetivo de devolver o bem-estar e a qualidade de vida ao paciente. Os mecanismos fisiopatológicos subjacentes à obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, formam o alicerce para o tratamento da SRVAS e SAHOS6,34,44.

Sumariamente, as modalidades de tratamento buscam: 1) elevar a pressão na faringe acima da pressão obstrutiva; 2) reduzir a pressão obstrutiva; ou 3) aumentar a atividade muscular das vias aéreas superiores para ampliar o conduto faríngeo e permitir uma ventilação adequada durante o sono40.

As medidas terapêuticas a serem tomadas irão depender da gravidade do transtorno diagnosticado, podendo variar desde: 1) medidas comportamentais, 2) utilização da máscara nasal - CPAP (Continuous Positive Airway Pressure = Pressão Positiva e Contínua nas Vias Aéreas superiores), 3) utilização de Aparelhos Intrabucais (AIOs), 4) tratamento farmacológico, 5) cirurgias e 6) terapias combinadas, como descrito a seguir9,21,26,37,54.

1) Medidas comportamentais

1.1) Posição corporal

Alguns estudos45,52,72 constataram que alterações no posicionamento do corpo têm influência sobre a estrutura das vias aéreas superiores. De acordo com dados polissonográficos, pacientes que dormem em decúbito dorsal apresentam roncos mais intensos e piora no quadro de apnéia por hora de sono. Desta forma, é recomendado ao paciente dormir na posição de decúbito lateral. Pode-se ainda orientar o mesmo a manter a cabeceira da cama inclinada cerca de 30 graus4,13,26,37,45,60,67.

1.2) Relação entre obesidade e a SAHOS

A prevalência da obesidade vem se tornando o maior problema de saúde da sociedade moderna. Em obesos grau 3 (mórbidos), com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m2, a incidência de SAHOS chega a ser cerca de 12 a 30 vezes maior quando comparada a pacientes com peso normal. Essas condições aumentam o risco de desenvolver diabetes mellitus (que está relacionada com xerostomia e infecções), dislipidemia e hipertensão arterial sistêmica, favorecendo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A redução de peso é o tratamento ideal para esses pacientes, embora a taxa de sucesso a longo prazo seja considerada pequena quando avaliamos a cooperação dos mesmos. É lícito afirmar que a redução de peso, isoladamente, possui apenas efeito parcial, principalmente quando consideramos a gravidade da apnéia10,44,46,55,66,71.

1.3) Álcool, sedativos e tabagismo

As bebidas alcoólicas e drogas miorrelaxantes devem ser melhor avaliadas, pois reduzem o reflexo de despertar que ocorre durante os eventos obstrutivos, devido à depressão que provocam no sistema nervoso central. Essas substâncias, além de induzirem sono de má qualidade (não reparador), aumentam a freqüência e a duração das apnéias em pacientes sindrômicos (principalmente quando em decúbito dorsal), além de suscitar predisposição ao desenvolvimento de dependência química. Em adição, deve-se estimular também a descontinuação do uso de tabaco, devido à possibilidade de provocar edema e disfunção das vias aéreas superiores, o que aumenta a resistência ao fluxo aéreo4,19,36,37,63.

1.4) Higiene do sono

A higiene do sono consiste de algumas atitudes e medidas práticas saudáveis que visam a promoção de um sono contínuo e eficiente e que seja capaz de evitar a sonolência diurna no dia seguinte. A seguir descreveremos algumas orientações que devem ser passadas ao paciente de forma verbal e escrita para modificar hábitos inadequados com relação ao sono57:

a) regularidade na hora de deitar e de despertar;

b) adequação do tempo em que se permanece na cama em relação ao tempo necessário para manter o sono adequado para cada pessoa;

c) exercícios físicos devem ser evitados próximo ao horário de dormir, porém mantidos regularmente todos os dias;

d) alimentação leve com intervalo mínimo de 2 horas antes de se deitar;

e) evitar o uso de substâncias que contenham cafeína e/ou nicotina por no mínimo 4 horas antes de dormir;

f) limitar ao mínimo o consumo de bebidas alcoólicas;

g) adequar o ambiente para favorecer o sono repousante, eliminando atividades incompatíveis como TV, lanches e telefone.

2) Método físico-mecânico (CPAP)

Existem alguns tipos de aparelhos de compressão de ar, tais como o CPAP, que foi adaptado e introduzido por Sullivan65, para tratar a SAHOS. Caracteriza-se por um método físico-mecânico de injeção de ar comprimido, utilizando máscara nasal, que tem por princípio manter a pressão positiva e contínua nas vias aéreas, desobstruindo a passagem de ar durante o sono. Apesar de eficiente, o CPAP apresenta baixa adesão a longo prazo40,44,59,65.

3) Aparelhos intrabucais

Historicamente, os dispositivos intrabucais utilizados para tratar a SAHOS e SRVAS são derivados dos aparelhos funcionais. Podemos descrevê-los e classificá-los como: 1) Aparelhos Retentores de Língua (ARL) (Fig. 1): são dispositivos confeccionados com material flexível que tracionam a língua por sucção mantendo-a anteriorizada por meio de bulbo localizado na região dos incisivos superiores e inferiores. São indicados para pacientes edêntulos totais; 2) Aparelhos Elevadores de Palato (AEP) (Fig. 2): esses possuem hastes metálicas para posterior que sustentam botão de acrílico em sua extremidade para elevar o palato mole e impedir a queda da úvula em direção à orofaringe. Estão em desuso devido ao desconforto e ao reflexo de vômito que provocam e 3) Aparelhos de Avanço Mandibular (AAM): estes dispositivos são os mais utilizados e investigados na literatura médica e odontológica. São indicados para pacientes dentados com quantidade de elementos dentários suficientes para ancoragem e retenção do dispositivo. Podem ser classificados em: a) AAM imediato: Monobloco, NAPA; b) AAM ajustáveis: Herbst, Klearway, EMA; c) AAM dinâmico: Aparelho Anti-Ronco (AAR-ITO) e Dispositivo Aperfeiçoado do Aparelho Anti-Ronco (DAAR-ITO) 3,14,21,23,25,26,32,33,35,36,37,60.



Os aparelhos intrabucais são indicados para tratamento da SRVAS e da SAHOS leve, sendo considerados a primeira escolha para esses transtornos desde 1995 quando a American Sleep Disorders Association (agora, American Academy of Sleep Medicine) os reconheceu como alternativa eficaz à terapia com o CPAP.

É importante esclarecer que em casos de SAHOS grave, esses aparelhos podem ser utilizados, desde que outras modalidades terapêuticas tenham sido contra-indicadas ou recusadas. Nesses casos, devemos considerar que os dispositivos intrabucais representam parte do tratamento, que é multiprofissional e, portanto, necessitam de acompanhamento a longo prazo, além da cooperação do paciente no que se refere aos aspectos comportamentais, citados anteriormente36,37,60.

3.1) Princípio de ação dos aparelhos intrabucais

Uma vez elucidada a provável fisiopatologia da SAHOS, torna-se compreensível o princípio de ação dos aparelhos intrabucais, que promovem alterações nas estruturas anatômicas das vias aéreas superiores para manter a patência dessas vias durante a respiração noturna.

As principais estruturas ósseas do complexo craniofacial que influenciam na dimensão das vias aéreas superiores são: a mandíbula e o osso hióide. A anteriorização mandibular, realizada pelos dispositivos de avanço mandibular, aumenta a atividade dos músculos genioglosso e pterigóideos laterais transmitindo tensões à musculatura supra e infra-hióidea, que, por conseqüência, irá proporcionar um posicionamento ântero-superior do osso hióide em relação à coluna cervical e ampliará as dimensões do conduto faríngeo. Essa nova situação anatômica é capaz de reduzir a vibração dos tecidos moles da orofaringe, que resulta no ronco, e assim, permitir a ventilação adequada durante o sono4,8,25,31,36,37,45,70.

Diversos estudos publicados na literatura, por análise cafalométrica, têm demonstrado, bidimensionalmente, que as alterações morfológicas, produzidas pelos aparelhos de avanço mandibular nas vias aéreas superiores e no posicionamento do hióide de pacientes com SAHOS, são capazes de promover aumento da porção posterior do espaço aéreo da faringe 3,8,9,31,45,52,60.

Outros estudos, como os de Ryan61, Gale et al.24 e Kyung41 comprovaram, por meio de tomografia computadorizada na posição supina, em vigília, que o avanço mandibular, proporcionado pelos dispositivos intrabucais é capaz de ampliar tridimensionalmente o conduto faríngeo, mormente no plano lateral da região retropalatal e retroglossal, podendo este mecanismo ser o responsável pela redução significativa do IAH em pacientes sindrômicos.

3.2) A evolução dos Aparelhos Intrabucais de Avanço Mandibular (AAM)

A Odontologia vem progredindo no sentido de desenvolver um aparelho intrabucal ideal para tratar a SAHOS e a SRVAS. Assim, é notória a evolução que estas próteses para avanço mandibular sofreram nestas últimas décadas. Diversas modificações foram inseridas tanto no material utilizado para confecção, como no sistema de ancoragem e no mecanismo de ação desses aparelhos, com o intuito de aperfeiçoar o Monobloco para a utilização em pacientes adultos, tornando-os fisiológicos, mais confortáveis e, naturalmente, mantendo a efetividade37,38.

Em 2004, o autor e colaboradores36 publicaram revisão da literatura com os principais aparelhos de avanço mandibular quando enfocaram o mecanismo de ação e o sistema de retenção dos mesmos. Então, para situar o leitor quanto ao progresso desses dispositivos, faremos um resumo esquemático do que foi abordado:

Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO)

Diferentemente dos dispositivos apresentados na literatura, o Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO) possui mecanismo de ação dinâmico que atua considerando a fisiologia neuromuscular do sistema estomatognático e o sono do paciente. Assim, permite que a mandíbula realize todos os movimentos fisiológicos e suas combinações, quando em posição durante o sono. Esse mecanismo é dependente da ação dos elásticos intermaxilares, os quais operam em sinergismo e sincronia com os músculos da mastigação, principalmente com os músculos pterigóideos laterais de ambos os lados a partir da posição de isotonia muscular33,36,37.

O Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO) é composto por duas bases metálicas (Cromo-Cobalto ou Níquel-Cromo) para Prótese Parcial Removível (PPR) modificadas, com opção para fios ortodônticos de aço inoxidável de secção transversal de 0,9mm, e duas placas miorrelaxantes (superior e inferior) de acrílico quimicamente ativado sobre cada estrutura metálica (Fig. 3 e 4). Essas placas miorrelaxantes são articuladas por intermédio de elásticos intermaxilares, em vetor Classe II (3/16" ou 1/8"), que são adaptados bilateralmente em grampos específicos localizados na região dos caninos superiores e dos molares inferiores33.


É confeccionado com auxílio de articulador semi-ajustável, a partir da posição de Máxima Intercuspidação Central (MIC) (Fig. 5) obtida por meio de ajuste oclusal33,35,36,37.


De acordo com a seqüência terápica proposta por Fairbanks e Fujita21, foi elaborado o protocolo clínico-odontológico para tratamento da SAHOS e SRVAS utilizando o Aparelho Anti-Ronco® (AAR-ITO). Por meio desse protocolo é possível selecionar previamente o desenho mais adequado ao paciente considerando, dentre outros aspectos, a presença de todos os elementos dentários ou a perda parcial dos mesmos.

Conforme Ito et al.37, as contra-indicações do Aparelho Anti-Ronco® são: 1) pacientes com desordens de natureza clínico-odontológica; 2) disfunção do sistema estomatognático em condição aguda ou subaguda e 3) pacientes não cooperadores e/ou desmotivados.

A seguir, descreveremos, o mecanismo dinâmico de ação do AAR-ITO relacionando-o com a arquitetura do sono:

1) Anteriorização mandibular dinâmica

a) Paciente em vigília: nesta fase há somente a ação dos elásticos intermaxilares em virtude da presença de tônus muscular que é uma das características do estado de consciência (Fig. 6);


b) Fase Hipnagógica: transição do estado de vigília para o estágio 1 do sono NREM: no final dessa fase, a ação dos elásticos intermaxilares promove um incremento no avanço mandibular devido ao relaxamento neuromuscular que se inicia (Fig. 7);


c) O relaxamento neuromuscular é proporcional ao aprofundamento dos estágios do sono NREM, ou seja, nos estágios 3 e 4 dessa fase do sono, esse relaxamento é maior, o que implica numa máxima anteriorização mandibular, podendo estar associado à abertura da cavidade bucal (Fig. 8);


2) Posteriorização mandibular dinâmica

Por reação à posição de anteriorização mandibular durante o sono, a mandíbula retornará para posição posterior a fim de atingir o repouso neuromuscular - isotonia (adjunta à posição de Relação Cêntrica). Antes de a mandíbula atingir a posição de descanso neuromuscular, o paciente poderá deglutir saliva, mantendo a lubrificação e a proteção dos tecidos orofaríngeos durante o sono (Fig. 9);


3) Movimentos de lateralidade

Os movimentos de lateralidade direita e esquerda completam a dinâmica do AAR-ITO permitindo que a mandíbula realize os movimentos fisiológicos, dinâmicos e suas combinações durante o sono (Fig. 10, 11).



Ao final da fase hipnopômpica (passagem do sono para a vigília), a dinâmica mandibular diminui e em seguida o paciente acorda.

3.3) Discussão

Vários dispositivos propostos na literatura são confeccionados a partir da posição de máxima intercuspidação habitual (MIH) do paciente, utilizando o método de tentativas (simulação clínica), para definir a quantidade de avanço mandibular. O fato de se ignorar o posicionamento neuromuscular do paciente durante o sono, poderá produzir diversos efeitos colaterais como alterações oclusais, dor orofacial e secura bucal 14,34,36,37,53,60,62,66,70.

Resultados iniciais, com controle polissonográfico, conseguidos com o AAR-ITO, indicam que não é condição sine qua non estabelecer previamente uma posição anteriorizada e fixa da mandíbula para se obter sucesso na terapia com os dispositivos intrabucais. Em termos fisiológicos, consideramos mais relevante posicionar a mandíbula neuromuscularmente, em isotonia, e promover a protrusão mandibular de forma dinâmica, a partir da posição de máxima intercuspidação central (MIC). Dentro desse contexto, é fundamental que, além de conceitos ortodônticos, sejam agregados aos dispositivos, conceitos multidisciplinares (Fisiologia, Oclusão e Prótese) para evitar a perpetuação dos efeitos colaterais36,38.

É prudente esclarecer que não há consenso determinando quanto (em milímetros) devemos avançar a mandíbula do paciente em vigília, para impedir a obstrução da orofaringe e, concomitantemente, atuar em concordância com a fisiologia neuromuscular do paciente durante o sono, que, aliás, não está completamente esclarecida4,36,37.

Em adição, a complacência e a resiliência dos tecidos que compõem o sistema estomatognático, são fatores importantes para a manutenção da homeostasia desse sistema, principalmente na região das ATMs, que possuem mecanismo complexo e delicado de irrigação e inervação. É fundamental que os aparelhos intrabucais atuem de forma fisiológica, sem restringir os movimentos mandibulares, permitindo o descanso da musculatura, a deglutição de saliva e, conseqüentemente, a lubrificação e proteção dos dentes, tecidos orofaríngeos e trato gastrointestinal superior contra a microbiota patogênica e oscilações no pH esofágico durante o sono35,36,37,50,66.

De acordo com estudos realizados por Ito et al.36,37, as placas miorrelaxantes (superior e inferior) do AAR-ITO, devem ser confeccionadas limitadas ao espaço funcional livre (EFL) de 3mm (média) para evitar o desconforto neuromuscular. Acréscimo na dimensão vertical de oclusão (DVO) aumenta as exigências de adaptação com conseqüências imprevisíveis para o equilíbrio oclusal e para a estabilidade do complexo côndilo-disco devido à possibilidade de conduzirem os côndilos mandibulares a posições excêntricas patológicas. Vale lembrar que alterações oclusais, desconforto miofacial e secura bucal (associada com despertar noturno para ingestão de água) são os efeitos colaterais mais freqüentes citados na literatura14,34,53,60,62,66,70

Em pacientes dolicocéfalos (com guia condilar profunda e ângulo mandibular aberto) a invasão do EFL e o conseqüente aumento da DVO, rotaciona a mandíbula no sentido horário causando constrição no diâmetro da orofaringe, prejudicando o benefício terapêutico conseguido com a anteriorização mandibular8,36,37,49.

4) Tratamento farmacológico

Uma grande variedade de medicamentos está sendo testada para tratar a SAHOS, porém os resultados obtidos ainda não são conclusivos28,44.

5) Tratamento cirúrgico

Existem alternativas de tratamento baseadas na indicação de alguns procedimentos cirúrgicos. Os principais são:

5.1) Traqueostomia: foi o primeiro e mais eficaz método terapêutico utilizado para tratar a SAHOS grave (IAH>30), entretanto, está relacionado com complicações médicas (infecções, sangramento, irritação, dor) e problemas psicossociais. No momento a sua indicação fica restrita aos casos de intolerância ao CPAP e SAHOS grave associado à obesidade grau III com hipoxemia grave (SatO2 < 50%) e repercussões cardiovasculares. De qualquer forma, é o único método que melhora quase que plenamente a apnéia do paciente9,21,47.

5.2) Cirurgia nasal: diversas são as operações para a melhora da obstrução nasal. Metade dos pacientes que apresentam obstrução nasal não referem especificamente o sintoma, e sim, queixas indiretas, entre as quais pode-se incluir o ronco e a SAHOS. As afecções obstrutivas nasais mais freqüentes são rinite alérgica, desvio de septo, pólipos, hipertrofia de adenóide, alterações estruturais das conchas nasais e tumores. Sempre deve ser feita uma avaliação minuciosa da respiração nasal antes de se estabelecer qualquer tipo de tratamento para a SRVAS ou SAHOS, pois é uma causa comum21,47,58.

5.3) Uvulopalatoplastia (UPP) e Uvulopalatofaringoplastia (UPFP): ambas são abordagens cirúrgicas, alternativas à traqueostomia, freqüentemente utilizadas para tratar a SRVAS e a SAHOS leve e moderada. A melhor indicação está nos indivíduos com IMC menor que 28 kg/m2, boa respiração nasal, com tecido mucoso redundante e IAH entre 5 e 30 eventos/hora de sono. As técnicas visam diminuir o tecido mucoso abundante no palato fibroso, pilares amigdalianos, principalmente no posterior, e úvula. Podem ser utilizados diversos instrumentos cirúrgicos cortantes como: bisturi comum, radiofreqüência e laser, cada qual com suas vantagens e desvantagens. A escolha do tipo de anestesia, geral ou local, depende da técnica empregada e das condições clínicas e psíquicas do paciente. Os resultados da operação, respeitando as indicações corretas, são bons variando de 70% a 90% dos casos no primeiro ano de acompanhamento com alguma queda após. As complicações incluem voz anasalada, regurgitação nasal de líquidos, hemorragia, estenose nasofaríngea e secura da orofaringe, esta última notadamente quando não se reconstrói a úvula5,20,21,30,42,44,67.

5.4) Cirurgia ortognática: o objetivo desta cirurgia é avançar a mandíbula e/ou a maxila para se obter oclusão estável e perfil harmônico em pacientes retrognatas. Entretanto, tal avanço possibilita o aumento do espaço posterior das vias aéreas superiores devido ao deslocamento ventral da musculatura da faringe, do genioglosso e do osso hióide. Essa modalidade cirúrgica apresenta bons resultados para casos de SAHOS grave (IAH>30) em que o sítio obstrutivo se localiza na hipofaringe. O IMC elevado (maior que 38 kg/m2) não é considerado critério de exclusão para essa técnica. O avanço maxilo-mandibular também pode ser utilizado como opção de resgate para o avanço do genioglosso e para a uvulopalatofaringoplastia, nos casos de SAHOS leve e moderada. A complicação mais comum desta cirurgia é a parestesia transitória do nervo alveolar inferior44,47,67,68.

5.5) Osteotomia mandibular com avanço do genioglosso: o objetivo dessa cirurgia é ampliar o espaço aéreo retrolingual. É indicada para os casos de obstrução retrolingual, retrognatia mandibular (<5 mm) ou maxilomandibular, ambas com espaço aéreo posterior reduzido. Consiste na realização de janela óssea na região do mento, com subseqüente distensão da musculatura do assoalho da boca e do genioglosso em cerca de 10 a 14 mm. A fixação do fragmento ósseo é rígida e na sua posição original30.

5.6) Canalização da língua: Consiste na abertura em forma de U no dorso lingual e remoção de tecido, por intermédio de raios laser, com o objetivo de aumentar a passagem do ar nos pacientes que apresentam a língua excessivamente volumosa em sua porção póstero-superior. Tem o inconveniente de sangrar excessivamente e, as vezes, requerer traqueostomia de urgência. Da mesma forma que a técnica anterior, não se conhecem os resultados a longo prazo21,58.

6) Terapias combinadas

A associação entre CPAP e os aparelhos intrabucais tem sido relatada na literatura, assim como a utilização do CPAP antecedendo cirurgias em pacientes obesos. Os dispositivos intrabucais podem ser utilizados temporariamente para substituir o CPAP em situações onde não haja fornecimento de energia elétrica. A UPFP pode ser combinada com cirurgias nasais (exérese de pólipos, septoplastia) ou associada à amigdalectomia das palatinas, quando estas forem volumosas. As medidas comportamentais são utilizadas paralelamente com o CPAP e com os aparelhos intrabucais, devendo ser mantidas a longo prazo. As terapias acima citadas podem ser utilizadas conjuntamente ou seqüencialmente com o objetivo de melhorar a eficácia terapêutica12,14,19,51,60.

EFICÁCIA DO TRATAMENTO

Para verificar a efetividade do tratamento proposto, é necessário que os profissionais dedicados ao tratamento dos transtornos do sono sejam criteriosos ao avaliar os parâmetros clínicos e laboratoriais (Tab. 2), que são fundamentais para indicar se houve sucesso com a terapia proposta ou se haverá necessidade de se instituir outro tipo de tratamento13.

A terapia com os aparelhos intrabucais requer controle polissonográfico e reavaliações, de ordem médica e odontológica, periódicas.

O cirurgião-dentista deverá estar apto para solucionar prontamente as possíveis intercorrências clínicas (irritação da mucosa bucal e lingual, dificuldade de retenção do aparelho na cavidade bucal durante o sono, fratura de restaurações, e desconforto dental) e efeitos colaterais já citados36,37,70.

CONCLUSÕES

Em conformidade com a literatura revisada, podemos concluir que:

1) Devido à alta incidência e prevalência dos transtornos citados e de suas sérias conseqüências que atingem direta e indiretamente diversos setores sócio-econômicos, suscitando custos significativos tanto para o Estado como para as empresas, os transtornos do sono surgem, nestas últimas três décadas, como uma das perturbações mais comuns das nossas funções diuturnas. Além disso, identificam-se correlações suas com doenças sistêmicas insuspeitadas anteriormente. A obesidade, hipertensão arterial sistêmica e os transtornos do sono constituem uma tríade epidêmica do fim do milênio, que somadas às doenças infecciosas emergentes e reemergentes, formam um quarteto que engloba grande parte dos problemas de saúde pública.

2) A decisão, dentre as diversas estratégias de tratamento para a SRVAS e para a SAHOS apresentadas, irá depender do diagnóstico diferencial de um médico especialista em Medicina do Sono, associado ao laudo do exame de polissonografia para se estabelecer um plano de tratamento adequado ao paciente;

3) A integração entre a Medicina e a Odontologia é fundamental para o tratamento dos transtornos do sono em questão, propiciando estabelecer, mediante solicitação médica, um tratamento conservador, no qual a intervenção com os aparelhos intrabucais é considerada opção eficaz. Após a solicitação médica, cabe ao odontólogo, mediante protocolo clínico, executar o tratamento e acompanhar clínica e polissonograficamente a evolução dos casos até que o controle satisfatório seja estabelecido.

4) É importante que o odontólogo, enquanto membro de equipe multiprofissional que está voltada para o tratamento dos transtornos do sono (SAHOS, SRVAS, Bruxismo), adquira conhecimentos sobre diagnóstico diferencial, indicações terapêuticas - princípios de ação que devem nortear a indicação do aparelho intrabucal, estratégias de tratamento e a fisiopatologia desses transtornos. Portanto, é necessário que os profissionais da Odontologia se mantenham atualizados e possuam currículo em Medicina do Sono para que possam atuar de forma segura no tratamento desses transtornos, já que esses conhecimentos ainda não são do domínio de sua formação acadêmica.

5) A utilização dos dispositivos intrabucais no tratamento da SRVAS e da SAHOS tem merecido a atenção de diversas especialidades da área de saúde devido à sua aceitabilidade e efetividade para os casos de SRVAS e SAHOS leve. A dificuldade de receptividade para outras opções terapêuticas torna o uso dos aparelhos intrabucais uma alternativa de alta validade porque são conservadores, reversíveis e apresentam o melhor custo-benefício.

Enviado em: Maio de 2004

Revisado e aceito: Janeiro de 2005

O arquivo disponível sofreu correções conforme ERRATA publicada no Volume 10 Número 6 da revista.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      01 Nov 2006
    • Data do Fascículo
      Ago 2005

    Histórico

    • Aceito
      Jan 2005
    • Recebido
      Maio 2004
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