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Mulheres Exaustas: Sobre Incômodos e o Fazer Ciência na Contemporaneidade

RESUMO

A exaustão enfrentada por acadêmicas serviu como ponto de partida para esta edição especial - editada, escrita e revisada exclusivamente por mulheres cis e trans. Entendemos a exaustão como consequência das batalhas históricas e cotidianas pela igualdade de gênero, agravada pelo ônus do trabalho reprodutivo. Assim, mesmo exaustas, aceitamos este desafio pela convicção do papel político necessário para abrir frestas frente a uma lógica masculina de produção da ciência. Este editorial foi estruturado a partir do reconhecimento da importância de se produzir, identificar e conviver com incômodos necessários para desestruturarmos opressões. Foram eles: (i) o desafio de reunir editoras, autoras, pareceristas mulheres de diferentes regionalidades, trajetórias acadêmicas e representatividade; (ii) o tempo, que se revelou como um instrumento de dominação e de violência de gênero; (iii) a operacionalização da contradição em se produzir uma edição só de mulheres considerando a lógica masculina de se fazer ciência. Temos a convicção de que esta edição deva ser lida como um instrumento pedagógico de visibilização dos desafios vividos, e mais, trata-se de uma convocação para a responsabilidade coletiva na luta pela abertura de novas frestas na vida cotidiana e especificamente no campo acadêmico. Por fim, se é necessário combater injustiças, se torna iminente provocarmos incômodos cotidianos, e foi isso a que essa edição se propôs.

Palavras-chave:
igualdade de gênero; mulheres; trabalho reprodutivo; contemporaneidade

ABSTRACT

The exhaustion faced by academics served as the starting point for this special issue - edited, written, and reviewed exclusively by cis and trans women. We understand exhaustion as a consequence of historical and daily battles for gender equality, aggravated by the burden of reproductive work. Thus, even when exhausted, we accepted this challenge out of the conviction of the political role necessary to open spaces in the face of a masculine logic of science production. This editorial was structured based on recognizing the importance of producing, identifying, and living with the challenges necessary to disrupt oppression. These challenges come in the form of (1) bringing together female editors, authors, and reviewers from different regions, academic backgrounds, and diverse representations; (2) time, which revealed itself as an instrument of domination and gender violence; (3) the operationalization of the contradiction in producing an edition exclusively for women, considering the male logic of practicing science. This edition should be read as a pedagogical instrument to visualize the challenges experienced, and it is a call for collective responsibility in the fight to create space in everyday life, specifically in the academic field. Finally, if we are to combat injustices, we must provoke daily discomfort, and this edition set out to do just that.

Keywords:
gender equality; women; reproductive work; contemporaneity

Quando Evaristo (2007Evaristo, C. (2007). Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: M. A. Alexandre (Org.), Representações performáticas brasileiras: Teorias, práticas e suas interfaces (p. 16-21). Mazza Edições.) escreveu que “A nossa escrevivência não pode ser lida como a história de ninar os da casa-grande, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos” (Evaristo, 2007, p. 21), ela já nos alertava sobre a importância de se produzir, reconhecer e conviver com incômodos necessários para desestruturarmos opressões. Se é necessário combater injustiças, se torna iminente provocarmos incômodos cotidianos. Incômodos, talvez, seja a primeira palavra para conversarmos sobre a feitura desta edição.

A exaustão foi, ao mesmo tempo, o incômodo que nos uniu e que nos trouxe até aqui. ‘Mulheres Exaustas na Contemporaneidade’ é uma edição especial da Revista de Administração Contemporânea, da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração (ANPAD) editorada, escrita, revisada e com publicações realizadas por acadêmicas mulheres cis e trans exaustas. A exaustão foi escolhida como objeto, pois entendemos que ela é um dos efeitos seculares de lutas históricas e cotidianas que temos estabelecido pela igualdade de gênero na sociedade (Onuma et al., 2022Onuma, F. M. S., Oliveira, A. L. de, & Amâncio, J. M. (2022). Roots of the exhaustion of Brazilian working women: Dialectical historical materialism’s contributions. Journal of Contemporary Administration, e220138. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2023220138.en
https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2023...
). Se vivemos em um país em que mulheres dedicam quase o dobro de tempo aos afazeres domésticos e de cuidados quando comparadas aos homens (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE], 2022); se este mesmo país é um lugar em que uma mulher é assassinada a cada seis horas em razão de sua condição de mulher, academia brasileira a lógica não é diferente.

Causa-nos incômodo saber que em um país, segundo a Capes, 54,5% das matriculadas em programas de mestrado e doutorado são mulheres e que são os homens que constituem 65% das autorias da Revista de Administração Contemporânea, conforme dados informados pela editoria. Quando direcionamos nossa atenção para a análise da igualdade de gênero no contexto das carreiras, observamos uma disparidade ainda mais notável: embora 51% dos doutorados tenham sido obtidos por mulheres entre 1996 e 2014, o aumento no número de mulheres ocupando cargos docentes nesse mesmo período foi de apenas 1%, conforme o Laboratório de Estudos sobre Educação Superior (LEES) da Unicamp.

Ainda, precisamos observar que, de acordo com dados do CNPq, são os homens que mais têm solicitações de bolsas de produtividade atendidas, ocupando 64,4% dessas bolsas de produtividade do CNPq em detrimento de 35,6% de mulheres (Cunha et al., 2021Cunha, R., Dimenstein, M., & Dantas, C. (2021). Trabalho e cotidiano de mulheres bolsistas PQ/CNPq da psicologia. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 21(4), 1766-1774. https://dx.doi.org/10.5935/rpot/2021.4.22604
https://dx.doi.org/10.5935/rpot/2021.4.2...
). Especificamente na área de administração, em 2021, 71% das bolsas de produtividade em pesquisa eram ocupadas por homens e 29% destinadas a pesquisadoras mulheres (Cunha et al., 2021). Vinte e nove por cento: te provoca algum incômodo? É isso mesmo! Nós, mulheres, ocupamos menos de um terço das bolsas de produtividade em pesquisa em nossa área!

Para além destes dados, também é importante considerar o feminicídio intelectual e o epistemicídio científico que sofremos ao nos ignorarem, retirando a possibilidade de fazermos parte de referências bibliográficas em grades curriculares nos cursos de administração. Ou simplesmente sermos silenciadas nas citações e referências de pesquisas em nossa área. Afinal, ser citada é um dos principais indicadores de produtividade (criado por um homem!) para a distribuição de bolsas de pesquisa (gerenciadas por homens) que tem como critério de avaliação a publicação de artigos em revistas científicas (cujo corpo editorial, em sua grande maioria, é composto e gerenciado por homens) e que, ao mesmo tempo, são formas de parametrizar a qualidade de atuação profissional (de mulheres) na academia.

É necessário refletir sobre o quanto a produção científica no campo da administração tem padronizado vivências acadêmicas e organizado seus modos de produção na reprodução de um pacto de masculinidade (Oliveira & Camargo, 2021Oliveira, Y. M., & Camargo, K. A. (2021). Pedagogias da masculinidade: Gênero e violência na modernidade-colonial [Pedagogies of masculinity: Gender and violence in colonial modernity]. Brazilian Journal of Development, 7(12), 117171-117187. https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-463
https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-463...
). Esse funcionamento não apenas assegura a presença de homens cis, heterosssexuais brancos em cargos de poder decisório, mas também dita não só o que se deve publicar, como também a maneira, o momento, o local e quem tem acesso a recursos. Ele se baseia na subjugação de saberes e práticas acadêmicas como bases da manutenção do status quo. Ou seja, falamos aqui que nossa exaustão também é resultado de violências que a disseminação de pedagogias da masculinidade branca (Oliveira & Camargo, 2021) tem produzido em nós.

Nossa exaustão é porque se estamos falando sobre violência, isso significa que nós, mulheres, temos nossas identidades e dignidade aviltadas como existências humanas. E isso deve incomodar e ‘tirar o sono’ não somente de mulheres, mas de homens também. Não podemos naturalizar que os modos de produção capitalistas (inclusive da ciência) continuem impedindo que mulheres, travestis, transexuais, negras, negros, povos originários não tenham acesso a recursos para trabalhar, tampouco que sejam constantemente avaliados, criticados e punidos por critérios avaliativos que não foram criados por nós, tampouco para nos beneficiar. Assim, para além da linha de montagem que guia os tempos e movimentos do mercado editorial, atentemos às diversas relações do fazer científico, a exemplo das formas de citações, de referências e do índice H, por exemplo: para que(m) eles servem? Questionar e teorizar essas dinâmicas de opressão e de exploração na academia possibilita reconhecer e construir outros modos de organizar que contemplam campos epistemológicos, teóricos, metodológicos nos quais as opressões não sejam dimensões ontológicas de sua constituição.

Masculino e feminino é sobretudo um processo histórico. E nesse processo, cabe a cada uma e um de nós se enfileirar ao lado das relações de manutenção da lógica da opressão-exploração ou lutar contra isso, como estamos buscando fazer com esta edição. Permita-se uma autorreflexão sobre seu papel diante das pessoas que vivem ao seu redor, talvez os artigos aqui publicados possam te ajudar nesse caminho.

E diferente do modo como você pode estar lendo este editorial até agora, não se trata de um maniqueísmo homens contra mulheres, trata-se, sim, da expressão da opressão, que dinamizada pela exploração, tem colocado os homens em uma posição de dominância na produção social. Às mulheres, resta o papel de re(produzir) a vida: a casa, a comida, os filhos e as filhas, aquilo que é ‘menos importante’, pois o trabalho produtivo deve ficar com quem está destinado aos grandes feitos: os homens. Como Vogel (2022Vogel, L. (2022). Marxismo e a opressão às mulheres: Rumo a uma teoria unitária. Expressão Popular.) explica, “a classe dominante, a fim de estabilizar a reprodução da força de trabalho, assim como de manter a quantidade necessária de trabalho em patamares aceitáveis, incentiva a supremacia masculina dentro da classe explorada” (Vogel, 2022, p. 340). Ou seja, a relação é bem mais complexa e está engendrada nas entranhas do modo de produção capitalista.

Temos a convicção de que esta edição possa ser lida como um instrumento pedagógico de visibilização dos incômodos vividos, uma fresta aberta nesta lógica de fazer ciência. Como água minando pequenas fissuras das rochas, que após um tempo desestabilizam as estruturas, o espaço aberto por nós, mulheres e editoras, não se limita à mera compilação de artigos sobre a temática. Entendemos e utilizamos este espaço de visibilidade para estender a discussão para além das páginas desta edição. Tendo a chamada como fio condutor, abrimos espaços para lives, provocações em redes sociais, e organizamos um painel na ANPAD. Assim, aceitamos o desafio de construir esta edição especial, mesmo exauridas pela lógica de se fazer ciência e de estar no mundo, pois reconhecemos o papel político que tínhamos a desempenhar.

Retomando os incômodos (principalmente aqueles que tiram o sono dos justos), pensar uma forma de organização feita somente por mulheres foi desafiante. Reunir editoras, autoras, pareceristas mulheres de diferentes regionalidades, trajetórias acadêmicas e representatividades torna esta edição especial única. Não há registros de edição coordenada, avaliada e escrita exclusivamente por mulheres. Não há registros, ao longo dos 26 anos de revista, de que uma mulher tenha ocupado o cargo de editora-chefe (o que não é uma exclusividade desta revista, não é?). Ao criar uma régua para além do discurso do mérito - tão enraizado na prática masculina de se fazer ciência -, não só provocamos uma tensão entre os colegas, mas também fomos atravessadas por ela. De forma irônica, ou mesmo violenta, fomos questionadas sobre nossa situação de exaustão enquanto trabalhávamos na editoria: “Vocês já não estão exaustas o suficiente?” Essa pergunta veio, em sua maioria, de homens, e soava de forma perversa como se não devêssemos ‘nos prestar a esse papel’. Ao mesmo tempo que essa questão nos atravessa, temos consciência do uso da ironia como instrumento de opressão. E mais uma vez, tínhamos certeza da importância de sustentar esse lugar e evidenciar o peso do cotidiano das mulheres.

O tempo também foi desafio na feitura desta edição. Se o tempo é uma categoria essencial para pensarmos o trabalho na contemporaneidade, ele nos mostrou o quanto é um instrumento de dominação e de violência de gênero. Lembram-se dos dados do IBGE (2022) que apresentamos no início deste texto quando afirmamos que nós, mulheres, dedicamos mais que o dobro do tempo para afazeres domésticos e cuidados de pessoas? É por isso que, muitas vezes, também precisamos de mais tempo para ler, escrever, avaliar e publicar artigos. Para além dos dualismos feminino versus masculino, homem versus mulher, os incômodos ligados aos tempos padronizados para se organizar uma edição, avaliar trabalhos e produzir respostas científicas revelam a lógica única a que estamos submetidas, ou seja, uma prática masculina de funcionamento. No processo editorial isso se traduz em regras, métricas e números que se manifestam no controle do tempo que ignora todas as outras dimensões do cuidado e reprodução da vida. Estas dimensões até então ignoradas deixam de ser triviais e revelam a violência em que a imposição desta compreensão sobre o tempo afetam principalmente as mulheres.

Conforme nos ensina Piedade (2017Piedade, V. (2017). Dororidade. Editora Nós, 64 p.), o que nos une são as nossas dores, as nossas dororidades1 1 . Dororidade: Neologismo criado a partir da palavra dor, que significa ‘pain’. É um conceito feminista cunhado pela escritora Vilma Piedade (2017), dororidade trata das dores que unem as mulheres negras para além do machismo. . Os incômodos gerados tanto sobre a organização da edição quanto sobre o tempo nos trouxeram situações constrangedoras. A melhor tradução dessas ‘dororidades’ é a situação de sermos também mulheres que compartilham responsabilidades na reprodução da vida, mais de uma jornada de trabalho, exaustão física e psíquica, e que mesmo assim precisam cobrar de outra mulher prazos, entregas e um nível de dedicação necessário para romper as frestas. A operacionalização dessa contradição - de produzir uma edição só de mulheres dentro desta lógica única de funcionamento - nos convoca para a necessidade de evidenciar como o nosso trabalho nas editorias de revistas científicas é permeado de muitos desafios.

Dentre estes desafios, destacaram-se os seguintes: (a) a intensidade de trabalho e prazos que dificilmente estavam sincronizados com outras atividades tão prementes quanto o editorial; (b) o cuidado com as respostas às autoras; (c) a dificuldade de encontrar avaliadoras; (d) a contradição que existe entre produzir ciência e criticar a produtividade na academia.

Sobre o desafio da ‘intensidade de trabalho e os prazos’, a chamada ficou aberta por 15 meses, pois percebemos a necessidade de um tempo diferente das chamadas regulares da nossa área. Não só o tempo para a submissão de artigos foi ampliado, como também o de revisão e retorno das autoras. De forma geral, todo o processo editorial considerou o trabalho do cuidado, até então invisibilizado, na dedicação à produção acadêmica. Outro compromisso da editoria foi quanto ao ‘cuidado com as respostas dadas às autoras’, tendo artigos com rodadas de até cinco avaliações como forma de garantir o retorno adequado, reconhecendo o trabalho independentemente de sua aprovação.

O trabalho voluntário de revisão em congressos e periódicos a serviço do mercado editorial já vem sendo problematizado por toda a cadeia que sustenta a produção científica no país e no mundo. Sem querer entrar na questão, é preciso lembrar de toda a dinâmica financeira que envolve produzir, avaliar e publicar artigos. Apesar de a estrutura da RAC ser toda voluntária, gratuita, e de não existir a cobrança de acessibilidade aos artigos, ao limitarmos o processo de avaliação apenas para mulheres, trazemos à tona o contexto de sobrecarga que ultrapassa o universo acadêmico. Somando-se ao fato de essas mulheres precisarem racionalizar seus tempos já escassos e de que as avaliações não contam objetivamente para a carreira acadêmica, foi um ‘desafio encontrar avaliadoras disponíveis’.

A questão da disponibilidade está relacionada ao desafio de tornar o trabalho proposto por mulheres uma prioridade na agenda das próprias mulheres. Essa é uma prática pedagógica que o campo dos estudos feministas tem nos ensinado. Historicamente, o patriarcado institucionaliza a agenda das mulheres a partir de demandas operadas dentro da lógica masculina e do trabalho reprodutivo. Uma vez que a noção de servir foi a que nos foi imposta para a constituição de nossas existências, o rompimento da masculinidade como racionalidade orientadora de nossas ações se torna uma tarefa crucial para nós, mulheres. Isso implica nos reconhecermos como sujeitos de vontades e como existências em campo de possibilidades para além da condição de aceitação que nos foi imposta.

Por fim, escolher outras mulheres como prioridade na organização de nossa vida cotidiana, conforme nos ensina Lorde (2020Lorde, A. (2020). Irmã Outsider: Ensaios e conferências. Trad. Stephanie Borges. 1st ed. Autêntica.), foi um grande desafio na organização desta edição. E aqui, sim, nós aprendemos que é possível nos priorizarmos para que nossas (re)existências sejam, inclusive, a partir de escolhas de dizer não. E entender que esse desafio não remete a uma suposta lógica de dominação de mulheres, mas de rejeição de uma lógica de masculinidades, que em sua constituição hierarquizante, violenta e binária, produziu femininos e mulheres como lugares de vulnerabilidades, inseguranças, e que não podem existir para além do aceite do que lhe é imposto. Aqui, aprendemos que para além de exaustas, temos um outro projeto de sociedade e de campo científico em que a dominação não seja seu elemento fundante de constituição. Que a violência de gênero não é uma prática pedagógica e que é possível que mulheres possam existir a partir do campo de possibilidades de escolhas… e que nos escolhermos como prioridade é possível!

Como canta Elza Soares na música Mulher do fim do mundo: Mulher do fim do mundo, eu sou. Eu vou até o fim cantar! Que sejamos mulheres do fim do mundo, pois, como afirma Megg Rayara de Oliveira no texto publicado nesta edição: Exaustas, porém em pé! Em pé até o fim do mundo!

REFERÊNCIAS

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  • Evaristo, C. (2007). Da grafia-desenho de minha mãe, um dos lugares de nascimento de minha escrita. In: M. A. Alexandre (Org.), Representações performáticas brasileiras: Teorias, práticas e suas interfaces (p. 16-21). Mazza Edições.
  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2022). Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) 2022. Retrieved August 15th, 2023 from https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37621-em-2022-mulheres-dedicaram-9-6-horas-por-semana-a-mais-do-que-os-homens-aos-afazeres-domesticos-ou-ao-cuidado-de-pessoas
    » https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37621-em-2022-mulheres-dedicaram-9-6-horas-por-semana-a-mais-do-que-os-homens-aos-afazeres-domesticos-ou-ao-cuidado-de-pessoas
  • Lorde, A. (2020). Irmã Outsider: Ensaios e conferências. Trad. Stephanie Borges. 1st ed. Autêntica.
  • Oliveira, Y. M., & Camargo, K. A. (2021). Pedagogias da masculinidade: Gênero e violência na modernidade-colonial [Pedagogies of masculinity: Gender and violence in colonial modernity]. Brazilian Journal of Development, 7(12), 117171-117187. https://doi.org/10.34117/bjdv7n12-463
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  • Onuma, F. M. S., Oliveira, A. L. de, & Amâncio, J. M. (2022). Roots of the exhaustion of Brazilian working women: Dialectical historical materialism’s contributions. Journal of Contemporary Administration, e220138. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2023220138.en
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  • Vogel, L. (2022). Marxismo e a opressão às mulheres: Rumo a uma teoria unitária. Expressão Popular.
  • 1
    . Dororidade: Neologismo criado a partir da palavra dor, que significa ‘pain’. É um conceito feminista cunhado pela escritora Vilma Piedade (2017), dororidade trata das dores que unem as mulheres negras para além do machismo.
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Editado por

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Out 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Publicado
    21 Set 2023
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