Acessibilidade / Reportar erro

Plantas do Gênero Xylopia: Composição Química e Potencial Farmacológico

Plants of the Xylopia Genus: Chemical Composition and Pharmacological Potential

RESUMO

A família Annonaceae possui representantes de grande interesse medicinal e o gênero Xylopia é um dos que merecem destaque. Composta por aproximadamente 160 espécies distribuídas na América do Sul, América central, África e Ásia, as espécies desse gênero podem ser arbustivas ou arbóreas. No Brasil são encontradas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Centro Sul. Este gênero produz uma variedade de metabólitos incluindo alcalóides, amidas, lignóides, acetogeninas e terpenóides e têm sido investigados como fonte potencial de acetogeninas, compostos esses que apresentam uma ampla variedade de propriedades biológicas com destaque para: citotóxica, antitumoral, antiparasitária, antimicrobial, inseticida e antimalarial. Neste estudo, efetuou-se uma revisão das principais espécies de Xylopiaencontradas no Brasil, já estudadas e descritas na literatura, abordando os aspectos químico-farmacológicos, destacando os constituintes químicos isolados bem como a ação farmacológica evidenciada.

Palavras–chave
Xylopia; medicina popular; composição química; efeito farmacológico

ABSTRACT

The family Annonaceae has representatives of great medical interest, and the Xylopia species deserves attention. The Xylopia genus is composed by approximately 160 species, with geographic distribution in tropical and subtropical regions of America, Africa and Asia. This genus can present shrubs or trees. In Brazil, they can be found at the North, North-west, Central-West and Central-South Regions. The phytochemical investigations resulted mainly in the isolation of alkaloids, diterpenos, quinolines and acetogenins, with the latter presenting very interesting biological properties such as the cytotoxic, antiprotozoal and the insecticide activities.This study aimed to review the botanical, chemical and pharmacological aspects of the Xylopia genus found in Brazil, highlighting the chemical components, as the well-known pharmacological effect .

Keywords
Xylopia; folk medicine; chemical composition; pharmacological effects

INTRODUÇÃO

O Brasil por possuir uma rica biodiversidade, apresenta um vasto potencial para pesquisas com vegetais que mostram propriedades terapêuticas. Entre esses, se encontra o gênero Xylopia, pertencente à família Annonaceae, composta por aproximadamente 160 espécies distribuídas nas regiões da América do Sul, América Central, África e Ásia. Aproximadamente 25 espécies foram identificadas no Brasil e Amazônia (Moreira et al., 2005MOREIRA, I. C.; et al., Sesquiterpenes, diterpenes, steroids and alkaloid from branches of Xylopiabrasiliensis Spreng (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v. 33, n. 9, 948-51, 2005.). Das quais diversas são usadas na medicina popular brasileira Moreira (1999)MOREIRA I.C. Estudo químico de Xylopia emarginata e Xylopia brasiliensis. 1999. 203p. Tese de Doutorado (Área de Concentração em Química dos Produtos Naturais) - Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo. e (Macedo & Ferreira, 2004MACEDO, M.; FERREIRA, A.R. Plantas medicinais usadas para tratamentos dermatológicos, em comunidades da Bacia do Alto Paraguai, Mato Grosso. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14(Supl. 1), p.40-44, 2004.).

Este gênero produz uma variedade de metabólitos incluindo alcalóides, amidas, lignóides, acetogeninas e terpenóides (Martins et al., 1999MARTINS, D. et al. Labdane dimers from Xylopia aromatica. Phytochemistry, v.5, n.6, p. 813-17, 1999.; Lajide et al., 1995LAJIDE, L.; et al. Termite antifeedant activity in Xylopia Aethiopica. Phytochemistry, v.40, n.4, p.1105-12, 1995.; Wahl et al., 1995WAHL, A.; et al. Isolation and structure elucidation of Xylobuxin, a new neolignan from Xylopia buxifolia. Journal of Natural Products, v.58, n. 5, p.786-89, 1995.; Colman-Saizarbitoria et al., 1995COLMAN-SAIZARBITORIA, T. et al. Venezenin: A New Bioactive Annonaceous Acetogenin from the Bark ofXylopia aromática. Journal of Natural Products, v.58, n.4, p. 532-39, 1995.; Takahashi et al., 1995TAKAHASHI, J.A. et al. Frutoic acid, a dimeric kaurane diterpene from Xylopia frutencens. Phytochemistry, v. 40, n. 2, p. 607-09, 1995.), e têm sido investigados como fonte potencial de acetogeninas, compostos esses que apresentam uma ampla variedade de propriedades biológicas (Alali et al., 1999ALALI, F.Q. et al. Annonaceous acetogenins: recent progress. Journal of Natural Products, v. 62, n. 3, p. 504-40, 1999.; Fang et al., 1993FANG, X.P. et al. Annonaceous Acetogenins: an Updated Review. Phytochemical Analysis, v.4, n.1, p. 27-48, 1993.).

Recentemente, Moreira et al.(2013)MOREIRA, I.C. et al. Genus Xylopia (Annonaceae): Chemical and Biological Aspects. Chemistry and Biodiversity, v.10, n.11, p.1921-43, 2013. efetuaram importante contribuição no estudo deste gênero destacando os principais grupos de metabólitos especiais encontradas em várias espécies de Xylopia. No intuito de estender tal contribuição, neste artigo descrevemos as principais espécies de Xylopia já estudadas no Brasil e descritas na literatura, abordando os aspectos químico-farmacológicos, destacando os constituintes químicos isolados bem como a ação farmacológica evidenciada.

Aspectos químicos e farmacológicos

Xylopia aromática (Lam.) Mart

Esta planta é conhecida como pimenta de macaco, pindaíba, embira e banana de macaco. No Brasil é encontrada nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Centro Sul (Silva,1979SILVA, J.B. Fruto de Xylopia aromática (Lamarck) Martius (Annonaceae), nova especiaria da flora brasileira. 1979. 90 p. Tese (Livre Docência em Biologia) - Instituto de Biologia,USP, São Paulo, Brasil.). Tem sido investigada quimicamente em especial por apresentar alcalóides, amidas, lignóides, acetogeninas e terpenóides (Lajide et al., 1995LAJIDE, L.; et al. Termite antifeedant activity in Xylopia Aethiopica. Phytochemistry, v.40, n.4, p.1105-12, 1995.; Wahl et al., 1995WAHL, A.; et al. Isolation and structure elucidation of Xylobuxin, a new neolignan from Xylopia buxifolia. Journal of Natural Products, v.58, n. 5, p.786-89, 1995.; Colman-Saizarbitoria et al., 1995COLMAN-SAIZARBITORIA, T. et al. Venezenin: A New Bioactive Annonaceous Acetogenin from the Bark ofXylopia aromática. Journal of Natural Products, v.58, n.4, p. 532-39, 1995.; Takahashi et al., 1995TAKAHASHI, J.A. et al. Frutoic acid, a dimeric kaurane diterpene from Xylopia frutencens. Phytochemistry, v. 40, n. 2, p. 607-09, 1995.; Moraes & Roque, 1988MORAES, M. P. L.; ROQUE, N. F. Diterpenes from fruits of Xylopia aromatica, Phytochemistry, v. 27, p. 3205-08, 1988.). Nas folhas da planta detectou-se a presença de óleos essenciais, que consistem de 12 componentes principais: α-pineno (1), sabineno, β-pineno (2), mirceno , limoneno (3), (Z)-ocimeno, (E)-ocimeno, germacreno D, biciclogermacreno (4), germacreno B, espatulenol, globulol (Figura 1). Sendo que o α - e β-pineno (26,1 e 19,0%), limoneno (22,3%) e o biciclogermacreno (20,4%) foram encontrados em maiores quantidades (Lago et al., 2003LAGO, J.H.G. et al. Analysis, comparison and variation on the chemical composition from the leaf volatile oil of Xylopia aromatica (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v. 31, p. 669-72, 2003.).

FIGURA 1
Principais componentes encontrados em X.aromática.

Do extrato etanólico da casca foram isoladas as acetogeninas de Annonaceae, como o xylopiena (5), xylomatenina (6), aromina (7), aromicina (8), venezenina (9), xylopianina (10). Além dos compostos xylopiacina, xylomaticina, gigantetrocina A, gigantetronenina A, annomontacina A e annonacina A (Colman-Saizarbitoria et al.,1994COLMAN-SAIZARBITORIA, T.; ZAMBRANO, J.; FERRIGNI, N.R.; GU, Z.M.; SMITH, D.L.; McLAUGHLIN, J.L. Bioactive Annonaceous Acetogenins from the bark of Xylopia aromatica. Journal of Natural Products, v. 57, n. 4, p. 486-93, 1994.; Alfonso et al., 1996ALFONSO, D. et al. Aromin and Aromicin, two new bioactive Annonaceous Acetogenins, possessing an unusual bis-THF ring structure, from Xylopia aromatica (Annonaceae). Tetrahedron, v.52, n. 12, p. 4215-24, 1996.).

Do extrato hexânico dos frutos foram isolados três diterpenos com esqueleto labdânico: ácido ent-labda-8 (17), 13(16), 14-trien-18-óico (11), ácido ent-labda-15,16-epóxido-8(17), 13(16), 14-trien-18-óico (12), ácidos 13(R e S) ent-labda-13,16-diol-8(17), 14 - dien-18-óico (13); nove diterpenos com esqueleto atisânico: ent-atisano-16α-ol (14), ent-atisano-16α,18-diol (15), ácido-ent-atisano-16α-ol-18-óico (16), ent-18-nor-atisano-4β,16α-diol (17), ent-18-nor-atisano-4β-hidróxiperóxido-16α-ol (18), ent-18-nor-atisano-16-α-ol (19), ent-19-nor-atisano –16α-ol (20), Ent-19-nor-atisano-4(18)-en-16α-ol (21), Ent-atisano-3β-16α-diol (22); um diterpeno com esqueleto traquilobânico: Ent-traquilobano-3β-ol (23); dois diterpenos com esqueleto caurânico: ent-caurano-16α-ol (24), ent-caura-16-en-3α-ol (25); um sesquiterpeno: espatulenol e um esteróide: estigmasterol (Moraes & Roque, 1988MORAES, M. P. L.; ROQUE, N. F. Diterpenes from fruits of Xylopia aromatica, Phytochemistry, v. 27, p. 3205-08, 1988.).



Do extrato diclorometânico da casca do caule foram isolados os dímeros labdanos: Ent-metilisosate dimero (26), Ent-13-nor-13’-oxometilisozato dimero (27), juntamente com o ácido ent-labda-8(17), 13(16), 14-trien-18-óico (11) (Martins et al., 1999MARTINS, D. et al. Labdane dimers from Xylopia aromatica. Phytochemistry, v.5, n.6, p. 813-17, 1999.).

Xylopia aromática é utilizada no tratamento de febres, gripes e enfermidades parasitárias. (Hernández et al., 2005HERNÁNDEZ, C.J. et al. Evaluación de la actividad leishmanicida de los extractos etanólicos de Rolliniarufinervis sobre Leishmania chagasi. Vitae, v.12, n.2, p.37-43. 2005.). Em estudos recentes, avaliou-se a atividade tripanocida da fração metanólica do extrato etanólico das sementes, a qual apresentou atividade citotóxica e foi detectada a presença de acetogeninas. A fração foi ensaiada frente à formas epimastigotas de T. cruzi utilizando benzimidazol como padrão de referência. A fração metanólica apresentou atividade antiparasitária, sendo mais efetiva que o composto controle em concentrações superiores a 211,6 µg/mL, na qual se observou uma mortandade de 70% (Vergara et al., 2006VERGARA, J.L.T. et al. Actividad tripanomicida en el Tripanosoma cruzi del extracto etanólico de las semillas de la Xylopia aromática. Revista Cubana de Farmácia, v. 40, n.3, 2006.).

Os extratos hexânico da semente (EHSXA), metanólico da semente (EMSXA), hexânico da casca do fruto (EHCFXA) e metanólico da casca do fruto (EMCFXA), foram submetidos à avaliação de atividade antiparasitária. Os resultados mostraram como único ativo o EHCFXA com uma CI50= 87,07mg/mL para inibição das cepas Y de T. cruzi. Porém mostrou-se mais efetivo contra formas promastigotas de Leishmania chagasi com uma CI50=12,31mg/mL (Duarte et al., 2007DUARTE, A.R. et al. Investigação da Atividade Leishmanicida e Tripanocida de Xylopia Aromática (Lam.Mart).In.: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 30ª. , 2007. Águas de Lindóia. Livro de Resumo: SBQ, 2007.p.T1472.). Um estudo recente foi conduzido com frutos afim de avaliar o potencial do extrato etanólico no tratamento de alterações metabólicas.Os resultados indicam que o tratamento com x. aromatica melhorou a tolerância oral à glicose e a sensibilidade à insulina, assim como a inflamação sistêmica e no fígado dos animais alimentados com dieta rica em carboidratos (De Oliveira, 2012DE OLIVEIRA, V.B. Potencial dos Frutos de Xylopiaaromatica (Lam.) Mart. (annonaceae) no tratamento de alterações alterações metabólicas, induzidas por dieta em camindongos BALC/c. 2012. 135p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) - Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.).

Xylopia Langsdorffiana A. St. Hil. & Tul

A espécie xylopia langsdorffiana tem aproximadamente 5,7 m de altura, e é conhecida popularmente no nordeste do Brasil como pimenteira-da-terra (Correa, 1984CORREA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Rio de Janeiro: IBDF, 1984. 315p.). A investigação fitoquímica do caule e casca do caule permitiu o isolamento de diterpenos do tipo labdano e traquilobano, o ácido labda 8(17), 12E, 14-trien-18-óico (29) e 7β- acetoxitraquilobano – 18-óico ( 30).


Os diterpenos isolados dessa planta são capazes de induzir diferenciação celular, sendo os diterpenos do tipo labdano os mais efetivos (Pita, 2010PITA, J.C.L.R. Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicidade deo Trachylobano 360 de xylopia langsdorffiana St.Hill & Tull (Annonaceae). 2010.103p. Dissertação de Mestrado (Produtos Naturais Sintéticos e Bioativos) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.).Outros autores (Martins et al., 1999MARTINS, D. et al. Labdane dimers from Xylopia aromatica. Phytochemistry, v.5, n.6, p. 813-17, 1999.; Santos & Salatino, 2000SANTOS, D.Y.A.C.; SALATINO, M.L.F. Foliar flavonoids of annonaceae from Brazil: taxonomic significance. Phytochemistry, v.55, n. 6, p. 567–73, 2000.; Hasan et al., 1982HASAN, C.M.; et al.Kaurene and kaurene diterpenes from the stem bark of Xylopia acutiflora. Phytochemistry, v.21, n. 8,p. 2134-35, 1982.; Vilegas et al.,1991VILEGAS, W. et al. Diterpenic adducts from Xylopiaspecies. Phytochemistry, v.30, n.6, p.1869–72, 1991.) detectaram, ainda, a presença de sesquiterpenos, alcalóides, flavonóides e diterpenos. O diterpeno ácido 8 (17), 12E, 14-labdatrien-18-óico (29) foi isolado do extrato etanólico do caule da xylopia langsdorffiana (Oliveira et al., 2006OLIVEIRA, A.P. et al. Calcium channel blockade as a target for the cardiovascular effects induced by the 8(17), 12E, 14-labdatrien-18-oic acid (labdane-302). Vascular Pharmacology, v.44, n.5, p.338 - 44, 2006.). Esse tipo diterpeno labdano tem mostrando claramente seu potencial como “lead compound” no desenvolvimento de novos fármacos (Singh et al., 1999SINGH, M. et al. Biological activity of the labdane diterpenes. Planta Médica, v.65, n.1, p. 2–8, 1999.). Além disso, relata-se também que uma classe de diterpenos (tipo Caurano) mostrou-se efetivo como hipotensivo e vasodilatador coronário (Somova et al., 2001SOMOVA, L.I. et al. Cardiovascular and diuretic activity of kaurene derivates of Xylopia aethiopica and Alepideaamatymbica. Journal of Ethnopharmacology, v. 77, n. 2-3, p.165–74, 2001.). Recentes pesquisas demonstraram significante atividade moluscicida de três diterpenos frente ao caramujo biomphalaria glabrata (hospedeiro intermediário do verme schistossoma mansoni) causador da esquistossomose. Sendo eles o ácido 4-epi-transcomunico (31), ácido ent-7α-acetoxitrachyloban-18-óico (32) e do ent-atisano-7α,16 α -diol (33), isolados de xylopia langsdorffiana (Queiroga et al., 2006QUEIROGA, K. F. et al. Atividade Moluscicida de diterpenos isolados de Xylopia langsdorffiana A. St., Hil & Tul (Annonaceae). In: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 29a., 2006, Água de Lindóia, Livro de Resumos,Águas de Lindóia:SBQ, 2006.p.T1503-1.).


Do caule dessa espécie já foram isolados dois diterpenos do tipo labdano, cinco alcalóides derivados do núcleo isoquinolínico, e dois diterpenos traquilobano. Sendo eles o ácido ent-7α acetoxitraquiloban-18-oico (32) e o ácido ent 7α - hidroxitraquiloban-18-oico (34). A estrutura (32) foi confirmada por cristalografia de raio-x (Tavares et al., 2006TAVARES, J. F. et al. Dois novos diterpenos trachylobano de Xylopia langsdorffiana A. St., Hil & Tul (Annonaceae). In: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 29ª., 2006, Águas de Lindóia. Livro de Resumos. Águas de Lindóia:SBQ,2006.p.T0415-1). Recentemente foram detectados nas folhas dois diterpenos, o ent-atisano-7α,16α-diol (33), nomeado xylodiol e o ácido 8(17), 12E, 14-labdatrien-18-óico (29) (Tavares et al., 2007TAVARES, J.F. et al. Xylodiol, a new atisane diterpenoid from Xylopia langsdorffiana St-Hil & Tul (Annonaceae). Zeitschrift für Naturforschung B, A Journal of Chemical Sciences, v. 62, n. 5, p. 742-44, 2007.). Além disso, em trabalho recente o Xylodiol mostrou-se efetivo como agente citotóxico induzindo apoptose e necrose em células leucêmicas humanas do tipo HL60 (Castello-Branco et al.,2011CASTELLO-BRANCO, M.V.S. et al. Xylodiol from Xylopia langsdorfiana induces apoptosis in HL60 cells. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.21, n.6, p.1032-42, 2011.)


Recentemente o efeito gastroprotetivo do extrato etanólico e da fase hexânica obtidos da folha de x. langsdorffiana foi investigado. Os resultados sugerem baixa toxicidade no teste de toxicidade aguda e apresentam efeito protetivo nos processos de ulceração da mucosa gástrica em modelos animais (Montenegro et al.,2014MONTENEGRO, C.A.; et al., Gastroprotective Effect of Xylopia langsdorffiana A.St.-Hill.&Tul.(Annonaceae):Involvement of Endogenous Sulfhydryls Compounds and Nitric Oxide. Records of Natural Products, v.8, n.2, p.165-83, 2014.).Complementarmente, o óleo essencial também mostrou-se promissor no tratamento de doenças do aparelho gastrointestinal, agindo pela modulação da concentração do cálcio citosólico ( Correia et al., 2014CORREIA, A.C.C. et al. .Essential oil from the leaves of Xylopia langsdorfiana (Annonaceae) as a possible spasmolytic agent. Natural Product Research, v.29, n.2, p.1-5, 2014.)

Xylopia Emarginata Mart.

A espécie xylopia emarginata Mart. É vulgarmente conhecida como pindaíba-reta, pindaíba d’água, pindaíba-do-brejo, embira-preta, pindaíba, pindaúba e pindaibuna, de acordo com a região onde a espécie é encontrada, principalmente nos estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Amazonas (Vilegas et al., 1991VILEGAS, W. et al. Diterpenic adducts from Xylopiaspecies. Phytochemistry, v.30, n.6, p.1869–72, 1991.).

Em estudos realizados com o extrato bruto diclorometânico (CH2Cl2) obteve-se uma mistura de dois diterpenos: ermaginatina A (35) e ermaginetina B (36) (Moreira et al., 2006MOREIRA, I.C.; et al., Diterpene adducts from branches of Xylopia emarginata.Biochemical Systematics and Ecology, v.34, v.11, p. 833-37, 2006.). Das folhas e frutos foram isolados: um alcalóide anonaine (37) (Moreira et al., 2003aMOREIRA, I. C.; et al., Alkaloid, flavonoids and terpenoids from leaves and fruits of Xylopia emarginata (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v.31, v. 5, p.535-37, 2003a.). O extrato hexânico dos frutos particionado entre hexano e uma mistura metanol:água (MeOH/H2O), forneceu 1ß,6α-diidroxi-4(15)-eudesmeno (38) e 4-hidroxi-1,15-peróxieudesmano (39) (Moreira et al., 2007MOREIRA, I.C.; et al. Sesquiterpenos e hidrocarbonetos dos frutos de Xylopia emarginata. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n.1, p. 55-58, 2007.).


Xylopia Vielana

É uma árvore que cresce no Vietnã, e suas folhas são usadas na medicina popular no tratamento do reumatismo, dor e malária. (Kamperdick et al., 2003KAMPERDICK, C. et al. Guaiane dimers from Xylopia vielana Phytochemistry, v.64, n.4, 811-16, 2003.). Do extrato metanol:água (MeOH–H2O) das folhas da xylopia vielana foram isolados três dímeros guaianos, sendo eles vielanina A (40), B (41) e C(42) (Kamperdick et al.,2001KAMPERDICK, C. et al. Guaiane dimers from Xylopia vielana. Phytochemistry, v.56, n.4, p.335-40, 2001.).


Já no extrato acetato de etila (AcOEt) detectou-se vielaninas D (43) e E (44). As estruturas foram elucidadas por RMN. Vielanina D e E consistem em sistemas tipo ponte e são produtos de uma reação do tipo Diels-Alder. Em função da estrutura hemiacetal em ambos os compostos no carbono C-80, ocorrem como misturas epiméricas (Kamperdick et al., 2003KAMPERDICK, C. et al. Guaiane dimers from Xylopia vielana Phytochemistry, v.64, n.4, 811-16, 2003.).


Xylopia Aethiopica A. Rich

É uma árvore encontrada na África do Sul, Central e Ocidental. É conhecida como pimenta de guinea Africana (Igwe et al., 2003IGWE, S.A. et al. Ocular dynamics of systemic aqueous extracts of Xylopia aethiopica (African guinea pepper) seeds on visually active volunteers. Journal of Ethnopharmacology, v.86, n.2, p.139-42, 2003.). Usada popularmente contra dor de estômago, tratamento de bronquites, dor biliar e disenteria (Iwu,1993IWU.M.M. Handbook of African medicinal plants. Roca Raton: CRC Press, 1993. 496p.). Possui atividade, antimicrobiana e antifúngica (Tatsadjieu et al., 2003TATSADJIEU, L.N. et al. Antibacterial and antifungal activity of Xylopia aethiopica, Monodora myristica, Zanthoxylum xanthoxyloides and Zanthoxylum leprieurii from Cameroon. Fitoterapia, v.74, n.5, p.469-72, 2003.). As frutas e as sementes contêm óleo essencial, óleo volátil, resina, aroceno, uma gordura do tipo ruterosídeo que conferem às sementes algum valor nutritivo (Oliver, 1960OLIVER, B.; Medicinal Plants in Nigeria 1.ed. Ibadan Nigeria: College of Arts, Science and Technology, 1960. 23p.). Nas sementes encontram-se alcalóides, glicosídeos, saponinas, taninos e esteróides (Burhill, 1985BURHILL, H.W. Useful Plants of Tropical West Africa. A Revision of Dalziel, vol. II Families A–D, 2.ed. London: Royal Botanical Garden, Kew,1985.960p.). Relatou-se pela primeira vez através do bioensaio dirigido, o efeito cardiovascular e diurético dos diterpenóides: ácido xylópico, ácido dihidro-caurenóico e alguns de seus derivados isolados da planta (Somova et al., 2001SOMOVA, L.I. et al. Cardiovascular and diuretic activity of kaurene derivates of Xylopia aethiopica and Alepideaamatymbica. Journal of Ethnopharmacology, v. 77, n. 2-3, p.165–74, 2001.). Os óleos essenciais apresentaram atividades antioxidantes (Karioti et al., 2004KARIOTI, A. et al. Composition and antioxidant activity of the essential oils of Xylopia aethiopica (Dun) A. Rich. (Annonaceae) leaves, stem bark, root bark, and fresh and dried fruits, growing in Ghana. Journal of Agricultural and Food Chemistry. v.52, n. 26, p. 8094-98, 2004.). Sendo o composto β-pineno (2) o composto majoritário, em torno de 24% da composição total da fração oleosa das folhas frescas. Recentemente o óleo essencial foi investigado quanto ao seu poder antiproliferativo frente a células de câncer de mama (MCF7) mostrando potencial antineoplásico (Bakarnga-Via et al.,2014BAKARNGA-VIA, I. et al. Composition and cytotoxic activity of essential oils from Xylopia aethiopica (Dunal) A.Rich, Xylopia parviflora (A.Rich) Benth.)and Monodora myristica (Gaertn) growing in Chad and Cameroon. BMC Complementary and Alternative Medicine, v.14, n.125,p.1-8, 2014.). Estudos recentes mostraram a efetividade do óleo das sementes de xylopia aethiopica como antimicrobiano frente a cepas de Salmonella typhi, Enterobacter sp e Pseudomonas aeruginosa. Tais resultados sugerem o uso do óleo em formulações de cremes para o tratamento superficial de infecções, bem como em produtos encapsulados para o tratamento de infecções do trato gastrointestinal (David et al., 2014DAVID, O.M. et al. Antimicrobial activities of essential oil from Hura crepitans (L.), Monodora myristica (Gaertn Dunal) and Xylopia aethiopica (Dunal A.Rich) seeds. British Journal of Applied Science & Technology, v.4, n.23, p.3332-41, 2014.). Na casca da x. aethiopica encontrou-se sete diterpenos: ácido kolavenico (45), ácido 2-oxo-kolavenico (46), acido ent-caur-16-en-19-oico (47), ácido traquiloban-19-óico (48),7β-hidroxitraquiloban-19-óico (49), traquiloban-19-oato de metila (50) e traquiloban-19-oato de benzila (51) pertencente a três diferentes classes estruturais (Diderot et al., 2005DIDEROT, N.T. et al. Prolyl Endopeptidase and Thrombin Inhibitory Diterpenoids from the Bark of Xylopia aethiopica. Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry, v.69, n.9, p.1763-66, 2005.).

Por outro lado, diterpenos do tipo ent-kauranos (47-51) foram recentemente investigados quanto ao seu poder citotóxico. Os resultados mostram que esta classe de substâncias apresenta efeito citotóxico em linhagem de células de linhagem MRC-5 de fibroplasto humano e inibem o crescimento de formas sanguíneas de células de Trypanosoma brucei brucei (cepa 241) (Soh et al., 2013SOH, D. et al. Xylopioxide and other bioactive kaurane-diterpenes from Xylopia aethiopica Dual (Annonaceae). Journal of Applied Pharmaceutical Science, v.3. n.12, p.013-019, 2013.)


Xylopia Cayennensis Maas

Xylopia cayennensis syn ou Xylopia Longifolia é conhecida no Brasil como “embira”. Das folhas isolaram-se seis diterpenos tipo caurânicos: ácido ent-caur-16-en-19-óico (47), ácido ent-caur-16-en-7β-acetoxi-19-óico (52), ent-cauran-16α-ol (24), ent-caur-16-en-19-ol (53), ent-caur-16-en-18-ol (54) e ácido ent-caur-16-en-15-one-19-óico (55)(Andradeetal.,2005). Os principais óleos essenciais encontrados nas folhas são: α-pineno (1) (29.2%), β-pineno (2) (16.5%), óxido cariofileno (14.5%), biciclogermacreno (4) (12.5%)(Adams, 2001ADAMS, R.P. Identification of Essential oil Components by Gas Chromatography/Quadrupole Mass Spectroscopy. 4.ed. Carol Stream: Allured Publ. Corp, 2001. 455p.; Maia et al., 2001MAIA, J.G.S. et al. Plantas Aromáticas da Amazônia e Seus Óleos Essenciais. v.1. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2001. 200p.).


Xylopia Parviflora Spruce

É uma árvore de grande porte distribuída no leste da África. Suas cascas são usadas na medicina popular como analgésico e apresenta ação antisplasmódica (Nishiyama et al., 2004NISHIYAMA,Y. et al. Quaternary isoquinoline alkaloids from Xylopia parviflora. Phytochemistry, v.65, I. 7, p.939-44, 2004.). Do extrato metanólico (MeOH) originado das raízes e cascas foram isolados alcalóides do tipo isoquinolínicos. Sendo eles: picnarrina (56)3,4-dihidro-6,7-dimetoxi-2-metil-isoquinolina (57) lotusina (58).


Da fração alcaloídica secundária e terciária das raízes e cascas foram isolados os alcalóides isoquinolina 10,11-dihidroxi-1,2-dimetoxinoraporfiina (59) e parvinina (60) (Nishiyama et al., 2006NISHIYAMA, Y. et al. Secondary and tertiary isoquinoline alkaloids from Xylopia parviflora. Phytochemistry, v. 67, n, 24, p. 2671 – 75, 2006.).

Xylopia Sericea St. Hill

Xylopia sericea St. Hill é uma espécie arbórea, que cresce naturalmente no Nordeste brasileiro, onde é conhecida popularmente como “embiriba”. A infusão de seus frutos é usada popularmente no tratamento de perturbações gástricas, sendo suas sementes carminativas e usadas como condimento, substituindo a pimenta do reino (Corrêa, 1987CORRÊA, M. P.; Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. 1987. 747p.). Das sementes foram isolados dez diterpenóides: o ácido ent-caur-16-en-19-oico (47), ácido ent-15α-acetoxicaur-16-en-19-óico (61), ent-cauran-16β-ol (62), ácido ent-16β-hidroxicauran-19-óico (63), um beierano: metil ent-beier-15-en-19-oato (64), um atisano: metill ent-15-atisano-19-oato (65) e quatro diterpenóides traquilobanos: ácido ent-15α-hidroxitraquiloban-19-óico (66), seu metil éster acetilatedo (67), ácido ent-traquiloban-19-óico (68), seu metil ester (69) e metil ent-traquiloban-18-oato (70), um o monoterpeno: 3β,6β-di-hidroxi- p-ment-1- eno (71) (Takahashi et al., 2001TAKAHASHI, J. A. et al. Mono and diterpenes from seeds of Xylopia sericea Quimica Nova, v.24, n. 5, 616 – 18, 2001.).



A atividade acaricida dos óleos essenciais das folhas e frutos foi avaliada frente ao Tetranychus urticae popularmente conhecido por ácaro rajado. O óleo das folhas foi mais ativo do que o das frutas que mostram um valor LC50 de 4.08 μL/L do ar por um período de 72 h (Rocha et al.,1981ROCHA, A. I. et al. A presença de alcalóides em espécies botânicas da Amazônia. III. Annonaceae. Acta Amazonica, v. 11, n. 3, p. 537-46, 1981.).Em um trabalho recente das partes aéreas de xylopia sericea conduzido no interior do Espírito Santo - Município de São Mateus, revelou a influência da sazonalidade, disponibilidade de nutrientes e água no solo, nas atividades antimicrobiana, antifúngica, citotóxica e alelopática do extrato etanólico das partes aéreas de xylopia sericea. Considerando as estações de seca e chuva, observou-se que a disponibilidade nutricional do solo, pH e teor de matéria orgânica influenciam diretamente a disponibilidade de metabólitos e conseqüentemente sua ação farmacológica Martins (2012)MARTINS, F.M.M. Estudo da Influência de Fatores Ambientais na Composição Química e Atividades Biológicas de Xylopia sericea St.Hill . 2012. 88p. Dissertação (Mestrado - Área de Concentração em Biodiversidade Tropical) - Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus..

Xylopia Frutescens Aubl

No Brasil é conhecida como embira vermelha, sendo suas sementes usadas na medicina popular como um estimulante da bexiga e no tratamento do reumatismo (Correa, 1926CORREA, M. P.; Dicionário das Plantas úteis do Brasil, Rio de Janeiro: Imprensa nacional, 1926. 321p.). Os componentes principais encontrados no óleo da casca do caule são: α-cubebeno (25.2%) e δ-cadinol (27.4%) (Fournier et al ., 1994FOURNIER, G. et al. Essential oils of annonaceae . volatile constituents of Xylopia-frutescens, X-pynaertii and X-sericea- chemical and biological study. Phytotherapy Research, v.8, n. 3, p.166 -69, 1994.). Da fruta verde, caule, casca e folhas de Xylopia frutescens foram isolados: Sitosterol, seis diterpenos caracterizados como ácido ent-15α-acetoxi-kaur-16-en-19-óico (ácido xylopico) (61), ácido de ent-kaur-16-en-19-óico (ácido kaurenoico) (47), ent-16β-hidroxi-kaurano (72), ent-kaur-16-en-19-ol (53), ácido ent-16β-hidroxi-kauran-19-óico (103), ent-16β, ácido 17-dihidroxi-kauran-19-óico (63), ácido Acutiflorico (74) e o ácido frutóico (75).(Takahashi et al., 1995TAKAHASHI, J.A. et al. Frutoic acid, a dimeric kaurane diterpene from Xylopia frutencens. Phytochemistry, v. 40, n. 2, p. 607-09, 1995.).


As sementes são ricas em ácido caurenóico, um diterpeno caurânico, que se mostrou ativo in vitro frente formas tripomastigotas de T. cruzi. Uma ação lítica sobre os eritrócitos foi uma das limitações encontradas quando da avaliação antiparasitária. A síntese de doze derivados deste ácido teve com o objetivo de se tentar diminuir ou eliminar esse efeito secundário e, se possível, aumentar a atividade em relação ao material de partida (Vieira et al ., 2002VIEIRA, H. S. et al. Novel derivatives of kaurenoic acid: preparation and evaluation of their trypanocidal activity. Journal of Brazilian Chemistry Society, v. 13, n. 2, p. 151-57, 2002.). Em recente estudo (Ferraz et al., 2013FERRAZ, R.P.C. et al. Antitumour properties of leaf essential oil of Xylopia frutescens Aubl (Annonaceae). Food Chemistry, v.141, p.196-200, 2013.) investigaram o efeito antitumoral das folhas de x.frutescens . O estudo antitumoral in vivo mostrou um potencial inibitório no crescimento tumoral variando entre 31-37,5%. Pode-se concluir que os sesquiterpenos presentes no óleo têm promissora atividade anticâncer.

Xylopia Brasiliensis Spreng

A xylopia brasiliensis é uma árvore com grande distribuição em todo Brasil, conhecida como “pindaíba” foi usada na medicina popular, como um agente sedativo e analgésico (Moreira et al., 2003bMOREIRA, I.C. et al. Antifungal aromadendrane sesquiterpenoids from the leaves of Xylopia brasiliensis. Journal of the Brazilian Chemical Society, v.14, v. 5, p. 828 -31, 2003b.). As investigações dos constituintes químicos da planta descrevem a ocorrência de diterpenóides e alcalóides aporfirínicos nos frutos e cascas do caule respectivamente (Vilegas et al., 1991VILEGAS, W. et al. Diterpenic adducts from Xylopiaspecies. Phytochemistry, v.30, n.6, p.1869–72, 1991.; Casagrande & Merotti, 1970CASAGRANDE, C.; MEROTTI, G. Studies in aporphine alkaloids. 3. Isolation and synthesis of alkaloids of Xylopia brasiliensis St. Hil. IL Farmaco, Edizione Scientifica, v.25, v. 11, p.799-808, 1970.). Do extrato diclometânico (CH2Cl2) das folhas foram isolados cinco sesquiterpenos do tipo aromadendrano, sendo eles: aromadendrano-4α,10β-diol (76), aromadendrano-4β,10α-diol (77) e alloaromadendrano-4b,10a-diol (78), incluindo um novo derivado, com características aromadendrano-4β,10α,15-triol (79) e sitosterol-3-β-D-galactosídeo (80). Os sesquiterpenos aromadendranos diidroxilados apresentaram atividade antifúngica frente à Cladosporium cladosporioides (Moreira et al., 2003bMOREIRA, I.C. et al. Antifungal aromadendrane sesquiterpenoids from the leaves of Xylopia brasiliensis. Journal of the Brazilian Chemical Society, v.14, v. 5, p. 828 -31, 2003b.).


Xylopia Laevigata

A espécie xylopia laevigata é popularmente conhecida como “meiú” e “pindaíba”. É usada no nordeste brasileiro na medicinal tradicional no tratamento de dores e inflamação. O estudo do extrato hexânico de cascas de x.laevigata levou ao isolamento de diterpenos do tipo ent-cauranos (23-25), já descritos neste gênero. Podemos destacar neste estudo a avaliação do potencial larvicida frente larvas de Aedes aegypt com CL50 de 62,7 µ/mL (Silva et al,.2012SILVA, D.M. et al. ent-KAURANE DITERPENOIDS AND OTHER CONSTITUENTS FROM THE STEM OF Xylopia Laevigata(Annonaceae). Quimica Nova, v.35, n.8, p.1507-76, 2012.). O óleo essencial de x.laevigata mostrou potencial anti-inflamatório e antinociceptivo em modelos animais (Queiroz et al., 2014QUEIROZ, J.C.C. et al. Evaluation of the Anti-Inflammatory and Antinociceptive Effects of the Essential Oil from Laves of Xylopia laevigata in Experimental Models. The Scientific World Journal, v. 2014, ID 816450, 2014.). Além de mostrar-se efetivo frente às formas epimastigotas de T.cruzi, apresentando também atividade antifúngica e antibacteriana (Costa et al., 2013aCOSTA, E.V.; et al. (a) Biological activities of the essential oil from the leaves of Xylopia laevigata (Annonaceae). The Journal of Essential Oil Research, v. 25, n.3, p.179-85, 2013.).O óleo essencial de X.laevigata é rico em γ-muuroleno, d-cadineno. (Quintans et al., 2013QUINTANS, J.S.S. et al. Chemical Constituents and Anticancer Effects of the Essential oil from Leaves of Xylopia laevigata. Planta Med., v.79, v.02, p.123-30, 2013.).

Um estudo recente relata a presença pela primeira vez em x.laevigata de nove compostos do tipo isoquinolínicos. Tal estudo confirma a classe de isoquinolinas como marcadores quimiotaxonômicos da família ANNONACEAE. Destaca-se ainda que os alcalóides norisoboldina (81) e coreximina (82 ) são descritos pela primeira vez no gênero Xylopia (Costa et al.; 2013bCOSTA, E.V. et al. (b) Isoquinoline alkaloids from the leaves of Xylopia laevigata. Biochemical Systematics and Ecology, v. 51, p. 331-34, 2013.).


XYLOPIA NITIDA

Xilopia nitida, conhecida popularmente como embira-branca, vastamente distribuída na região da serra do Araripe. O estudo dos constituintes voláteis de x. nitida foi realizado a partir dos óleos essenciais obtidos das raízes (OEXNR), folhas (OEXNF), casca do caule (OEXNCC) e caule (OEXNC).Da casca do caule (OEXNCC) foram quantificados 19 constituintes, no total de 99,5% da composição química do óleo. Por fim, do caule (OEXNC) foram quantificados 22 componentes, correspondendo a 96,6% da composição do óleo. O diterpeno traquilobano (85) foi identificado em todas as partes da planta. O fracionamento cromatográfico do extrato hexânico das raízes de Xylopia nitida possibilitou o isolamento de três diterpenos de esqueleto traquilobânico. Os compostos foram (-)-traquilobano (85), ácido (-)-traquiloban-19-óico (86) e seu epímero em C-4, ácido (-)-traquiloban-18-óico (87) (Vieira,2010VIEIRA, M.G.S. Estudo Químico de Xylopia nitida DUNAL ( Annonaceae). 2010. 170p. Dissertação (Mestrado - Área de Concentração em Química Orgânica) – Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.).


CONCLUSÕES

O gênero Xylopia é reconhecido por apresentar uma diversidade de propriedades medicinais.Vários produtos naturais pertencentes a diversas classes químicas têm sido isolados de plantas do gênero, incluindo acetogeninas, alcalóides, flavonóides, sesquiterpenos e diterpenos tipo labdano e caurano. Os alcalóides são os mais frequentes compostos isolados de espécies de Xylopia, principalmente do tipo isoquinolinícos. Por outro lado, os diterpenos são substâncias comuns às espécies de Xylopia e acredita-se que essa classe de compostos seja uma das características deste gênero, tornando-os importantes como marcadores quimiotaxonômicos. Enfim os estudos realizados neste gênero demonstram a riquíssima importância dessas espécies, tanto no seu potencial para o desenvolvimento de bioinseticidas, como pelo seu potencial farmacológico.

REFERÊNCIAS

  • ADAMS, R.P. Identification of Essential oil Components by Gas Chromatography/Quadrupole Mass Spectroscopy. 4.ed. Carol Stream: Allured Publ. Corp, 2001. 455p.
  • ALALI, F.Q. et al. Annonaceous acetogenins: recent progress. Journal of Natural Products, v. 62, n. 3, p. 504-40, 1999.
  • ALFONSO, D. et al. Aromin and Aromicin, two new bioactive Annonaceous Acetogenins, possessing an unusual bis-THF ring structure, from Xylopia aromatica (Annonaceae). Tetrahedron, v.52, n. 12, p. 4215-24, 1996.
  • BAKARNGA-VIA, I. et al. Composition and cytotoxic activity of essential oils from Xylopia aethiopica (Dunal) A.Rich, Xylopia parviflora (A.Rich) Benth.)and Monodora myristica (Gaertn) growing in Chad and Cameroon. BMC Complementary and Alternative Medicine, v.14, n.125,p.1-8, 2014.
  • BURHILL, H.W. Useful Plants of Tropical West Africa. A Revision of Dalziel, vol. II Families A–D, 2.ed. London: Royal Botanical Garden, Kew,1985.960p.
  • CASAGRANDE, C.; MEROTTI, G. Studies in aporphine alkaloids. 3. Isolation and synthesis of alkaloids of Xylopia brasiliensis St. Hil. IL Farmaco, Edizione Scientifica, v.25, v. 11, p.799-808, 1970.
  • CASTELLO-BRANCO, M.V.S. et al. Xylodiol from Xylopia langsdorfiana induces apoptosis in HL60 cells. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.21, n.6, p.1032-42, 2011.
  • COLMAN-SAIZARBITORIA, T. et al. Venezenin: A New Bioactive Annonaceous Acetogenin from the Bark ofXylopia aromática Journal of Natural Products, v.58, n.4, p. 532-39, 1995.
  • COLMAN-SAIZARBITORIA, T.; ZAMBRANO, J.; FERRIGNI, N.R.; GU, Z.M.; SMITH, D.L.; McLAUGHLIN, J.L. Bioactive Annonaceous Acetogenins from the bark of Xylopia aromatica Journal of Natural Products, v. 57, n. 4, p. 486-93, 1994.
  • CORREA, M. P.; Dicionário das Plantas úteis do Brasil, Rio de Janeiro: Imprensa nacional, 1926. 321p.
  • CORREA, M. P. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Rio de Janeiro: IBDF, 1984. 315p.
  • CORRÊA, M. P.; Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas Cultivadas. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. 1987. 747p.
  • CORREIA, A.C.C. et al. .Essential oil from the leaves of Xylopia langsdorfiana (Annonaceae) as a possible spasmolytic agent. Natural Product Research, v.29, n.2, p.1-5, 2014.
  • COSTA, E.V.; et al. (a) Biological activities of the essential oil from the leaves of Xylopia laevigata (Annonaceae). The Journal of Essential Oil Research, v. 25, n.3, p.179-85, 2013.
  • COSTA, E.V. et al. (b) Isoquinoline alkaloids from the leaves of Xylopia laevigata Biochemical Systematics and Ecology, v. 51, p. 331-34, 2013.
  • DAVID, O.M. et al. Antimicrobial activities of essential oil from Hura crepitans (L.), Monodora myristica (Gaertn Dunal) and Xylopia aethiopica (Dunal A.Rich) seeds. British Journal of Applied Science & Technology, v.4, n.23, p.3332-41, 2014.
  • DE OLIVEIRA, V.B. Potencial dos Frutos de Xylopiaaromatica (Lam.) Mart. (annonaceae) no tratamento de alterações alterações metabólicas, induzidas por dieta em camindongos BALC/c. 2012. 135p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) - Departamento de Farmácia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
  • DO, T.L. Glossary of Vietnamese Medicinal Plants. 1.ed. Hanoi Vietnam : Science and Technics Publication, 1991. 583p.
  • DIDEROT, N.T. et al. Prolyl Endopeptidase and Thrombin Inhibitory Diterpenoids from the Bark of Xylopia aethiopica. Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry, v.69, n.9, p.1763-66, 2005.
  • DUARTE, A.R. et al. Investigação da Atividade Leishmanicida e Tripanocida de Xylopia Aromática (Lam.Mart).In.: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 30ª. , 2007. Águas de Lindóia. Livro de Resumo: SBQ, 2007.p.T1472.
  • FANG, X.P. et al. Annonaceous Acetogenins: an Updated Review. Phytochemical Analysis, v.4, n.1, p. 27-48, 1993.
  • FERRAZ, R.P.C. et al. Antitumour properties of leaf essential oil of Xylopia frutescens Aubl (Annonaceae). Food Chemistry, v.141, p.196-200, 2013.
  • FOURNIER, G. et al. Essential oils of annonaceae . volatile constituents of Xylopia-frutescens, X-pynaertii and X-sericea- chemical and biological study. Phytotherapy Research, v.8, n. 3, p.166 -69, 1994.
  • HASAN, C.M.; et al.Kaurene and kaurene diterpenes from the stem bark of Xylopia acutiflora Phytochemistry, v.21, n. 8,p. 2134-35, 1982.
  • HERNÁNDEZ, C.J. et al. Evaluación de la actividad leishmanicida de los extractos etanólicos de Rolliniarufinervis sobre Leishmania chagasi. Vitae, v.12, n.2, p.37-43. 2005.
  • IGWE, S.A. et al. Ocular dynamics of systemic aqueous extracts of Xylopia aethiopica (African guinea pepper) seeds on visually active volunteers. Journal of Ethnopharmacology, v.86, n.2, p.139-42, 2003.
  • IWU.M.M. Handbook of African medicinal plants. Roca Raton: CRC Press, 1993. 496p.
  • KAMPERDICK, C. et al. Guaiane dimers from Xylopia vielana. Phytochemistry, v.56, n.4, p.335-40, 2001.
  • KAMPERDICK, C. et al. Guaiane dimers from Xylopia vielana Phytochemistry, v.64, n.4, 811-16, 2003.
  • KARIOTI, A. et al. Composition and antioxidant activity of the essential oils of Xylopia aethiopica (Dun) A. Rich. (Annonaceae) leaves, stem bark, root bark, and fresh and dried fruits, growing in Ghana. Journal of Agricultural and Food Chemistry. v.52, n. 26, p. 8094-98, 2004.
  • LAGO, J.H.G. et al. Analysis, comparison and variation on the chemical composition from the leaf volatile oil of Xylopia aromatica (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v. 31, p. 669-72, 2003.
  • LAJIDE, L.; et al. Termite antifeedant activity in Xylopia Aethiopica. Phytochemistry, v.40, n.4, p.1105-12, 1995.
  • MACEDO, M.; FERREIRA, A.R. Plantas medicinais usadas para tratamentos dermatológicos, em comunidades da Bacia do Alto Paraguai, Mato Grosso. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14(Supl. 1), p.40-44, 2004.
  • MAIA, J.G.S. et al. Plantas Aromáticas da Amazônia e Seus Óleos Essenciais. v.1. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2001. 200p.
  • MARTINS, F.M.M. Estudo da Influência de Fatores Ambientais na Composição Química e Atividades Biológicas de Xylopia sericea St.Hill . 2012. 88p. Dissertação (Mestrado - Área de Concentração em Biodiversidade Tropical) - Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus.
  • MARTINS, D. et al. Labdane dimers from Xylopia aromatica. Phytochemistry, v.5, n.6, p. 813-17, 1999.
  • MONTENEGRO, C.A.; et al., Gastroprotective Effect of Xylopia langsdorffiana A.St.-Hill.&Tul.(Annonaceae):Involvement of Endogenous Sulfhydryls Compounds and Nitric Oxide. Records of Natural Products, v.8, n.2, p.165-83, 2014.
  • MORAES, M. P. L.; ROQUE, N. F. Diterpenes from fruits of Xylopia aromatica, Phytochemistry, v. 27, p. 3205-08, 1988.
  • MOREIRA I.C. Estudo químico de Xylopia emarginata e Xylopia brasiliensis. 1999. 203p. Tese de Doutorado (Área de Concentração em Química dos Produtos Naturais) - Instituto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • MOREIRA, I. C.; et al., Alkaloid, flavonoids and terpenoids from leaves and fruits of Xylopia emarginata (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v.31, v. 5, p.535-37, 2003a.
  • MOREIRA, I.C. et al. Antifungal aromadendrane sesquiterpenoids from the leaves of Xylopia brasiliensis. Journal of the Brazilian Chemical Society, v.14, v. 5, p. 828 -31, 2003b.
  • MOREIRA, I. C.; et al., Sesquiterpenes, diterpenes, steroids and alkaloid from branches of Xylopiabrasiliensis Spreng (Annonaceae). Biochemical Systematics and Ecology, v. 33, n. 9, 948-51, 2005.
  • MOREIRA, I.C.; et al., Diterpene adducts from branches of Xylopia emarginata.Biochemical Systematics and Ecology, v.34, v.11, p. 833-37, 2006.
  • MOREIRA, I.C.; et al. Sesquiterpenos e hidrocarbonetos dos frutos de Xylopia emarginata Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 17, n.1, p. 55-58, 2007.
  • MOREIRA, I.C. et al. Genus Xylopia (Annonaceae): Chemical and Biological Aspects. Chemistry and Biodiversity, v.10, n.11, p.1921-43, 2013.
  • NISHIYAMA,Y. et al. Quaternary isoquinoline alkaloids from Xylopia parviflora. Phytochemistry, v.65, I. 7, p.939-44, 2004.
  • NISHIYAMA, Y. et al. Secondary and tertiary isoquinoline alkaloids from Xylopia parviflora. Phytochemistry, v. 67, n, 24, p. 2671 – 75, 2006.
  • OLIVEIRA, A.P. et al. Calcium channel blockade as a target for the cardiovascular effects induced by the 8(17), 12E, 14-labdatrien-18-oic acid (labdane-302). Vascular Pharmacology, v.44, n.5, p.338 - 44, 2006.
  • OLIVER, B.; Medicinal Plants in Nigeria 1.ed. Ibadan Nigeria: College of Arts, Science and Technology, 1960. 23p.
  • PITA, J.C.L.R. Avaliação da Atividade Antitumoral e Toxicidade deo Trachylobano 360 de xylopia langsdorffiana St.Hill & Tull (Annonaceae). 2010.103p. Dissertação de Mestrado (Produtos Naturais Sintéticos e Bioativos) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.
  • QUEIROGA, K. F. et al. Atividade Moluscicida de diterpenos isolados de Xylopia langsdorffiana A. St., Hil & Tul (Annonaceae). In: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 29a., 2006, Água de Lindóia, Livro de Resumos,Águas de Lindóia:SBQ, 2006.p.T1503-1.
  • QUEIROZ, J.C.C. et al. Evaluation of the Anti-Inflammatory and Antinociceptive Effects of the Essential Oil from Laves of Xylopia laevigata in Experimental Models. The Scientific World Journal, v. 2014, ID 816450, 2014.
  • QUINTANS, J.S.S. et al. Chemical Constituents and Anticancer Effects of the Essential oil from Leaves of Xylopia laevigata Planta Med., v.79, v.02, p.123-30, 2013.
  • ROCHA, A. I. et al. A presença de alcalóides em espécies botânicas da Amazônia. III. Annonaceae. Acta Amazonica, v. 11, n. 3, p. 537-46, 1981.
  • SANTOS, D.Y.A.C.; SALATINO, M.L.F. Foliar flavonoids of annonaceae from Brazil: taxonomic significance. Phytochemistry, v.55, n. 6, p. 567–73, 2000.
  • SILVA, J.B. Fruto de Xylopia aromática (Lamarck) Martius (Annonaceae), nova especiaria da flora brasileira. 1979. 90 p. Tese (Livre Docência em Biologia) - Instituto de Biologia,USP, São Paulo, Brasil.
  • SILVA, D.M. et al. ent-KAURANE DITERPENOIDS AND OTHER CONSTITUENTS FROM THE STEM OF Xylopia Laevigata(Annonaceae). Quimica Nova, v.35, n.8, p.1507-76, 2012.
  • SINGH, M. et al. Biological activity of the labdane diterpenes. Planta Médica, v.65, n.1, p. 2–8, 1999.
  • SOH, D. et al. Xylopioxide and other bioactive kaurane-diterpenes from Xylopia aethiopica Dual (Annonaceae). Journal of Applied Pharmaceutical Science, v.3. n.12, p.013-019, 2013.
  • SOMOVA, L.I. et al. Cardiovascular and diuretic activity of kaurene derivates of Xylopia aethiopica and Alepideaamatymbica Journal of Ethnopharmacology, v. 77, n. 2-3, p.165–74, 2001.
  • TAKAHASHI, J.A. et al. Frutoic acid, a dimeric kaurane diterpene from Xylopia frutencens. Phytochemistry, v. 40, n. 2, p. 607-09, 1995.
  • TAKAHASHI, J. A. et al. Mono and diterpenes from seeds of Xylopia sericea Quimica Nova, v.24, n. 5, 616 – 18, 2001.
  • TATSADJIEU, L.N. et al. Antibacterial and antifungal activity of Xylopia aethiopica, Monodora myristica, Zanthoxylum xanthoxyloides and Zanthoxylum leprieurii from Cameroon. Fitoterapia, v.74, n.5, p.469-72, 2003.
  • TAVARES, J. F. et al. Dois novos diterpenos trachylobano de Xylopia langsdorffiana A. St., Hil & Tul (Annonaceae). In: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química, 29ª., 2006, Águas de Lindóia. Livro de Resumos. Águas de Lindóia:SBQ,2006.p.T0415-1
  • TAVARES, J.F. et al. Xylodiol, a new atisane diterpenoid from Xylopia langsdorffiana St-Hil & Tul (Annonaceae). Zeitschrift für Naturforschung B, A Journal of Chemical Sciences, v. 62, n. 5, p. 742-44, 2007.
  • VERGARA, J.L.T. et al. Actividad tripanomicida en el Tripanosoma cruzi del extracto etanólico de las semillas de la Xylopia aromática Revista Cubana de Farmácia, v. 40, n.3, 2006.
  • VIEIRA, M.G.S. Estudo Químico de Xylopia nitida DUNAL ( Annonaceae). 2010. 170p. Dissertação (Mestrado - Área de Concentração em Química Orgânica) – Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
  • VIEIRA, H. S. et al. Novel derivatives of kaurenoic acid: preparation and evaluation of their trypanocidal activity. Journal of Brazilian Chemistry Society, v. 13, n. 2, p. 151-57, 2002.
  • VILEGAS, W. et al. Diterpenic adducts from Xylopiaspecies. Phytochemistry, v.30, n.6, p.1869–72, 1991.
  • WAHL, A.; et al. Isolation and structure elucidation of Xylobuxin, a new neolignan from Xylopia buxifolia. Journal of Natural Products, v.58, n. 5, p.786-89, 1995.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    2015

Histórico

  • Recebido
    15 Jul 2014
  • Aceito
    17 Nov 2014
Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais, Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Farmácia, Bloco T22, Avenida Colombo, 5790, 87020-900 - Maringá - PR, Tel: +55-44-3011-4627 - Botucatu - SP - Brazil
E-mail: revista@sbpmed.org.br