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A elaboraçao de um ambiente virtual de aprendizagem em síndromes genéticas

Resumos

OBJETIVO: desenvolver um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) para alunos do ensino fundamental sobre síndromes genéticas. MÉTODO:o AVA, conhecido como Cybertutor, possibilita o aprendizado do aluno pela internet de forma interativa. A metodologia deste estudo foi composta de duas etapas, a de desenvolvimento e a de disponibilização do AVA. O desenvolvimento do conteúdo educacional, gráfico e audiovisual do Cybertutor contou com o auxílio de um geneticista do HRAC/USP e de informações científicas disponibilizadas em livros, artigos, teses e dissertações nacionais e internacionais. O Cybertutor foi disponibilizado na plataforma do Projeto Jovem Doutor (http://www.jovemdoutor.org.br/jdr/) pela equipe técnica da DTM/FMUSP. RESULTADOS: o Cybertutor elaborado possibilitou estruturar o conteúdo educacional, gráfico e audiovisual em tópicos, inserir questões de reforço, lista de discussão e verificar o desempenho dos alunos. CONCLUSÃO: o AVA desenvolvido pode ser uma importante ferramenta de educação em saúde em Síndromes Genéticas, abrangendo as mais diversas regiões do país.

Genética; Educação em Saúde; Educação a Distância


PURPOSE: to develop a virtual learning environment (VLE) for elementary school students about genetic syndromes. METHOD: VLE, known as Cybertutor enables student learning through the Internet interactively. The methodology of this study consisted of two stages, the development and availability of the VLE. The development of educational content, graphic and audiovisual Cybertutor's counted on the help of a geneticist at the HRAC/USP and scientific information available in books, articles, thesis and national and international dissertations. The Cybertutor was available on the platform of the Young Doctor Project (http://www.jovemdoutor.org.br/jdr/) by the technical staff of DTM/FMUSP. RESULTS: elaborated Cybertutor enabled the structure of educational content, graphics and audiovisual topics, to insert reinforcing issues, mailing list and check the performance of students. CONCLUSION: the VLE developed can be an important tool for health education in Genetic Syndromes, covering various regions of the country.

Genetics; Health Education; Education; Distance


A elaboraçao de um ambiente virtual de aprendizagem em síndromes genéticas

Mirela Machado PicoliniI; Wanderléia Quinhoeiro BlascaII; Antonio Richieri-CostaIII; Luciana Paula MaximinoIV

IFonoaudióloga; Mestre em Fonoaudiologia pela Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo – FOB-USP, Bauru, SP, Brasil

IIFonoaudióloga; Docente do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo – FOB-USP, Bauru, SP, Brasil; Doutora em Distúrbios da Comunicação pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo

IIIMédico Geneticista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC/USP, Bauru, SP, Brasil; Livre-docente em Genética pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

IVFonoaudióloga; Docente do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo – FOB-USP, Bauru, SP, Brasil; Doutora em Ciências Biológicas na Área de Genética Médica e Humana pelo Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Mirela Machado Picolini Rua São Benedito, 32 – Vila Industrial Araçatuba – SP – Brasil CEP: 16072-080 E-mail: mirelapicolini@yahoo.com.br

RESUMO

OBJETIVO: desenvolver um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) para alunos do ensino fundamental sobre síndromes genéticas.

MÉTODO:o AVA, conhecido como Cybertutor, possibilita o aprendizado do aluno pela internet de forma interativa. A metodologia deste estudo foi composta de duas etapas, a de desenvolvimento e a de disponibilização do AVA. O desenvolvimento do conteúdo educacional, gráfico e audiovisual do Cybertutor contou com o auxílio de um geneticista do HRAC/USP e de informações científicas disponibilizadas em livros, artigos, teses e dissertações nacionais e internacionais. O Cybertutor foi disponibilizado na plataforma do Projeto Jovem Doutor (http://www.jovemdoutor.org.br/jdr/) pela equipe técnica da DTM/FMUSP.

RESULTADOS: o Cybertutor elaborado possibilitou estruturar o conteúdo educacional, gráfico e audiovisual em tópicos, inserir questões de reforço, lista de discussão e verificar o desempenho dos alunos.

CONCLUSÃO: o AVA desenvolvido pode ser uma importante ferramenta de educação em saúde em Síndromes Genéticas, abrangendo as mais diversas regiões do país.

Descritores: Genética; Educação em Saúde; Educação a Distância

INTRODUÇÃO

A Telessaúde é a oferta de serviços de saúde em situações com distanciamento físico e/ou temporal, por meio da utilização das tecnologias de informação e comunicação (TICs). A prática da Telessaúde em Fonoaudiologia foi regulamentada pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia, de acordo com a resolução nº 366/2009, definindo-a como "o exercício da profissão por meio das tecnologias de informação e comunicação com utilização de metodologias interativas e de ambientes virtuais de aprendizagem com os quais poder-se-á prestar assistência, promover educação e realizar pesquisa em Saúde"1.

Uma das vertentes de grande expansão da Telessaúde em Fonoaudiologia é o desenvolvimento e a consolidação de projetos que englobam a Teleducação. Os termos "Educação a Distância" e "Teleducação" são frequentemente utilizados como sinônimos. No entanto, a Teleducação deve ser vista como a otimização de processos, um ambiente que reúne tecnologias para aumentar a eficiência educacional, tanto dos métodos tradicionais como dos cursos à distância 2.

Diversos estudos de educação em saúde associados com as TICs estão sendo desenvolvidos na área fonoaudiológica, abrangendo atividades de educação ao profissional3-5, ao paciente6-7 e à população em geral8-10. Especificamente em relação às síndromes genéticas, ainda são escassos na literatura nacional e internacional estudos que contemplem esta temática.

Cabe ao fonoaudiólogo, como membro integrante da equipe multidisciplinar e profissional na área de saúde pública, desenvolver programas e práticas educativas que envolvam a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde11. Quanto às síndromes genéticas, estas práticas também se aplicam, pois os dados do DataSUS demonstram que no período de 2005 a 2008, houve um total de 11.806.180 nascidos-vivos e destes 75.814 eram portadores de alguma anomalia genética12.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi desenvolver um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) englobando a temática síndromes genéticas para alunos do ensino fundamental.

MÉTODO

Este estudo constituiu-se de uma dissertação, sendo o resultado final, o desenvolvimento de um AVA, conhecido como Cybertutor.

O Cybertutor ou tutor eletrônico na web possibilita o aprendizado do aluno pela internet de forma interativa, permitindo a verificação do desempenho tanto por parte do próprio aluno quanto pelos tutores (responsáveis). Também apresenta recursos de interatividade, como fórum e lista de discussão que garantem uma maior proximidade entre o tutor e os alunos.

A metodologia deste estudo foi composta de duas etapas, a de desenvolvimento e a de disponibilização do AVA, agrupando um conjunto de procedimentos e elaboração das informações.

Ressalta-se que este estudo foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo (FOB/USP) e a Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DTM/FMUSP).

A aprovação foi protocolada no Comitê de Ética em pesquisa da FOB/USP sob parecer nº 039/2009.

1ª Etapa – Desenvolvimento do AVA

O desenvolvimento de um AVA intitulado "Síndromes Genéticas" remete a infinitas possibilidades no campo da ciência Genética, especialmente a sindromologia. Para a definição dos tópicos abordados, foi feito um levantamento com auxílio de um geneticista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofacias da Universidade de São Paulo (HRAC/USP). Desta forma, optou-se pela escolha de algumas síndromes genéticas com diferentes classificações etiológicas (aberrações cromossômicas, mutações gênicas, multifatoriais e craniossinostoses).

As fontes primárias de informação constituíram-se de livros, artigos de periódicos nacionais e internacionais e informações disponibilizadas na web, desde que oriundas de sites de instituições educacionais e dissertações e teses disponíveis on line.

A partir da análise detalhada das informações selecionadas, foi elaborado um roteiro no Microsoft® Office Word 2007 com o conteúdo educacional do Cybertutor. Foram também selecionados os conteúdos gráficos (imagens ilustrativas) e audiovisuais relacionados ao tema. Ressalta-se que a linguagem utilizada no conteúdo, estava acessível para a compreensão de estudantes do ensino fundamental.

Como demonstra a Figura 1, o Cybertutor intitulado "Síndromes Genéticas" foi didaticamente dividido em tópicos.


2ª Etapa – Disponibilização do AVA

A equipe técnica da DTM/FMUSP, constituída por designers, webdesigners, jornalistas e comunicadores, foi responsável pela inserção do conteúdo educacional, gráfico e audiovisual na web.

O Cybertutor foi disponibilizado na plataforma do Projeto Jovem Doutor (Figura 2), sendo acessado pelo seguinte endereço: http://www.jovemdoutor.org.br/jdr/.


RESULTADOS

Para efetuar o acesso ao conteúdo educacional do Cybertutor, primeiramente foi necessário que o aluno fizesse um cadastro individual na plataforma do Projeto Jovem Doutor. O tutor deveria autorizar o cadastro e permitir o acesso. Dessa forma, o conteúdo educacional tornava-se disponível mediante identificação (endereço de email) e senha (Figura 3).


A mídia escolhida, o Cybertutor possibilitou estruturar o conteúdo teórico em tópicos, como mostra a Figura 4. Com a divisão do conteúdo, os estudantes podiam direcionar seu próprio aprendizado, facilitando o controle de acesso aos textos.


O conteúdo educacional, o conteúdo gráfico (imagens ilustrativas) e o conteúdo audiovisual estavam disponíveis no Cybertutor. A Figura 5 ilustra uma página interna do Cybertutor.


Com o intuito de garantir e monitorar o aprendizado do aluno foram elaboradas 16 questões de reforço ao longo do conteúdo educacional do Cybertutor. As questões de reforço possibilitaram ao tutor monitorar o aprendizado. Os estudantes só conseguiam avançar para o próximo tópico com o acerto da questão (Figura 6), caso contrário, retornavam ao tópico para novamente fazer a leitura do conteúdo (Figura 7).



A lista de discussão era uma ferramenta interativa assíncrona criada para permitir a troca de informações, dúvidas e questionamentos, como ilustrado na Figura 8. A lista de discussão foi uma estratégia utilizada para manter a interação entre o tutor e os estudantes.


O Cybertutor também possibilitou ao tutor a verificação do desempenho e acesso dos estudantes. A Figura 9 demonstra esta ferramenta.


DISCUSSÃO

O desenvolvimento de um AVA agrega TICs ao processo ensino/aprendizagem. O AVA, conhecido como Cybertutor, foi inicialmente desenvolvido pela DTM/FMUSP. Atualmente, diversas temáticas estão sendo desenvolvidas por pesquisadores da área da Teleducação. Desenvolver um material educacional é uma tarefa desafiadora e criar um material que proporcione o aprendizado, de forma agradável e interativa, é ainda mais complexo7. Neste estudo especificamente foram vários os desafios, desde a adequação da linguagem técnica, o refinamento das imagens, bem como a escolha dos temas mais motivadores e apropriados à temática do tutor.

Por ser um AVA disponível na Internet, os horários de acesso se tornaram flexíveis, conforme a disponibilidade de tempo e interesse. Outro estudo13, que também utilizou o AVA verificou que este modelo de educação favorece o aprendizado na temática do conteúdo educacional, na inclusão digital e na autodisciplina.

O Cybertutor possibilitou a fragmentação do conteúdo educacional em tópicos (Figura 1, Figura 4 e Figura 5), tornando mais fácil o direcionamento da aprendizagem.

Como ilustrado pelas Figuras 6 e 7, as questões de reforço permitiram ao tutor um melhor monitoramento do aprendizado. Outro estudo,14 também inseriu questões de reforço em um AVA, visando melhor memorização e aprendizado do conteúdo.

A lista de discussão garantiu a interatividade e troca de informação (Figura 8). Este tipo de ferramenta permite entender o pensamento das outras pessoas, construir e expressar as ideias e estimular a argumentação15. Outros estudos,8,9,13,14,16 também utilizaram a lista de discussão para manter a interação e motivação dos estudantes no AVA.

O Cybertutor, enquanto AVA interativo, também foi utilizado em outros trabalhos, verificando que o mesmo demonstra ser uma excelente opção para a aquisição do conhecimento, portanto, corroborando com este estudo3,8,9,13,14,16,17.

CONCLUSÃO

O AVA desenvolvido possibilitou a união da informação com a tecnologia e recursos de interatividade, disponibilizados na web. Desta forma, postula-se que este Cybertutor pode ser uma importante ferramenta de educação em saúde em Síndromes Genéticas, abrangendo as mais diversas regiões do país.

AGRADECIMENTOS

À Equipe de Telemedicina da FMUSP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP – nº processo 2009/03362-5), que viabilizaram a execução deste estudo.

Recebido em: 25/11/2011

Aceito em: 07/02/2012

Fonte de auxílio: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.

Conflito de interesses: inexistente

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  • Endereço para correspondência:
    Mirela Machado Picolini
    Rua São Benedito, 32 – Vila Industrial
    Araçatuba – SP – Brasil
    CEP: 16072-080
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      08 Jan 2013
    • Data do Fascículo
      Abr 2013

    Histórico

    • Recebido
      25 Nov 2011
    • Aceito
      07 Fev 2012
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