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Influência da orientação sobre aleitamento materno no comportamento das usuárias de um hospital universitário

Resumos

OBJETIVO: verificar a influência da orientação recebida acerca do aleitamento materno no conhecimento e condutas de mães usuárias de um hospital universitário. MÉTODOS: estudo observacional descritivo realizado com 250 mães, previamente orientadas ou não, a respeito do aleitamento materno, com idade entre 18 e 45 anos, as quais se encontravam no Ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da UFMG para realização de triagem auditiva neonatal e haviam tido filho há no máximo seis meses. Estas mães responderam um questionário a respeito do aleitamento materno. RESULTADOS: as mães que receberam orientação demonstraram maior conhecimento acerca da idade adequada para se ofertar outros alimentos (p=0,001), dos utensílios utilizados para alimentação (p=0,031) da desvantagem da mamadeira (p=0,037) e da chupeta (p=0,019). Somente as mães orientadas tanto no pré quanto no pós-natal relataram utilizar a seringa para alimentação (p=0,045). Além disso, o percentual de mães que amamentam em livre demanda e que sabem como armazenar o leite foi maior entre aquelas que haviam recebido orientação acerca do assunto (p<0,001 e p=0,027). Já a preparação das mamas foi melhor realizada pelas mães não orientadas sobre o assunto (p=0,002). CONCLUSÃO: o presente estudo evidenciou que, dentre as mães entrevistadas, ter recebido orientação sobre o aleitamento materno não determinou maior conhecimento acerca do assunto, ressaltando, assim, a necessidade de se ter uma equipe multidisciplinar atuando nas orientações às mães, bem como a importância da participação do fonoaudiólogo, o qual é o profissional habilitado para abordar questões referentes à prevenção de alterações de motricidade orofacial.

Orientação; Aleitamento Materno; Conhecimento; Mães


PURPOSE: to determine the influence of received guidance about breastfeeding on the knowledge and practices of mothers attending a university hospital. METHODS: descriptive observational study conducted with 250 mothers, aged between 18 and 45 years, who were in the Phonoaudiology Clinic for conducting newborn hearing screening and had their babies no later than six months ago. These mothers, who were previously oriented or not, answered a questionnaire about breastfeeding. RESULTS: mothers who received previous guidance showed greater knowledge about: the appropriate age to offer other foods (p = 0.001), the utensils used for food (p = 0.031), the disadvantage of bottle-feeding (p = 0.037) and pacifier (p = 0.019). Only mothers guided both on pre and post-natal reported using a syringe for feeding (p = 0.045). Moreover, the percentage of mothers who breastfeed on demand and new how to store milk was higher among those who had received guidance on the subject (p <0.001 and p = 0.027). The preparation of the breasts was best performed by mothers not previously guided (p = 0.002). CONCLUSION: this study showed that receiving guidance on breastfeeding did not determine greater knowledge on the subject, emphasizing the need of having a multidisciplinary team working in guidance of mothers as well as the importance of participation of the phonoaudiologist, who is the qualified professional to address issues of prevention of orofacial disorders.

Orientation; Breast Feeding; Knowledge; Mothers


ARTIGOS ORIGINAIS

Influência da orientação sobre aleitamento materno no comportamento das usuárias de um hospital universitário

Andrezza Gonzalez EscarceI; Nicole Gomes de AraújoII; Amélia Augusta de Lima FricheIII; Andréa Rodrigues MottaIV

IUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil

IIUniversidade Federal de Minas Gerais - UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil

IIIDepartamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil

IVDepartamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Andrezza Gonzalez Escarce Rua Muriaé, nº 95, Bairro Santa Amélia Belo Horizonte - Minas Gerais. CEP: 31555-250 E-mail: andrezza.ge@gmail.com

RESUMO

OBJETIVO: verificar a influência da orientação recebida acerca do aleitamento materno no conhecimento e condutas de mães usuárias de um hospital universitário.

MÉTODOS: estudo observacional descritivo realizado com 250 mães, previamente orientadas ou não, a respeito do aleitamento materno, com idade entre 18 e 45 anos, as quais se encontravam no Ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da UFMG para realização de triagem auditiva neonatal e haviam tido filho há no máximo seis meses. Estas mães responderam um questionário a respeito do aleitamento materno.

RESULTADOS: as mães que receberam orientação demonstraram maior conhecimento acerca da idade adequada para se ofertar outros alimentos (p=0,001), dos utensílios utilizados para alimentação (p=0,031) da desvantagem da mamadeira (p=0,037) e da chupeta (p=0,019). Somente as mães orientadas tanto no pré quanto no pós-natal relataram utilizar a seringa para alimentação (p=0,045). Além disso, o percentual de mães que amamentam em livre demanda e que sabem como armazenar o leite foi maior entre aquelas que haviam recebido orientação acerca do assunto (p<0,001 e p=0,027). Já a preparação das mamas foi melhor realizada pelas mães não orientadas sobre o assunto (p=0,002).

CONCLUSÃO: o presente estudo evidenciou que, dentre as mães entrevistadas, ter recebido orientação sobre o aleitamento materno não determinou maior conhecimento acerca do assunto, ressaltando, assim, a necessidade de se ter uma equipe multidisciplinar atuando nas orientações às mães, bem como a importância da participação do fonoaudiólogo, o qual é o profissional habilitado para abordar questões referentes à prevenção de alterações de motricidade orofacial.

Descritores: Orientação; Aleitamento Materno; Conhecimento; Mães

INTRODUÇÃO

O leite materno é o mais completo alimento para a criança nos primeiros seis meses de vida, uma vez que sua composição é rica e equilibrada, contendo todos os nutrientes essenciais para o adequado crescimento e desenvolvimento. Além destas vantagens, o leite materno também previne a mortalidade infantil, diarréias, desnutrição, infecções respiratórias, distúrbios miofuncionais orofaciais e diminui o risco de alergias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade1-3.

A amamentação representa um encaixe perfeito entre mãe e filho, cumprindo uma função de "cordão umbilical" externo. A mulher que amamenta vê reconfortada sua capacidade de continuar gerando vida por meio do alimento que oferta1. Além disso, as mães que amamentam terão menor chance de desenvolver câncer de mama no futuro. O aleitamento materno também pode atuar como coadjuvante na prevenção de uma nova gestação, possui baixo custo financeiro, gera satisfação e favorece, precocemente, a criação do vínculo mãe-bebê.

Atualmente é recomendada a amamentação exclusiva por seis meses e a manutenção do aleitamento materno complementado até os dois anos ou mais5. Apesar das abundantes evidências científicas em relação à superioridade do leite materno sobre outros tipos de leite, ainda é baixo o número de mulheres que amamentam os seus filhos de acordo com essas recomendações2, visto que ainda é grande o número de casos de desmame precoce. Dessa forma, a situação do aleitamento materno no Brasil ainda está longe da preconizada pela Organização Mundial da Saúde6,7. Este fato decorre, muitas vezes, do desconhecimento por parte da mãe sobre a importância do aleitamento por um período maior de tempo8-11.

Considerando-se a importância do tema para a saúde da criança, torna-se fundamental o fomento de campanhas as quais visem informar às mães acerca dos benefícios da amamentação. Entretanto, outras ações também podem contribuir significantemente para o aumento da duração da amamentação, tais como a capacitação de profissionais de saúde para o incentivo ao aleitamento materno e o direcionamento das ações de promoção, proteção e apoio à amamentação às mães primíparas, adolescentes e com escolaridade inferior ao segundo grau12.

Assim, investigar o nível de conhecimento das mães a respeito do aleitamento materno e da prática do mesmo possibilita melhorar a qualidade das orientações que são repassadas às gestantes, tanto no pré-natal quanto no pós-parto imediato.

Desta forma, o objetivo desse estudo foi verificar a influência da orientação recebida a respeito do aleitamento materno no conhecimento e condutas adotadas pelas mães de bebês usuárias do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

MÉTODOS

O presente trabalho constituiu-se de um estudo observacional transversal, com 250 mães entre 18 e 45 anos (média de 26,5, ± 6,2 anos) que foram encaminhadas ao Ambulatório de Fonoaudiologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) para realização da Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU).

Foram incluídas na pesquisa mães com idade superior a 18 anos, as quais haviam tido filho há no máximo seis meses e que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foram excluídas do presente trabalho as mães de crianças que apresentavam condições que impedissem o aleitamento materno e/ou eram portadoras de síndromes.

A pesquisa se deu por meio da aplicação de um questionário semi-estruturado contendo 30 questões, abertas e fechadas, elaborado pelas pesquisadoras, com o objetivo de investigar o conhecimento e as práticas adotadas pelas mães a respeito do aleitamento materno (Figura 1). Primeiramente foi realizado um estudo piloto com 15 mães, no qual se verificou a clareza das perguntas.


As entrevistas foram realizadas em uma sala de atendimento do Ambulatório de Fonoaudiologia do HC-UFMG. Para a realização do estudo foram repassadas às mães informações acerca do caráter voluntário do estudo, seus objetivos e repercussões. Em seguida, foi solicitado que as mesmas lessem e assinassem o TCLE. O trabalho aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sob o parecer ETIC 0332.0.203.000-10

No presente estudo as variáveis de interesse foram ter recebido ou não orientação sobre aleitamento materno, independente do local em que a orientação foi recebida ou do profissional o qual a realizou, e o momento em que esta orientação ocorreu: apenas no pré-natal, apenas no pós-parto ou em ambos. A análise das questões relacionadas ao correto posicionamento do bebê durante a amamentação, à preparação correta das mamas, ao horário de oferta do leite e ao armazenamento do leite foi realizada por meio da categorização das respostas em adequada e inadequada. Para tanto, considerou-se adequada as respostas posição inclinada13, higienização apenas com água13, alimentação sob livre demanda2,13,14 e armazenamento do leite por até 24 horas na geladeira e até 15 dias no freezer15, respectivamente.

Para entrada, processamento e análise dos dados, utilizou-se o programa "EpiInfo" Version 6.04, tendo-se aplicado os testes qui-quadrado e exato de Fisher e adotado o nível de significância de 5%.

RESULTADOS

As características demográficas e socioeconômicas das mães entrevistadas encontram-se na Tabela 1, sendo observado que a maioria delas possuía ensino médio completo (44,4%), renda familiar entre um e dois salários mínimos (39,0%) e não trabalhavam formalmente (54,4%).

No que se refere à idade do bebê, esta variou de 10 dias a seis meses, sendo a média de 1,07 meses (± 0,8). De todas as mães entrevistadas, 36 (6,4%) tiveram filho pré-termo, 160 (64,0%) parto normal e 123 (49,2%) eram primíparas.

Em relação ao pré-natal, 248 (99,2%) mães o realizaram; destas, 171 (69,0%) em Centros de Saúde, 44 (17,7%) em hospitais públicos e 44 (17,7%) em hospitais privados.

Ao dividir a amostra em mães orientadas e mães não orientadas acerca do aleitamento materno (tabela 2), verificou-se que ter recebido orientação determinou maior conhecimento sobre a idade adequada para se ofertar outros alimentos (p=0,001), os utensílios utilizados para alimentação (p=0,031), a desvantagem do uso da mamadeira (p=0,037) e da chupeta (p=0,019). Já o momento em que estas mães receberam as orientações associou-se apenas com a utilização da seringa como via de administração de outros alimentos (p=0,045).

O fato de ter recebido orientações não influenciou o conhecimento das mães a respeito das vantagens do aleitamento materno, uma vez que as respostas apresentadas pelas entrevistadas orientadas e não orientadas não apresentaram diferença significante (Tabela 3)

Não houve associação entre o tipo de alimento ofertado pelas mães a seus filhos no momento da entrevista e o fato delas terem recebido orientação sobre o aleitamento materno e nem quanto ao momento em que esta orientação aconteceu (Tabela 4).

Ao se comparar as orientações recebidas pelas mães sobre questões específicas do aleitamento com o comportamento adotado por elas (Tabela 5) observou-se que ter recebido orientação sobre o horário adequado para ofertar o leite e sobre seu armazenamento determinou maior conhecimento sobre o assunto (p<0,001 e p=0,027). Já em relação ao preparo das mamas, houve maior proporção de mães que a preparam adequadamente dentre aquelas que não foram orientadas sobre o assunto (p=0,002).

No que se refere ao conhecimento acerca do uso do copinho como substituto do seio materno, somente 44 (17,6%) mães conhecem as vantagens desse utensílio; destas, 13 (29,6%) utilizam a mamadeira para alimentarem seus filhos. Enquanto isso, entre as 206 (82,4%) mães que não possuíam tal conhecimento, 68 (33,0%) também utilizam a mamadeira. Assim, observou-se que ter recebido orientação sobre o copinho não foi suficiente para conscientizar as mães quanto às desvantagens do uso da mamadeira e diminuir o uso deste utensílio (p=0,656).

Quando questionadas a respeito das dificuldades encontradas durante a amamentação, 105 (42,0%) mães relataram que apresentaram alguma dificuldade. Destas, 62 (56,2%) referiram feridas e/ou rachaduras, 27 (25,7%) dificuldade do bebê em pegar a mama, 21 (20,0%) dor/ardência, 20 (19,1%) ausência de leite e/ou da "descida" do mesmo, oito (7,6%) mamilo desfavorável, cinco (4,8%) dificuldade com o posicionamento, duas (1,9%) inflamação na mama e duas (1,9%) não sabiam o que fazer quando o bebê engasgava. Houve associação significante entre dificuldade para amamentar e o fato de ser primípara (p=0,002).

Dentre todas as mães entrevistadas, 77 (30,8%) relataram que precisaram procurar ajuda para amamentar, sendo que33 (42,9%) procuraram enfermeiras, 14 (18,2%) a própria mãe, 11 (14,3%) o médico, 11 (14,3%) o banco de leite, seis (7,8%) o Centro de Saúde e três (3,9%) a própria irmã. Outras pessoas foram citadas por seis (7,8%) destas mães.

DISCUSSÃO

Apesar de ser recomendado o aleitamento exclusivo até os seis meses de vida e a sua manutenção complementada até os dois anos de idade ou mais, o número de mães que amamentam até a idade adequada ainda é baixo. Os profissionais de saúde podem melhorar esse panorama, por meio de ações que busquem promover a amamentação e ajudar as mães a superarem os obstáculos encontrados durante este período. Esses profissionais devem aconselhar as mães no pré-natal, orientá-las e ajudá-las no período da lactação, avaliar de maneira criteriosa a técnica da amamentação e intervir adequadamente quando surgem os obstáculos2.

No presente estudo, a média de idade das mães foi de 26 anos, a maioria não trabalhava, possuía no mínimo dois filhos, ensino médio completo e renda familiar entre um e dois salários mínimos. Em estudo prévio, as gestantes tinham em média 25 anos e renda familiar de três salários mínimos, além de metade destas ser primíparas16. Já em outro trabalho, a maioria das puérperas possuía mais de um filho e ensino fundamental incompleto3. Cabe ressaltar que cada região do país apresenta suas particularidades, o que dificulta a comparação dos dados.

No presente trabalho, a grande maioria das mães realizou pré-natal, assim como em outros estudos3,9,17,18. No entanto, a minoria destas recebeu orientações durante este período, fato também identificado na literatura3, embora outras pesquisas tenham verificado que a maioria da amostra investigada recebeu orientações durante o pré-natal9,17-19. Este resultado indica que são necessárias ações para se melhorarem estes índices, já que o pré-natal é um período propício para se repassar informações importantes para essa população.

Neste trabalho, ter recebido orientação determinou maior conhecimento acerca da idade adequada para introdução de novos alimentos na dieta da criança, ou seja, após os seis meses de vida. Entretanto, tal conhecimento não determinou mudança de conduta, visto que 25,5% destas mães relataram já ofertar outros alimentos a seus filhos. Este fato condiz com a literatura no que diz respeito à baixa prevalência do aleitamento materno e à precoce introdução de alimentos complementares8, sugerindo ineficácia ou inadequação das orientações, fazendo com que estas mães não se recordem das mesmas ou optem em não segui-las. Os profissionais responsáveis pela orientação devem estar preparados para lidar com a ambiguidade que se apresenta à mulher na relação que se estabelece entre o poder e o querer amamentar, como uma questão de assumir riscos ou garantir benefícios20.

Apesar das mães que receberam orientações a respeito do aleitamento materno apresentarem maior conhecimento a respeito das desvantagens do uso da mamadeira e da chupeta, o desconhecimento acerca do assunto ainda é elevado entre estas (57,9%). Tal fato evidencia a necessidade e a importância da participação de um fonoaudiólogo nestas orientações, quer seja presencialmente ou por meio de capacitação a uma equipe de saúde, visto que este é o profissional habilitado a orientar a respeito das possíveis alterações miofuncionais orofaciais ocasionadas pelo uso destes utensílios.

Quanto às vantagens do aleitamento materno, a mais lembrada pelas entrevistadas foi que este protege o bebê contra doenças (63,6%); o mesmo ocorreu em outros estudos realizados9,16,19. Entretanto, tal fato pode estar associado ao conhecimento popular, uma vez que as mães sem orientação também sabiam desta vantagem. A segunda vantagem mais citada foi melhor nutrição (24,4%). Chama atenção o fato desta ter sido citada por um número reduzido de mães, visto que o desconhecimento acerca desta vantagem será um agravante no que se refere à possibilidade de desmame precoce. Já o fato do aleitamento materno prevenir alterações miofuncionais orofaciais foi citado por apenas 1,6% das mães, indicando que, provavelmente, não havia um fonoaudiólogo na maior parte das equipes de orientação, ou ainda que a forma de transmissão dessas informações não foi eficaz. Assim, torna-se evidente a necessidade de um trabalho multidisciplinar a fim de motivar as mães a promoverem o aleitamento materno, uma vez que a falta de conhecimentos pode ser um obstáculo ao aleitamento, assim como a transmissão incorreta ou a pouca consistência das informações16,21.

Estudos prévios3,16 indicam que apesar das mães haverem recebido informações sobre a importância do aleitamento materno, estas desconheciam muitos fatores importantes para o desenvolvimento do filho, o que concorda com os resultados da presente pesquisa.

Quanto aos substitutos do leite materno, verificou-se que 19,2% e 4,0% das mães oferecem fórmula infantil e leite de vaca, respectivamente, aos seus filhos. Considerando-se os demais alimentos, observou-se que 28,0% das mães já ofertaram água, 25,2% chá e 4,4% suco de frutas. Nesse aspecto nota-se que as orientações não foram suficientes para promoção do aleitamento exclusivo até o sexto mês, uma vez que 74,5% das mães que receberam orientação ofertaram o leite e outros alimentos, comparado a 75,5% das mães que não receberam orientações. Em pesquisa realizada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal a prevalência de aleitamento materno em menores de seis meses foi de 41,0%6. No mesmo estudo também foi observada a introdução precoce de chá, água e outros tipos de leite no primeiro mês de vida e suco por volta do terceiro mês6. Estes dados reforçam a necessidade de se aumentar o número e a qualidade de ações de proteção, promoção e apoio ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida22,23, já que este contém todos os nutrientes necessários para o crescimento adequado neste período11.

A presente pesquisa evidenciou que as mães as quais receberam orientação acerca do posicionamento durante a amamentação não o realizam melhor do que as que não receberam. Este fato, novamente, nos remete à ineficácia das orientações repassadas às mães e concorda com estudos que reforçam a importância da melhoria da qualidade das orientações9.

Na presente pesquisa, apenas 46,0% das mães receberam informações a respeito da preparação das mamas, comparado a 78,4% das mães de estudo prévio16. O percentual de mães que prepara as mamas de maneira adequada, ou seja, lavam apenas com água e não realizam qualquer intervenção13 foi maior no grupo de mães que não foram orientadas. A maioria dos médicos, apesar de ser favorável ao aleitamento materno não orientam as gestantes no cuidado dos seios durante a gravidez24, o que também evidencia a importância do fonoaudiólogo no acompanhamento pré-natal para complementar as orientações ministradas24.

A maioria das mães oferta o leite materno no horário adequado, ou seja, amamenta o filho sob livre demanda, tendo ocorrido o mesmo em estudos prévios16,19, embora em outro estudo, os intervalos de duas a três horas foram os mais citados17.

Apenas 12,1% das mães que receberam orientações sobre o armazenamento do leite o fazem de forma correta, ou seja, em geladeira ou congelador, por até 24 horas ou 15 dias, respectivamente15. Apesar da literatura se apresentar escassa no que refere a este aspecto, tais resultados reforçam o fato das orientações que estão sendo repassadas às mães não serem eficazes. No entanto, cabe ressaltar que apesar de pequena, essa porcentagem mostrou-se maior do que a encontrada entre as mães que relataram não tem recebido orientação quanto a este aspecto.

Estudos mostram que o uso de chupetas e bicos pode levar à menor frequência de amamentação, além de prejudicar a função motora oral e causar problemas ortodônticos14,22,25,26. Os bicos de qualquer natureza, quando utilizados por um determinado período, podem causar o fenômeno denominado confusão de bicos, levando ao desmame precoce27. Apesar disso, cada vez mais as chupetas tem sido introduzidas precocemente, sem levar em consideração os prejuízos que o uso destas pode acarretar à criança posteriormente22,25. Tal fato foi evidenciado no presente estudo, pois, apesar das mães terem sido informadas a respeito da desvantagem da chupeta, estas não reduziram a sua utilização, visto que 48,0% relataram que o filho utiliza chupeta, comparado a 39,6% das mães que não foram orientadas. Este resultado não apresentou significância estatística, mas condiz com a literatura pesquisada22,25, uma vez que foi alta a oferta de chupeta (44,7%), e a mesma foi ofertada precocemente, sendo a média de idade 1,07 (± 0,8) meses de vida. Em estudo prévio, 60,8% das mães primíparas referiram a intenção de utilizarem a chupeta ao saírem da maternidade21.

Somente 38,8% das mães receberam informação a respeito da desvantagem do uso da mamadeira, das quais, 35,0% relataram que o filho a utiliza, comparado a 30,7% das mães que não foram orientadas. Em outro estudo, 77,6% das mães primíparas referiram a intenção de utilizarem a mamadeira ao saírem da maternidade21. O desconhecimento acerca da interferência da mamadeira no sucesso da amamentação foi um fato que chamou atenção também em outra pesquisa9. Além disso, tem-se que somente 18,3% das mães que receberam orientação conhecem o copinho, evidenciando novamente a importância do fonoaudiólogo na equipe de orientações.

As dificuldades encontradas durante a amamentação mais citadas pelas mães foram feridas e/ou rachaduras, dificuldade do bebê em pegar a mama e dor/ardência. Já em outro estudo, as mais citadas foram má pega do recém-nascido e dor28. As mães primíparas apresentaram mais dificuldades para amamentar quando comparadas às demais, fato também observado no estudo acima28. Apenas 30,8% das mães que relataram dificuldade procuraram ajuda, sendo as enfermeiras e os médicos os mais procurados por elas, ou seja, profissionais com conhecimentos técnicos e relevantes sobre a amamentação. Já em outro estudo, as mães procuraram ajuda no espaço familiar16.

No presente estudo, as mães não conseguiram absorver de forma efetiva as informações recebidas ou optaram em não segui-las, o que pode estar associado à qualidade da orientação e à maneira como esta está sendo transmitida. O profissional precisa estar apto a ajudar a mulher, deve saber ouvir e aprender, desenvolver a confiança e dar apoio29, além de fazer uso de linguagem simples e adequada às necessidades e grau de compreensão da mãe, reforçando as conquistas alcançadas30. É importante que as mães sintam o interesse do profissional de saúde para adquirirem confiança e se sentirem apoiadas2.

Como limitação da pesquisa ressalta-se o fato de terem sido excluídas as mães com idade inferior a 18 anos. Além disso, as informações foram fornecidas pelas mães, sendo que estas podem não ter se lembrado de mencionar alguma orientação a qual receberam ou mesmo não ter percebido a orientação como tal, configurando-se como um viés de memória.

Diante do exposto, torna-se clara a necessidade de se melhorar a qualidade das orientações, além de se ter uma equipe multiprofissional atuando na orientação. O conhecimento garante um passo relevante para conscientização das mães a respeito da importância do aleitamento, visando assim, diminuir o índice de desmame precoce9. Muitas mães possuem conhecimento do assunto por buscarem informações em outros locais, tais como internet, mídia, conversa com outras pessoas, dentre outros. Contudo, este domínio é restrito, visto que desconhecem questões simples sobre a amamentação e sua importância, o que pode levar ao desmame precoce.

Sugere-se que sejam realizados outros estudos acerca do assunto, buscando mapear tanto os profissionais responsáveis pelas orientações quanto as estratégias empregadas pelos mesmos.

CONCLUSÃO

O presente estudo evidenciou que o conhecimento das mães orientadas acerca do aleitamento materno não apresentou diferença significante quanto o daquelas não orientadas. Além disso, ficou evidente a necessidade de se ter uma equipe multiprofissional atuando na orientação às mães, visto que várias questões imprescindíveis ao sucesso da amamentação não foram absorvidas adequadamente. Ressalta-se ainda a importância da presença de um fonoaudiólogo na equipe, o qual poderá repassar informações importantes acerca das desvantagens do uso de chupetas e mamadeira, não apenas no que se refere ao desmame precoce, mas também à prevenção de alterações de motricidade orofacial, geralmente não abordadas nas intervenções.

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Recebido em: 30/03/2012

Aceito em: 07/08/2012

Conflito de interesses: inexistente

Trabalho realizado no Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

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  • Endereço para correspondência:

    Andrezza Gonzalez Escarce
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    Belo Horizonte - Minas Gerais. CEP: 31555-250
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      24 Jan 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 2013

    Histórico

    • Recebido
      30 Mar 2012
    • Aceito
      07 Ago 2012
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