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O vibrato de cantores profissionais da música gospel

Resumos

Objetivo

verificar as características do vibrato de cantores profissionais de acordo com o estilo da música gospel; e se o comando verbal para a realização do vibrato interfere em suas características.

Métodos

aprovação do CEP. Analisou-se as características espectrográficas do vibrato de 20 cantores gospel profissionais, 06 homens e 14 mulheres (média de idade: 30 anos), por meio de dois estilos gospel – adoração e pentecostal. Estruturou-se duas situações de gravação – ausência e presença de comando verbal para a realização do vibrato. Todos os participantes responderam ao item de sinais e sintomas vocais do protocolo CPV-P e realizaram avaliação laringológica.

Resultado

observou-se que no estilo pentecostal 95% dos participantes realizaram vibrato regular, com maior variação da amplitude, maior energia do espectro e melhor definição dos harmônicos; na adoração 100% realizaram vibrato irregular, com menor variação da amplitude, menor energia no espectro e 50% tiveram presença de harmônicos com menor definição e 50% com ausência de harmônicos. Na análise espectrográfica observou-se que, no pentecostal, houve vibrato regular em 75% dos sujeitos, maior variação da amplitude em 65%, maior energia no espectro em 55%, e presença com maior definição em 70%, tanto para situação sem comando verbal quanto para a com comando para realização de vibrato. Não houve relação entre aulas de canto, terapia fonoaudiológica e características do vibrato.

Conclusão

o vibrato de cantores treinados modifica conforme o estilo gospel cantado. O comando verbal para a realização do vibrato aumenta a definição de regularidade, amplitude, energia no espectro e definição dos harmônicos.

Tremor; Espectrografia; Voz; Canto


Purpose

to investigate the characteristics of professional singers vibrato according to the style of gospel music, and check if the verbal command to perform the vibrato interferes with their characteristics.

Methods

we analyzed the characteristics of vibrato spectrography of 20 professional gospel’s singers, 06 men and 14 women, (mean age: 30 years), based on two gospel style – Pentecostal and adoration. Two situations were structured: with and without verbal commands to do the vibrato. All participants responded to the item of vocal signs and symptoms of CPV-P protocol and were submitted to videolaringoscopy.

Result

in comparing the spectrographic analysis of the pentecostal style with the adoration style it was observed that in the pentecostal style 95% of participants had regular vibrato, with greater amplitude variation, higher energy spectrum with better definition and presence of harmonics; in the adoration style 100% had irregular vibrato, with a smaller amplitude variation, lower energy spectrum and 50% had presence of harmonics with lower resolution and 50% had not harmonics. In the comparison of spectrographic analysis of the pentecostal style with and without verbal commands it was observed that 75% of the participants had regular vibrato, greater amplitude variation (65%) more energy in the spectrum (55%), with greater definition and presence in harmonics(70%). There was no statistical significance between vocal training and speech therapy.

Conclusion

The vibrato of singers trained change with the gospel style singing. The verbal command to do the vibrato increases the definition of regularity, amplitude, power spectrum and harmonic.

Tremor; Spectrography; Voice; Singing


INTRODUÇÃO

O vibrato é uma das características mais marcantes da voz cantada e pode ser encontrado em vários estilos musicais1.Guzman M, Rubin A, Munoz D, Jackson-Menaldi C. Changes in glottal contact quotient during resonance tube phonation and phonation with vibrato. J Voice. 2013; 27(3):305-11.,2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70., dentre eles, o clássico, sertanejo e o gospel. A criação, o desempenho, a influência, e até mesmo a definição de música gospel varia de acordo com a cultura e o contexto social3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005.. A música gospel é escrita e executada por muitos motivos, que variam desde o prazer estético, com motivo religioso ou cerimonial, à um produto de entretenimento para o mercado comercial, cujo tema principal, em geral, é o louvor e adoração à Deus, à Cristo, e/ou ao Espírito Santo3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005.. O estilo de música gospel enquadra-se na categoria de canto popular, em que a interpretação é o principal recurso utilizado para a transmissão da emoção e da adoração, por meio de dois estilos principais, a saber: o pentecostal, marcado por ritmo acelerado, maior intensidade e velocidade de fala; e o de adoração, caracterizado por maior suavidade, ritmo mais lentificado, menor energia e velocidade de fala3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005..

Para compreender a voz e o canto em sua totalidade, é preciso ter clara a relação entre fonte e filtro constituídos, respectivamente, por pregas vocais, faringe, boca, cavidades nasais e paranasais, e que em conjunto determinam a qualidade final do som emitido4. Fernandes FDM, Mendes BCA, Navas ALPGP. Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2010. e da característica do próprio vibrato5. Dromey C, Reese L, Hopkin JA. Laryngeal-level amplitude modulation in vibrato. J Voice. 2009;23(2):156-63., principalmente, pela relação entre as frequências produzidas pelas pregas vocais e modificadas pelo trato vocal6. Anand S, Wingate JM, Smith B, Shrivastav R. Acoustic parameters critical for an appropriate vibrato. J Voice. 2012;26(6):820.e19-25.. Um dos recursos utilizados para avaliação objetiva da voz é a análise acústica espectrográfica que, contribui para a determinação de parâmetros de normalidade7. Araújo SA, Grellet M, Pereira JC, Rosa MO. Normatização de medidas acústicas da voz normal. Rev Bras Otorrinol. 2002;68(4):540-4., possibilitando o armazenamento de dados para posteriores análises e comparações e cujo objetivo é quantificar e caracterizar o sinal sonoro, possibilitando, inclusive, a análise qualitativa do vibrato7. Araújo SA, Grellet M, Pereira JC, Rosa MO. Normatização de medidas acústicas da voz normal. Rev Bras Otorrinol. 2002;68(4):540-4.

. Cordeiro GF, Pinho SMR, Camargo ZA. Formante do cantor – um enfoque fisiológico. In: PINHO SMR. Temas em voz profissional. São Paulo: Revinter, 2007.

. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.

10 . Teles VC, Rosinha ACU. Análise acústica dos formantes e das medidas de perturbação do sinal sonoro em mulheres sem queixas vocais, não fumantes e não etilista. Int Arq Otorrinolaringol. 2008;12(4):523-30.
-1111 . Zampieri AS, Behlau M, Brasil OOC. Análise de cantores de baile em estilo de canto popular e lírico: perceptivo-auditiva, acústica e da configuração laríngea. Rev Bras Otorrinolaringol. 2002;68(3):378-86..

O vibrato é um tipo de tremor fisiológico ordenado, produzido pelas pregas vocais, que faz com que a frequência fundamental (F0) varie para cima e para baixo, em uma pequena extensão, algumas vezes por segundo5. Dromey C, Reese L, Hopkin JA. Laryngeal-level amplitude modulation in vibrato. J Voice. 2009;23(2):156-63.,9. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.,1212 . Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de Voz. In: BEHLAU M (org). Voz do Especialista – Volume 1. Rio de Janeiro: Revinter;2004.p.130-64., repercutindo em um tremor fisiológico intencional, cujas características acústicas modificaram-se no decorrer dos anos1313 . Ferrante I. Vibrato rate and extent in soprano voice: a survey on one century of singing. J Acoust Soc Am. 2011;130(3):1683-8.. Atualmente, é frequentemente utilizado por cantores líricos, sertanejos, gospels e no rock1.Guzman M, Rubin A, Munoz D, Jackson-Menaldi C. Changes in glottal contact quotient during resonance tube phonation and phonation with vibrato. J Voice. 2013; 27(3):305-11.,2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70..

Esse tremor pode decorrer de uma oscilação da musculatura cricotireóidea, da alternância entre os músculos cricotireóideos e aritenóideos, da contração alternada da musculatura laríngea e diafragmática, ou ainda do tremor da musculatura respiratória e do trato vocal, podendo ser mais facilmente identificado e analisado pela análise espectrográfica da voz8. Cordeiro GF, Pinho SMR, Camargo ZA. Formante do cantor – um enfoque fisiológico. In: PINHO SMR. Temas em voz profissional. São Paulo: Revinter, 2007.

. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.
-1010 . Teles VC, Rosinha ACU. Análise acústica dos formantes e das medidas de perturbação do sinal sonoro em mulheres sem queixas vocais, não fumantes e não etilista. Int Arq Otorrinolaringol. 2008;12(4):523-30.,1212 . Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de Voz. In: BEHLAU M (org). Voz do Especialista – Volume 1. Rio de Janeiro: Revinter;2004.p.130-64.,1414 . Girbau M, Marquis S, Gonzalez.FM, Uzcanga LDRSM, Garcia RTU. Vibrato de la voz cantada. Caracterización acústica y bases fisiológicas. Rev Méd Univ Navarra. 2006;50(3):65-72.

15 . Newberg A, Alavi A, Baime M, Pourdehnad M, Santana J, D’aquili E. The measurement of regional cerebral blood flow during glossolalia a preliminary spect study. Psy Res Neuro. 2006;106(2):113-22.
-1616 . Pinho, S.; Camargo, Z. Introdução à análise acústica da voz e da fala. In: Pinho SMR. Tópicos em voz. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2001.. O aprendizado e aperfeiçoamento desta técnica, geralmente, decorre do uso profissional da voz aliado à técnica vocal2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,9. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.,1616 . Pinho, S.; Camargo, Z. Introdução à análise acústica da voz e da fala. In: Pinho SMR. Tópicos em voz. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2001.

17 . Behlau M, Feijó D, Madazio G, Rehder MI, Azevedo R, Ferreira AE. Voz profissional: Aspectos gerais e atuação fonoaudiológica. In: Behlau M (org). Voz o livro do Especialista – Volume 2. Rio de Janeiro: Revinter;2005.p.334-43.

18 . Mürbe D, Zahnert T, Kuhlisch E, Sundberg J. Effects of professional singing education on vocal vibrato--a longitudinal study. J Voice. 2007;21(6):683-8.

19 . Moorcroft L, Kenny DT. Vocal warm-up produces acoustic change in singers’ vibrato rate. J Voice. 2012;26(5):667.e13-8.

20 . Moorcroft L. Kenny DT. Singer and listener perception of vocal warm-up. J Voice. 2013;27(2):258.e1-258.e13.
-2121 . Guzman M, Rubin A, Munoz D, Jackson-Menaldi C. Changes in glottal contact quotient during resonance tube phonation and phonation with vibrato. J Voice. 2013;27(3):305-11..

Com o crescimento da música gospel torna-se necessário compreender as peculiaridades deste estilo tão marcado pelo uso do vibrato. Este estudo objetiva: 1.Verificar as características do vibrato de cantores profissionais de acordo com dois estilos da música gospel (pentecostal e adoração); e 2.Verificar se há modificação nas características espectrográficas do vibrato durante a presença do comando verbal para a realização do vibrato.

MÉTODOS

Estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Vila Velha (CEP 0510).Todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, conforme resolução 196/96. Foram recrutados 23 cantores profissionais evangélicos (média de idade: 30 anos), com experiência em canto gospel profissional por no mínimo 5 anos e apresentações semanais com média de 4h. Adotou-se como critérios de inclusão dos participantes: cantores profissionais da música gospel, uso semanal de voz cantada em apresentações profissionais, idade entre 18 e 50 anos e ausência de infecção de vias aéreas durante qualquer etapa da coleta de dados. Os critérios de exclusão foram: cantores com queixa vocal; com imagem laríngea compatível com alterações estruturais mínimas de cobertura (AEMC), fendas glóticas (à exceção da triangular posterior no sexo feminino) e/ou lesões de massa em pregas vocais; que estavam em tratamento fonoaudiológico para reabilitação vocal; ou que apresentaram grau geral de desvio vocal de moderado a intenso.

Todos os participantes responderam ao item “Aspectos Vocais” do protocolo Condição de Produção Vocal (CPV-P), que embora seja um protocolo destinado à professores, o item acima mencionado, é aplicável a qualquer profissional da voz2222 . Ferreira LP, Gianinni SPP, Figueira S; Silva EE, Karmann DF, Souza TMT. Condições de produção vocal de professores da Prefeitura do Município de São Paulo. Rev Dist Comuni. 2003;14(2):275-307. (Figura 1); realizaram a videolaringoscopia prévia à gravação das emissões em estúdio, com um mesmo médico otorrinolaringologista para investigação funcional da laringe, de modo a identificar alterações funcionais e/ou orgânicas que pudessem comprometer a qualidade de suas vozes falada e cantada; e realizaram avaliação perceptivo-auditiva da qualidade vocal com um fonoaudiólogo clínico especialista em voz, por meio da emissão da vogal /é/ sustentada e da contagem de números de 1 a 30. Após essa etapa, 3 cantores foram excluídos por apresentarem alterações na imagem laríngea compatíveis com nódulos vocais e fenda dupla, e qualidade vocal com grau geral de desvio moderado. Portanto, a amostra final foi de 20 cantores profissionais.

Figura 1
– Sinais e sintomas vocais do Protocolo Condição de Produção Vocal do Professor (CPV-P)

As emissões de voz falada e cantada foram gravadas em estúdio profissional, acusticamente tratado com blocos termo-acústicos, carpete e espuma. As vozes foram capturadas por meio do Software profissional Audacity – versão 1.3, sem manipulação dos dados de registro vocal, utilizando gravador m-audio Fastrak2 e microfone Behringer com pedestal a 10 cm e a 45° da boca do participante.

Inicialmente, solicitou-se a emissão da vogal /é/ sustentada e da contagem de números de 1-30. Em seguida, procedeu-se à gravação dos estilos adoração e pentecostal, respectivamente. Para o estilo adoração utilizou-se a música “Espírito Santo” (média de 70bpm), e para o estilo pentecostal, na qual há presença marcante do vibrato3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005., adotou-se a música Deus dos Deuses” (média de 120bpm).Todos os participantesforam submetidos a três situações: 1. playback (instrumental), para familiarização com o ritmo e melodiadas músicas, 2. gravação espontânea para o estilo pentecostal e adoração(com a “marca individual” de cada participante), e 3. gravação dirigida sob comando verbal para a realização do vibrato nosdois estilos propostos. Antes de iniciar as gravações todos os participantes realizaram, junto às pesquisadoras, exercícios de aquecimento vocal1515 . Newberg A, Alavi A, Baime M, Pourdehnad M, Santana J, D’aquili E. The measurement of regional cerebral blood flow during glossolalia a preliminary spect study. Psy Res Neuro. 2006;106(2):113-22. com sons vibrantes, nasais, e sons facilitadores em tempo máximo de fonação (TMF), com duração máxima de 10 minutos.

Todos os arquivos de áudio foram convertidos para o formato wav (por meio do programa soundfourge 9.0). Para a análise perceptivo-auditiva da qualidade vocal adotou-se uma escala de likert de 4 pontos (0=ausente, 1=discreto, 2=moderado, 3=intenso) para registro do grau geral do desvio vocal. As emissões foram apresentadas em ordem aleatória para a fonoaudióloga especialista em voz, com reprodutibilidade de 10% da amostra para mensuração da confiabilidade intra-avaliador. A juíza apresentou confiabilidade satisfatória. Para a análise do vibrato, os arquivos foram importados para o software Fonoview® (CTS informática), cuja configuração foi espectrograma de faixa estreita (40hz) e limite de 5512Hz. As análises foram realizadas por uma fonoaudióloga especialista em voz considerando-se os seguintes parâmetros: regularidade, amplitude, energia do espectrograma e harmônicos. Para a análise acústica do vibrato selecionou-se a palavra “santo” e analisou-se a vogal /ã/, na música “Espírito Santo” (estilo adoração) e a palavra “irmão” na música “Deus dos Deuses” (estilo pentecostal) e analisou-se a vogal /ã/, pois nestas palavras ocorreu uma maior concentração de vibrato para todos os participantes durante a situação 2 – gravação espontânea.

Os dados coletados e analisados foram tabulados e submetidos ao tratamento estatístico descritivo (GraphPrism versão 4.0) por meio de distribuição em frequência absoluta e relativa; teste não-paramétrico de McNemar; e teste Qui-quadrado. Adotou-se o nível de significância estatística de 5%.

RESULTADOS

A investigação funcional da laringe demonstrou presença de alterações laríngeas (45%), presença de edema em região retrocricóidea (25%), presença de assimetria laríngea (20%). Quanto à caracterização clínica observou-se participação em aulas de canto (40%), tratamento fonoaudiológico prévio por questões vocais (35%), uso de automedicação para voz (25%), alimentação inadequada antes do uso profissional da voz (65%), repouso vocal ao sentirem desconforto vocal e/ou alteração na qualidade vocal (40%). Quanto à avaliação da qualidade vocal, 65% dos participantes apresentaram ausência de desvio vocal e 35% demonstraram discreto grau geral de desvio vocal (Tabela 1).

Tabela 1
– Caracterização laringológica, clínica e da qualidade vocal dos participantes

A análise acústica revelou que as características do vibrato variaram conforme o estilo gospel cantado, na situação 1 – gravação espontânea – em 95% dos participantes (Figura 2). Houve melhor definição do vibrato no estilo pentecostal, marcado por maior regularidade, amplitude, energia no espectro e maior número de harmônicos, demonstrando que cada estilo gospel apresenta uma determinada configuração de vibrato (Tabela 2).

Figura 2
– Comparação espectrográfica do vibrato nos Estilos Adoração e Pentecostal (Vogal/ã/ da palavra santo)

Tabela 2
– Caracterização do vibrato nos Estilos Adoração e Pentecostal

A situação 2 – gravação com o comando verbal para produção de vibrato –modificou as suas características acústicas, no estilo pentecostal, em 75% dos cantores participantes (Figura 3), uma vez que, houve um aumento da amplitude da onda sonora, da energia na espectrografia e maior número de harmônicos no trecho analisado (Tabela 3). Não foram observadas diferenças acústicas, nos parâmetros acima mencionados, para o estilo adoração.

Figura 3
– Comparação espectrográfica do vibrato no Estilo Pentecostal (Vogal /ã/ da palavra irmão)

Tabela 3
–Distribuição dos cruzamentos entre treinamento vocal, terapia e vibrato no Estilo Pentecostal

A participação em aulas de canto e a realização prévia de terapia fonoaudiológica não interferiram na amplitude, energia e definição dos harmônicos no vibrato, haja visto que, em ambas as situações investigadas (com e sem comando verbal) os participantes não diferiram nestes aspectos (Tabelas 4, 5 e 6),reforçando assim, que a configuração do vibrato, independentemente do treinamento vocal, está associado ao estilo de música cantado2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,1111 . Zampieri AS, Behlau M, Brasil OOC. Análise de cantores de baile em estilo de canto popular e lírico: perceptivo-auditiva, acústica e da configuração laríngea. Rev Bras Otorrinolaringol. 2002;68(3):378-86.,1414 . Girbau M, Marquis S, Gonzalez.FM, Uzcanga LDRSM, Garcia RTU. Vibrato de la voz cantada. Caracterización acústica y bases fisiológicas. Rev Méd Univ Navarra. 2006;50(3):65-72. e à habilidade do cantor profissional1818 . Mürbe D, Zahnert T, Kuhlisch E, Sundberg J. Effects of professional singing education on vocal vibrato--a longitudinal study. J Voice. 2007;21(6):683-8..

Tabela 4
– Distribuição dos cruzamentos entre treinamento vocal, terapia e amplitude no Estilo Pentecostal
Tabela 5
– Distribuição dos cruzamentos entre treinamento vocal, terapia e energia no Estilo Pentecostal
Tabela 6
– Distribuição dos cruzamentos entre treinamento vocal, terapia e harmônico no Estilo Pentecostal

DISCUSSÃO

Cantores estão na elite vocal dos profissionais da voz1717 . Behlau M, Feijó D, Madazio G, Rehder MI, Azevedo R, Ferreira AE. Voz profissional: Aspectos gerais e atuação fonoaudiológica. In: Behlau M (org). Voz o livro do Especialista – Volume 2. Rio de Janeiro: Revinter;2005.p.334-43., caracterizada por maior conhecimento sobre as questões vocais e maior cuidado com os hábitos de higiene vocal2323 . Penteado RZ, Silva CB, Pereira, PFA. Aspectos de religiosidade na saúde vocal de cantores de grupo de louvor. Rev Bras Otorrinol. 2008;10(3):359-68., o que consequentemente, pode ter minimizado a ocorrência de alterações laríngeas e vocais em decorrência de comportamentos vocais fonotraumáticos nos 20 participantes do presente estudo, refletindo na qualidade vocal com grau geral de desvio ausente ou discreto e laringe sem lesões de massa ou fendas glóticas, e nos comportamentos de fazer repouso vocal, aulas de canto e fonoterapia na presença de alteração vocal (Tabela 1). Entretanto, a alimentação inadequada, frequentemente, relatada pelos participantes deve ser considerada um fator de risco ao desenvolvimento de alterações vocais e/ou laríngeas por potencializar a ocorrência do refluxo gastroesofágico, desencadeando, inclusive, edema em região retrocricóidea em 25% dos participantes. Esses dados demonstram que, mesmo sendo a elite vocal1717 . Behlau M, Feijó D, Madazio G, Rehder MI, Azevedo R, Ferreira AE. Voz profissional: Aspectos gerais e atuação fonoaudiológica. In: Behlau M (org). Voz o livro do Especialista – Volume 2. Rio de Janeiro: Revinter;2005.p.334-43., os cantores ainda praticam hábitos de higiene vocal inadequados, a exemplo, automedicação para a voz e alimentação inapropriada (Tabela 1).

No estilo adoração houve no traçado espectrográfico menor definição na região aguda da espectrografia e menor amplitude do vibrato ao longo da emissão, o que se atribui ao estilo cantado, marcado por maior suavidade vocal, menor intensidade e velocidade, podendo haver, inclusive, soprosidade durante emissão3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005.. Já no estilo pentecostal, o traçado ficou com maior definição da região superior do espectro, maior intensidade ao longo da emissão, amplitude e regularidade do vibrato, uma vez que, neste estilo preconiza-se o uso de maior intensidade vocal, velocidade de fala mais acelerada e vibrato mais marcado3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005.. Tais achados reforçam os relatos prévios de que as características do vibrato são fortemente influenciadas pela intensidade vocal1.Guzman M, Rubin A, Munoz D, Jackson-Menaldi C. Changes in glottal contact quotient during resonance tube phonation and phonation with vibrato. J Voice. 2013; 27(3):305-11.,1818 . Mürbe D, Zahnert T, Kuhlisch E, Sundberg J. Effects of professional singing education on vocal vibrato--a longitudinal study. J Voice. 2007;21(6):683-8.. Essa oscilação da frequência fundamental é mais visível e regular nas frequências agudas pela ação direta do músculo cricotireóideo2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,1616 . Pinho, S.; Camargo, Z. Introdução à análise acústica da voz e da fala. In: Pinho SMR. Tópicos em voz. Editora Guanabara Koogan. Rio de Janeiro. 2001.,2323 . Penteado RZ, Silva CB, Pereira, PFA. Aspectos de religiosidade na saúde vocal de cantores de grupo de louvor. Rev Bras Otorrinol. 2008;10(3):359-68., por isso no estilo pentecostal observou-se maior modulação do som no trato vocal e melhor definição da região aguda na espectrografia (Tabela 2).

No estilo pentecostal, observou-se modificação do vibrato na presença do comando verbal (Tabela 3), principalmente, pela maior regularidade e energia do traçado. A regularidade na emissão é percebida como uma voz mais bonita e melodiosa, refletida pela maior consistência ao longo do traçado espectrográfico, que podem ser modificadas por razões artísticas2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,9. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.,1111 . Zampieri AS, Behlau M, Brasil OOC. Análise de cantores de baile em estilo de canto popular e lírico: perceptivo-auditiva, acústica e da configuração laríngea. Rev Bras Otorrinolaringol. 2002;68(3):378-86.,1414 . Girbau M, Marquis S, Gonzalez.FM, Uzcanga LDRSM, Garcia RTU. Vibrato de la voz cantada. Caracterización acústica y bases fisiológicas. Rev Méd Univ Navarra. 2006;50(3):65-72.. Como a presença do vibrato foi maior com o comando verbal, verifica-se que o cantor ao receber uma ordem específica para a realização do mesmo, consegue manter o vibrato com mais regularidade e ênfase, haja visto que, essa oscilação é um recurso de cantores treinados que ocorre naturalmente quando a voz é produzida com liberdade e boa técnica1414 . Girbau M, Marquis S, Gonzalez.FM, Uzcanga LDRSM, Garcia RTU. Vibrato de la voz cantada. Caracterización acústica y bases fisiológicas. Rev Méd Univ Navarra. 2006;50(3):65-72., além disso, o comando verbal pode ter influenciado na maior intensidade vocal dos cantores durante o canto, o que resultou em melhor definição do vibrato1.Guzman M, Rubin A, Munoz D, Jackson-Menaldi C. Changes in glottal contact quotient during resonance tube phonation and phonation with vibrato. J Voice. 2013; 27(3):305-11.,1818 . Mürbe D, Zahnert T, Kuhlisch E, Sundberg J. Effects of professional singing education on vocal vibrato--a longitudinal study. J Voice. 2007;21(6):683-8..

Acusticamente o vibrato envolve modulações da amplitude e da frequência fundamental, flutuações na energia e na vibração das paredes do trato vocal, dependendo, portanto, da fonte produtora (pregas vocais) e do filtro (estruturas do trato vocal)4. Fernandes FDM, Mendes BCA, Navas ALPGP. Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, 2010.

. Dromey C, Reese L, Hopkin JA. Laryngeal-level amplitude modulation in vibrato. J Voice. 2009;23(2):156-63.
-6. Anand S, Wingate JM, Smith B, Shrivastav R. Acoustic parameters critical for an appropriate vibrato. J Voice. 2012;26(6):820.e19-25.,1010 . Teles VC, Rosinha ACU. Análise acústica dos formantes e das medidas de perturbação do sinal sonoro em mulheres sem queixas vocais, não fumantes e não etilista. Int Arq Otorrinolaringol. 2008;12(4):523-30.,1212 . Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de Voz. In: BEHLAU M (org). Voz do Especialista – Volume 1. Rio de Janeiro: Revinter;2004.p.130-64.,2424 . Mello EL, Silva MAA. Correlação entre comprimento de prega vocal e classificação da voz de cantores: um estudo de medidas morfológicas por meio de raios X. Rev Soc Bras Fonoaudiol.2 010;15(2):307-8.,2525 . Nemr K, Amar A, Abrahão M, Leite GCA, Köhle J, Santos AO, Correa LAC. Análise comparativa entre avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva, análise acústica e laringoscopias indiretas para avaliação vocal em população com queixa vocal. Rev Bras Otorrinol. 2005;71(1):13-7., o que interfere diretamente nas suas características acústicas2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,5. Dromey C, Reese L, Hopkin JA. Laryngeal-level amplitude modulation in vibrato. J Voice. 2009;23(2):156-63.,6. Anand S, Wingate JM, Smith B, Shrivastav R. Acoustic parameters critical for an appropriate vibrato. J Voice. 2012;26(6):820.e19-25.,9. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.. A maior energia requerida para o estilo pentecostal resultou em maior modificação nas características espectrográficas quando comparado ao estilo adoração (notoriamente mais suave).

Quando os participantes receberam o comando verbal para a realização do vibrato, eles apresentaram vibrato com maior amplitude e energia (Tabelas 4 e 5), com aumento de harmônicos, em especial, na área superior da espectrografia (Tabela 6 e Figura 3), uma vez que, a maior intensidade vocal favorece o maior número de harmônicos2. De Almeida Bezerra A, Cukier-Blai S, Duprat A, Camargo Z, Granato L. The characterization of the vibrato in lyric and sertanejo singing styles: acoustic and perceptual auditory aspects. J Voice. 2009;23(6):666-70.,8. Cordeiro GF, Pinho SMR, Camargo ZA. Formante do cantor – um enfoque fisiológico. In: PINHO SMR. Temas em voz profissional. São Paulo: Revinter, 2007.,9. Guzmán MA. Entrenamiento del vibrato en cantantes. Rev CEFAC. 2010;13(3):568-78.,1212 . Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de Voz. In: BEHLAU M (org). Voz do Especialista – Volume 1. Rio de Janeiro: Revinter;2004.p.130-64.,1414 . Girbau M, Marquis S, Gonzalez.FM, Uzcanga LDRSM, Garcia RTU. Vibrato de la voz cantada. Caracterización acústica y bases fisiológicas. Rev Méd Univ Navarra. 2006;50(3):65-72., o que pode ter decorrido do maior uso da musculatura abdominal diafragmática, laríngea, e do trato vocal durante a emissão.

A voz cantada tem sido amplamente estudada pela Fonoaudiologia, Otorrinolaringologia, Música, Engenharia e Física, pensando-se não apenas no produto final e sim na produção laríngea e refinamento do trato vocal necessários para o canto trazendo com isso melhores contribuições para o aperfeiçoamento da técnica vocal3. Baggio S. Música Cristã Contemporânea. São Paulo: Editora Vida, 2005. e da intervenção junto aos cantores. Novas investigações devem ser desenvolvidas considerando-se as particularidades da música gospel.

CONCLUSÃO

O vibrato de cantores treinados varia conforme o estilo da música gospel. No estilo pentecostal o vibrato é mais regular, com maior amplitude, com presença marcante de regularidade, maior definição dos harmônicos na região dos agudos na espectrografia e maior amplitude da onda sonora durante a emissão. No estilo adoração, há menor definição dos harmônicos na região aguda da espectrografia, menor amplitude e menor definição do vibrato no decorrer da emissão.

Cantores treinados modificam o vibrato na presença do comando verbal. Os principais parâmetros acústicos modificados foram: aumento da regularidade, maior amplitude, maior energia no espectro e maior definição dos harmônicos, demonstrando que ao serem explicitamente solicitados a produzirem o vibrato, os cantores o produzem com maior definição, principalmente, no estilo pentecostal.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Aug 2014

Histórico

  • Recebido
    29 Nov 2012
  • Aceito
    10 Set 2013
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