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Perfil fonológico e lexical: interrelação com fatores ambientais

Resumo:

OBJETIVO:

verificar a associação entre perfil fonológico e vocabulário de crianças de quatro a cinco anos e 11 meses, de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e analisar a influência da família e da instituição de ensino no desenvolvimento infantil.

MÉTODOS:

foram avaliadas 96 crianças de quatro a cinco anos e 11 meses, provenientes de duas instituições públicas e uma privada. Os responsáveis assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Excluíram-se os participantes ausentes na instituição, com condições inadequadas de avaliação, alterações neurogênica ou cognitiva ou cujos responsáveis responderam menos de 70% do Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Utilizaram-se como instrumentos este inventário e as provas de fonologia e vocabulário do Teste de Linguagem Infantil.

RESULTADOS:

em todas as idades, os participantes mostraram melhor desempenho em fonologia. Crianças do gênero masculino apresentaram resultados piores na prova de vocabulário. Na relação com o ambiente familiar, a maioria dos participantes apresentou fonologia e vocabulário adequados. Crianças da instituição privada apresentaram desempenho inferior em ambas as provas. Em todas as instituições, dos participantes com vocabulário adequado, a maioria apresentou fonologia adequada. Crianças com fonologia alterada apresentaram 1,15 chances maiores de apresentarem alteração lexical.

CONCLUSÃO:

a associação entre fonologia e vocabulário de crianças de quatro a cinco anos e 11 meses mostrou influência do ambiente familiar no desenvolvimento infantil. A maior parte das crianças que apresentaram bom desempenho no vocabulário também demonstraram ter fonologia adequada. Não houve evidência de que instituição de ensino e escolaridade parental são determinantes para o desenvolvimento da criança.

Descritores:
Fonoaudiologia; Vocabulário; Linguagem; Relações Pais-Filho; Creches; Desenvolvimento Infantil

Abstract:

PURPOSE:

to assess the relationship between phonological profile and vocabulary of children aged between four and five years and 11 months, from public and private schools in Belo Horizonte and to analyze the influence of the family and educational institution on child development.

METHODS:

96 children, aged between four and five years and 11 months, from two public and one private institution were evaluated. The the parents or guardians signed the Free and Cleared Term of Consent. The participants of the educational institution that were absent, those with inadequate conditions of evaluation or with neurogenic or cognitive problems, and those whose parents or guardians responded less than 70% of the Inventory of Resources of the Family Environment were excluded. This questionnaire, the phonology and the vocabulary tests of the Test of Children's Language were used as tools.

RESULTS:

participants of all ages showed better performance in the phonology test. Male children showed worse results in the vocabulary test. In relation to family environment, the majority of participants presented appropriate phonology and vocabulary. Children from the private institution showed lower performance on both tests. In all institutions, among the participants with appropriate vocabulary, the majority also presented appropriate phonology. Children with inappropriate phonology had 1,15 times more chance to present lexical problems.

CONCLUSION:

the relationship between phonology and vocabulary of children aged between four and five years and 11 months showed the influence of family environment on child development. The majority of children that presented a good vocabulary also showed appropriate phonology. There was no evidence that the school and the parental educational level are determinant factors for the child's development.

Keywords:
Speech, Language and Hearing Science; Vocabulary; Language; Parent-Child Relations; Child Day Care Centers; Child Development

Introdução

A linguagem é uma habilidade humana que constitui um "instrumento social" destinado à comunicação. Desta forma, deve ser considerado um processo e não apenas um simples produto. Pode ser definido como um sistema convencional de símbolos arbitrários que são combinados de modo sistemático e orientados para entender e transmitir informações1. Nogueira S, Fernández B, Porfírio H, Borges L. A criança com atraso na linguagem. Saúde Infantil. 2000;22(1):5-16.. O seu desenvolvimento depende basicamente de dois fatores: as características individuais - condições orgânicas e afetivas - e os aspectos sócio-familiares, como influência familiar e escolar2. Cachapuz RF, Halpern R. A influência das variáveis ambientais no desenvolvimento da linguagem em uma amostra de crianças. Revista da AMRIGS. 2006;50(4):292-301..

É a interação dos fatores supracitados que garante o desenvolvimento global do indivíduo - cognitivo, linguístico e emocional. Didaticamente, a linguagem pode ser dividida em quatro níveis: fonológico, gramatical, semântico e pragmático3. Tamanaha AC, Oshiro LT, Kawano CE, Okumura M, Ghiringhelli R, Minaguchi T et al. Investigando os distúrbios de aquisição de linguagem a partir das queixas. J. Soc. Bras. Fonoaudiol. [online]. 2011[cited 2014 feb 20] ;23(2): 124-138. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/jsbf/v23n2/v23n2a08.pdf
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. Neste trabalho, destacam-se os aspectos fonológico e semântico.

O sistema fonológico consiste na aquisição de fones contrastivos e da estrutura silábica4. Vieira MG, Mota HB, Keske-Soares M. Relação entre idade, grau de severidade do desvio fonológico e consciência fonológica. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2004;9(3):144-50., é atingido espontaneamente, em uma seqüência e faixa etária comum à maior parte das crianças (quatro a seis anos)5. Scopel RR, Souza VC, Lemos SMA. A influência do ambiente familiar e escolar na aquisição e no desenvolvimento da linguagem: revisão de literatura. Rev CEFAC. 2012;14(4):732-41..

Com relação ao vocabulário, sua aquisição ocorre entre 22 e 36 meses de idade. Este aprendizado envolve palavras relacionadas aos nomes de objetos, pessoas e é referente a relacionamentos sociais6. Pedromônico MRM, Affonso LA, Sañudo A. Vocabulário expressivo de crianças entre 22 e 36 meses: estudo exploratório. Rev Bras Cresc Desenv Hum. 2002;12(2):13-22..

Baseado nessas informações, o presente estudo busca demonstrar parte da gama de fatores que influenciam o desenvolvimento da linguagem. Vale destacar que a literatura2. Cachapuz RF, Halpern R. A influência das variáveis ambientais no desenvolvimento da linguagem em uma amostra de crianças. Revista da AMRIGS. 2006;50(4):292-301. 5. Scopel RR, Souza VC, Lemos SMA. A influência do ambiente familiar e escolar na aquisição e no desenvolvimento da linguagem: revisão de literatura. Rev CEFAC. 2012;14(4):732-41. aponta a escolaridade parental, o envolvimento materno, a qualidade dos estímulos intelectuais e culturais, a disponibilização de brinquedos e jogos, a renda familiar e a permanência da criança em creche como fatores importantes no desenvolvimento da linguagem. O domínio e o grau de conhecimento dos aspectos linguísticos sejam eles ligados a fonologia ou a semântica, aliados ao ambiente no qual a criança está inserida, podem ser decisivos para determinar o tipo de intervenção e, principalmente, observar a evolução desta.

Sendo assim, os objetivos do presente estudo foram verificar a associação entre fonologia e vocabulário expressivo de crianças de quatro anos a cinco anos e 11 meses, de escolas públicas e particulares de Belo Horizonte e analisar a influência da família e da instituição de ensino no desenvolvimento infantil.

Métodos

Trata-se de estudo observacional analítico transversal com amostra não probabilística por tipicidade, realizado em três instituições de ensino infantil, da região nordeste, do município de Belo Horizonte, Minas Gerais, sendo duas de financiamento público e a outra de financiamento privado. Foram avaliadas 96 crianças na faixa etária de quatro anos a cinco anos e 11 meses, sendo 42 na faixa etária de quatro anos e 54 na faixa etária de cinco anos.

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais, sob o parecer ETIC288/10.

Uma carta para pedido de autorização foi enviada às instituições de ensino, solicitando a permissão para que se realizasse a pesquisa. Os critérios de inclusão para o presente estudo foram: a concordância dos responsáveis pelos participantes em participar da pesquisa, mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e a idade da criança estar na faixa etária proposta pela pesquisa. Já os critérios de exclusão consistiram em: o responsável pela criança ter respondido menos de 70% do Inventário de Recursos do Ambiente Familiar - (RAF)7. Marturano EM. O Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2006;19(3):498-506., a ausência na instituição de ensino, condições inadequadas de avaliação e a presença de possíveis alterações neurogênica ou cognitiva.

Para a avaliação, foram usados como instrumentos o Inventário de Recursos do Ambiente Familiar - RAF7. Marturano EM. O Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2006;19(3):498-506. e as provas de fonologia e vocabulário do ABFW- Teste de Linguagem Infantil8. Wertzner HF. Fonologia (Parte A). In: Andrade CR, Befi-Lopes DM, Fernandes FD, Wertzner HF. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Carapicuiba: Pró-Fono; 2000. p. 5-30. 9. Befi-Lopes DM. Vocabulário (Parte B). In: Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Carapicuíba: Pró-Fono; 2000. p. 41-58..

Após a assinatura do termo, os pais responderam a um questionário proposto pela literatura7. Marturano EM. O Inventário de Recursos do Ambiente Familiar. Psicologia: Reflexão e Crítica. 2006;19(3):498-506., a respeito da rotina da criança e seu ambiente familiar, com perguntas abertas e itens de escolha múltipla, totalizando dez tópicos. Os itens eram apresentados oralmente ao responsável, em cada tópico era feita uma pergunta aberta e os itens mencionados eram assinalados pelo entrevistado. A resposta do entrevistado, quando não contida na lista, era marcada e descrita no item "outro". A pontuação bruta consistiu na soma dos itens assinalados em cada tópico, com exceção daqueles que possuem pontuação específica (oito, nove e dez). Na pontuação relativa, sugere-se a fórmula pontuação bruta/pontuação máxima do tópico x dez, em que a pontuação máxima corresponde ao número de itens.

A fonologia e o léxico das crianças foram analisados nas salas das próprias instituições, em duas sessões individuais, realizadas em dias diferentes, com duração aproximada de 40 minutos.

Para avaliação das habilidades fonológicas, foi utilizada a prova de fonologia do ABFW8. Wertzner HF. Fonologia (Parte A). In: Andrade CR, Befi-Lopes DM, Fernandes FD, Wertzner HF. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Carapicuiba: Pró-Fono; 2000. p. 5-30., que consiste na nomeação de 34 figuras e imitação de 39 vocábulos. Na nomeação, a criança que não soube realizar a tarefa proposta teve a figura nomeada pelo avaliador e, em seguida, foi apresentada a cinco figuras subsequentes para, então, retornar à figura não nomeada. Se na segunda tentativa a criança falhasse, o fato deveria ser registrado. Já na prova de imitação, as palavras ditas pelo avaliador eram repetidas pela criança. Todas as respostas foram gravadas em áudio, para realização da análise, e transcritas foneticamente nos protocolos de registro de nomeação e imitação, respectivamente, e nas folhas de análise dos processos fonológicos da prova. Para a análise, foram considerados produtivos os processos fonológicos que ocorreram com mais de 25% de sua possibilidade e não produtivos os com menos de 25% de ocorrência.

Quanto à avaliação lexical, foi utilizada a prova de vocabulário do ABFW9. Befi-Lopes DM. Vocabulário (Parte B). In: Andrade CRF, Befi-Lopes DM, Fernandes FDM, Wertzner HF. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. Carapicuíba: Pró-Fono; 2000. p. 41-58.. Sua aplicação consistiu na nomeação, pela criança, de 118 figuras distribuídas em nove campos conceituais (na seguinte ordem: vestuário, animais, alimentos, meios de transporte, móveis e utensílios, profissões, locais, formas e cores, brinquedos e instrumentos musicais). O avaliador apresentava as figuras para a criança e perguntava: "O que é isto?",para objetos; "Que cor é esta?", para cores; "Que forma é esta?", para formas e "Quem é ele/ela?", para profissões. Quando a criança não nomeava, era apresentada a próxima figura e, ao final deste campo conceitual, aquela não nomeada era reapresentada. As respostas foram gravadas e transcritas no protocolo de registros.

A análise da associação entre as variáveis foi realizada por meio dos testes Qui-quadrado e Exato de Fisher. Os resultados que apresentaram nível de significância de 5% foram considerados estatisticamente significantes. Para o processamento dos dados, utilizou-se o programa Epi Info(tm), Version 3.4.3.

Resultados

No presente estudo, a amostra foi constituída, em sua maioria, por crianças do gênero masculino e na faixa etária de cinco anos de idade. No que se refere aos tipos de instituições da pesquisa, a maior parte dos alunos (59,4%) é oriunda de instituições públicas (escolas A e B). É importante ressaltar ainda que, quanto à escolaridade paterna, a maioria apresentou ensino médio completo, seguida daqueles que relataram ter concluído o ensino superior e, por último, o ensino fundamental (Tabela 1).

Tabela 1:
Caracterização da amostra, em relação à idade, gênero, escola e escolaridade parental

Ao relacionar fonologia e vocabulário com as diversas características avaliadas, observa-se que, em relação à idade, os participantes de todas as idades avaliadas obtiveram melhores resultados na prova de fonologia, comparado à avaliação do vocabulário. Em relação ao gênero, crianças do gênero masculino apresentaram, com maior frequência, resultados inadequados na prova de vocabulário, quando comparados ao gênero feminino; tal fato apresentou resultado significante. Quanto à relação entre o ambiente familiar, investigado por meio do questionário RAF, e os aspectos de linguagem, foi observado que a maior parte dos participantes apresentou fonologia e vocabulário adequados. Contudo, o percentual de crianças com adequação fonológica foi consideravelmente superior ao daquelas com vocabulário adequado. Já quanto à relação entre a escolaridade parental e à presença ou não de alteração fonológica ou no vocabulário, não houve relação com significância estatística (Tabela 2).

Por fim, no que se refere à instituição frequentada pela criança, observa-se que as crianças frequentadoras da instituição C, de financiamento privado, apresentaram resultados inferiores para a adequação tanto da fonologia quanto do vocabulário, fato que demonstrou resultado significante (Tabela 2).

Tabela 2:
Relação entre a adequação da fonologia e do vocabulário e a idade, gênero, ambiente familiar, escolaridade parental e instituição de ensino da criança

Ao relacionar a produtividade do vocabulário em cada escola avaliada com a fonologia, foi possível observar que, dentre as crianças que apresentaram vocabulário adequado, a maior parte, em todas as instituições pesquisadas, também demonstrou ter a fonologia adequada (Tabela 3).

Tabela 3:
Relação entre a adequação do vocabulário e da fonologia de acordo com a instituição de ensino da criança

Já com relação à razão de chance de uma criança com alteração no vocabulário apresentar também alteração fonológica, não foi observado resultado significante; porém crianças com vocabulário alterado apresentam 1,15 chances maiores de apresentarem alteração fonológica (Tabela 4).

Tabela 4:
Relação entre a adequação do vocabulário e da fonologia, considerando-se a razão de chance

Discussão

O presente estudo baseou-se em amostra formada por 96 crianças, na faixa etária de quatro anos a cinco anos e 11 meses, de ambos os gêneros. Os participantes eram, em sua maioria, alunos de instituições públicas e a maior parte dos pais concluíram o ensino médio, fato que não corrobora os dados do Censo 20101010 . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2012) [Internet]. [cited 2012 Aug 31] Avaiable from: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia /noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2125&id_pagina=1
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. Este demonstra que houve redução no percentual de pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, que ainda representam a maioria. O Censo representa pesquisa a nível brasileiro, sendo que, do município da coleta, não foram encontrados tais dados.

Ao relacionar fonologia à idade, observa-se que os resultados encontrados não corroboram a literatura, uma vez que há estudos que demonstram que, quanto maior a idade, menores são as inadequações fonológicas, o que faz com que a fala da criança torne-se cada vez mais próxima à do adulto, com o avanço da idade1111 . Carlino FC, Prette AD, Abramides DVM. Avaliação do grau de inteligibilidade de fala de crianças com desvio fonológico: implicações nas habilidades sociais. Rev CEFAC. [online]. 2011 [cited 2014 feb 20] ;15(1):10-6. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/41-11.pdf
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. No presente trabalho, as crianças com quatro anos apresentaram menor índice de inadequação fonológica, comparadas às de cinco anos. Vale lembrar que a literatura1111 . Carlino FC, Prette AD, Abramides DVM. Avaliação do grau de inteligibilidade de fala de crianças com desvio fonológico: implicações nas habilidades sociais. Rev CEFAC. [online]. 2011 [cited 2014 feb 20] ;15(1):10-6. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/41-11.pdf
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mostra a probabilidade de erro, ou seja, crianças com cinco anos produzem mais, devido ao domínio Linguístico melhor e mais extenso, logo, apresentam mais chances de erro. Contudo os dados do presente estudo não podem ser usados como generalização devido ao tamanho e forma de seleção da amostra. Deste modo tornam-se necessárias, portanto, pesquisas futuras para a comprovação deste achado.

Analisou-se o vocabulário segundo a idade e, assim como na literatura consultada1212 . Brancalioni AR, Marini C, Cavalheiro LG, Keske-Soares M. Desempenho em prova de vocabulário de crianças com desvio fonológico e com desenvolvimento fonológico normal. Rev CEFAC. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];13(3):428-36. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/122-09.pdf
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1414 . Hage SRV, Pereira MB. Desempenho de crianças com desenvolvimento típico de linguagem em prova de vocabulário expressivo. Rev CEFAC. 2006;8(4):419-28., a idade influenciou o desempenho na adequação lexical. Os dados evidenciaram que os erros lexicais diminuem à medida que a criança alcança maturidade linguística1212 . Brancalioni AR, Marini C, Cavalheiro LG, Keske-Soares M. Desempenho em prova de vocabulário de crianças com desvio fonológico e com desenvolvimento fonológico normal. Rev CEFAC. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];13(3):428-36. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/122-09.pdf
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1414 . Hage SRV, Pereira MB. Desempenho de crianças com desenvolvimento típico de linguagem em prova de vocabulário expressivo. Rev CEFAC. 2006;8(4):419-28..

Além disso, os participantes do gênero masculino apresentaram desempenho pior nas provas de fonologia e vocabulário, fato que sugere que a aquisição e o desenvolvimento de linguagem ocorrem de formas distintas entre os gêneros. Estudos1111 . Carlino FC, Prette AD, Abramides DVM. Avaliação do grau de inteligibilidade de fala de crianças com desvio fonológico: implicações nas habilidades sociais. Rev CEFAC. [online]. 2011 [cited 2014 feb 20] ;15(1):10-6. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/41-11.pdf
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1515 . Goulart BNG, Chiari BM. Prevalência de desordens de fala em escolares e fatores associados. Novo Hamburgo. Rev Saúde Pública. 2007;41(5):726-31. 1616 . Barros PML, Oliveira PN. Perfil dos pacientes atendidos no setor de fonoaudiologia de um serviço público de Recife-PE. Rev CEFAC. 2010 [cited 2014 feb 20];12(1):128-33. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v12n1/192-08.pdf
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demonstram evidência semelhante e associação dos gêneros com o meio, a forma de educação, os fatores neurológicos e o componente hormonal1111 . Carlino FC, Prette AD, Abramides DVM. Avaliação do grau de inteligibilidade de fala de crianças com desvio fonológico: implicações nas habilidades sociais. Rev CEFAC. [online]. 2011 [cited 2014 feb 20] ;15(1):10-6. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2011nahead/41-11.pdf
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1515 . Goulart BNG, Chiari BM. Prevalência de desordens de fala em escolares e fatores associados. Novo Hamburgo. Rev Saúde Pública. 2007;41(5):726-31. 1616 . Barros PML, Oliveira PN. Perfil dos pacientes atendidos no setor de fonoaudiologia de um serviço público de Recife-PE. Rev CEFAC. 2010 [cited 2014 feb 20];12(1):128-33. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v12n1/192-08.pdf
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Na análise de da relação entre fonologia, vocabulário e recursos do ambiente familiar verificou-se associação entre o desempenho nas provas e os escores do recurso do ambiente familiar. Deste modo, a importância de tais características é afirmada na literatura, uma vez que se apresenta a ideia de que o modo de fala dos pais, renda familiar, número de residentes e estímulo parental são de fundamental influência não só para a aquisição e o desenvolvimento linguístico, como também para o desenvolvimento global1212 . Brancalioni AR, Marini C, Cavalheiro LG, Keske-Soares M. Desempenho em prova de vocabulário de crianças com desvio fonológico e com desenvolvimento fonológico normal. Rev CEFAC. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];13(3):428-36. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/122-09.pdf
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1717 . Maria-Mengel MRS, Linhares MBM. Risk factors for infant developmental problems. Rev. Latino-Am. Enfermagem. [online]. 2007 [cited 2014 feb 20];15(spe):837-42. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15nspe/18.pdf
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1818 . Lamy Filho F, Medeiros SM, Lamy ZC, Moreira MEL. Ambiente domiciliar e alterações do desenvolvimento em crianças de comunidade da periferia de São Luís - MA. Ciênc. Saúde Coletiva. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];16(10):4181-7. Avaiable from: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v16n10/a23v16n10.pdf
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Os dados quanto à escolaridade parental evidenciaram que crianças com pais de nível educacional mais baixo (ensino fundamental) apresentaram melhor desempenho na prova de fonologia, quando comparadas à escolaridade em nível médio e superior. Este achado não corrobora a literatura1818 . Lamy Filho F, Medeiros SM, Lamy ZC, Moreira MEL. Ambiente domiciliar e alterações do desenvolvimento em crianças de comunidade da periferia de São Luís - MA. Ciênc. Saúde Coletiva. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];16(10):4181-7. Avaiable from: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v16n10/a23v16n10.pdf
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1919 . Machado DC, Gonzaga G. O impacto dos fatores familiares sobre a defasagem idade-série de crianças no Brasil. Rev. Bras. Econ. [online]; 2007 [cited 2014 feb 20];16(4):449-76. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rbe/v61n4/a02v61n4.pdf
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, que mostra que crianças com pais de nível fundamental são mais vulneráveis a prejuízos no desenvolvimento linguístico. Porém, em comparação ao desempenho dos filhos no teste de vocabulário, o presente artigo corrobora estudos: o ensino fundamental dos pais resultou em crianças com maior inadequação no vocabulário1818 . Lamy Filho F, Medeiros SM, Lamy ZC, Moreira MEL. Ambiente domiciliar e alterações do desenvolvimento em crianças de comunidade da periferia de São Luís - MA. Ciênc. Saúde Coletiva. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];16(10):4181-7. Avaiable from: http://www.scielosp.org/pdf/csc/v16n10/a23v16n10.pdf
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1919 . Machado DC, Gonzaga G. O impacto dos fatores familiares sobre a defasagem idade-série de crianças no Brasil. Rev. Bras. Econ. [online]; 2007 [cited 2014 feb 20];16(4):449-76. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rbe/v61n4/a02v61n4.pdf
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. É válido lembrar ainda que não houve diferença com significância estatística quanto à variável escolaridade parental no desempenho dos participantes em fonologia e vocabulário. Cabe ressaltar também que a maioria dos pais apresentaram ensino médio ou superior e a porcentagem de adequação em todos os níveis foi maior que 90%.

Os dados obtidos mostram que o desempenho nas provas de fonologia e vocabulário dos alunos da instituição de financiamento privado foi pior, comparado às instituições públicas. Tais dados não corroboram a literatura pesquisada2020 . Bicalho LGR, Alves LM. A nomeação seriada rápida em escolares com e sem queixas de problemas de aprendizagem em escola pública e particular. Rev CEFAC. [online]. 2010 [cited 2014 feb 20];;12(4):608-16. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/54-09.pdf
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2121 . Simões VF. Estudo do desempenho de crianças das séries iniciais: do ensino fundamental I em testes de leitura, escrita e nomeação rápida [tese]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2006., que evidencia a superioridade do desempenho de alunos de instituições de financiamento privado em relação às de ensino público2020 . Bicalho LGR, Alves LM. A nomeação seriada rápida em escolares com e sem queixas de problemas de aprendizagem em escola pública e particular. Rev CEFAC. [online]. 2010 [cited 2014 feb 20];;12(4):608-16. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/54-09.pdf
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2121 . Simões VF. Estudo do desempenho de crianças das séries iniciais: do ensino fundamental I em testes de leitura, escrita e nomeação rápida [tese]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2006.. Os resultados do presente artigo podem estar relacionados às práticas educativas utilizadas pelos professores e à infra-estrutura apresentada em cada instituição, uma vez que a instituição privada em questão abrange alunos provenientes de regiões de classes média e média-baixa. Vale lembrar que a população neste contexto tem preferência pela inserção das crianças em escolas públicas e uma vez que não se conseguem vagas a instituição privada é vista como alternativa restante.

Os achados da pesquisa mostraram que, em todas as instituições, a maior parte das crianças que apresentaram vocabulário adequado também demonstraram ter fonologia adequada. Este fato corrobora a literatura pesquisada2222 . Mota HB, Kaminski TI, Nepomuceno MRF, Athayde ML. Alterações no vocabulário expressivo de crianças com desvio fonológico. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009 [cited 2014 feb 20];14(1):41 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v14n1/09.pdf
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, que descreve que, durante a aquisição de linguagem, o léxico e a fonologia estão interligados, independente das variações individuais2222 . Mota HB, Kaminski TI, Nepomuceno MRF, Athayde ML. Alterações no vocabulário expressivo de crianças com desvio fonológico. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2009 [cited 2014 feb 20];14(1):41 http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v14n1/09.pdf
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. Diversos estudos, ao compararem crianças com desvios fonológicos e com desenvolvimento normal da linguagem, obtiveram, para aquelas com o distúrbio, resultados inferiores na prova de vocabulário 1212 . Brancalioni AR, Marini C, Cavalheiro LG, Keske-Soares M. Desempenho em prova de vocabulário de crianças com desvio fonológico e com desenvolvimento fonológico normal. Rev CEFAC. [online]. 2011[cited 2014 feb 20];13(3):428-36. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/2010nahead/122-09.pdf
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2323 . Befi-Lopes DM, Galea DES. Análise do desenvolvimento lexical em crianças com alterações no desenvolvimento da linguagem. Pró-Fono R Atual Cient. 2000;12(2):31-7. 2424 . Athayde ML, Carvalho Q, Mota HB. Vocabulário expressivo de crianças com diferentes níveis de gravidade de desvio fonológico. Rev CEFAC. [online]. 2009[cited 2014 feb 20] ;11(supl.2):161-8. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v11s2/a05v11s2.pdf
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, fato que se justifica por meio de uma escala do desenvolvimento linguístico na qual ocorre simultaneamente aquisição dos significados das palavras, sua produção e uso funcional2525 . Bassano D, Maillochon I, Eme E. Developmental changes and variability in the early lexicon: a study of French children's naturalistic productions. J Child Lang. 1998;25(3):493-531.. Contudo, também foram encontradas pesquisas que demonstram que os distúrbios da fonologia manifestam-se apenas em nível fonológico, sem qualquer efeito no aspecto lexical2626 . Athayde ML, Mota HB, Mezzomo CL. Vocabulário expressivo e habilidades de memória de trabalho em crianças com desenvolvimento fonológico e desviante. Pró-Fono R Atual Cient. [online]. 2010 [cited 2014 feb 20] ;22(2):145-50. Avaiable from: http://www.scielo.br/pdf/rsbf/v14n1/09.pdf
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.

Na relação entre a adequação do vocabulário e da fonologia, considerando-se o teste odds ratio, ou seja, a razão de chance, os resultados ratificam a influência do desenvolvimento lexical sobre a componente fonológica, uma vez que as crianças com vocabulário inadequado apresentaram chances maiores de também apresentarem alterações fonológicas. Diante disso, ao se compararem os resultados obtidos em ambas as provas, notou-se que os maiores percentuais de inadequação ocorreram no teste de vocabulário, que se mostrou, portanto, mais eficaz na avaliação de alterações no desenvolvimento infantil. Sugere-se, então, que, caso seja necessária a inclusão de apenas um dos dois testes em triagens fonoaudiológicas, na faixa etária da pesquisa, o teste de vocabulário seja o escolhido, apesar de ambos serem instrumentos importantes e necessários na atuação da Fonoaudiologia como promotora de saúde.

Sendo assim, considera-se relevante a discussão do desenvolvimento fonológico e lexical de crianças na faixa etária de quatro anos a cinco anos e 11 meses, uma vez que esta temática pode contribuir para avanços na área da Fonoaudiologia e da promoção da saúde. Destaca-se a importância dos recursos do ambiente familiar para um desenvolvimento linguístico adequado, uma vez que este meio é determinante para eclosão do desenvolvimento global. Uma instituição de financiamento privado apenas não garante bom desempenho no desenvolvimento da criança, assim como uma instituição pública não é determinante de um desempenho inferior. Outro fato que merece destaque é a escolaridade parental que, mesmo não havendo significância estatística no presente estudo, evidencia a importância e a influência que essa formação exerce no desenvolvimento linguístico infantil. Deve-se ressaltar ainda que os testes de fonologia e vocabulário utilizados constituem instrumentos de extrema importância na avaliação fonoaudiológica do desenvolvimento infantil.

Apesar dos avanços proporcionados pelo presente estudo, algumas limitações foram detectadas durante a sua elaboração. Dentre elas, cita-se o tamanho e o delineamento da amostra, já que foram utilizadas apenas duas instituições de ensino públicas e uma privada. Tal fato impede, portanto, a generalização dos achados. Além disso, durante a pesquisa, não foram realizadas atividades que envolvessem as instituições de maneira completa e abrangessem, por exemplo, sua metodologia de ensino. Deste modo, fazem-se necessárias futuras pesquisas que abranjam estudos populacionais, a fim de tornar os resultados mais consistentes para serem incorporados à prática.

Por fim, os achados da presente pesquisa reforçam o papel da Fonoaudiologia nas instituições de ensino, como área promotora de saúde. Neste contexto, frisa-se a importância da construção de ações fonoaudiológicas voltadas para a qualidade de vida, a educação e a saúde, em detrimento de atividades apenas preventivas, direcionadas para a doença.

Conclusão

O estudo revelou associação entre fonologia e vocabulário expressivo de crianças na faixa etária de quatro anos a cinco anos e 11 meses e que a maior parte das crianças que apresentaram bom desempenho na prova de vocabulário também demonstrou adequação dos aspectos fonológicos. Ressalta-se ainda que, no presente estudo, não houve evidência de associação entre instituição de ensino, escolaridade parental e desenvolvimento fonológico e lexical.

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  • Fonte de auxílio: Trabalho de Iniciação Científica com bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica PIBIIC CNPq

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Ago 2015

Histórico

  • Recebido
    07 Nov 2013
  • Aceito
    25 Abr 2014
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