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Triagem otoneurológica em operários da construção civil que executam trabalho em altura

RESUMO

Objetivo:

avaliar a prevalência de sinais e sintomas otoneurológicos em operários da construção civil do campus saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que trabalham expostos à altura.

Métodos:

estudo observacional transversal constituído por 33 trabalhadores da construção civil. Foi utilizado o Protocolo Ofício de Gestão de Diagnóstico Otoneurológico composto por anamnese, provas vestibulares realizadas por meio de Dix-Hallpike e nistagmo de posição, avaliação da dinâmica vestibular utilizando a prova de Head Shaking, provas de equilíbrio estático, dinâmico, cerebelares, investigação complementar dos pares cranianos, conclusão/conduta e orientação. Os dados foram lançados em planilha do programa SPSS versão 13.0, sendo consideradas significantes as diferenças que apresentaram nível de significância de até 5%.

Resultados:

todos os participantes eram do gênero masculino. A média de idade foi de 38,1 anos, variando de 21 a 65 anos. Um terço dos participantes apresentaram alteração na triagem devido a queixa de equilíbrio e/ou zumbido. Por meio do teste Qui-Quadrado foi possível observar diferença estatisticamente significante entre o grupo com queixa de equilíbrio para as variáveis de distúrbios circulatórios, cefaleia e uso de medicamentos, sendo que este último estatisticamente significante também no grupo com queixa de zumbido.

Conclusão:

um terço dos trabalhadores da construção civil que executam trabalho em altura apresentou triagem otoneurológica sugestiva de alteração.

Descritores:
Fonoaudiologia; Equilíbrio Postural; Categorias de Trabalhadores; Indústria da Construção

ABSTRACT

Purpose:

to investigate the prevalence of otoneurological signs and symptoms in construction workers at the health campus of Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) that perform their functions at height.

Methods:

the cross-sectional observational study consisted of 33 construction workers. The Protocolo Ofício de Gestão de Diagnóstico Otoneurológico (Otoneurological Diagnosis Management Service Protocol) was used, which is composed of medical case history, vestibular tests including Dix Hallpike test and Positional Nystagmus, vestibular dynamics evaluation using Head Shaking Nystagmus test, static and dynamic balance tests, cerebellar exam, complementary investigation of the cranial nerves, completion/conduct and orientation. The data were entered into a SPSS 13.0 spreadsheet, considering significant the differences up to the level of 5%.

Results:

all participants were male. The average age was 38.1 years, ranging from 21 to 65 years. One third of the participants showed changes in screening due to complaints about imbalance and/or tinnitus. Chi-square test revealed a statistically significant difference in the group with complaints of imbalance in relation to the variables of circulatory dysfunctions, headache and use of medicines; the last was also statistically significant in the group with tinnitus.

Conclusion:

one third of the construction workers who perform work at height presented otoneurological screening results that indicate alteration.

Keywords:
Speech, Language and Hearing Sciences; Postural Balance; Occupational Groups; Construction Industry

Introdução

O equilíbrio corporal é fundamental para a adoção de reações posturais que permitam a realização de movimentos com harmonia, conforto físico e mental, mantendo a postura ereta e evitando quedas11. Flores FT, Rossi AG, Schmidt PS. Avaliação do equilíbrio corporal na doença de Parkinson. Arq Int Otorrinolaringol. 2011;15(2):142-50.. Para que o equilíbrio seja mantido, faz-se necessária uma interação entre os sistemas vestibular, visual e proprioceptivo22. Kleiner AFR, Schlitter DXC, Arias MDRS. O papel dos sistemas visual, vestibular, somatossensorial e auditivo para o controle postural. Rev Neurocienc. 2011;19(2):349-57.. Uma disfunção entre estes três sistemas pode ser manifestada por meio da tontura33. Hueb MM, Feliciano CP. Avaliação vertiginosa das síndromes vertiginosas. Rev Hosp Univ Pad Ern. 2012;11(3):23-35..

A tontura é a sensação de perturbação do equilíbrio corporal e pode ser definida como uma percepção errônea, ilusão ou alucinação de movimento, sensação de desorientação espacial do tipo rotatório (vertigem) ou não-rotatório (instabilidade, flutuação, oscilações)44. Ganança FF, Gazzola JM, Aratani MC, Perracini MR, Ganança MM. Circunstâncias e consequências de quedas em idosos com vestibulopatias crônicas. Rev Bras Otorrinolaringol. 2006;72(3):388-93.. Pode acometer indivíduos de qualquer faixa etária, sendo mais comum entre a população adulta/idosa, com idade superior a 40 anos (55. Scherer S, Lisboa HRK, Psqualotti A. Tontura em idosos: diagnostic otoneurológico e interferência na qualidade de vida. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2012;17(2):142-50..

Pacientes com tontura geralmente relatam dificuldade de concentração mental, lapsos de memória, fadiga, insônia ou sonolência, insegurança, irritabilidade, ansiedade e depressão66. Vieira AAU, Aprile MR, Paulino CA. Exercício físico, envelhecimento e queda em idosos: Revisão Narrativa. Rev Equi Corp Saú. 2014;6(1):25-33.. Desequilíbrios constantes, leves ou intensos, podem levar o indivíduo a uma incapacitação em vários âmbitos da vida, dentre eles o trabalho, podendo expor o trabalhador ao risco de queda77. Teixeira CS, Korbes D, Rossi AG. Ruído e equilíbrio: aplicação da posturografia dinâmica em indústria gráfica. Rev CEFAC. 2011;13(1):92-101..

A queda por altura é o fator ocupacional que apresenta o maior risco de morte neste ambiente, representando aproximadamente 40% dos casos88. Firetti VL. Trabalho em altura: legislação, soluções e análise [monografia] Curitiba (Paraná): Universidade Tecnológica Federal do Paraná; 2013.. Essa porcentagem se faz relevante principalmente em relação a construção civil, que apresenta más condições de trabalho e é um dos setores da economia que mais tem se desenvolvido nos últimos anos, gerando um aumento do número de trabalhadores e, consequentemente, no número de acidentes de trabalho99. Lima JL. Avaliação em trabalho com andaime suspenso da conformidade com a NR 35 em obra de construção civil vertical [monografia]. Curitiba (Paraná): Universidade Tecnológica Federal do Paraná; 2013..

De acordo com a Norma Regulamentadora (NR) 35 do Ministério do Trabalho e Emprego1010. MTe: Ministério do Trabalho. NR-35 Trabalho em Altura. [citado em 27 de março de 2012]. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A3D63C1A0013DAB8EA3975DDA/NR-35%20(Trabalho%20em%20Altura).pdf.
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C...
, é considerado trabalho em altura toda atividade realizada acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda. Inúmeras podem ser as causas que desencadeiam a queda, dentre elas tontura, e demais alterações otoneurológicas, distúrbios do equilíbrio e deficiência da estabilidade postural1111. Manual de auxílio na interpretação e aplicação da Norma Regulamentadora 35 Trabalhos em Altura - NR 35 Comentada. Disponível em http://www.sfiec.org.br/palestras/saude/sst-4jornada/1NR35comentada.pdf
http://www.sfiec.org.br/palestras/saude/...
. Associado a esses sintomas, podem surgir ainda outros sintomas que, direta ou indiretamente, tendem a piorar o quadro clínico do trabalhador, tais como, cefaléia, escurecimento da visão, nistagmo, distúrbios do sono, zumbido, perda auditiva, instabilidade, desvio da marcha ao andar, dificuldade de fixação do olhar, náuseas e vômitos1212. Gorski LP, Andrade MS, Canto JD. Proposta de triagem do equilíbrio corporal aplicada a um grupo da terceira idade. Rev Salus. 2008;2(1):37-45..

Com o objetivo de avaliar a frequência de sinais e sintomas relacionados a alterações do equilíbrio em trabalhadores que necessitam de adequado equilíbrio para exercer suas funções com segurança em altura e/ou aquelas que possuem queixa de tontura, foi desenvolvido o Protocolo Ofício de Gestão de Diagnósticos Otonoeurológicos1313. Meira AL, Silva CB, Lorentz D, Barbosa KR, Almeida KN, Miranda LS. Verificação da aplicabilidade do Protocolo Ofício de Gestão de Diagnósticos Otoneurológicos. 27° Encontro Internacional de Audiologia; 14 a 17 de abril de 2012, Bauru; 2012 .. Este protocolo é composto por anamnese, provas de equilibriometria, investigação complementar dos pares cranianos, conclusão/conduta e orientação.

O objetivo deste trabalho é avaliar a frequência de sinais e sintomas otoneurológicos em operários da construção civil do campus saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que trabalham expostos à altura por meio da aplicação de triagem otoneurológica.

Métodos

Estudo observacional transversal analítico constituído por 33 trabalhadores da construção civil que executam suas tarefas em ambientes acima de dois metros do nível inferior, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFMG sob protocolo número 719.442.

Inicialmente os operários foram convidados a participar de uma palestra intitulada "Triagem otoneurológica em operários da construção civil que executam trabalho em altura", quando foram fornecidas informações sobre a realização da pesquisa, procedimentos aos quais seriam submetidos, riscos e benefícios. Após a palestra, todos os trabalhadores presentes foram convidados a participar da pesquisa. As avaliações foram agendadas e todos os participantes que voluntariamente compareceram, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os atendimentos foram realizados no Laboratório de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da UFMG.

O indivíduo foi submetido à anamnese, composta por questões sobre alterações metabólicas, disfunções hormonais, circulatórias, alterações cervicais, uso de medicamento regulares, consumo de cafeína, álcool e nicotina, histórico familiar para labirintopatias e as queixas em relação às alterações de equilíbrio e zumbido. Em relação ao equilíbrio, se o paciente confirmasse o sintoma, o mesmo era questionado sobre o tipo, início, duração, intensidade, frequência, fatores que pioram e melhoram a tontura, se havia ou não relação com o movimento de cabeça e deambulação. Quanto ao zumbido, caso o paciente afirmasse sua percepção, o mesmo era questionado sobre em qual orelha ocorria o zumbido, a intensidade, frequência, fatores que melhoram e pioram o zumbido.

Na sequência o Protocolo Ofício de Gestão de Diagnóstico Otoneurológico1313. Meira AL, Silva CB, Lorentz D, Barbosa KR, Almeida KN, Miranda LS. Verificação da aplicabilidade do Protocolo Ofício de Gestão de Diagnósticos Otoneurológicos. 27° Encontro Internacional de Audiologia; 14 a 17 de abril de 2012, Bauru; 2012 . (Anexo 1 Anexo 1 - TRIAGEM OTONEUROLÓGICA ) foi aplicado em todos os participantes. Esse protocolo foi desenvolvido para aplicação no ambiente ocupacional e consiste numa triagem prática e rápida dos sistemas responsáveis pelo equilíbrio, identificando indivíduos que apresentam sinais e sintomas de desequilíbrio corporal a fim de prevenir o risco de quedas em altura e acidentes de trabalho. Os indivíduos que apresentarem alteração na triagem devem ser encaminhados para avaliação otoneurológica completa. A triagem tem o objetivo inicial de determinar se existem sinais sugestivos de lesão periférica ou central nos sistemas responsáveis pelo equilíbrio corporal para que sejam tomadas condutas e encaminhamentos adequados. As provas vestibulares constantes no protocolo de triagem (Anexo 1 Anexo 1 - TRIAGEM OTONEUROLÓGICA ) foram selecionadas de modo a não necessitarem de nenhum equipamento especial e por serem facilmente aplicadas no ambiente ocupacional. Para aplicação do protocolo é necessário somente uma sala com maca e cadeira fixa, e que possua um espaço de aproximadamente um metro quadrado de área livre para o trabalhador realizar as provas de equilíbrio estático e dinâmico.

O modelo de formulário utilizado para triagem otoneurológica em trabalhadores que executam trabalho em altura é composto pelas seguintes sessões: I. Complemento da Anamnese Clínico-Ocupacional; II. Provas de Equilíbrio; III. Investigação Complementar dos Pares Cranianos; IV. Conclusão e Conduta, e V. Orientação (Anexo 1 Anexo 1 - TRIAGEM OTONEUROLÓGICA ).

Dentre as provas de equilíbrio realizadas, a primeira foi a pesquisa de vertigem e Nistagmo de Posicionamento por meio da prova de Dix-Hallpike. Essa prova avalia a mecânica labiríntica permitindo identificar a presença de otoconias nos canais semicirculares1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. O paciente foi colocado em uma maca, em posição sentada, e foi orientado a fixar os olhos em um ponto preestabelecido em cada mudança cefálica. Com a cabeça virada a 45° para o lado, rapidamente o paciente passa da posição sentada para a posição de cabeça pendente, sendo essa inclinação mantida por 40 segundos enquanto observa-se os movimentos oculares dos eventuais nistagmos, voltando a posição sentada logo em seguida. O mesmo foi realizado para o outro lado. A prova foi considerada positiva nos casos de vertigem posicional paroxística benigna, sendo essa a causa mais comum de vertigem periférica1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. Logo em seguida, foi realizada a pesquisa de vertigem e Nistagmo Posicional, em que, com o paciente ainda na maca, foram realizados movimentos com a cabeça e o corpo nas posições de decúbito dorsal, lateral para a direita e esquerda, dorsal com cabeça pendente, dorsal com cabeça pendente para a direita e para a esquerda e posição sentada. Em cada posição observou-se a presença de nistagmo e sua direção. Sabe-se que em lesões vestibulares periféricas o nistagmo horizontal é mais evidente, ao passo que nas lesões centrais podem ser observados nistagmos verticais1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. A presença de nistagmo ou vertigem foram sugestivas de alteração nessas provas33. Hueb MM, Feliciano CP. Avaliação vertiginosa das síndromes vertiginosas. Rev Hosp Univ Pad Ern. 2012;11(3):23-35..

Em seguida foi avaliada a dinâmica vestibular por meio do Head Shaking Teste. Esta prova é usada para avaliar a dinâmica vestibular, sendo útil na determinação de disfunções centrais. O paciente foi orientado a fechar os olhos e sua cabeça foi abaixada 30° para horizontalizar os canais semicirculares laterais. Em seguida, a cabeça do paciente foi submetida a uma rotação para a direita e esquerda alternadamente, em aproximadamente 45° para cada lado, o mais rápido possível, durante 30 segundos. Após o término das oscilações, o paciente abre os olhos e o examinador observa se teve ou não ocorrência de nistagmo. Nos casos de lesão periférica unilateral observa-se nistagmos horizontais, e em lesões centrais são evidenciados nistagmos verticais após Head Shaking no plano horizontal1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. A prova foi considerada alterada quando observou-se nistagmo após a abertura ocular.

O cerebelo desempenha uma importante função na programação dos atos motores e na coordenação dos reflexos desencadeados para a manutenção do equilíbrio1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. Para sua avaliação foram selecionadas as provas de index-index, onde o paciente mantém os braços estendidos e paralelos na altura dos ombros, com os dedos indicadores apontando para frente com os olhos fechados; a prova de index-naso, em que o indivíduo deve tocar a ponta do nariz com o dedo indicador, alternando os braços; e a diadococinesia, em que o paciente alterna movimentos de palma e dorso de mão, rapidamente. A falta de coordenação na execução dos movimentos solicitados foi considerada como alteração11. Flores FT, Rossi AG, Schmidt PS. Avaliação do equilíbrio corporal na doença de Parkinson. Arq Int Otorrinolaringol. 2011;15(2):142-50..

A avaliação do equilíbrio estático foi realizada por meio do Teste de Romberg. O paciente foi orientado a ficar em pé, com os braços juntos ao corpo, inicialmente com os olhos abertos, fechando-os alguns segundos depois. Observa-se a diferença entre a oscilação com e sem o auxílio da visão. As quedas laterais são observadas nas lesões labirínticas periféricas, enquantos outros tipos de quedas, em especial para trás, são observadas nas lesões centrais1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51.. Quanto ao equilíbrio dinâmico, realizado por meio da prova de Unterberger, o paciente foi orientado a marchar sem sair do lugar, inicialmente com os olhos abertos e em seguida, fechados. A presença de giro do corpo para um dos lados, em especial as rotações superiores a 45º, foi considerada sugestiva de disfunção vestibular periférica1414. Zuma e Maia FC, Carmona S, Costa SS. Avaliação clínica do paciente vertiginoso. In: Zuma e Maia FC, Albernaz PLM, Carmona S. Otoneurologia Atual. Rio de Janeiro: Revinter; 2014. p.25-51..

Quanto à investigação complementar dos nervos cranianos, para avaliar os pares cranianos III, IV e VI (nervo oculomotor, troclear e abducente) foi utilizada uma caneta colocada em diferentes direções (para cima, para baixo, direita, esquerda, oblíquo inferior direita e esquerda e circular). O paciente foi orientado a acompanhar o movimento da caneta com os olhos, sem mexer a cabeça. O V par craniano (nervo trigêmio) foi avaliado tocando os terços da face com um pedaço de algodão e, com os olhos fechados, o paciente deveria dizer qual parte da face estava sendo tocada. O VII par craniano (nervo facial) foi avaliado por meio da percepção de estímulo gustativo (doce e salgado).

A triagem foi classificada como "passa" em indivíduos que não relataram queixa de alteração de equilíbrio e zumbido, e ainda não apresentaram alteração nas provas de equilíbrio realizadas. Nesse caso, os participantes foram somente orientados a, caso sintam quaisquer sinais e/ou sintomas relacionados ao equilíbrio, suspenderem as atividades de trabalho e procurarem o serviço de saúde mais próximo.

Foi considerado como "falha" na triagem indivíduos que apresentaram queixa ou histórico de alteração do equilíbrio e/ou alteração em qualquer uma das provas de equilíbrio. É importante ressaltar que a triagem isolada não permite estabelecer um diagnóstico otoneurológico, mas identifica casos sugestivos de alteração, que devem ser encaminhados à avaliação otoneurológica completa. Os participantes que falharam na triagem também receberem orientações sobre dieta nutricional e cuidados relativos aos hábitos de vida diária relacionados ao equilíbrio corporal.

Após a análise dos resultados os participantes foram distribuídos em quatro grupos, de acordo com os resultados obtidos. O Grupo 1 (G1) foi composto por indivíduos que não apresentaram queixa e/ou alteração, ou seja, que passaram na triagem. Os demais grupos foram constituídos por participantes que falharam na triagem. O Grupo 2 (G2) foi composto por indivíduos que apresentaram queixa de desequilíbrio. No Grupo 3 (G3) foram incluídos todos os indivíduos que tiveram queixa de zumbido. O Grupo 4 (G4) foi composto por indivíduos que tiveram queixa de desequilíbrio e zumbido. Os três últimos grupos foram comparados com o primeiro, a fim de relacionar os dados encontrados na anamnese/avaliação em indivíduos com e sem queixas/alterações de equilíbrio e zumbido. Os dados foram lançados em planilha do programa SPSS versão 13.0.

Foram comparadas as frequências entre os grupos em relação às variáveis analisadas utilizando o teste Qui-quadrado. Foram consideradas significantes as diferenças que apresentaram nível de significância menor ou igual a 5%.

Resultados

Dos 33 participantes, 100% eram do gênero masculino. A média de idade foi de 38,1 anos (± 11,37), variando de 21 a 65 anos, sendo o maior grupo composto por indivíduos com idade entre 21 e 39 anos (54,5%), seguido do grupo de indivíduos com idade entre 40 e 59 anos (42,4%). A Tabela 1 apresenta os dados relativos à idade dos participantes.

Tabela 1:
Distribuição em relação à idade

Todas as provas vestibulares realizadas apresentaram-se sem alterações, mas um terço dos trabalhadores apresentaram triagem otoneurológica sugestiva de alteração devido à presença de queixa de desequilíbrio e/ou zumbido. A Tabela 2 apresenta os dados relativos às triagens alteradas.

Tabela 2:
Indivíduos com e sem alteração

Em relação à função dos participantes na construção civil, 21,2% eram pedreiros, 18,2% pintores, 12,1% eletricista e 9,1% montador, entre outros. Os dados relacionados à função encontram-se na Tabela 3.

Tabela 3:
Dados relativos à função

Quanto aos dados encontrados na anamnese, 6,1% dos participantes relataram ter alterações metabólicas, 3% disfunção hormonal, 27,3% distúrbios circulatórios e/ou cardiopatias, 24,2% alteração de coluna, 15,2% relataram sentir cefaléia ou enxaqueca e 21,2% afirmaram histórico familiar para labirintopatias. Os dados relativos às alterações encontradas na anamnese encontram-se na Tabela 4.

Tabela 4:
Dados relativos às alterações encontradas na anamnese

Quanto ao consumo de cafeína, álcool e nicotina, 31 (91%) indivíduos relataram uso constante de cafeína, 16 (48,5%) afirmaram fazer uso de álcool e nove (27,3%) afirmaram usar nicotina. Apenas um indivíduo relatou não fazer uso de nenhuma substância. Em relação ao uso de medicamentos, oito indivíduos (24,2%) relataram seu uso contínuo e, dentre eles estão o Atenolol, Losartan, Clorana, Hidroclorotiazida, Sinvastatina, Vitamina D e Nifedipina. Desses oito indivíduos, três fazem uso de mais de um destes medicamentos. Os dados relacionados ao consumo de cafeína, álcool, nicotina e medicamentos encontram-se na Tabela 5.

Tabela 5:
Consumo de cafeína, álcool, nicotina e medicamentos

Com relação à alteração do equilíbrio, seis (18,2%) dos 33 participantes relataram desequilíbrio e, em relação ao zumbido, sete (21,2%) relataram a percepção do mesmo. Nas provas de equilíbrio e investigação complementar dos pares cranianos, nenhum indivíduo apresentou alteração.

As comparações do G1 com os demais grupos foram realizadas por meio do teste Qui-quadrado, sendo observadas diferenças estatisticamente significantes em relação aos distúrbios circulatórios/cardiopatias, uso de medicamento regular, cefaleia/enxaqueca e consumo de cafeína associado ao consumo de álcool no G2. No G3, foi obervada diferença estatisticamente significante em relação ao uso de medicamento regular. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes na comparação com o G4. Os dados relacionados às comparações entre os grupos encontram-se na Tabela 6.

Tabela 6:
Estatísticas descritivas e comparações entre grupos

Discussão

Em relação ao gênero, 100% da amostra foi composta por indivíduos do gênero masculino. O mesmo resultado foi encontrado em outro estudo, que afirma que a maior parte dos trabalhadores do sexo masculino se concentram na construção civil1515. Ogido R, Costa EA, Machado HC. Prevalência de sintomas auditivos e vestibulares em trabalhadores expostos a ruído ocupacional. Rev Saúde Pública. 2009;43(2):377-80..

A média de idade foi de 38,1 anos e o maior grupo foi composto por indivíduos com idades entre 21 e 39 anos. Esse resultado corrobora com outro estudo que relata que a diminuição da idade neste setor está relacionada à própria perda da capacidade ou características físicas importantes para a atividade em função1616. Silva ARP. Perfil dos operários da construção civil na cidade do Rio de Janeiro (Avaliação do nível de satisfação dos operários). IV Congresso Nacional em Gestão; 31 de julho a 02 de agosto de 2008, Rio de Janeiro.). Entretanto, outros estudos afirmam que a mão-de-obra da construção civil brasileira apresenta trabalhadores com faixa etária avançada1717. DIEESE: Departamento Intersindical de estatística e estudos socioeconômicos. O trabalho por conta própria na construção civil. [citado fevereiro 2011]. Disponível em: http://www.dieese.org.br/boletimtrabalhoeconstrucao/2011/2011boletimConstrucaoCivil5.pdf.
http://www.dieese.org.br/boletimtrabalho...
),(1818. DIEESE: Departamento Intersindical de estatística e estudos socioeconômicos. Perfil da construção civil no estado da Bahia. [citado em setembro 2012]. Disponível em: http://www.dieese.org.br/projetos/informalidade/perfilConstrucaoCivilBA.pdf.
http://www.dieese.org.br/projetos/inform...
. Devido à expansão da construção civil, é possível afirmar que os jovens entram nesse ramo de atividade em busca de uma primeira oportunidade de emprego e com isso vão conquistando cada vez mais esta área, que exige deles força, agilidade e esforço físico. Neste estudo, um terço dos trabalhadores tiveram queixa de equilíbrio e/ou zumbido e, portanto, o resultado da triagem otoneurológica foi alterado. Não foram encontrados outros estudos na literatura que relacionassem trabalho em altura e triagem otoneurológica. Portanto, é importante saber o tipo de alteração mais prevalente, a intensidade, e se a queixa prejudica o indivíduo durante a jornada de trabalho.

Quanto à função, 21,2% dos trabalhadores eram pedreiros e 18,2% pintores, que juntos representaram 39,4% da amostra, sendo que um terço destes trabalhadores apresentou queixa de equilíbrio e zumbido. Estudo feito em 2005 evidenciou que pedreiros representam 55,2% dos acidentados na construção civil e pintores, 7,5% 1919. Moreira MD, Costa VSP, Melo JJ, Marchiori LLM. Prevalência e associações da vertigem posicional paroxística benigna em idosos. Rev CEFAC. 2014;16(5):1533-40.. Este achado evidencia ainda mais a necessidade de utilização de métodos preventivos no âmbito da construção civil, a fim de diminuírem seus riscos.

Não foram encontrados na literatura estudos que comparassem as alterações metabólicas e de coluna cervical, disfunções hormonais e distúrbios circulatórios em trabalhadores expostos a altura. Entretanto, sabe-se que vários problemas não vestibulares podem afetar o equilíbrio do indivíduo 1717. DIEESE: Departamento Intersindical de estatística e estudos socioeconômicos. O trabalho por conta própria na construção civil. [citado fevereiro 2011]. Disponível em: http://www.dieese.org.br/boletimtrabalhoeconstrucao/2011/2011boletimConstrucaoCivil5.pdf.
http://www.dieese.org.br/boletimtrabalho...
. No presente estudo houve apenas um (3%) relato desta alteração, sendo este de um operário.

Quanto aos distúrbios circulatórios e/ou cardiopatias nove (27,3%) trabalhadores relataram apresentar esse distúrbios. Este achado corrobora com estudo encontrado na literatura que cita os distúrbios cardiovasculares como as principais causas de vertigem ou tontura 2020. Cal R, Junior FB. Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74(4):606-12.. A ocorrência de alteração da coluna cervical foi presente em oito (24,2%) trabalhadores. Este achado também foi encontrado em outros estudos que fazem referência sobre esta alteração ao quadro clínico otoneurológico 1919. Moreira MD, Costa VSP, Melo JJ, Marchiori LLM. Prevalência e associações da vertigem posicional paroxística benigna em idosos. Rev CEFAC. 2014;16(5):1533-40..

Quanto à presença de cefaléia ou enxaqueca, observou-se que cinco (15,2%) indivíduos relataram apresentar um desses sintomas. No entanto, em outros estudos a cafeléia e/ou enxaqueca foram prevalentes, principalmente com quadro de tontura e vertigem associado 2020. Cal R, Junior FB. Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74(4):606-12.. Sendo assim, é de suma importância distinguir se o trabalhador apresenta a queixa de cefaléia e/ou enxaqueca associado a quadro de disfunção auditiva vestibular, pois confirmando, é possível que o indivíduo tenha a sensação de desequilíbrio, náusea prejudicando assim, principalmente o trabalhador que necessita de atuar em altura.

Com relação à história familiar para labirintopatias sabe-se que pode haver uma relação entre a predisposição familiar e a presença de alterações metabólicas, cefaléia ou enxaqueca, distúrbios circulatórios e disfunções hormonais 1212. Gorski LP, Andrade MS, Canto JD. Proposta de triagem do equilíbrio corporal aplicada a um grupo da terceira idade. Rev Salus. 2008;2(1):37-45., corroborando com os achados deste estudo, no qual sete (21,2%) dos 33 indivíduos avaliados relataram ter antecedentes familiares com estas alterações.

Neste estudo observou-se que oito (24,2%) trabalhadores faziam uso de um ou mais medicamentos ao dia. Este resultado corrobora com os achados em outros estudos, nos quais descrevem que efeitos colaterais e a quantidade de medicamento ingerida podem contribuir e/ou desencadear tontura 2121. Maarsingh OR, Dros J, Schellevis FG, Weert HC van, Windt DA van der, Riet G, et al. Causes of Persistent Dizziness in Elderly Patients in Primary Care. Ann Fam Med. 2010;8(3):196-205.),(2222. Paulino CA, Doná F, Aprile MR. Ocorrência de queixas vestibulares e uso de medicamentos em adultos. Rev Equi Corp Saú. 2013;5(2):43-52..

Em relação ao consumo de cafeína, álcool e nicotina foi observado que 94% dos indivíduos fazem uso de cafeína, 48,5% de álcool e 27,3% de nicotina. De acordo com outros estudos, a cafeína tem efeito diurético, propriedades estimulantes, fazendo com que os sintomas de vertigem e zumbido piorem. Já o álcool afeta a orelha interna, alterando o volume e a concentração dos seus líquidos causando os sintomas cócleo-vestibulares 2323. Silva DF, Guimarães LC. Utilização da cafeína como ergogênico nutricional no exercício físico. Rev Cient UNIFOR. 2013;8(1):59-74.),(2424. Tavares C, Sakata RK. Cafeína para tratamento de dor. Rev Bras Anestesiol. 2012;62:387-401.. Estudos mostram que a nicotina possui ações sistêmicas, medidas por receptores nicotínicos, encontrado no sistema nervoso central (SNC)2525. Oliveira CB, Kniess CT, Dias LB, Bacaicoa MH. Estudo da nicotina através da quimioprevenção. Rev Ibirapuera. 2011;1(1):26-30., além de possuir efeitos periféricos, que variam de dores de cabeça a tontura 2626. Prezotto AO, Paulino CA, Aprile MR. Hábitos de vida, comobirdades e uso de medicamentos em idosas vestibulopatas. Rev Equil Corp Saú. 2010;2(2):2-15..

É importante destacar que todas as triagens alteradas estiveram relacionadas apenas à presença de queixas de tontura ou zumbido relatadas pelos participantes, e não foram encontradas alterações nas provas vestibulares realizadas. Não foram encontrados estudos na literatura com trabalhadores da construção que realizaram as provas utilizadas na presente pesquisa.

Os trabalhadores foram divididos em quatro grupos de acordo com a queixa apresentada. O grupo 1 foi composto pelos trabalhadores sem queixa de alteração de equilíbrio e/ou zumbido. No grupo 2 foram incluídos os indivíduos apenas com queixa de alteração de equilíbrio. O grupo 3 foi composto pelos trabalhadores com queixa apenas de zumbido. O grupo 4 reuniu os indivíduos com queixa de alteração de equilíbrio e zumbido. A análise estatística revelou diferenças estatisticamente significantes no G2 em relação às variáveis distúrbios circulatórios e/ou cardiopatas, uso regular de medicamentos, consumo de cafeína associado ao consumo de álcool e cefaleia/enxaqueca. No G3, apenas o uso regulares de medicamentos foi estatisticamente significante. No G4, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes em nenhuma variável. Os distúrbios circulatórios podem causar comprometimento periférico e/ou central dos sistemas auditivo e/ou vestibular 44. Ganança FF, Gazzola JM, Aratani MC, Perracini MR, Ganança MM. Circunstâncias e consequências de quedas em idosos com vestibulopatias crônicas. Rev Bras Otorrinolaringol. 2006;72(3):388-93., mas não foi encontrado estudo que relacione tal alteração com a população da construção civil. No presente estudo, oito (24,2%) indivíduos fazem uso de medicamentos para pressão, hipertensão e colesterol, semelhante a outro estudo com uma população idosa e não com trabalhadores da construção civil 2626. Prezotto AO, Paulino CA, Aprile MR. Hábitos de vida, comobirdades e uso de medicamentos em idosas vestibulopatas. Rev Equil Corp Saú. 2010;2(2):2-15.. Contudo, não foram encontradas na literatura pesquisas que relatassem os tipos de medicamentos mais utilizados por trabalhadores com queixa de equilíbrio e/ou zumbido. Em relação com consumo de cafeína e álcool, observou-se que metade (50%) dos trabalhadores com queixa de desequilíbrio confirmou tal consumo. Não foram encontrados estudos que investigaram o consumo dessas substâncias em trabalhadores da construção civil, porém um estudo confirma a associação entre a presença de sintomas vestibulares e a ingestão habitual de cafeína 2727. Felipe L, Simões LC, Gonçalves DU, Mancini PC. Avaliação do efeito da cafeína no teste vestibular. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005;71(6):758-62.. A prevalência de 50% de indivíduos com cefaléia ou enxaqueca corrobora com outros estudos, que confirmam o relato de crise de cefaléia em indivíduos com distúrbios do equilíbrio, principalmente na fase mais produtiva da vida, entre 30-39 anos (2020. Cal R, Junior FB. Enxaqueca associada a disfunção auditivo-vestibular. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74(4):606-12.. Por se tratar de uma população jovem e inserida precocemente no mercado de trabalho, é de suma importância que se implemente programas de triagem de distúrbios do equilíbrio e, quando necessário, que se estabeleça o diagnóstico, a fim de que os indivíduos com queixas e que apresentam exames alterados sejam encaminhados para um tratamento eficaz, diminuindo o risco de acidentes graves na construção civil.

Ressalta-se que esta foi uma pesquisa com um número limitado de indivíduos e com grande escassez de estudos nesta área, sendo necessário a realização de novas pesquisas com um número maior de operários da construção civil.

Conclusão

Não foram encontradas alterações na pesquisa do nistagmo de posição e posicionamento, provas de equilíbrio estático, dinâmico, cerebelares, avaliação da dinâmica vestibular e na investigação complementar dos pares cranianos de operários da construção civil que executam trabalho em altura, mas o número de queixas relacionadas ao equilíbrio e zumbido foram elevadas, representado por um terço dos trabalhadores. Sugere-se a realização de triagem otoneurológica nos exames admissional e periódicos nesses trabalhadores, a fim de prevenir o risco de quedas em alturas e acidentes de trabalho.

Agradecimento

Ao engenheiro Vinicius Milleo e aos operários da construção civil do campus saúde da UFMG.

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  • Fonte de Auxílio: Pró-reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais

Anexo 1 - TRIAGEM OTONEUROLÓGICA

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jan-Feb 2016

Histórico

  • Recebido
    14 Abr 2015
  • Aceito
    02 Nov 2015
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