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Análise da produção científica brasileira em Motricidade Orofacial

RESUMO

Objetivo:

analisar a produção científica brasileira em Motricidade Orofacial de anais de congressos e periódicos brasileiros na área da Fonoaudiologia dos últimos seis anos.

Métodos:

para essa revisão bibliométrica foram considerados e tabulados os dados referentes ao ano de produção, tipo de estudo, região/estado brasileiro, modalidade da instituição de ensino superior, evento/revista e formato de apresentação. Os dados foram discutidos sob a ótica quantitativa e de valores representativos.

Resultados:

foram publicados 1299 estudos nos últimos seis anos. A maior produção foi alcançada em 2014 e houve predomínio de estudos originais. As Instituições de ensino superior públicas produziram mais estudos quando comparadas às privadas. O evento com maior número de publicações foi o Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, e o periódico com o maior número de publicações foi a Revista CEFAC. A região sudeste foi predominante em publicações, seguida da região nordeste.

Conclusão:

a caracterização da produção científica em motricidade orofacial permitiu verificar que esta é uma área de atuação consolidada embora ainda demande avanços.

Descritores:
Fonoaudiologia; Indicadores de Produção Científica; Brasil

ABSTRACT

Objective:

to analyze the Brazilian scientific production in Orofacial Motricity from the annals of Brazilian congresses and journals in the field of Speech Therapy in the last six years.

Methods:

for this bibliometric review, data related to the year of production, type of study, Brazilian region/State, modality of higher education institution, event/magazine and presentation format were considered and tabulated. The data were discussed from the perspective of quantitative and representative values.

Results:

1,299 studies have been published in the past six years. The highest production was achieved in 2014 and there was a predominance of original studies. Public higher education institutions produced more studies when compared to private ones. The event with the largest number of publications was the Brazilian Congress on Speech, Language and Hearing Sciences, and the journal with the largest number of publications was CEFAC Journal. The Southeast region was predominant in publications, followed by the Northeast region.

Conclusion:

the characterization of scientific production in orofacial motricity allowed us to verify that this is a consolidated area of activity, although it still requires advances.

Keywords:
Speech, Language and Hearing Sciences; Scientific Publication Indicators; Brazil

Introdução

A regulamentação da Fonoaudiologia como profissão impulsionou o delineamento dos estudos sobre a comunicação humana e seus distúrbios, definindo áreas específicas11. Brasil. Lei nº. 6965, de 09 de dezembro de 1981. Dispõe Sobre a Regulamentação da Profissão de Fonoaudiólogo, e determina outras providências. Diário Oficial da União 10 dez 1981; p. 23333. Disponível em: http://www.fonoaudiologia.org.br/ccfa/index.php/historia-da-fonoaudiologia/.
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, dentre elas a Motricidade Orofacial (MO), uma especialidade que concentra o estudo, pesquisa, prevenção, diagnóstico e tratamento do sistema miofuncional orofacial, bem como, das funções de respiração, sucção, mastigação, deglutição e fala. A criação do comitê científico de Motricidade Orofacial na Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, bem como, a fundação da Associação Brasileira de Motricidade Orofacial (ABRAMO) proporcionaram o agrupamento de profissionais desse campo de atuação para a realização de pesquisas na área22. Marchesan IQ, Duarte LIM. Histórico e áreas de domínio da motricidade orofacial no Brasil. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ (orgs). Tratado de Motricidade Orofacial. São Paulo: Editora Pulso; 2019. p.37-44..

Em 2002 foi publicada a primeira análise da produção científica em MO, tendo sido considerado o período de 1970 a 2000, demonstrando o aumento do número de trabalhos ao longo dos anos nessa área. A análise também demonstrou que as pesquisas brasileiras sobre o tema contemplavam aspectos como anamnese, diagnóstico e tratamento, em detrimento dos fatores etiológicos33. Alves MRM. A produção fonoaudiológica nacional em Motricidade Orofacial - 1970 a 2000 [Dissertação]. Curitiba (PR): Universidade Tuiuti do Paraná, Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana; 2002..

Outra pesquisa publicada em 2009 realizou um novo levantamento equivalente ao período de 2000 a 2005 de todas as áreas da Fonoaudiologia, tendo demonstrado que as pesquisas publicadas em MO corresponderam a 11,3% do total, sendo a terceira área com maior produtividade científica, desenvolvendo estudos perpassando crianças, adolescentes e adultos, porém, com enfoque predominante no diagnóstico e na intervenção dos distúrbios orofaciais44. Berberian AP, Ferreira LP, Corteletti LCBJ, Azevedo JBM, Marques JM. A produção do conhecimento em distúrbios da comunicação: análise de periódicos (2000-2005). Rev. Soc. Bras. 2009;14(2):153-9..

Seguindo os pressupostos dos estudos anteriores, em 2016 alguns autores desenvolveram outro levantamento científico na área de MO, correspondente aos anos de 2005 a 2015, um período mais extenso, possibilitando identificar um crescimento significante. Os autores identificaram que 14,3% da produção científica em periódicos corresponde à área de MO, sendo que, 73,5% são estudos do tipo artigo original. Quanto às temáticas não houve mudanças ao longo dos anos, pois a área ainda apresentou a mesma fragilidade dos anos anteriores discutindo aspectos ligados à prevalência e ao diagnóstico, e um baixo percentual com foco em terapia (6,8%)55. Tomaz-Morais J, de Lima JAS, Luckwü-Lucena BT, Batista AUD, Limeira RRT, Silva SM et al. Integral analysis of Brazilian scientific production in Orofacial Myology: state of art and future perspectives. Rev. CEFAC. 2016;18(2):520-32..

Alguns autores descrevem que as bases das aplicações clínicas ou sociais têm origem na produção científica22. Marchesan IQ, Duarte LIM. Histórico e áreas de domínio da motricidade orofacial no Brasil. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ (orgs). Tratado de Motricidade Orofacial. São Paulo: Editora Pulso; 2019. p.37-44.. Logo, desenvolver estudos sobre a atual produção científica contribui para identificação do perfil dos pesquisadores e dos estudos produzidos na área. Assim, a análise da literatura científica na área de MO favorece o caminho para publicações futuras de pesquisadores, pois permite conhecer a expansão ou a redução no número de estudos, gerando hipóteses para essa ocorrência e fornecendo possíveis respostas para ações que possam melhorar o quadro dos últimos anos.

Com base no exposto, esse estudo teve como objetivo analisar a produção científica brasileira em Motricidade Orofacial de anais de congressos e periódicos brasileiros na área da Fonoaudiologia dos últimos seis anos.

Métodos

Estudo descritivo-exploratório do tipo revisão bibliométrica66. Chueke GV, Amatucci M. O que é bibliometria? Uma introdução ao Fórum. Internext. 2015;10(2):1-5., não necessitando de aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram analisados os anais disponíveis na íntegra nos sites dos eventos do Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia (CBFa)77. Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa). Congressos. São Paulo, 2019 [Acesso em: 20 maio. 2019]. Disponível em: https://www.sbfa.org.br/portal2017/congressos.
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, Congresso Fonoaudiológico de Bauru (COFAB)88. Congresso Fonoaudiológico de Bauru (COFAB). Edições Anteriores. Bauru, 2019. [Acesso em: 20 mai 2019]. Disponível em: http://www.cofab.fob.usp.br/anais/.
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e Encontro Brasileiro de Motricidade Orofacial (EBMO)99. Associação Brasileira De Motricidade Orofacial (ABRAMO). Anais dos Encontros de MO. Campinas, 2019. [Acesso em 10 mar 2019]. Disponível em: http://www.abramofono.com.br/index.php/encontros-m-o/.
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referente às seis últimas edições. Também foram analisados os volumes dos periódicos brasileiros de acesso aberto na área da Fonoaudiologia: Revista CEFAC - Speech, Language, Hearing Sciences and Education Journal1010. Revista CEFAC. Edições Anteriores. São Paulo, 2019 [acesso em: 30 abr 2019]. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=1516-1846&lng=pt&nrm=iso.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=s...
, Communication Disorders, Audiology and Swallowing (CoDAS)1111. Communication Disorders, Audiology And Swallowing (CoDAS). Acervo. São Paulo, 2019. [Acesso em: 20 mai 2019]. Disponível em: http://www.codas.periodikos.com.br/archive.
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, Revista Distúrbios da Comunicação1212. Distúrbios da Comunicação. Anteriores. São Paulo, 2019. [Acesso em: 10 mai 2019]. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/dic/issue/archive.
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e Audiology Communication Research (ACR)1313. Audiology - Communication Research (ACR). Números: todos. São Paulo, 2019. [Acesso em: 25 mai 2019] Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=2317-6431&lng=pt&nrm=iso.
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publicados nos últimos seis anos (2014-2019). Todos os dados foram coletados via online por dois pesquisadores de forma independente. Após a coleta, os pesquisadores parearam as buscas realizadas para verificar quaisquer divergências nos dados. Um terceiro avaliador foi contatado a arbitrar em caso de discordância.

O levantamento bibliométrico foi realizado durante os meses de abril a dezembro de 2019. Todos os trabalhos encontrados nos sites dos eventos com anais publicados nas categorias: pôsteres, concorrentes a prêmio, teses e dissertações, bem como, comunicações orais foram incluídas na revisão. Foram excluídos estudos incompletos, não disponíveis na íntegra e eventos locais que não possuíam anais dos trabalhos publicados na área de MO. Nos periódicos foram incluídos os artigos completos originais, revisão integrativa, revisão sistemática, relato de caso e relato de experiência. Foram excluídas as comunicações, editoriais, cartas ao editor e resenhas. As variáveis analisadas foram: ano, tipo de estudo (revisão sistemática, revisão integrativa, estudo original, relato de caso e relato de experiência), região brasileira e estado brasileiro, modalidade da instituição de ensino superior (IES) (pública ou privada), evento/revista e formato de apresentação (resumo simples, expandido ou artigo completo).

Para extração das variáveis relacionadas à região e ao estado brasileiro, bem como à modalidade da IES, foi necessário acessar o Currículo Lattes por meio da Plataforma Lattes vinculada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)1414. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2019. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/. Acesso em: 26 dez 2019
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, pois em algumas edições dos eventos CBFa, COFAB e EBMO as filiações dos autores não constavam na folha do resumo no Anais. Foi realizada uma busca manual e individual do nome do primeiro autor ou no máximo segundo autor de cada trabalho disponível nos Anais; quando não localizado, a busca foi feita utilizando o título do trabalho. Foi considerado filiação institucional aquela que o autor estivesse vinculado durante o período no qual ocorreu a edição do evento. A região e o estado estavam associados à filiação da instituição do autor.

Os dados foram organizados em tabelas no Software Microsoft Excel 2016, e posteriormente transformados em gráficos para melhor visualização dos dados. A análise dos dados utilizou o método analítico descritivo por meio das fórmulas do próprio software Excel, considerando os valores absolutos (n) e relativos (%) de cada variável. Os dados foram apresentados por meio de seis figuras.

Revisão da Literatura

Resultados das Buscas

Foram publicados 1299 estudos nos últimos seis anos na área de MO. O ano de 2014 (21,9%, n = 285) e 2015 (19,6%, n = 251) apresentou o maior número de produções científicas na área. No ano de 2016 (13,1%, n = 167) verificou-se a menor produção científica dos últimos seis anos, conforme pode ser observado na Figura 1.

Figura 1:
Quantidade de publicações científicas em Motricidade Orofacial nos últimos anos (2014-2019)

Quanto ao tipo de estudos publicados na área, houve predomínio de estudos originais (n = 203) seguido de relatos de caso (n = 33) com destaque para o ano de 2014 e revisões sistemáticas (n = 31) no ano de 2015. Relatos de experiência representou o menor percentual entre todos os demais tipos de estudos, sendo 2016 o ano com menor número (n = 2) ( segundo dados dispostos na Figura 2).

Figura 2:
Tipos de estudos publicados em Motricidade Orofacial nos últimos anos (2014-2019)

Considerando a modalidade das instituições de ensino superior (Figura 3), as instituições públicas representaram 80,1% (n = 1040) de toda produção nacional na área de MO, com destaque para o ano de 2014 (n = 232) e 2015 (n = 202). Para as instituições privadas, houve pouca variação ao longo dos anos, e em 2018, a produção destas caiu pela metade (Figura 3).

Figura 3:
Produção científica segundo a modalidade da Instituição de Ensino Superior dos autores nos últimos anos (2014-2019)

Na análise dos eventos científicos, o maior destaque foi para o CBFa que publicou 457 trabalhos científicos na área (35,2%, n = 457) com destaque para o ano de 2014 (n = 136). O EBMO foi o segundo evento com 436 (33,6%, n = 436) estudos publicados nos anais, sendo o ano de 2017 (n = 98) sua maior edição em produção científica, conforme Figura 4.

Dentre os quatro periódicos avaliados, a revista CEFAC superou os demais com 140 publicações (10,8%, n = 140), sendo 2015 o ano de maior publicação (n = 40), embora tenha demonstrado uma queda de artigos na área nos anos seguintes, como mostra a Figura 4. O periódico Distúrbios da Comunicação apresentou o menor percentual de estudos na área de MO (2,3%, n = 30).

Figura 4:
Eventos e periódicos científicos na área da Fonoaudiologia que mais publicaram nos últimos anos (2014-2019)

Nos eventos nacionais foram publicados 809 (62,3%,) resumos simples, com destaque para o ano de 2014 (n = 193) e 290 (22,3%) artigos completos publicados em periódicos, sendo 2015 o ano com maior prevalência (n = 76), conforme Figura 5.

Figura 5:
Formato de apresentação da produção científica em Motricidade Orofacial nos últimos anos (2014-2019)

Dentre as regiões brasileiras, o Sudeste concentrou 48,5% (n = 630) das produções, sendo São Paulo (SP) (36%) o estado com maior representatividade (n = 468) seguido de Minas Gerais (8,4%, n = 109). O Nordeste (29,6%) foi a segunda região do país em maior produção científica na área de MO, sendo Pernambuco (12%, n = 156) o estado que mais contribuiu, seguido da Paraíba (7,4%, n = 96) conforme dados da Figura 6. A Região Norte apresentou a menor participação (n = 9) com menos de 1%.

Figura 6:
Distribuição das publicações em Motricidade Orofacial segundo as regiões e estados brasileiros

Análise dos Estudos Selecionados

Considerando os estudos publicados, o ano de 2014 recebeu o maior destaque, embora tenha sido observado um decréscimo nos anos seguintes. É difícil declarar objetivamente quais seriam os fatores desencadeantes para essa redução do número de publicações na área de MO. Entretanto, supõe-se que a localização do EBMO e do CBFa daquele ano, realizados em estados do Sudeste brasileiro, região que segundo dados do CFFa1515. Conselho Federal de Fonoaudiologia [homepage na internet]. Consulta especialistas por especialidade/UF [acesso em 30 abr 2020]. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/
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há 1.632 especialistas na área, pode ter relação com o aumento considerável de publicações em anais neste ano.

Em relação aos tipos de estudos, trabalhos originais tendem a ser mais frequentes, pois refletem o interesse dos pesquisadores no campo da Fonoaudiologia em buscar evidências científicas elaborando estudos seja por meio de orientações de mestrado, doutorado, iniciação científica ou por meio de grupos de pesquisa. Consequentemente, reflete em uma maior predominância de estudos "originais" sobre os demais.

Quanto ao tipo de estudo “relatos de caso”, por fornecerem informações isoladas do estado de um indivíduo, trazem grande contribuição à comunidade científica do ponto de visto clínico1616. Cáceres AM, Gândara JP, Puglisi ML. Scientific writing and the quality of papers: towards a higher impact. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(4):401-6.. Entretanto, suas publicações em alguns periódicos têm sido restritas, pois encontram-se na base da pirâmide, indicando pouca evidência científica1717. Vandenbroucke JP. Case reports in an evidence-based world. J R Soc Med. 1999;92(4):159-63.. Talvez, por isso, o número de publicações desse tipo de estudo seja mais prevalente em eventos científicos do que em periódicos.

Outro dado relevante neste estudo, diz respeito à predominância da revisão sistemática (RS) sobre a Revisão Integrativa (RI). As RSs são importantes para embasamento teórico de pesquisas e até para tomadas de decisões clínicas de profissionais1818. Gontijo B, Rocha DM, Flor EM. Relatos de caso: seu papel em um periódico médico. An Bras Dermatol. 2008;83(6):561-5.,1919. Sampaio RF, Mancini MC. Estudos de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Rev Bras Fisioter. 2007;11(1):83-9.. Elas são consideradas o mais alto nível de evidência quando são acrescentadas as metanálises2020. Donato H, Donato M. Etapas na condução de uma revisão sistemática. Acta Med Port. 2019;32(3):227-35.,2121. Cook DJ, Guyatt GH, Laupacis A, Sackett DL, Goldberg RJ. Clinical recommendations using levels of evidence for antithrombotic agents. Chest. 1995;108(4):227-30. para verificação da efetividade das intervenções realizadas por meio de ensaios clínicos randomizados2121. Cook DJ, Guyatt GH, Laupacis A, Sackett DL, Goldberg RJ. Clinical recommendations using levels of evidence for antithrombotic agents. Chest. 1995;108(4):227-30.. Diferente das RIs, método que utiliza diferentes tipos de estudos, tais como, não-experimentais e experimentais2222. Souza MT, Silva M, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010;8(1):102-6., mas que também possuem contribuições significativas, quando feita com excelência2323. Soares CB, Hoga LAK, Peduzzi M, Sangaleti C, Yonekua T, Silva DRAD. Revisão integrativa: conceitos e métodos utilizados na enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 2014;48(2):335-45.. Apesar da predominância das RSs sobre a RIs, o número ainda se apresenta insuficiente para fortalecer evidências científicas em MO. Pela importância deste tipo de estudo, destaca-se a necessidade de revisões que sigam padrões de excelência como Cochrane Handbook2424. Higgins J, Green S. (2011). Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions Version 5.1.0. Available from: http://www.handbook.cochrane.org (accessed February 12, 2019).
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ou a recomendação PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões sistemáticas e Metanálises)2525. Liberati A, Altman DG, Tetzlaff J, Mulrow C, Gotzsche PC, Ioannidis JP et al. The PRISMA statement for reporting systematic reviews and meta-analyses of studies that evaluate health care interventions: explanation and elaboration. PLoS Med. 2009;6(7):1-28.,2626. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Ann Intern Med. 2009;151(4):264-9..

Um dos tipos de estudos produzidos com menor frequência (3,7%) em MO foram os relatos de experiência. Talvez, estudantes sejam mais preparados e orientados para a elaboração de artigos originais, pensando em maiores chances no momento da publicação e sua maior relevância científica para a literatura. É necessário investigar o porquê deste número ser tão reduzido na Motricidade Orofacial brasileira e incentivar estudantes, profissionais e professores universitários a publicarem suas experiências, uma vez que trazem contribuições para a prática clínica.

Segundo o Web of Science Group, cerca de 60% das produções científicas brasileiras são realizadas em Universidades Públicas2727. Web of Science Group. Research in Brazil: Funding excellence: Analysis prepared on behalf of CAPES by the Web of Science Group. Clarivate Analytics. 2019., corroborando com os achados deste estudo, na qual é possível observar o número de publicações das Universidades públicas e privadas. Em todos os anos, as publicações oriundas de IES privadas foram estáveis e inferiores ao número de publicações de IES públicas, demonstrando uma queda de 40% em estudos no ano de 2018. Outro ponto que pode ser relevante para inferir esses dados, está relacionado ao fato das IES públicas que ofertam o curso de Fonoaudiologia concentrarem o maior número de mestrados e doutorados na área2828. Paz-Oliveira A, Carmo MP, Ferreira LP. Brazilian doctors in speech-language pathology and audiology certificated in the period 2009-2013: profile of training. Rev. CEFAC. 2015;17(2):586-94.,2929. Ferreira LP, Ferraz PRR, Garcia ACO, Falcão ARG, Ragusa-Mouradian CA, Herrero E et al. Speech-language therapists with Ph.D. in Brazil: profile from 1976 to 2017. CoDAS. 2019;31(5):1-8., bem como, os pesquisadores bolsistas de produtividade pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em breve pesquisa realizada na plataforma do CNPq, 47 de 54 pesquisadores bolsistas de produtividade são docentes de Universidades públicas, fator que torna evidente a alta participação dessa modalidade de instituição3030. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Bolsas e Auxílios. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2019. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/. Acesso em: 26 dez 2019..

Comparando as publicações entre os eventos, nos últimos três anos, observou-se maior predomínio de publicações no EBMO, apresentando um total de 436 estudos apresentados, no total. Isso pode ser devido ao evento ser mais específico a área de MO. Entretanto, o Congresso da SBFa apresenta o maior número de trabalhos nos últimos anos (n = 457), estando a área de MO ocupando o terceiro lugar, conforme revelou um estudo em 20193131. Seno MP, Capellini SA. Brazilian Congress on Speech, Language and Hearing Sciences: history, organization and scientific production. Rev. CEFAC. 2019;21(1):1-12.. Supondo que os números de estudos apresentados no EBMO e no Congresso da SBFa continuem os mesmos, em dois anos, o Encontro Brasileiro de MO ultrapassaria o número de trabalhos apresentados no CBFa. Há fatores que influenciam também neste número, por exemplo, data, local e até mesmo valor das inscrições entre os dois eventos.

Em relação aos periódicos, a revista CEFAC apresentou predomínio das publicações científicas no país na área de MO, o que corrobora com estudos já realizados sobre a produção científica em MO33. Alves MRM. A produção fonoaudiológica nacional em Motricidade Orofacial - 1970 a 2000 [Dissertação]. Curitiba (PR): Universidade Tuiuti do Paraná, Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana; 2002.,55. Tomaz-Morais J, de Lima JAS, Luckwü-Lucena BT, Batista AUD, Limeira RRT, Silva SM et al. Integral analysis of Brazilian scientific production in Orofacial Myology: state of art and future perspectives. Rev. CEFAC. 2016;18(2):520-32., sendo ultrapassada pela CoDAS apenas em 2019. Vale ressaltar que a revista CEFAC, sendo uma publicação vinculada à ABRAMO apresenta-se como um veículo forte na área da MO.

Em todos os anos, o número de resumos simples publicados, quando comparados aos números de publicações de artigos e resumos expandidos, se sobressai. O número elevado deste tipo de estudo pode ser explicado pelos recortes de estudos originais e até mesmo pela facilidade para escrevê-lo, considerando que eventos, geralmente, permitem resumos de no máximo 500 palavras, o que facilita na elaboração. Outro fator que pode influenciar o número reduzido de artigos completos está na complexidade da sua escrita com maior exigência de embasamento teórico e domínio da escrita técnica, fatores esses que podem não estar presentes na formação acadêmica de muitos fonoaudiólogos e graduandos1616. Cáceres AM, Gândara JP, Puglisi ML. Scientific writing and the quality of papers: towards a higher impact. J Soc Bras Fonoaudiol. 2011;23(4):401-6.,3131. Seno MP, Capellini SA. Brazilian Congress on Speech, Language and Hearing Sciences: history, organization and scientific production. Rev. CEFAC. 2019;21(1):1-12.,3232. Alves MF, Moura LOBM. A escrita de artigo acadêmico na universidade: autoria x plágio. Ilha do Desterro. 2016;69(3):77-93..

O Estado de SP apresentou o maior número de publicações em Motricidade Orofacial no país. Esta diferença com relação aos demais estados pode ser devido a alguns fatores como a presença de grandes Universidades públicas, o maior número de pesquisadores bolsistas de produtividade pelo CNPq (39 de 54)3030. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Bolsas e Auxílios. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2019. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/. Acesso em: 26 dez 2019. e a concentração do maior número de mestrados na área de Fonoaudiologia. A segunda região que se destacou foi o Nordeste do Brasil, hoje com 21 IES foi responsável por mais de 30% das publicações no país, dando destaque para os estados de Pernambuco e Paraíba, que juntos concentram os dois mais importantes mestrados na área, bem como pesquisador bolsista de produtividade pelo CNPq na área de MO (1, no total)3030. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. Bolsas e Auxílios. Brasília: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 2019. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/. Acesso em: 26 dez 2019., fator que influencia diretamente no percentual de publicações sobre os demais estados da região.

Outro dado que chama a atenção está relacionado ao reduzido número de publicações da região norte do país. Segundo informações obtidas pelo sítio eletrônico do Conselho Federal de Fonoaudiologia3333. Conselho Federal de Fonoaudiologia [homepage na internet]. Ensino Superior [acesso em 23 dez 2019]. Disponível em: https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/.
https://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/...
e o sistema online do Ministério da Educação e Cultura (MEC)3434. Brasil, Ministério da Educação [homepage na internet]. Sistema de Regulação do Ensino Superior. Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior [acesso em 23 dez 2019]. Disponível em: http://emec.mec.gov.br
http://emec.mec.gov.br...
, a região possui apenas 11 cursos de Fonoaudiologia cadastrados nas plataformas. Enquanto isso, a região sudeste do país possui 29 cursos de graduação em Fonoaudiologia. Isso sugere que o número de publicações também pode estar relacionado ao número de IES por região, fato hipotético levantado neste estudo. Se levarmos em consideração o número de IES, observaremos que o Estado de Alagoas, que possui apenas uma com curso de Fonoaudiologia, produziu cerca de 2% a mais do que quatro estados do Norte do Brasil. Este fato sugere a realização de estudos que mostrem o verdadeiro motivo da baixa representatividade da área de MO na região norte do país3535. Brasil BC, Gomes E, Teixeira MRF. O ensino de fonoaudiologia no Brasil: retrato dos cursos de graduação. Trab Educ Saúde. 2019;17(3):1-19..

O presente estudo possui limitações como a restrição de seleção de apenas eventos que possuem anais científicos e tempo de recorte. Entretanto, esse estudo mostrou o panorama atual das publicações em MO, sugerindo novas pesquisas que investiguem as causas associadas aos dados encontrados, assim como, os motivos que ocasionaram as discrepâncias observadas, o que trará benefícios para a prática e a pesquisa científica nessa área.

Conclusão

O ano de 2014 foi o de maior número de publicações na área de Motricidade Orofacial nos últimos seis anos e houve um declínio na produção durante os últimos anos. As instituições públicas de ensino superior são as que mais produzem trabalhos científicos na área sendo esses em sua maioria estudos originais produzidos por pesquisadores da região sudeste. A maioria das publicações ocorreram no Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, em forma de resumo simples, e na Revista CEFAC.

REFERENCES

  • 1
    Brasil. Lei nº. 6965, de 09 de dezembro de 1981. Dispõe Sobre a Regulamentação da Profissão de Fonoaudiólogo, e determina outras providências. Diário Oficial da União 10 dez 1981; p. 23333. Disponível em: http://www.fonoaudiologia.org.br/ccfa/index.php/historia-da-fonoaudiologia/
    » http://www.fonoaudiologia.org.br/ccfa/index.php/historia-da-fonoaudiologia/
  • 2
    Marchesan IQ, Duarte LIM. Histórico e áreas de domínio da motricidade orofacial no Brasil. In: Silva HJ, Tessitore A, Motta AR, Cunha DA, Berretin-Felix G, Marchesan IQ (orgs). Tratado de Motricidade Orofacial. São Paulo: Editora Pulso; 2019. p.37-44.
  • 3
    Alves MRM. A produção fonoaudiológica nacional em Motricidade Orofacial - 1970 a 2000 [Dissertação]. Curitiba (PR): Universidade Tuiuti do Paraná, Mestrado em Distúrbios da Comunicação Humana; 2002.
  • 4
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Ago 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    18 Fev 2020
  • Aceito
    20 Jul 2020
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