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Desempenho de novilhos F1s Angus-Nelore em pastagens de Brachiaria decumbens submetidos a diferentes regimes alimentares

Performance of F1s Angus-Nellore steers on Brachiaria decumbens pasture under different feeding regimes

Resumos

O objetivo deste experimento foi avaliar as eficiências biológica e econômica de sistemas de alimentação, durante os períodos críticos, como alternativa de redução da idade de abate de bovinos recriados em pastagens de Brachiaria decumbens. Sessenta bezerros F1s Angus-Nelore desmamados foram distribuídos nos seguintes tratamentos: A) sem suplementação; B) suplementação somente no primeiro período seco; C) suplementação apenas na segunda seca; D) suplementação nos dois períodos secos; e E) suplementação no primeiro período seco e confinamento no segundo. Os suplementos utilizados foram rações comerciais fornecidas diariamente em quantidades equivalentes a 0,8 e 0,9% do peso vivo, nas primeira e segunda secas, respectivamente. O confinamento durou 100 dias e os novilhos receberam, ad libitum, uma ração contendo 40% de feno de Brachiaria decumbens e 60% de concentrado. O período experimental foi da desmama até o abate (460 kg). Durante o primeiro período seco, os animais suplementados apresentaram maiores ganhos de peso diário (GPD) que os não suplementados, 460 e 70 g, respectivamente. Durante o segundo período seco, os animais confinados apresentaram maiores GPD (1.285 g), seguidos dos suplementados em pasto (580 g), enquanto os não suplementados perderam peso (-180 g). Houve aumento na capacidade de suporte dos pastos, onde os animais receberam suplementação, em 24 e 30%, durante os primeiro e segundo períodos secos, respectivamente. Os animais que passaram por restrição alimentar no segundo período seco apresentaram ganho compensatório, quando cessou a restrição, mas esse não foi suficiente para que os animais atingissem pesos de abate à mesma idade dos suplementados. As idades de abate foram 30,1; 28,0; 26,6; 24,2; e 22,0 meses, respectivamente, para os tratamentos A, B, C, D e E. Também foi apresentada a avaliação econômica.

confinamento; economicidade; idade abate; suplementação em pasto; taxa de lotação; valor nutritivo


The objective of this trial was to evaluate the biological and economical feeding systems feasibility during critical periods as an alternative to reduce the slaughter ages the animals raised in Brachiaria decumbens pastures. Sixty F1s Angus-Nellore weaned calves were randomly assigned in the following treatments: A) no supplementation; B) supplementation during the dry season after weaning; C) supplementation during the second dry season of the animal's life; D) supplementation during the both dry seasons; and E) supplementation during the first dry season and feedlot in the second one. The used supplement was a commercial ration, daily supplied at about 0.8% and 0.9% of liveweight, in the first and second dry periods, respectively. The feedlot treatment lasted 100 days, and the steers received ad libitum, a diet containing 40% of B. decumbens hay and 60% of concentrate. The experimental period was from weaning to slaughter (460 kg). During the first dry season, the supplemented calves showed higher daily gains (490 g) than non supplemented (70 g). In the second dry season, the confined steers presented the highest daily gains (1,285 g), followed by supplemented ones (580 g), while non supplemented steers lost weight (-180 g). There was an increase on the pasture stocking rate capacity where the animals were supplemented, in 20 and 30%, during the first and second dry periods, respectively. In the second dry season, the steers fed with restricted diet presented a compensatory gain when the feed restriction ceased, but it was not enough to allow them to reach the slaughter weight at the same age of the supplemented ones. The slaughter weight were: 30.1; 28.0; 26.6; 24.2 e 22.0 months for treats A, B, C, D and E, respectively. The economic analysis was also presented.

economic feasibility; feedlot; nutritive value; slaughter age; supplementation under grazing; stocking rate


Desempenho de Novilhos F1s Angus-Nelore em Pastagens de Brachiaria decumbens Submetidos a Diferentes Regimes Alimentares

Valéria Pacheco Batista Euclides1 1 Eng a.-Agr a., Ph.D., CREA n o 12.797/D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002-970 Campo Grande, MS. Bolsista do CNPq. E-mail: val@cnpgc.embrapa.br , Kepler Euclides Filho2 1 Eng a.-Agr a., Ph.D., CREA n o 12.797/D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002-970 Campo Grande, MS. Bolsista do CNPq. E-mail: val@cnpgc.embrapa.br , Fernando Paim Costa3 1 Eng a.-Agr a., Ph.D., CREA n o 12.797/D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002-970 Campo Grande, MS. Bolsista do CNPq. E-mail: val@cnpgc.embrapa.br , Geraldo Ramos de Figueiredo4 1 Eng a.-Agr a., Ph.D., CREA n o 12.797/D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002-970 Campo Grande, MS. Bolsista do CNPq. E-mail: val@cnpgc.embrapa.br

RESUMO - O objetivo deste experimento foi avaliar as eficiências biológica e econômica de sistemas de alimentação, durante os períodos críticos, como alternativa de redução da idade de abate de bovinos recriados em pastagens de Brachiaria decumbens. Sessenta bezerros F1s Angus-Nelore desmamados foram distribuídos nos seguintes tratamentos: A) sem suplementação; B) suplementação somente no primeiro período seco; C) suplementação apenas na segunda seca; D) suplementação nos dois períodos secos; e E) suplementação no primeiro período seco e confinamento no segundo. Os suplementos utilizados foram rações comerciais fornecidas diariamente em quantidades equivalentes a 0,8 e 0,9% do peso vivo, nas primeira e segunda secas, respectivamente. O confinamento durou 100 dias e os novilhos receberam, ad libitum, uma ração contendo 40% de feno de Brachiaria decumbens e 60% de concentrado. O período experimental foi da desmama até o abate (460 kg). Durante o primeiro período seco, os animais suplementados apresentaram maiores ganhos de peso diário (GPD) que os não suplementados, 460 e 70 g, respectivamente. Durante o segundo período seco, os animais confinados apresentaram maiores GPD (1.285 g), seguidos dos suplementados em pasto (580 g), enquanto os não suplementados perderam peso (-180 g). Houve aumento na capacidade de suporte dos pastos, onde os animais receberam suplementação, em 24 e 30%, durante os primeiro e segundo períodos secos, respectivamente. Os animais que passaram por restrição alimentar no segundo período seco apresentaram ganho compensatório, quando cessou a restrição, mas esse não foi suficiente para que os animais atingissem pesos de abate à mesma idade dos suplementados. As idades de abate foram 30,1; 28,0; 26,6; 24,2; e 22,0 meses, respectivamente, para os tratamentos A, B, C, D e E. Também foi apresentada a avaliação econômica.

Palavras-chave: confinamento, economicidade, idade abate, suplementação em pasto, taxa de lotação, valor nutritivo

Performance of F1s Angus-Nellore Steers on Brachiaria decumbens Pasture Under Different Feeding Regimes

ABSTRACT - The objective of this trial was to evaluate the biological and economical feeding systems feasibility during critical periods as an alternative to reduce the slaughter ages the animals raised in Brachiaria decumbens pastures. Sixty F1s Angus-Nellore weaned calves were randomly assigned in the following treatments: A) no supplementation; B) supplementation during the dry season after weaning; C) supplementation during the second dry season of the animal's life; D) supplementation during the both dry seasons; and E) supplementation during the first dry season and feedlot in the second one. The used supplement was a commercial ration, daily supplied at about 0.8% and 0.9% of liveweight, in the first and second dry periods, respectively. The feedlot treatment lasted 100 days, and the steers received ad libitum, a diet containing 40% of B. decumbens hay and 60% of concentrate. The experimental period was from weaning to slaughter (460 kg). During the first dry season, the supplemented calves showed higher daily gains (490 g) than non supplemented (70 g). In the second dry season, the confined steers presented the highest daily gains (1,285 g), followed by supplemented ones (580 g), while non supplemented steers lost weight (-180 g). There was an increase on the pasture stocking rate capacity where the animals were supplemented, in 20 and 30%, during the first and second dry periods, respectively. In the second dry season, the steers fed with restricted diet presented a compensatory gain when the feed restriction ceased, but it was not enough to allow them to reach the slaughter weight at the same age of the supplemented ones. The slaughter weight were: 30.1; 28.0; 26.6; 24.2 e 22.0 months for treats A, B, C, D and E, respectively. The economic analysis was also presented.

Key Words: economic feasibility, feedlot, nutritive value, slaughter age, supplementation under grazing, stocking rate

Introdução

O processo de globalização da economia tem causado grandes mudanças em diversos setores do agronegócio. A produção de gado de corte no Brasil tem sido desafiada para estabelecer sistemas de produção que sejam capazes de produzir, de forma eficiente, carne de boa qualidade a baixo preço. Além disso, estes sistemas têm de ser competitivos, sustentáveis e capazes de produzir animais para abate com menos de 42 meses de idade que é a média nacional.

A estacionalidade da produção de forragem tem sido apontada como uma das principais responsáveis pelos baixos índices de produtividade da nossa pecuária. De maneira geral, há excesso de produção no período das águas e escassez na seca. Além dessas variações nas taxas de crescimento da planta, existem alterações na qualidade da forrageira (EUCLIDES et al., 1997).

À semelhança do que ocorre com outras forrageiras tropicais, a produção animal em pastagens de Brachiaria decumbens (ZIMMER et al., 1988; LEITE e EUCLIDES, 1994; LASCANO e EUCLIDES, 1996) é freqüentemente baixa, indicando que essa forrageira não fornece os nutrientes necessários para produção máxima ao longo do ano.

Assim, considerando-se sistemas de produção em que se buscam índices elevados de eficiência, torna-se essencial eliminar as fases negativas de crescimento, proporcionando condições ao animal para se desenvolver normalmente. Inúmeros trabalhos estudando suplementação alimentar, durante o período crítico, têm mostrado ser uma alternativa eficiente para melhorar o nível nutricional dos animais (RICHARDSON et al., 1976; WADSWORTH, 1988; HAFLEY et al., 1993; POPPI e McLENNAN, 1995; EUCLIDES et al., 1997).

Quando a suplementação alimentar é feita no período imediatamente anterior ao abate dos animais, o benefício dessa alternativa é facilmente avaliado. Entretanto, isso não ocorre quando após a suplementação segue-se um período de pastejo. Nesse caso, o desempenho no período todo tem de ser melhor analisado, em função, especialmente, dos possíveis ganhos compensatórios normalmente verificados por animais que sofreram restrição alimentar e foram realimentados (O'DONOVAN, 1984; RYAN, 1990; BERGE, 1991; BOIN e TEDESCHI, 1996). Esse fenômeno pode reduzir, ou mesmo, eliminar completamente qualquer benefício da suplementação alimentar (WADSWORTH, 1985).

O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de sistemas de alimentação durante os períodos críticos como alternativas de redução da idade de abate de animais F1s Angus-Nelore recriados em pastagens de Brachiaria decumbens e avaliar a economicidade dessa prática.

Material e Métodos

Este experimento foi conduzido no Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte), Campo Grande, MS, no período de junho de 1994 a junho de 1996. Avaliaram-se os animais por um período que se estendeu da desmama até o abate. O experimento foi implantado em uma área de B. decumbens estabelecida em 1976, sem adubação, em um solo da classe Latossolo Roxo distrófico e foi pastejada desde a sua implantação. A área experimental de 36 ha foi dividida em 12 piquetes.

Sessenta bezerros F1s Angus-Nelore desmamados e castrados em maio de 1994, com peso médio de 195 ± 15 kg e idade média de 7 meses, foram distribuídos nos piquetes, de modo a garantir médias de peso vivo semelhantes entre os seguintes tratamentos:

Tratamento A - os animais não receberam suplementação;

Tratamento B - os animais receberam suplementação apenas no primeiro período seco;

Tratamento C - os animais receberam suplementação apenas no segundo período seco;

Tratamento D - os animais receberam suplementação nos dois períodos secos;

Tratamento E - os animais receberam suplementação no primeiro período seco e foram confinados no segundo, durante a segunda seca de suas vidas. Esses animais foram retirados, ao acaso, dos tratamentos C e D, após o primeiro período chuvoso.

Todos animais receberam água e uma mistura mineral completa (fórmula da Embrapa Gado de Corte), à vontade, durante todo o tempo. O manejo sanitário do rebanho foi aquele recomendado pela Embrapa Gado de Corte.

Durante todo o período experimental, animais extras foram colocados ou retirados dos piquetes para assegurar as mesmas disponibilidades de forragem (2,0 t de MS/ha) entre os tratamentos. À medida que os animais foram abatidos, o restante foi agrupado, mantendo-se, no entanto, a mesma disponibilidade de forragem. Assim, o número de piquetes experimentais foi reduzido ao longo do período.

Os suplementos utilizados, durante os períodos secos, foram rações comerciais fornecidas diariamente em quantidades equivalentes a 0,8 e 0,9% do peso vivo, nas primeira e segunda secas, respectivamente. Os períodos de suplementação foram de 102 e 111 dias, nos primeiro e segundo períodos, respectivamente.

O confinamento durou 100 dias e os novilhos receberam, ad libitum, uma ração contendo 40% de feno de B. decumbens (enriquecido com 600 g de uma mistura de uréia e enxofre para 100 kg de feno) e 60% de concentrado (75% de grão de milho; 22% de farinha de soja; 1% de bicarbonato de Na; 1,5% de carbonato de Ca e 0,5% de mistura mineral). A ração foi distribuída duas vezes por dia, 40% às 8h e 60% às 16h. Mensalmente o consumo foi estimado durante sete dias consecutivos.

A cada 28 dias os animais foram pesados e as pastagens, avaliadas. Para se estimar a disponibilidade de matéria seca de cada piquete, tomaram-se, ao acaso, 50 amostras (0,25 m2) de forragem cortada ao nível do solo. Essas foram subamostradas duas vezes. Uma das subamostras foi seca e pesada para se estimar a disponibilidade de matéria seca total. A outra subamostra foi separada em material verde (folha, bainha e colmo) e material morto. A proporção de cada fração foi expressa em porcentagem do peso total.

Adicionalmente, em cada piquete, foram coletadas duas amostras simulando o pastejo animal, para se estimar proteína bruta (ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTRY - AOAC, 1990), digestibilidade in vitro da matéria orgânica (MOORE e MOTT, 1973), fibra detergente neutro, fibra detergente ácido, lignina em permanganato e sílica, segundo GOERING e VAN SOEST (1970).

Optou-se por considerar, como ponto de acabamento, o momento em que os animais atingiram o peso aproximado de 460 kg. Esse peso foi escolhido em função do peso adulto desse grupo genético.

Os dados foram analisados estatisticamente pelo método dos quadrados mínimos, utilizando-se o procedimento "General Linear Model" disponível no SAS Institute (1989). Para a análise do ganho de peso, foi utilizado um modelo matemático contendo os efeitos fixos de tratamento e piquetes dentro de tratamento. O peso vivo à desmama foi utilizado como covariável. As características das pastagens foram analisadas por um modelo matemático contendo os efeitos fixos de tratamento, piquete dentro de tratamento, ano experimental e estação do ano, além das interações simples entre estes.

As quatro alternativas B, C, D e E foram avaliadas e comparadas à alternativa A, quanto aos desempenhos econômicos e os resultados experimentais foram extrapolados para uma escala de 120 cabeças. Com base nos princípios da orçamentação parcial, delinearam-se fluxos de caixa constituídos pela diferença entre benefícios e custos adicionais em relação ao tratamento testemunha (A). Para os insumos, usaram-se preços de julho de 1999. Para o boi gordo, levou-se em conta o diferencial de preço do mês de abate em relação a maio (mês de abate do tratamento testemunha), considerando-se um valor de R$ 39,00/arroba (ou US$ 21,50/arroba) para maio de 1999. No cômputo desse valor e dos diferenciais de preço, usaram-se médias do período 1988/99. Na receita dos tratamentos com suplementação, acrescentou-se o incentivo existente para a produção do novilho precoce. Valores presentes foram então calculados considerando-se uma taxa de desconto anual de 10%. Esse procedimento permitiu verificar a vantagem econômica de se promoverem tais mudanças no sistema sem suplementação. O horizonte de planejamento considerado, uniforme para todas as alternativas, correspondeu a um ciclo de produção do tratamento A, em que os animais foram abatidos com 30 meses de idade; valores residuais para cochos e instalações do confinamento, com vida útil superior ao período analisado, foram creditados ao final do horizonte nos respectivos fluxos de caixa. Visando enriquecer a discussão dos resultados, realizaram-se análises de sensibilidade considerando diferentes combinações entre reduções no preço da ração e aumentos no preço do boi gordo.

Resultados e Discussão

O valor nutritivo e o consumo das rações comerciais utilizadas nos dois períodos secos e do feno e do concentrado utilizados no confinamento são apresentados na Tabela 1.

Durante todo período experimental, ambos os grupos de pastos, suplementados ou não, apresentaram semelhantes disponibilidades de matéria seca (P>0,31) e de matéria seca verde (P>0,15), que foram, em média, 2538 e 813 kg/ha, respectivamente. Entretanto, a disponibilidade de forragem foi maior (P<0,01) no primeiro do que no segundo ano, sendo em média, 2845 e 2230 kg/ha de MS, respectivamente.

Houve interações (P<0,01) entre ano experimental e período do ano para percentagem da fração verde (PFV) da forrageira e para a disponibilidade de matéria verde seca (MVS). O efeito da interação sobre a PFV foi resultante das diferenças observadas para as frações verdes entre os períodos seco e das águas, durante o primeiro e segundo anos. Já para o período seco, o primeiro ano apresentou maior porcentagem de fração verde, no período das águas; essa superioridade foi verificada no segundo ano (Tabela 2). Como conseqüência, houve maior disponibilidade de MVS durante o primeiro período seco, o que, provavelmente, seja decorrente do inverno menos seco observado nesse ano, como mostraram os registros de precipitações pluviométricas nesses períodos para os anos de 1994 e 1995, que foram, respectivamente, 310 e 117 mm. No entanto, as disponibilidades de MVS foram semelhantes durante os dois períodos de águas. Isso se deve ao fato de que, apesar da maior porcentagem verificada para a fração verde da forrageira, no segundo período das águas, a disponibilidade de matéria seca foi inferior (Tabela 2).

Não houve interações (P>0,10) envolvendo os efeitos de tratamentos e anos, e entre tratamentos e estações do ano para os valores nutritivos das amostras de forragem simulando o pastejo animal. Os valores nutritivos também foram semelhantes (P>0,05) entre os grupos de piquetes onde os animais foram suplementados ou não, e entre anos experimentais. Entretanto, foi observada interação (P<0,05) entre ano e período do ano. Os valores nutritivos foram maiores no primeiro período seco, quando comparados aos do segundo, sendo, contudo, semelhantes em ambos os períodos das águas (Tabela 3). Provavelmente, esse menor valor nutritivo durante a segunda seca possa ser explicado pelo inverno mais seco observado no segundo ano experimental, que possibilitou, portanto, menor taxa de rebrota e, conseqüentemente, menor presença de tecido novo (Tabela 2).

Comparando-se os dois períodos do ano, observaram-se decréscimos (P<0,05) nas concentrações de PB, P e na DIVMO e acréscimos (P<0,05) nas proporções de FDN, FDA e lignina, do período das águas para o seco (Tabela 3). Estes resultados estão de acordo com o que normalmente se observa em gramíneas tropicais, uma vez que as maiores mudanças que ocorrem na composição química dessas são aquelas que acompanham a maturação da planta.

Sob regime de pastejo contínuo, o animal sempre deixa alguma forragem que continua decrescendo em qualidade. Dessa forma, a pastagem disponível será uma combinação da rebrota e da forragem recusada. Uma vez que durante o período seco a taxa de rebrota é muito baixa, a forragem disponível é, em sua maior parte, composta por plantas ou frações recusadas das plantas, o que resulta em menor valor nutritivo da dieta animal.

Deve ser ressaltado que, durante os dois períodos secos, os conteúdos de PB (Tabela 3) foram inferiores ao mínimo necessário para adequada fermentação ruminal, que, segundo MINSON e MILFORD (1967), está entre 6 e 7% de PB. Nesse caso, a deficiência protéica provoca decréscimos nas taxas de digestão e passagem e, conseqüentemente, no consumo de forragem, induzindo, dessa forma, uma deficiência energética.

Durante o primeiro período seco, todos os animais ganharam peso, sendo que os suplementados apresentaram ganhos superiores (P<0,01), quando comparados aos não suplementados (Tabela 4).

Quando os animais têm à disposição forragem ad libitum e recebem quantidade limitada de concentrado, a suplementação pode produzir dois efeitos: aditivo e substitutivo. Pode-se observar que os dois efeitos ocorreram simultaneamente, uma vez que, além do aumento no ganho de peso dos animais que receberam suplementação alimentar, houve aumento na capacidade suporte dos pastos em 24% (Tabela 4), o que indica que houve redução no consumo de forragem. O consumo de concentrado, que permitiu esses acréscimos, foi de 1,9 kg/bezerro/dia (Tabela 1).

Todos os animais, suplementados ou não, apresentaram ganhos de peso semelhantes (P>0,55) durante o período das águas subseqüente (Tabela 4). Os desempenhos observados nesse período foram baixos, quando comparados aos ganhos obtidos em outras gramíneas tropicais (EUCLIDES et al., 1999; CORRÊA, 1997), mas estão de acordo com os resultados obtidos com essa gramínea, quando os animais ganharam, em média, 460 g/animal/dia, durante três períodos de águas (EUCLIDES et al., 1993) e 440 g/animal/dia, durante dois períodos de águas (EUCLIDES et al., 1998). É possível que, nesse caso, a qualidade da forragem disponível tenha sido o fator preponderante limitando a produção animal (Tabela 2), uma vez que a disponibilidade de MVS foi superior a 1000 kg/ha. Esse valor foi estimado por EUCLIDES et al. (1993) como o limite mínimo, abaixo do qual o desempenho animal é limitado pela disponibilidade de forragem.

Durante o segundo período seco, também foram observadas diferenças (P<0,01) entre os tratamentos para o ganho de peso. Os animais confinados apresentaram maiores ganhos de peso, seguidos dos suplementados em pasto, enquanto os não suplementados perderam peso (Tabela 5).

Comparando-se os animais não suplementados durante os períodos secos, ou seja, tratamentos A e C, no primeiro ano, e tratamentos A e B no segundo ano, pode-se verificar que o desempenho registrado no segundo ano foi inferior (P<0,04) ao do primeiro (Tabelas 4 e 5). Esse pior desempenho, provavelmente, tenha sido conseqüência das menores disponibilidades de forragem total e de matéria verde seca (Tabela 3) e do menor valor nutritivo (Tabela 3), observados no segundo período seco. Durante o primeiro período seco, não houve alteração na disponibilidade de matéria seca; no entanto, observou-se decréscimo na disponibilidade de matéria verde seca de 990 para 460 kg/ha, de maio a setembro. Já no segundo período seco foram observados decréscimos tanto na quantidade de MS (de 2770 para 1360 kg/ha) quanto na de MSV (de 610 para 320 kg/ha).

Outro fator que deve ser considerado no segundo ano é o peso vivo dos animais. Os grupos de animais dos tratamentos B e D foram mais pesados que os dos tratamentos A e C (Tabela 5), portanto, apresentando maior exigência de mantença. Isso pode ser comprovado (Tabela 5) quando se comparam os animais suplementados (tratamentos C e D) com os não suplementados (tratamentos A e B). Os piores desempenhos foram observados para os animais mais pesados (tratamentos B e D). Além disso, comparando-se apenas os animais suplementados, o pior desempenho do tratamento D, provavelmente, se deveu, em parte, à maior taxa de lotação dos pastos em que estavam estes animais, conseqüentemente menor disponibilidade de forragem, o que pode ter comprometido o consumo de forragem.

No segundo ano, observou-se ainda que o efeito da suplementação foi maior (P<0,04) quando comparado ao da primeira seca. Além do suplemento oferecido, nesse período, apresentar mais energia, o consumo foi maior (Tabela 1). E ainda, segundo COLEMAN et al. (1976), GOLDING et al. (1978) e MILNE et al. (1981), quanto menor o valor nutritivo da forragem (Tabela 4) maior será o efeito aditivo da suplementação.

Além do efeito aditivo, também foi observado o efeito substitutivo, pois houve aumento médio na capacidade suporte dos pastos em 30% (Tabela 5), o que indica que houve redução no consumo de forragem. O consumo de concentrado que possibilitou esses acréscimos foi de 3,3 kg/novilho/dia (Tabela 1).

Os ganhos de peso dos animais durante o segundo período das águas foram superiores (P<0,05) aos obtidos no primeiro período chuvoso (Tabelas 4 e 5). Esses ganhos foram muito superiores aos obtidos nesse tipo de pastagem (EUCLIDES et al., 1993; EUCLIDES et al., 1998). Parte desse resultado pode ser explicado pelo fato de que à medida que os animais foram atingindo o peso de 460 kg foram sendo abatidos. Dessa forma, o ganho de peso médio apresentado no segundo período das águas (Tabela 5) é a média ponderada do ganho de peso mensal, conseqüentemente os maiores ganhos obtidos no início da estação influenciaram mais essa média (Tabela 6).

Embora procurou-se manter a mesma disponibilidade de forragem entre os tratamentos, agrupando os animais e reduzindo o número de piquetes, não foi possível manter a mesma taxa de lotação, a qual foi diminuindo ao longo do período das águas (Tabela 6). As interações entre pressão de pastejo e os ganhos de peso por animal e por área estão bem discutidas na literatura (MOTT, 1960; JONES e SANDLAND, 1974; MARASCHIM, 1994). Geralmente, à medida que a taxa de lotação decresce, o desempenho por animal melhora, já que existe boa disponibilidade de forragem para cada animal, aumentando a oportunidade de seleção dos animais por uma dieta de melhor qualidade, e, conseqüentemente, maior consumo de nutrientes.

Normalmente, quando o crescimento do animal é retardado, em conseqüência de subnutrição, ele é capaz de se recuperar quando cessa a restrição alimentar, crescendo a uma taxa mais acelerada. Várias revisões foram feitas sobre o assunto (O'DONOVAN, 1984; RYAN, 1990; BERGE, 1991; BOIN e TEDESCHI, 1996) e esses autores sugerem que, em virtude da variabilidade das respostas dos animais após os períodos de restrição alimentar, existem vários fatores que podem estar envolvidos na ocorrência do ganho compensatório; entre os mais importantes estão a idade do animal, a severidade e a duração da restrição alimentar. E ainda, segundo RYAN (1990), após uma subnutrição, o animal pode apresentar compensação completa, parcial ou não apresentar compensação.

No presente caso, durante a primeira estação das águas, os animais suplementados e os não suplementados, durante o período seco anterior, apresentaram ganhos de peso semelhantes (P>0,55; Tabela 4), portanto, ausência total de ganho compensatório. Segundo BOIN e TEDESCHI (1996), esses casos são mais raros na literatura do que em condições práticas.

No entanto, durante o segundo período das águas, os animais que passaram por restrição alimentar, durante o período seco anterior, apresentaram ganhos de peso superiores (P<0,01) aos daqueles que não sofreram tal restrição (Tabela 5). Entretanto, essa maior velocidade de ganho de peso foi responsável apenas por compensação parcial, uma vez que esses ganhos não foram suficientes para possibilitar que os animais atingissem pesos de abate à mesma idade (Figura 1 e Tabela 6).


A severidade e a duração da restrição alimentar, durante a primeira seca, foram menores que as observadas na segunda seca. Durante a primeira, os ganhos de peso dos animais não suplementados foram, em média, 320, 90, 50 e -170 g/bezerro/dia, para os meses de junho, julho, agosto e setembro, respectivamente. Entretanto, durante a segunda seca os ganhos de peso foram, em média, 360, -190, -270 e -440 g/novilho/dia, para o tratamento A, e de 290, -240, -410 e -610 g/novilho/dia, para o tratamento C, para os meses de junho, julho, agosto e setembro, respectivamente. Segundo BOIN e TEDESCHI (1996), à medida que aumenta a duração da restrição, eleva-se a taxa de ganho compensatório após o final da restrição. Conforme O'DONOVAN (1984), quanto maior for a perda de peso durante a restrição maior será o ganho compensatório.

Como demonstrado por MEYER et al. (1965) e O'DONOVAN et al. (1972), a qualidade da forragem após o período de restrição é de grande importância para que os animais possam expressar ganho compensatório. Uma vez que a relação entre forragem disponível e consumo aplica-se apenas à fração verde da forragem, observa-se que as disponibilidades de MVS (Tabela 2) e os valores nutritivos das amostras simulando o pastejo animal (Tabela 3) foram semelhantes nos dois períodos das águas. No entanto, as taxas de lotação utilizadas nos piquetes onde estavam os animais que sofreram restrição prévia foi maior (P<0,05) durante o primeiro período das águas (Tabela 4) que as utilizadas no segundo período das águas (Tabelas 5 e 6). Com menor número de animais por área e mesma disponibilidade de MVS (Tabela 2), provavelmente, esses animais apresentaram maior consumo de forragem de melhor qualidade, podendo, assim expressar o ganho compensatório. Isso estaria de acordo com MEYER et al. (1965) e O'DONOVAN et al. (1972), que observaram decréscimos nos ganhos compensatórios, à medida que se aumentavam as taxas de lotação.

Essa combinação de fatores aliada ao alto potencial genético dos animais F1s Angus-Nelore e ao bom peso à desmama (200 kg) fez com que os animais que não receberam nenhuma suplementação atingissem peso de abate com idade média de 30 meses. Nessa mesma gramínea, no entanto, animais Nelore não suplementados durante os períodos secos levaram 36 meses para atingir o peso de abate (EUCLIDES et al., 1998). Essa diferença entre animais " meio-sangue" e Nelore tem sido, de acordo com EUCLIDES FILHO (1996 e 1999), observada em diversos trabalhos.

Houve diferença (P<0,01) entre tratamentos para idade de abate (Figura 1). Os animais suplementados na primeira seca e os suplementados na segunda apresentaram idades semelhantes (P>0,05) ao atingirem o peso de abate, sendo, em média, 28,0 (±0,47) e 26,6 (±0,44) meses, respectivamente. Os animais suplementados na primeira seca e confinados na segunda (22,0 ±0,42 meses) alcançaram o peso de abate em menos tempo (P<0,05) do que aqueles suplementados nos dois períodos secos (24,2 ±0,51 meses), esses, por sua vez, foram mais precoces (P<0,05) do que aqueles dos dois tratamentos anteriores. Já os animais que não receberam nenhuma suplementação (30,1 ± 0,41 meses) levaram mais tempo (P<0,05) para atingir o ponto de abate.

As estruturas de custos e benefícios adicionais para as diversas alternativas são apresentadas nas Tabelas 7 e 8. É notória a relevância dos gastos com ração, motivo pelo qual se realizou análise de sensibilidade avaliando possíveis reduções em seu preço. Dada a importância do preço do boi gordo, também esse foi alvo desse tipo de análise. Reduções no custo da ração podem ser resultantes de a fabricação ocorrer na própria fazenda ou, de forma aleatória, de flutuações anuais ou sazonais no preço de seus componentes. Já o preço do boi está sujeito ao ciclo do gado e à capacidade de o produtor definir com eficiência o momento ideal para o abate considerando o ponto de avaliação mais apropriado. Essa flexibilidade na época de abate não foi exercitada no presente experimento, no qual, por razões metodológicas, todos animais foram abatidos ao atingirem 460 kg de peso vivo. Na Tabela 9 podem ser encontrados os valores presentes para as diversas combinações de preços.

Considerando-se a média dos últimos 10 anos para o preço do boi gordo e o preço corrente (julho de 1999) para a ração, não houve vantagem econômica para qualquer das quatro estratégias de alimentação na seca estudadas. Nessas condições, as perdas são crescentes na seguinte ordem dos tratamentos C, B, D e E. No entanto, redução de apenas 6% no custo da ração, mantido o preço do boi igual à média torna o tratamento C viável economicamente. Alternativamente, esse tratamento mostra-se viável, quando, sem redução no preço da ração, há um aumento de 10% no preço do boi. Já o tratamento B torna-se viável com redução em torno de 18% no custo da ração, mantido inalterado o preço do boi. Os tratamentos D e E, por sua vez, permanecem inviáveis com redução de até 30% no preço da ração, mantido inalterado o preço do boi gordo.

A alternativa que inclui confinamento (E) é sempre mais interessante que a suplementação nos dois períodos secos (D), exceto quando preços do boi e da ração são mantidos inalterados. Se o preço do boi gordo aumenta em 10%, o tratamento E torna-se viável com redução de 24% no preço da ração. O pior tratamento, aquele onde os animais são suplementados nas duas secas (D), exige redução de 39% no preço da ração para tornar-se viável, mantido o preço do boi na média. De acordo com a Tabela 9, observa-se que esse tratamento só apresenta valor atual positivo quando se combina aumento do preço do boi e redução no preço da ração da ordem de 30%.

Além dos aspectos discutidos acima, em que se enfatiza o efeito de pequenas variações no custo da ração, outros fatores contribuem para a necessidade de interpretar esses resultados com cautela. A ocorrência de ganho compensatório, durante o segundo período de águas, certamente contribuiu para reduzir a vantagem comparativa dos tratamentos com suplementação. Além disso, o uso do valor do aluguel da pastagem como custo de oportunidade da área liberada pela antecipação do abate pode não refletir os reais benefícios de suas possíveis utilizações, as quais poderiam gerar ganhos bastante superiores. A importância de se ter a avaliação das alternativas estudadas realizada no âmbito de sistema de produção envolvendo outras categorias animais faz desse item um assunto para futuras análises.

Conclusões

A suplementação alimentar com concentrado durante o período seco foi capaz de reduzir a idade de abate de 2 a 6 meses e, quando combinada com o confinamento na segunda seca, a redução foi de 8 meses.

Houve importante efeito de ganho compensatório durante o segundo período de chuvas da vida do animal.

A suplementação em pasto possibilitou incrementos de 24 e 30% na taxa de lotação dos pastos, durante o primeiro e segundo períodos secos, respectivamente.

O aumento da produtividade, durante o período seco, resultante da suplementação alimentar, foi conseqüência dos efeitos aditivos e substitutivo do concentrado sobre o volumoso.

Com base nos resultados do presente experimento, considerando-se que a avaliação foi conduzida para o segmento recria/engorda de forma isolada, com preços médios para o boi gordo e preços correntes para a ração, é preferível manter os animais na pastagem, sem qualquer suplementação. Deve-se, no entanto, atentar para as particularidades de tal experimento, bem como para a sensibilidade das alternativas estudadas com relação a variações no preço da ração e do boi. Pequena redução no custo da ração pode tornar a suplementação econômica, o que também poderia ser favorecido pela consideração de um sistema completo envolvendo cria, recria e engorda. Os resultados revelam o risco associado à adoção de inovações, em geral, e à suplementação de bovinos na seca, em particular. Cada caso é um caso, portanto, o produtor precisa analisar cuidadosamente suas condições, munindo-se do máximo de informações de forma a tomar a decisão mais acertada.

Agradecimento

Ao Sr. Arno Seeman, que tornou este trabalho possível, fornecendo os animais e a ração necessários a sua condução.

Recebido em: 08/02/00

Aceito em: 09/11/00

2 Engo.-Agro., Ph.D., CREA no 12.153/D - Visto 1.466/MS, Embrapa Gado de Corte. Bolsista do CNPq. E.mail: kepler@cnpgc.embrapa.br

3 Engo.-Agro., Ph.D., CREA no 11.129/MS - Visto 630/MS, Embrapa Gado de Corte. E.mail: geraldo@cnpgc.embrapa.br

4 Engo.-Agro., M.Sc., CREA no 11.753/D - Visto 1.527/MS, Embrapa Gado de Corte. E.mail: paim@cnpgc.embrapa.br

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  • 1
    Eng
    a.-Agr
    a., Ph.D., CREA n
    o 12.797/D, Embrapa Gado de Corte, Rodovia BR 262 km 4, Caixa Postal 154, CEP 79002-970 Campo Grande, MS. Bolsista do CNPq. E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Set 2001
    • Data do Fascículo
      Abr 2001

    Histórico

    • Recebido
      08 Fev 2000
    • Aceito
      09 Nov 2000
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