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Balanço de compostos nitrogenados, produção de proteína microbiana e concentração plasmática de uréia em vacas leiteiras alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar

Nitrogenous compounds balance, microbial protein production and plasma urea concentration in dairy cows fed sugar cane based diets

Resumos

Doze vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, foram distribuídas em três quadrados latinos 4 x 4, com o objetivo de avaliar o balanço de nitrogênio (N), a produção de proteína microbiana, a concentração de uréia no plasma e no leite e diferentes tempos de coleta de urina. As dietas foram constituídas à base de silagem de milho (SM) (AG 1051) com relação volumoso:concentrado (V:C) de 60:40, com base na matéria seca (MS), ou à base de cana-de-açúcar (CA) (RB 855536) com relação V:C de 60:40, com 0,35 ou 1% de uréia+sulfato de amônio (SA) ou V:C de 50:50 com 1% de uréia+SA. O balanço de N, para a dieta à base de SM, foi maior, 88 g N/dia, do que para as dietas com CA com 40% de concentrado, 67 ou 69 g N/dia. Entre as dietas contendo CA, não houve diferença no balanço de N. A excreção média diária total de derivados de purinas (DP), as purinas absorvidas (PA) e a estimativa de N microbiano, 221 g/dia, foram maiores para dieta à base de SM, quando comparada com as dietas à base de CA com 40% de concentrado, 180 ou 178 g N microbiano/dia. Entretanto, quando comparada à dieta contendo CA com 50% de concentrado, não houve diferença para as variáveis balanço de N, DP, PA e N microbiano. Não houve diferença na excreção média diária total de DP, PA e produção de N microbiano, entre as dietas contendo CA. Em relação aos tempos de coleta de urina de 24 ou 8 horas, ou seja, coleta total ou parcial, não houve diferença nas excreções médias diárias de creatinina (24 x 22 mg/kg de PV), uréia, alantoína (245 x 228 mmol/dia) e ácido úrico. A dieta contendo CA, corrigida com 1% de uréia+SA, com 50% de concentrado proporcionou produção de proteína microbiana semelhante à dieta à base de SM com relação V:C de 60:40, com base na MS. O N-uréia plasmático parece ser melhor indicador do metabolismo protéico em vacas leiteiras do que o N-uréia no leite.

ácido úrico; alantoína; creatinina; derivados de purinas


Twelve purebred and crossbred Holstein cows were allotted to three 4 x 4 Latin Squares to evaluate the nitrogen (N) balance, microbial protein production, plasma and milk urea concentration and different urine collections times. The experimental diets were based on corn silage (CS) (AG 1051) with forage:concentrate ratio (F:C) of 60:40, in dry matter (DM) basis, or in sugar cane basis (SC) (RB 855536) with F:C of 60:40 with .35 or 1% of urea+ammonium sulfate (AS) mixture or FC of 50:50 with 1% of urea+AS. Nitrogen balance (N) was higher for CS based diet, 88 g N/day, in relation to SC based diets with 40% concentrate, 67 or 69 g N/day. Among the SC diet based, difference on N balance was observed. Average total daily excretion of purine derivatives (DP), absorbed purine (AP) and estimated microbial N, 221 g/day, were higher for CS based diet, when compared to SC based diets with 40% concentrate, 180 ou 178 g microbial N/day. However, when compared to SC based diet with 50% concentrate, there was no difference for N balance, PD, AP and microbial N variables. There was no difference in the average total daily excretion of PD, AP and microbial N production among the diets containing SC. There was no difference on the daily mean urine excretion of creatinine (24 x 22 mg/ of kgLW), urea, allantoin (245 x 228 mmol/day) and uric acid relative to the urine collection of 24 or 8 hours, or else, total or partial urine collection. SC based diet, corrected for 1% of urea+AS, with 50% concentrate provided microbial protein production similar to that of CS based diet with F:C ratio of 60:40, in DM basis. N-urea plasma seems to be better indicator of the protein metabolism in dairy cows than N-urea in milk.

allantoin; creatinine; purine derivatives; uric acid


RUMINANTES

Balanço de compostos nitrogenados, produção de proteína microbiana e concentração plasmática de uréia em vacas leiteiras alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar1 1 Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada à UFV. Projeto parcialmente financiado pelo CNPq.

Nitrogenous compounds balance, microbial protein production and plasma urea concentration in dairy cows fed sugar cane based diets

Sandro de Souza MendonçaI; José Maurício de Souza CamposII; Sebastião de Campos Valadares FilhoII; Rilene Ferreira Diniz ValadaresIII; Carla Aparecida SoaresIV; Rogério de Paula LanaII; Augusto César de QueirozII; Anderson Jorge de AssisV; Mara Lúcia Albuquerque PereiraVI

IProfessor do DTRA/UESB (sandro@uesb.br)

IIProfessor do DZO/UFV (jmscampos@ufv.br; scvfilho@ufv.br)

IIIProfessora do DVT/UFV (rilene@ufv.br)

IVZootecnista, Mestre em Zootecnia (Nutrição de Ruminantes) pela UFV

VEstudante de Doutorado DZO/UFV (a.j.assis@ibest.com.br)

VIProfessora do DEBI/UESB (mara@uesb.br)

RESUMO

Doze vacas da raça Holandesa, puras e mestiças, foram distribuídas em três quadrados latinos 4 x 4, com o objetivo de avaliar o balanço de nitrogênio (N), a produção de proteína microbiana, a concentração de uréia no plasma e no leite e diferentes tempos de coleta de urina. As dietas foram constituídas à base de silagem de milho (SM) (AG 1051) com relação volumoso:concentrado (V:C) de 60:40, com base na matéria seca (MS), ou à base de cana-de-açúcar (CA) (RB 855536) com relação V:C de 60:40, com 0,35 ou 1% de uréia+sulfato de amônio (SA) ou V:C de 50:50 com 1% de uréia+SA. O balanço de N, para a dieta à base de SM, foi maior, 88 g N/dia, do que para as dietas com CA com 40% de concentrado, 67 ou 69 g N/dia. Entre as dietas contendo CA, não houve diferença no balanço de N. A excreção média diária total de derivados de purinas (DP), as purinas absorvidas (PA) e a estimativa de N microbiano, 221 g/dia, foram maiores para dieta à base de SM, quando comparada com as dietas à base de CA com 40% de concentrado, 180 ou 178 g N microbiano/dia. Entretanto, quando comparada à dieta contendo CA com 50% de concentrado, não houve diferença para as variáveis balanço de N, DP, PA e N microbiano. Não houve diferença na excreção média diária total de DP, PA e produção de N microbiano, entre as dietas contendo CA. Em relação aos tempos de coleta de urina de 24 ou 8 horas, ou seja, coleta total ou parcial, não houve diferença nas excreções médias diárias de creatinina (24 x 22 mg/kg de PV), uréia, alantoína (245 x 228 mmol/dia) e ácido úrico. A dieta contendo CA, corrigida com 1% de uréia+SA, com 50% de concentrado proporcionou produção de proteína microbiana semelhante à dieta à base de SM com relação V:C de 60:40, com base na MS. O N-uréia plasmático parece ser melhor indicador do metabolismo protéico em vacas leiteiras do que o N-uréia no leite.

Palavras-chave: ácido úrico, alantoína, creatinina, derivados de purinas

ABSTRACT

Twelve purebred and crossbred Holstein cows were allotted to three 4 x 4 Latin Squares to evaluate the nitrogen (N) balance, microbial protein production, plasma and milk urea concentration and different urine collections times. The experimental diets were based on corn silage (CS) (AG 1051) with forage:concentrate ratio (F:C) of 60:40, in dry matter (DM) basis, or in sugar cane basis (SC) (RB 855536) with F:C of 60:40 with .35 or 1% of urea+ammonium sulfate (AS) mixture or FC of 50:50 with 1% of urea+AS. Nitrogen balance (N) was higher for CS based diet, 88 g N/day, in relation to SC based diets with 40% concentrate, 67 or 69 g N/day. Among the SC diet based, difference on N balance was observed. Average total daily excretion of purine derivatives (DP), absorbed purine (AP) and estimated microbial N, 221 g/day, were higher for CS based diet, when compared to SC based diets with 40% concentrate, 180 ou 178 g microbial N/day. However, when compared to SC based diet with 50% concentrate, there was no difference for N balance, PD, AP and microbial N variables. There was no difference in the average total daily excretion of PD, AP and microbial N production among the diets containing SC. There was no difference on the daily mean urine excretion of creatinine (24 x 22 mg/ of kgLW), urea, allantoin (245 x 228 mmol/day) and uric acid relative to the urine collection of 24 or 8 hours, or else, total or partial urine collection. SC based diet, corrected for 1% of urea+AS, with 50% concentrate provided microbial protein production similar to that of CS based diet with F:C ratio of 60:40, in DM basis. N-urea plasma seems to be better indicator of the protein metabolism in dairy cows than N-urea in milk.

Key words: allantoin, creatinine, purine derivatives, uric acid

Introdução

A quantificação da síntese de proteína microbiana no rúmen é importante para a nutrição de ruminantes. Segundo Valadares filho (1995), as exigências protéicas dos ruminantes são atendidas mediante a absorção intestinal de aminoácidos provenientes, principalmente, da proteína microbiana sintetizada no rúmen e da proteína dietética não-degradada no rúmen.

A determinação da contribuição da proteína microbiana constitui uma importante área de estudo na nutrição protéica de ruminantes, sendo que a estimativa da contribuição da proteína microbiana no fluxo intestinal de proteína está incorporada aos sistemas de avaliação de proteína, já em uso em vários países (Chen & Gomes, 1992).

Os métodos para medição da quantidade de compostos nitrogenados microbianos utilizam indicadores internos, como bases purinas e ácido 2,6 diaminopimélico (DAPA), e externos como 15N e 35S. Como estes métodos requerem a utilização de animais fistulados e a determinação do fluxo da matéria seca no abomaso, tem sido grande o interesse no desenvolvimento de técnicas não-invasivas para determinação da proteína microbiana. Rennó et al. (2000a), trabalhando com bovinos fistulados, observaram que não houve diferenças entre a produção microbiana determinada pelo método das bases purinas no abomaso e pela excreção de derivados de purinas (DP).

O uso de DP para estimar a síntese de proteína microbiana tem sido uma alternativa às técnicas invasivas. O método de excreção de DP assume que o fluxo duodenal de ácidos nucléicos é, predominantemente, de origem microbiana e, após digestão intestinal dos nucleotídeos de purinas, as bases nitrogenadas adenina e guanina são catabolizadas e excretadas, proporcionalmente, na urina como DP, principalmente alantoína, mas, também como xantina, hipoxantina e ácido úrico (Perez et al., 1996). No trabalho desenvolvido por Rennó et al. (2000a), do total de derivados de purinas excretados na urina aproximadamente 98% eram representados por alantoína e ácido úrico, e apenas 2%, por xantina e hipoxantina. Tal fato ocorreu devido à grande atividade da xantina oxidase no sangue e nos tecidos, que converte xantina e hipoxantina a ácido úrico antes da excreção (Chen & Gomes, 1992).

A absorção de purinas está relacionada com a excreção de DP e, sabendo-se a relação de nitrogênio (N) purina/N total na massa microbiana, a produção de N microbiano pode ser calculada a partir da quantidade de purina absorvida, que é estimada a partir da excreção urinária de DP (Chen & Gomes, 1992).

A absorção de amônia através da parede do rúmen é a principal rota para a amônia que não foi assimilada pelos microrganismos, sendo removida da circulação portal pelo fígado, onde entra no ciclo da uréia (Lobley et al., 1995).

A uréia constitui a principal forma pela qual os compostos nitrogenados são eliminados pelos mamíferos e, quando a taxa de síntese de amônia é maior que sua utilização pelos microrganismos, observa-se elevação na concentração de amônia no rúmen, com conseqüente aumento na excreção de uréia e no custo energético da produção de uréia, resultando, dessa forma, em perda de proteína (Russell et al., 1992). A concentração plasmática de uréia é, positivamente, relacionada à ingestão de compostos nitrogenados (Valadares et al., 1997a; Valadares et al., 1999). A partir desta afirmação, conclui-se ser de grande importância a determinação da concentração plasmática de uréia, para evitar perdas de proteína, já que este nutriente é responsável pela maior parte do custo na formulação de ração, além de representar custo energético para o animal.

Segundo Broderick & Clayton (1997), a concentração de uréia no leite reflete a concentração de uréia no plasma. A concentração de uréia no leite pode ser um importante indicador do metabolismo protéico em vacas (Schepers & Meijer, 1998; Jonker et al., 1998).

Para reduzir erros decorrentes de variações na produção urinária, as coletas de urina deveriam ser feitas durante, pelos menos, cinco dias (Chen & Gomes, 1992). Diferentes tempos de coleta de urina têm sido realizados, a exemplo de Siddons et al. (1985), Coto et al. (1988) e Valadares et al. (1997b), que realizaram coleta de nove dias, de três dias, e 24 horas, respectivamente.

A maioria dos experimentos tem usado animais machos em gaiolas de metabolismo. Susmel et al. (1994), Vagnoni et al. (1997) e Valadares et al. (1997b) realizaram coletas de urina, em fêmeas, utilizando catéteres, sendo que o tempo de coleta variou de cinco, de três e de um a quatro dias, respectivamente. É importante ressaltar que o uso de catéteres pode causar desconforto, principalmente para animais em lactação. Desse modo, quanto menor o tempo de coleta, menores serão os problemas de desconforto ou mesmo possíveis lesões no trato urinário que acometerão os animais. Portanto, torna-se importante o desenvolvimento de metodologias que proporcionem diminuição do tempo de coleta. Isto pode ser possível a partir da estimativa do volume urinário, com base na excreção de creatinina na urina.

Segundo Harper et al. (1982), a creatinina é formada no tecido muscular pela remoção irreversível e não-enzimática de água do fosfato de creatina, originada do metabolismo de aminoácidos. Dados da literatura têm demonstrado que a excreção de creatinina é constante, em função do peso vivo dos animais. Portanto, é possível a utilização de creatinina para estimar o volume urinário, o que possibilitará estimar a excreção de DP e de outros compostos, sem necessidade de coleta total de urina.

O presente trabalho foi realizado visando avaliar o balanço de compostos nitrogenados, a produção de proteína microbiana, a concentração de uréia no leite e no plasma, e diferentes tempos de coleta de urina em vacas lactantes alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar.

Material e Métodos

O presente experimento foi conduzido na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gado de Leite do Departamento de Zootecnia, na Universidade Federal de Viçosa, durante o período de julho a outubro de 2000.

Foram utilizadas 12 vacas da raça Holandesa Malhada de Preto, puras (sete) e mestiças (cinco), distribuídas em três quadrados latinos 4 x 4, balanceados de acordo com o número de dias em lactação. No início do experimento, os animais estavam, em média, com 57 dias de lactação. O experimento foi constituído por quatro períodos, com duração de 19 dias cada, sendo os sete primeiros dias de adaptação às dietas experimentais.

As dietas experimentais foram constituídas à base de silagem de milho (AG 1051) com relação volumoso:concentrado de 60:40, com base na matéria seca, ou à base de cana-de-açúcar (variedade RB 855536) com relação volumoso:concentrado de 60:40 ou 50:50. À cana-de-açúcar, nas dietas com relação volumoso:concentrado 60:40, foram adicionados 0,35 ou 1% da mistura uréia+sulfato de amônio (SA) na proporção 9:1, respectivamente, com base na matéria natural. A adição de 0,35 de uréia+SA à cana-de-açúcar, em uma das dietas, teve como objetivo elevar o teor de proteína bruta da cana-de-açúcar ao normalmente encontrado na silagem de milho (Valadares filho et al., 2002). À cana-de-açúcar, na dieta com relação volumoso:concentrado de 50:50, foi adicionado 1% de uréia+SA na base da matéria natural. Na formulação das rações concentradas, foram utilizados fubá de milho, farelo de soja, farelo de algodão, uréia e matéria mineral. As dietas foram formuladas para atender às exigências nutricionais, segundo recomendações do NRC (1989). Nas Tabelas 1, 2 e 3, são apresentadas as proporções dos ingredientes das rações concentradas e as composições bromatológicas médias das rações concentradas, da silagem de milho, cana-de-açúcar e das dietas experimentais.

Os carboidratos totais (CHO) foram calculados segundo Sniffen et al. (1992), em que: CHO = 100 - (%PB + %EE + %CINZAS). Os nutrientes digestíveis totais (NDT) foram calculados segundo o NRC (2001), pela seguinte equação: NDT (%) = PBD + FDND+ CNFD+2,25EED, em que: PBD = proteína bruta digestível; FDND = fibra em detergente neutro digestível; CNFD = carboidratos não-fibrosos digestíveis; EED = extrato etéreo digestível.

Os animais foram manejados em baias individuais, onde receberam alimentação fornecida ad libitum duas vezes ao dia, às 8 e 17 h, na qual a dieta contendo silagem de milho foi dieta completa e nas dietas à base de cana-de-açúcar o concentrado foi colocado apenas sobre o volumoso, não sendo misturado ao mesmo. Foi feito monitoramento do consumo, diariamente, a fim de manter as sobras de alimentos próximos a 10%, com base na MS.

O preparo das amostras (alimento fornecido, sobras e fezes) e as análises de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), matéria mineral (MM), compostos nitrogenados totais (N), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e lignina (LIG) foram feitas segundo Silva (1990).

A coleta de urina foi feita, utilizando-se sondas de folley no 26, segundo metodologia descrita por Valadares et al. (1997b). Os recipientes que receberam a urina continham 500 mL de ácido sulfúrico a 20%. Foram realizados dois tipos de coletas. Em um quadrado latino, foi feita a coleta de 24 horas. Nos dois quadrados latinos restantes, a coleta foi feita durante oito horas (período entre as ordenhas), sendo que o volume obtido durante este tempo foi multiplicado por três. A coleta de urina foi efetuada no 18o e 19o dias de cada período experimental. Da urina coletada, após pesagem, homogeneização e filtragem, foram obtidas alíquotas de 10 mL, que foram diluídas em 40 mL de ácido sulfúrico 0,0036 N. Estas amostras tiveram seu pH ajustado abaixo de três e foram acondicionadas em recipientes plásticos e congeladas para posteriores análises.

As amostras de leite, aproximadamente 300 mL, foram coletadas no 12o dia de cada período experimental, nas ordenhas da manhã e da tarde, para realizar as análises de compostos nitrogenados totais, alantoína e uréia. O leite foi desproteinizado com ácido tricloroacético (10 mL de leite foram misturados com 5 mL de ácido tricloroacético a 25%, filtrados em papel-filtro e armazenados a -20ºC), sendo as análises de uréia e alantoína realizadas no filtrado.

As purinas absorvidas (X, mmol/dia) foram calculadas a partir da excreção de DP (Y, mmol/dia), por meio da equação Y= 0,85X+0,385 PV0,75, em que 0,85 é a recuperação de purinas absorvidas como derivados de purinas e 0,385 PV0,75, a contribuição endógena para excreção de purinas (Verbic et al., 1990).

A síntese de compostos nitrogenados microbianos no rúmen (Y, gN/dia) foi calculada em função das purinas absorvidas (X, mmol/dia), por meio da equação Y= (70X)/ (0,83x0,116x1000), em que 70 representa o conteúdo de N nas purinas (mg N/mmol); 0,83, a digestibilidade das purinas microbianas e 0,116, a relação N-purina:N total nas bactérias (Chen & Gomes, 1992).

As análises de DP, alantoína (urina e leite) e ácido úrico (urina) foram feitas, aplicando-se método colorimétrico, segundo Fujihara et al. (1987), citados por Chen & Gomes (1992). A excreção total de DP foi calculada pela soma das quantidades de alantoína e ácido úrico excretados na urina e da quantidade de alantoína excretada no leite, expressas em mmol/dia.

O balanço dos compostos nitrogenados (N) foi obtido pela diferença entre o total de N ingerido e o total de N excretado nas fezes, no leite e na urina. A determinação do N total, no leite e na urina, foi feita segundo Silva (1990).

Foi coletado sangue, usando-se seringas e agulhas descartáveis quatro horas após a alimentação matinal, utilizando-se heparina como anticoagulante. Logo após a coleta, as amostras de sangue foram centrifugadas (5000 rpm por 15 minutos) e o plasma sangüíneo acondicionado em recipientes de vidros e congelado para posterior determinação de creatinina e uréia. As coletas de sangue foram realizadas no 19o dia de cada período experimental.

A uréia foi determinada na urina, no plasma e no leite desproteinizado, e a creatinina na urina, usando-se kits comercias (Labtest).

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e testes de médias, utilizando-se o programa SAEG, versão 7.1. (UFV, 1997), a 5% de probabilidade.

Resultados e Discussão

Constam na Tabela 4 os resultados obtidos para o balanço de compostos nitrogenados (N) das dietas experimentais. A ingestão de (N) foi maior (P<0,05) para a dieta à base de silagem de milho, o que ocorreu em função do maior consumo de MS para esta dieta.

A dieta com cana-de-açúcar adicionada de 0,35% de uréia+SA não diferiu (P>0,05) das demais dietas à base do mesmo volumoso, em relação ao consumo de N. Entretanto, o consumo de N foi maior (P<0,05) para a dieta com cana-de-açúcar adicionada de 1% de uréia+SA com 50% de concentrado, quando comparado ao tratamento com a mesma quantidade de uréia+SA com relação de 60:40.

O balanço de N, para a dieta à base de silagem de milho, foi maior (P<0,05) do que nas dietas com cana-de-açúcar, cuja relação volumoso:concentrado foi de 60:40. Provavelmente, tal fato ocorreu em virtude do maior consumo de N para o tratamento com silagem de milho. Não houve diferença (P>0,05) no balanço de N entre a dieta à base de cana-de-açúcar com 50% de concentrado e a dieta contendo silagem de milho. Entre as dietas contendo cana-de-açúcar não houve diferença (P>0,05) no balanço de N.

Vale salientar que, independentemente das dietas experimentais, não foi verificado balanço de N negativo, o que é indicação de que o consumo de proteína atendeu às exigências protéicas dos animais.

Na Tabela 5, são apresentados os dados referentes à comparação de médias obtidas (24 horas de coleta de urina) e estimadas (a partir de oito horas de coleta) dos volumes urinários e das excreções urinárias de uréia, creatinina, alantoína, ácido úrico e purinas totais, das purinas absorvidas e dos compostos nitrogenados microbiano. Não houve diferença (P>0,05) para nenhuma das variáveis. Portanto, o volume urinário produzido em 24 horas pode ser estimado a partir da coleta parcial de oito horas, reduzindo-se, assim, o tempo de coleta e, conseqüentemente, o estresse provocado nos animais, bem como as chances de ocorrerem lesões no trato urinário.

Os dados referentes às médias diárias das excreções de alantoína na urina e no leite, ácido úrico na urina, purinas totais, das purinas absorvidas e dos compostos nitrogenados microbianos são apresentados na Tabela 6. Não houve diferença (P>0,05) entre as dietas, para as excreções médias diárias de ácido úrico na urina e alantoína no leite. A excreção média diária de alantoína na urina foi maior (P<0,05) para a dieta à base de silagem de milho, quando comparada com as dietas de cana-de-açúcar com 40% de concentrado. Entretanto, quando comparada com a dieta à base de cana-de-açúcar 50:50, não houve diferença para esta variável. Não houve diferença (P>0,05) na excreção média diária de alantoína entre as dietas à base de cana-de-açúcar. A alantoína representou 90,8% do total de derivados de purinas excretadas. Este valor está próximo aos encontrados por Oliveira et al. (2001) e Vagnoni et al. (1997), isto é, 87,8 e 86,6%, respectivamente. Estes valores sugerem que a excreção de alantoína pode constituir uma boa variável para representar a excreção de DP, visando a estimativa da produção de proteína microbiana.

A excreção de alantoína no leite representou 3,5% do total de derivados de purinas excretadas. Este valor está próximo aos encontrados por Chen & Gomes (1992), Valadares et al. (1999) e Oliveira et al. (2001), isto é, 4,5%, 4,2 a 5,7% e 5,0%, respectivamente. Entretanto, Susmel et al. (1995) e Gonda & Lindberg (1997) obtiveram valores 10,6 a 10,9% e 0,6 a 1,3%, respectivamente, para excreção de alantoína no leite em relação à excreção urinária.

A excreção média diária total de derivados de purinas, as purinas absorvidas e a estimativa de N microbiano foram maiores (P<0,05), para a dieta à base de silagem de milho, quando comparada com as dietas à base de cana-de-açúcar com 40% de concentrado. Entretanto, quando comparada à dieta de cana-de-açúcar com 50% de concentrado, não houve diferença (P>0,05) para estas variáveis. Não houve diferença na excreção média diária total de derivados de purinas, purinas absorvidas e produção de N microbiano, entre as dietas contendo cana-de-açúcar.

O valor médio encontrado de N-microbiano, no presente estudo, foi 193 g/dia, que é semelhante ao encontrado por Oliveira et al. (2001) e inferior à faixa de 278 a 419 g/dia encontrada por Valadares et al. (1999). Oliveira et al. (2001) trabalharam com vacas com produções médias diárias próximas (18,9 kg leite/dia) às produções médias obtidas no presente trabalho. Entretanto, Valadares et al. (1999) trabalharam com vacas de alta produção.

Foi observado que a quantidade de N-microbiano produzido representa 48; 44; 47 e 47% do N ingerido para as dietas 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Os valores obtidos para a produção microbiana, utilizando os derivados de purina parecem adequados, uma vez que a eficiência microbiana média estimada para as dietas (expressa em gPBmic/100gNDT) foi de 11, estando este valor próximo à média citada pelo NRC (2001) de 13.

Constam na Tabela 7 as médias das concentrações plasmáticas de uréia, as excreções de uréia no leite e na urina e creatinina na urina das dietas experimentais.

Não houve diferença (P>0,05) nas excreções médias diárias de uréia na urina entre as dietas experimentais, apesar de ter havido diferença entre ingestões de PB nos diferentes tratamentos. Oliveira et al. (2001) encontraram comportamento linear crescente para a excreção urinária de uréia em função dos níveis crescentes de NNP na dieta, com valores variando de 208 a 375 mg/kg de PV. Segundo Valadares et al. (1997a), baixas ingestões de compostos nitrogenados possibilitam maior conservação de uréia, ao passo que maior excreção de uréia ocorre mediante altas ingestões de nitrogênio.

Não houve diferença (P>0,05) nas excreções médias diárias de creatinina na urina, entre as dietas. O valor médio encontrado para a excreção diária de creatinina obtido a partir da coleta total de urina, 24 mg/kg de PV, foi semelhante ao encontrado por Oliveira et al. (2001). Este valor pode ser usado para estimar o volume urinário de vacas mestiças Holandês-Zebu, a partir da amostra spot de urina. Rennó et al. (2000b), trabalhando com novilhos, verificaram que a excreção de creatinina não foi afetada pelo teor de PB da dieta, sendo que o valor médio encontrado foi 27 mg/kg de PV. Valadares et al. (1997a) também não encontraram efeito do teor de PB da dieta na excreção de creatinina, encontrando-se valor médio de 24 mg/kg de PV para novilhos Zebu.

A dieta à base de cana-de-açúcar adicionada de 0,35% de uréia+SA, cuja relação volumoso:concentrado foi 60:40, apresentou maior (P<0,05) concentração de uréia plasmática. A concentração plasmática de uréia dos animais recebendo dieta à base de silagem de milho foi menor (P<0,05) do que a dos animais cuja dieta era à base de cana-de-açúcar adicionada de 1% de uréia+SA, 60:40. Não houve diferença (P>0,05) entre as dietas à base de cana-de-açúcar com 1% de uréia+SA, independentemente da relação volumoso:concentrado, em relação à concentração plasmática de uréia. Oliveira et al. (2001) verificaram comportamento linear crescente da concentração plasmática de uréia, em função dos níveis de NNP. Esses autores encontraram o valor médio de 43 mg/dL para concentração de uréia plasmática, a qual foi inferior ao encontrado no presente estudo (50,0 mg/dL). Isto pode ter ocorrido, provavelmente, em função do maior teor de PB nas dietas do presente experimento (Baker et al., 1995).

A excreção média diária de uréia no leite foi maior (P<0,05) para a dieta à base de cana-de-açúcar adicionada 1% uréia+SA, cuja relação volumoso:concentrado foi 60:40, quando comparada com a dieta à base de silagem de milho. Não houve diferença (P>0,05) na excreção de uréia no leite, entre as dietas experimentais à base de cana-de-açúcar.

Concentrações de NUP e NUL de 19 a 20 mg/dL e 24 a 25 mg/dL, respectivamente, representariam limites a partir dos quais estariam ocorrendo perdas de nitrogênio dietético em vacas leiteiras (Oliveira et al., 2001). Os valores médios encontrados no presente estudo de NUP, para as dietas experimentais, foram superiores aos limites propostos, o que indica perda de nitrogênio dietético. Entretanto, ao analisar os valores médios de NUL para as dietas, verifica-se que estes estão abaixo daqueles limites, indicando que não ocorreu perda de proteína dietética. Valadares et al. (1997a) encontraram valores de 14 a 16 mg/dL de NUP, representando limites a partir dos quais estariam ocorrendo perdas de proteína dietética. Estes valores corresponderam à máxima eficiência microbiana. Entretanto, esses autores trabalharam com novilhos zebuínos.

A dieta à base de silagem de milho apresentou menor (P<0,05) concentração de NUP, quando comparada às dietas à base de cana-de-açúcar com 40% de concentrado. Este fato aliado à ausência de diferença (P>0,05) quanto à excreção urinária de uréia entre as dietas, mesmo havendo maior consumo (P<0,05) de PB para a dieta contendo silagem de milho, indica melhor utilização de N para os animais na dieta à base de silagem de milho. Entretanto, para o NUL, os valores observados para as dietas não foram muito diferenciados, sendo que o menor valor (16 mg/dL) obtido para a dieta contendo silagem de milho não diferiu (P>0,05) daquele obtido para a dieta à base de cana-de-açúcar com 40% de concentrado e adicionada de 0,35% de uréia+SA, nem daquele obtido para a dieta contendo cana-de-açúcar com 50% de concentrado. Tal fato talvez indique ser o NUP mais eficiente que o NUL, para detectar o metabolismo protéico do animal.

Conclusões

As dietas contendo cana-de-açúcar com 50% de concentrado e corrigida com 1% de uréia+SA proporcionam produção de proteína microbiana e balanço de compostos nitrogenados semelhantes às dietas à base de silagem de milho, relação volumoso:concentrado de 60:40, na base da MS, em vacas produzindo, em média, 20 kg de leite/dia.

Vacas leiteiras alimentadas com dietas à base de silagem de milho com 40% de concentrado apresentam concentrações de uréia no leite e no plasma semelhantes àquelas alimentadas com dietas à base de cana-de-açúcar com relação volumoso:concentrado de 50:50, podendo indicar eficiência semelhante na utilização do nitrogênio dietético.

O volume urinário e as excreções urinárias de uréia, creatinina, alantoína, ácido úrico e purinas totais, as purinas absorvidas e a estimativa dos compostos nitrogenados microbiano produzidos em 24 horas podem ser estimados a partir da coleta parcial de oito horas, em vacas em lactação.

Literatura Citada

VALADARES, R.F.D.; GONÇALVES, L.C.; SAMPAIO, I.B. et al. Níveis de proteína em dietas de bovinos. 4. Concentrações de uréia plasmática e excreções de uréia e creatinina. Revista Brasileira de Zootecnia, v.26, n.6, p.1270-1278, 1997a.

Recebido em: 09/08/02

Aceito em: 23/06/03

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  • 1
    Parte da Dissertação de Mestrado do primeiro autor, apresentada à UFV. Projeto parcialmente financiado pelo CNPq.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      08 Set 2004
    • Data do Fascículo
      Abr 2004

    Histórico

    • Recebido
      09 Ago 2002
    • Aceito
      23 Jun 2003
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