Inclusão de farelo de gérmen de milho desengordurado na alimentação de frangos de corte

Feeding increasing defatted corn germ meal levels to broiler chickens

MONOGÁSTRICOS

Inclusão de farelo de gérmen de milho desengordurado na alimentação de frangos de corte¹

Feeding increasing defatted corn germ meal levels to broiler chickens

Sandra Regina Brunelli^I; João Waine Pinheiro^II; Caio Abércio da Silva^II; Nilva Aparecida Nicolao Fonseca^II; Dássia Daiane de Oliveira^III; Gianne Evans Cunha^III; Lílian Francisco Arantes de Souza^III

^IMestre em Ciência Animal pela UEL – Londrina – PR

^IIDepartamento de Zootecnia – CCA – UEL – Londrina – PR

^IIIIniciação Científica do Departamento de Zootecnia – CCA – UEL – Londrina - PR

RESUMO

Dois ensaios foram realizados para avaliação do uso de farelo de gérmen de milho desengordurado (FGMD) na alimentação de frangos de corte. No primeiro ensaio, para determinação do valor nutricional pelo método de coleta total de excretas, foram utilizados 120 pintos de corte com 19 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com três tratamentos e quatro repetições de dez aves por unidade experimental. As dietas experimentais, à base de milho e farelo de soja, variaram de acordo com os níveis de FGMD (0, 20 e 40%). Os valores médios dos coeficientes de metabolização de MS, FB, PB, EE e energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMA_n) foram, com base na matéria natural (MN), 60,99; 16,73; 53,80 e 82,71% e 2.413 kcal/kg, respectivamente. No segundo ensaio, foram utilizados 480 pintinhos de quatro dias de idade, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com cinco tratamentos e oito repetições (quatro de cada sexo) de 12 aves por unidade experimental. Os tratamentos consistiram de dietas experimentais à base de milho e farelo de soja, com 0, 5, 10, 15 e 20% de FGMD. Foram observados efeitos linear crescente do FGMD para ganho de peso (GP) e consumo de ração (CR) e linear decrescente para conversão alimentar (CA). A inclusão de 20% de FGMD proporcionou efeitos positivos nas características de desempenho de frangos de corte e não alterou as características de carcaça.

Palavras-chave: alimentos, aves, desempenho, energia metabolizável, nutrição

ABSTRACT

Two trials were carried out to evaluate the effects of feeding of increasing defatted corn germ meal (DCGM) levels to broilers. In the first trial, for determination of nutritional value by method of total excreta collection, 120 19-day old broilers were allotted to a completely randomized design with three treatments and four replications of 10 birds each. The treatments consisted of corn and soybean meal-based diets with increasing DCGM levels: 0, 20, and 40%. Mean values of coefficients of metabolization of DM, CF, CP, EE, and metabolizable energy adjusted for nitrogen balance were (as-fed basis): 60.99%, 16.73%, 53.80%, 82.71%, and 2413 kcal/kg, respectively. In the performance trial, 480 4-day old chicks were assigned to a completely randomized design with five treatments and eight replications (four of each sex) of 12 birds. The treatments consisted of corn and soybean meal-based diets with increasing DCGM levels: 0, 5, 10, 15, and 20%. Linear increasing effect of DCGM on weight gain and feed intake and decreasing linear effect on feed:gain ratio were observed. Feeding DCGM is viable up to 20% level to broiler performance with no changes on carcass traits.

Key Words: food, metabolizable energy, nutrition, performance, broiler

Introdução

Na avicultura, são freqüentes os períodos de instabilidade financeira advindos dos altos preços dos ingredientes que compõem as rações. A alimentação dos frangos de corte sustenta-se basicamente da utilização do milho e do farelo de soja e qualquer variação nos seus preços de mercado reflete diretamente nos resultados econômicos da atividade. Segundo Butolo et al. (1998), há um interesse crescente por alimentos alternativos para aves.

Entre as alternativas alimentares pesquisadas para frangos, estão os resíduos e os co-produtos das agroindústrias, como o gérmen de milho desengordurado, por exemplo. Segundo Rostagno (2003), o farelo de gérmen de milho (com ou sem óleo) tem sido pesquisado como sucedâneo do milho nas rações de monogástricos.

O farelo de gérmen de milho desengordurado (FGMD) é resultante do processamento industrial do milho para extração do óleo do gérmen, que, depois de retirado da semente na moagem úmida, é seco e prensado (Andriguetto et al., 1983; Dermachi, 1998).

A composição química do FGMD observada na literatura é divergente. Estudos realizados no Brasil relatam valores médios de 10,7% de PB, 3,9% de FB, 1,2% de EE e 3,4% de CIN e uma quantidade interessante de K (0,77%), Mg (0,51%), Fe (108ppm) e Zn (72 ppm) (Butolo et al., 1998; Brum et al., 1999; Rodrigues et al., 2001ab).

Brum et al. (1999) determinaram, em frangos de corte, valor energético do FGMD de 2.468 (±39) kcal de EMAn/kg de MN, enquanto Butolo et al. (1998) estimaram valor de 2.392 kcal de EMA/kg de MN e 2.309 kcal de EMAn/kg de MN. Rodrigues et al. (2001a), por sua vez, encontraram 2.207 kcal de EMAn/kg de MN e energia metabolizável verdadeira corrigida de 2.267 kcal/kg de MN com frangos de corte.

Os parâmetros zootécnicos que indicam a quantidade de alimento a ser utilizada em uma dieta não são bem definidos. Conseqüentemente, são desconhecidos também os valores ideais para obtenção de melhores resultados de desempenho e produtividade dos frangos.

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar o uso do farelo de gérmen de milho desengordurado em rações para frangos de corte.

Material e Métodos

Dois ensaios foram conduzidos no Setor de Avicultura da Fazenda Escola da Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, PR.

No primeiro ensaio, para o estudo da digestibilidade, pelo método tradicional de coleta total de excretas (Albino et al., 1982), foram utilizados 120 pintos de corte de 19 dias de idade, da linhagem Cobb, sexados, alojados em uma bateria metálica suspensa, distribuídos em um delineamento experimental inteiramente casualizado, com três tratamentos e quatro repetições de dez aves (metade de cada sexo).

Os tratamentos experimentais consistiram de uma ração-referência, à base de milho e farelo de soja (Tabela 1), formulada para atender às exigências nutricionais das aves, conforme descrito por Rostagno et al. (2000), e de outras duas rações, em que o farelo de gérmen de milho desengordurado substituiu, com base na matéria natural, 20 e 40% da ração-referência.

O período de ensaio constituiu-se de nove dias, quatro para adaptação das aves às gaiolas e às rações experimentais e cinco para coleta das excretas.

As excretas foram coletadas duas vezes ao dia e armazenadas em congelador até o final do ensaio, quando foram descongeladas, devidamente reunidas por tratamentos, homogeneizadas e pesadas. Posteriormente, duas amostras de cada tratamento foram retiradas e secas em estufa ventilada por 72 horas a 55ºC.

As análises das rações e das excretas foram realizadas no Laboratório de Tecnologia de Alimentos e Medicamentos (TAM) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz (1985). As concentrações de EB das amostras das rações, dos alimentos e das excretas foram determinadas por meio de bomba calorimétrica, no Laboratório de Nutrição Animal da EMBRAPA - Suínos e Aves de Concórdia, SC.

Para determinação dos valores de EM e dos coeficientes de digestibilidade aparente do FGMD, adotaram-se as equações citadas por Matterson et al. (1965). Os parâmetros analisados neste ensaio foram os coeficientes de metabolização da energia, do EE, da FB, da PB e da MS do gérmen de milho desengordurado.

No segundo ensaio (desempenho), foram utilizados 480 pintos Cobb (50% de cada sexo), divididos em duas fases (4 a 21 e 4 a 42 dias de idade), alojados em um galpão convencional.

Foram avaliados cinco níveis crescentes de FGMD (0, 5, 10, 15 e 20%) nas rações, formuladas com base nos valores de EMAn e nos resultados da análise bromatológica obtidos no ensaio de digestibilidade do FGMD. A composição de aminoácidos foi calculada utilizando-se os valores obtidos por Soares et al. (2004). Os pintos foram pesados no início do experimento e distribuídos aleatoriamente nos boxes, separados por sexo e tratamento experimental, em um delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 2 (cinco níveis de FGMD e dois sexos), mantendo-se o peso médio do lote por unidade experimental. Cada tratamento teve oito repetições de 12 aves, totalizando 96 aves por tratamento.

O programa de alimentação foi montado considerando as três fases de desenvolvimento dos frangos: ração inicial (4 a 21 dias de idade), ração de crescimento (22 a 35 dias de idade) e ração final (36 a 42 dias de idade). As rações experimentais (Tabelas 2, 3 e 4), para cada fase, foram formuladas para atender às exigências mínimas descritas por Rostagno et al. (2000) e foram fornecidas à vontade.

A cada fase experimental e ao término de todo o período experimental, foram avaliados o ganho de peso (GP), o consumo de ração (CR) e a conversão alimentar (CA).

Aos 43 dias de idade, após jejum de 12 horas, foram abatidas 40 aves, uma de cada unidade experimental, com peso médio da unidade experimental, totalizando oito aves por tratamento (metade de cada sexo), para avaliação do peso ao abate, dos pesos e rendimentos de carcaça (depenada com cabeça, pés e vísceras comestíveis), de carcaça eviscerada (carcaça sem vísceras comestíveis), peito, perna (coxa+sobrecoxa), carne nobre (peito+coxa+sobrecoxa), fígado, coração, moela, gordura abdominal (gordura contida em volta da cloaca e dos músculos abdominais adjacentes) e da gordura de moela (gordura em volta da moela).

Para o cálculo de rendimento de carcaça e de carcaça eviscerada, tomou-se como base o peso vivo ao abate e, para determinação do rendimento dos outros cortes (peito, perna, carne nobre, fígado, moela, coração, gordura abdominal e gordura da moela), considerou-se o peso da carcaça depenada com pés, cabeça e vísceras comestíveis.

A viabilidade e o índice de eficiência econômica da inclusão do FGMD nas rações foram calculados considerando os custos das rações e de ração por quilograma de peso vivo, segundo Bellaver et al. (1985). Posteriormente, foram calculados os índices de eficiência econômica (IEE) e de custo (IC), segundo Barbosa et al. (1992). O custo médio da ração foi obtido considerando-se os preços dos ingredientes na região de Londrina, no mês junho de 2004.

Na análise estatística, foram utilizados os dados de desempenho e de carcaça e os índices econômicos, que foram analisados por meio do programa SAEG (UFV, 1998). Para avaliar os efeitos dos níveis de FGMD, foram feitas análises de variância e de regressão polinomial, considerando-se até o efeito quadrático. Para avaliar o efeito do sexo e das interações, foram realizadas análises de variância.

Resultados e Discussão

Os resultados da composição bromatológica (Tabela 5) diferiram quanto aos percentuais de PB, FB, EE e CIN em comparação aos encontrados por Butolo et al. (1998), Brum et al. (1999) e Rodrigues et al. (2001a).

O valor de FB foi, em média, 35% inferior aos descritos por Soares et al. (2004) e 34% superior aos reportados por Butolo et al. (1998) e Brum et al. (1999). O percentual de EE determinado neste experimento também foi inferior aos encontrados na literatura (Butolo et al., 1998; Brum et al., 1999; Rodrigues et al., 2001a). Segundo Bath et al. (1999), as variações na composição química do FGMD e do milho podem ser conseqüência das diferenças no clima, no solo, no cultivo, nas variedades e nos métodos de processamento.

Os coeficientes de metabolização de MS (CMMS), FB (CMFB), CP (CMPB) e EE (CMEE) do FGMD foram, respectivamente, de 60,99; 16,73; 53,80 e 82,71%. O valor de EB foi de 3.602 kcal/kg de MN, próximo ao verificado por Soares et al. (2004), de 3.584 kcal/kg de MN, e Brum et al. (1999), de 3.689 kcal/kg de MN. O valor de EMA_n (2.413 kcal/kg de MN) foi semelhante ao descrito por Brum et al. (1999),de 2.468 kcal de EMAn/kg de MN.

Os valores de EMAn do FGMD obtidos com 20 e 40% de substituição da ração-referência foram 2.454 e 2.372 kcal/kg de MN, respectivamente, e se assemelham aos relatados por Butolo et al. (1998), que obtiveram 2.364 e 2.256 kcal/kg de MN nos níveis de 20 e 40% de substituição, respectivamente.

A média dos valores de EMAn (2.413 kcal EMAc/kg de MN) foi 28,4% inferior à descrita por Rostagno et al. (2000), de 3.371 kcal/kg de matéria natural para o grão do milho.

Os dados de desempenho (ganho peso, consumo de ração e conversão alimentar) dos frangos de corte, em cada período avaliado, são apresentados na Tabela 6.

Não foram observados efeitos significativos (P>0,05) das interações nível de inclusão do FGMD × sexo dos frangos sobre as características avaliadas nas diferentes fases. No período de 4 a 21 dias de idade, o ganho de peso (GP) e o consumo de ração (CR) apresentaram resposta linear crescente e a conversão alimentar (CA), reposta linear decrescente, ao aumento do nível de FGMD nas rações experimentais. As equações foram: = 0,641+0,003X (R²=0,92) para GP; = 0,929+0,0018X (R² = 0,71) para CR; e = 1,450-0,0037X (R²=0,67) para CA. Portanto, nesta fase, quanto maior a inclusão do FGMD nas rações, maiores os valores de GP e CR e melhores os de CA.

O aumento no ganho de peso dos frangos alimentados com os níveis crescentes de FGMD provavelmente foi ocasionado pelo acréscimo no consumo das rações, o que pode estar relacionado aos maiores níveis de óleo, pois a substituição de carboidrato por gordura em rações para frangos de corte têm grandes vantagens sobre os parâmetros de desempenho (Junqueira et al., 2005; Dell'Isola et al., 2003).

A conversão alimentar dos frangos também melhorou com a inclusão do FGMD nas rações, provavelmente em razão da adição de óleo, que, possivelmente, favoreceu a digestibilidade (Junqueira et al., 2005; Dell'Isola et al., 2003).

Na fase de 4 a 42 dias de idade, observou-se efeito linear (P<0,01) em relação às características avaliadas. As equações de regressão foram: GP = 2,193+0,0073X (R²=0,95); CR = 3,864+0,0074X (R²=0,91) e CA = 1,764-0,002X (R²=0,92).

Portanto, à semelhança do período de 4 a 21 dias de idade, na análise de todo o período experimental, constatou-se melhora nas médias de GP, CR e CA para as inclusões de FGMD nas rações.

No período de 4 a 21 dias de idade, as fêmeas apresentaram médias de ganho de peso e consumo de ração superiores às dos machos. Porém, na fase de 4 a 42 dias, os machos foram superiores às fêmeas.

As médias observadas para as características de carcaça, em relação aos níveis de inclusão do FGMD, são apresentadas na Tabela 7. Aos 43 dias de idade, houve efeito significativo (P<0,05) para a inclusão do FGMD sobre os pesos de abate, da carcaça e da carcaça eviscerada. Na fase de 4 a 42 dias de idade, a inclusão do FGMD influenciou positivamente o ganho de peso e, conseqüentemente, determinou maiores pesos de abate, da carcaça e da carcaça eviscerada.

As equações de regressão determinadas foram: peso de abate = 2,340+0,004X (R² = 0,52); peso da carcaça = 2,047+0,003X (R² = 0,59) e peso da carcaça eviscerada = 1,909+0,003X (R² = 0,50).

Os rendimentos de carcaça, de carcaça eviscerada, de peito, de pernas e de carnes nobres e o peso de peito e de pernas, em relação ao peso de abate, não foram influenciados pelos tratamentos.

As médias das características de peso e de rendimento das vísceras e da gordura abdominal e da moela são descritas na Tabela 8.

As equações de regressão para peso e rendimento de coração foram: = 0,0108+0,00007X (R² = 0,55) e = 0,524+0,0028X (R² = 0,51), respectivamente.

O peso de gordura da moela e da gordura abdominal, com seus respectivos rendimentos, não sofreram efeito significativo dos níveis crescentes de inclusão do FGMD na ração.

Os machos apresentaram médias superiores às das fêmeas para quase todas as características avaliadas.

Na Tabela 9 constam as médias de peso e rendimentos de carcaça, peito e perna, de acordo com o sexo dos frangos de corte. Para o peso e o rendimento de cortes, de vísceras e de gordura da carcaça, não foram observadas interações tratamentos × sexo.

As médias para peso de abate, de carcaça, de carcaça eviscerada, de peito e de pernas foram maiores para os machos que para as fêmeas. Estes resultados foram semelhantes aos observados por Figueiredo et al. (1998), Lisboa et al. (1999), Moreira et al. (2003) e Stringhini et al. (2003).

Os rendimentos de carcaça, carcaça eviscerada e carne nobre não diferiram (P>0,05) entre sexos, confirmando os relatos de Stringhini et al. (2003) e Moreira et al. (2003). Verificou-se, no entanto, efeito do sexo sobre os rendimentos de peito e perna. Confirmando os resultados descritos na literatura (Figueiredo et al., 1998; Moreira et al., 2003; Stringhini et al., 2003), as fêmeas apresentaram valores superiores de rendimento de peito e inferiores de rendimento de pernas em relação aos machos.

As médias dos pesos e rendimentos de vísceras comestíveis e gordura de machos e fêmeas são descritas na Tabela 10.

Os machos apresentaram maiores médias de peso de fígado, moela e coração e rendimento de coração. Não houve diferenças significativas entre sexos para as médias de peso e rendimento da gordura da moela e rendimentos de fígado e moela. As fêmeas só apresentaram médias superiores para a característica gordura abdominal, corroborando os dados obtidos por Lisboa et al. (1999) e Moura et al. (2002). Segundo Moreira et al. (2003), o maior acúmulo de gordura abdominal pode estar relacionado à existência de adipócitos de maior tamanho nas fêmeas.

Constam na Tabela 11 os resultados da análise econômica, com simulação de preço do FGMD de 45,7% do valor do milho, índice normalmente utilizado no mercado.

No período de 4 a 21 dias de idade, não houve efeito (P>0,05) dos tratamentos experimentais sobre o ICM e IEE. Porém, quando se analisou o período experimental de 4 a 42 dias de idade, foi observado aumento linear crescente para o ICM ( = 100,084+0,108X, R² = 0,90) e linear decrescente para IEE ( = 99,984-0,106X, R² = 0,98), para os níveis crescentes de inclusão FGMD (X) na ração.

A ração-referência promoveu os melhores índices de eficiência econômica e de custo e, portanto, a inclusão do FGMD na ração não é economicamente viável.

Considerando os resultados de desempenho, observou-se possibilidade da inclusão de até 20% de FGMD na ração dos frangos.

Conclusões

O farelo de gérmen de milho desengordurado apresentou coeficientes de metabolização de MS, FB, PB e EE de 60,99; 16,73; 53,80 e 82,71%, respectivamente, e valor médio de EMAn de 2.413 kcal/kg na matéria natural. A inclusão de FGMD na ração de frangos de corte na proporção de até 20% da ração não comprometeu o desempenho produtivo e as características de carcaça, porém, pelos preços que este alimento foi obtido, não foi economicamente viável.

Literatura Citada

Recebido: 23/02/05

Aprovado: 06/03/06

Correspondências devem ser enviadas para: [e-mail]

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1

Parte da dissertação de Mestrado da primeira autora.

Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  05 Out 2006
• Data do Fascículo
  Ago 2006

Histórico

• Aceito
  06 Mar 2006
• Recebido
  23 Fev 2005