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Redução da proteína da dieta com base no conceito de proteína ideal para tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede

Dietary protein reduction based on ideal protein concept for Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) cultured in net pens

Resumos

Avaliou-se o desempenho de tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede e alimentadas com dietas contendo 27,0 (controle); 25,2; 24,3 e 22,7% de proteína digestível. Aminoácidos cristalinos (L-lisina, DL-metionina e L-treonina) foram adicionados à dieta considerando o conceito de proteína ideal e simulando o perfil de aminoácidos da dieta controle. Os peixes (34,63±19 g) foram alimentados manualmente com dietas isoenergéticas (3.075 kcal de energia digestível/kg de dieta) até saciedade aparente, três vezes ao dia, durante 91 dias. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, três repetições e 25 peixes/unidade experimental. Não foram observados efeitos dos níveis de proteína digestível sobre o ganho de peso, a conversão alimentar, a taxa de eficiência protéica, o peso da carcaça eviscerada, o rendimento de carcaça, o peso e o rendimento de filé, a sobrevivência e o hematócrito. Houve efeito quadrático dos níveis de proteína digestível sobre o consumo; o maior valor foi estimado para a dieta contendo 24,41% de proteína digestível e excreção de nitrogênio, na qual o melhor resultado estimado foi obtido com peixes que receberam a dieta contendo 24,92% de PD. Com a redução nos níveis de proteína digestível, observou-se aumento linear na retenção de nitrogênio. É possível reduzir o nível de proteína digestível, de 27 (29,1% de PB) para 24,3% (26,6% de PB), em dietas para tilápias-do-nilo criadas em tanques-rede. Essa redução deve ser feita por meio da suplementação de aminoácidos (com base no conceito de proteína ideal), considerando o desempenho e o custo da dieta/kg ganho em filé.

aminoácidos; excreção de nitrogênio; proteína ideal


This study was carried out to evaluate the performance of Nile tilapia, cultured in net pens, and fed diets containing 27.0 (control), 25.2, 24.3, and 22.7% of digestible protein. Crystalline amino acids (L-lysine, DL-methionine and L-threonine) were added to keep amino acid levels according to the ideal protein profile and to simulate amino acid levels of the control diet. Fish (34.63±1.19 g) were hand-fed one of the four isoenergetic (3,075 kcal of digestible energy/kg, as fed basis) experimental diets until apparent satiation, three times a day during 90 days. A completely randomized design with four treatments, three replicates and 25 fishes per experimental unit was utilized. No effects of dietary digestible protein levels on weight gain, feed conversion, protein efficiency ratio, empty carcass weight, carcass yield, fillet weight and yield, survival, and hematocrit were observed. It was observed quadratic effect on feed intake and nitrogen excretion, wich increased up to 24.41 and 24.92% of dietary digestible protein, respectively. The reduction of digestible protein levels resulted in a linear increase of nitrogen retention. It was concluded that it is possible to reduce the dietary digestible protein from 27.0 (29.1% of CP) to 24.3% (26.6% of CP) in amino acid supplemented diets (based on ideal protein concept), for juvenile Nile tilapia, cultured in net pens, without adverse effects on growth performance, carcass yield and composition, hematological parameters and cost of diet/kg of fillet gain.

amino acid; ideal protein; nitrogen excretion


AQÜICULTURA

Redução da proteína da dieta com base no conceito de proteína ideal para tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede

Dietary protein reduction based on ideal protein concept for Nile Tilapia (Oreochromis niloticus) cultured in net pens

Daniele BotaroI; Wilson Massamitu FuruyaII; Lilian Carolina Rosa SilvaIII; Lilian Dena dos SantosIV; Tarcila Souza de Castro SilvaV; Vivian Gomes dos SantosV

IDoutoranda do Programa de Pós-graduação em Biofísica Ambiental, IBCCF - Universidade Federal do Rio de Janeiro

IIDepartamento de Zootecnia - Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Agrárias, Maringá-PR

IIIDoutoranda do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Agrárias, Maringá-PR

IVMestranda do Programa de Pós-graduação em Zootecnia - Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Agrárias, Maringá-PR

VMestranda do Programa de Pós-graduação em Nutrição Animal da UNESP-FMVZ -Botucatu/SP

RESUMO

Avaliou-se o desempenho de tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) criadas em tanques-rede e alimentadas com dietas contendo 27,0 (controle); 25,2; 24,3 e 22,7% de proteína digestível. Aminoácidos cristalinos (L-lisina, DL-metionina e L-treonina) foram adicionados à dieta considerando o conceito de proteína ideal e simulando o perfil de aminoácidos da dieta controle. Os peixes (34,63±19 g) foram alimentados manualmente com dietas isoenergéticas (3.075 kcal de energia digestível/kg de dieta) até saciedade aparente, três vezes ao dia, durante 91 dias. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos, três repetições e 25 peixes/unidade experimental. Não foram observados efeitos dos níveis de proteína digestível sobre o ganho de peso, a conversão alimentar, a taxa de eficiência protéica, o peso da carcaça eviscerada, o rendimento de carcaça, o peso e o rendimento de filé, a sobrevivência e o hematócrito. Houve efeito quadrático dos níveis de proteína digestível sobre o consumo; o maior valor foi estimado para a dieta contendo 24,41% de proteína digestível e excreção de nitrogênio, na qual o melhor resultado estimado foi obtido com peixes que receberam a dieta contendo 24,92% de PD. Com a redução nos níveis de proteína digestível, observou-se aumento linear na retenção de nitrogênio. É possível reduzir o nível de proteína digestível, de 27 (29,1% de PB) para 24,3% (26,6% de PB), em dietas para tilápias-do-nilo criadas em tanques-rede. Essa redução deve ser feita por meio da suplementação de aminoácidos (com base no conceito de proteína ideal), considerando o desempenho e o custo da dieta/kg ganho em filé.

Palavras-chave: aminoácidos, excreção de nitrogênio, proteína ideal

ABSTRACT

This study was carried out to evaluate the performance of Nile tilapia, cultured in net pens, and fed diets containing 27.0 (control), 25.2, 24.3, and 22.7% of digestible protein. Crystalline amino acids (L-lysine, DL-methionine and L-threonine) were added to keep amino acid levels according to the ideal protein profile and to simulate amino acid levels of the control diet. Fish (34.63±1.19 g) were hand-fed one of the four isoenergetic (3,075 kcal of digestible energy/kg, as fed basis) experimental diets until apparent satiation, three times a day during 90 days. A completely randomized design with four treatments, three replicates and 25 fishes per experimental unit was utilized. No effects of dietary digestible protein levels on weight gain, feed conversion, protein efficiency ratio, empty carcass weight, carcass yield, fillet weight and yield, survival, and hematocrit were observed. It was observed quadratic effect on feed intake and nitrogen excretion, wich increased up to 24.41 and 24.92% of dietary digestible protein, respectively. The reduction of digestible protein levels resulted in a linear increase of nitrogen retention. It was concluded that it is possible to reduce the dietary digestible protein from 27.0 (29.1% of CP) to 24.3% (26.6% of CP) in amino acid supplemented diets (based on ideal protein concept), for juvenile Nile tilapia, cultured in net pens, without adverse effects on growth performance, carcass yield and composition, hematological parameters and cost of diet/kg of fillet gain.

Key Words: amino acid, ideal protein, nitrogen excretion

Introdução

A tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) é uma das espécies mais promissoras para a piscicultura, pelo rápido crescimento em sistema intensivo, pela rusticidade e por possuir carne com boas características organolépticas e filé sem espinhos intramusculares. O aumento na produtividade dessa espécie requer dietas balanceadas, pois o alimento natural não é capaz de atender às exigências dos peixes, principalmente quando criados em tanques-rede e raceways, onde a elevada biomassa por área e as deficiências ou os desbalanços de nutrientes podem acarretar perdas de produtividade e, conseqüentemente, menor retorno econômico.

Nas dietas dos peixes, a proteína é o item que mais influencia o custo de produção. Dietas formuladas com base na PB podem apresentar conteúdo de aminoácidos superior ao exigido pelos animais, que não possuem exigência de proteína, mas de uma proporção adequada de aminoácidos para a formação de proteína muscular e de outras proteínas corporais.

A exigência de proteína pela tilápia tem sido determinada por diversos autores. Pezzato et al. (1986) e Silva et al. (1989), em experimentos com alevinos de tilápia-do-nilo, encontraram exigências de 28 e 34% de PB, respectivamente. Al Hafedh (1999), avaliando diferentes níveis de proteína em quatro fases de crescimento desta espécie, determinaram exigência de 30% de PB para esses peixes na fase adulta. Furuya et al. (2000) e El-Saidy & Gaber (2005) constataram exigência de 32 e 25% de PB, respectivamente, para alevinos e juvenis dessa espécie.

Com o propósito de reduzir o conteúdo de proteína em dietas para peixes, nutricionistas têm buscado fontes alternativas de proteína e/ou a suplementação de aminoácidos na forma sintética. Os resultados obtidos com aminoácidos sintéticos parecem estar estreitamente relacionados aos alimentos utilizados, aos seus níveis de inclusão e ao valor nutricional de seus aminoácidos (Sadiku & Jauncey, 1995). Assim, os aminoácidos sintéticos devem ser empregados para obtenção de dietas com adequadas proporções de aminoácidos, de forma a maximizar a utilização da proteína da dieta.

Em dietas formuladas com base na proteína do farelo de soja, a melhora no desempenho ocorre somente quando a lisina é suplementada juntamente com outros aminoácidos essenciais, como observado em tilápias-do-nilo por Odum & Ejike (1991) e Furuya et al. (2004a); em salmão-do-atlântico (Salmo salar) por Olli et al. (1995) e Berge et al. (2002); e na truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) por Davies & Morris (1997) e Yamamoto et al. (2005).

A formulação de dietas com menor nível protéico por meio da suplementação de aminoácidos sintéticos possibilita a formulação de dietas com valores mais próximos às exigências dos peixes. A relação entre os aminoácidos é fundamental para a melhor eficiência de utilização da proteína dietética.

O conceito de proteína ideal preconiza o balanço exato de aminoácidos, utilizando a lisina como aminoácido referência e estabelecendo sua proporção em relação aos demais aminoácidos essenciais, de forma a se obter um perfil ideal de aminoácidos que atenda às exigências de mantença e produção dos peixes. A aplicação desse conceito pode ser adaptada a uma variedade de situações, pois ainda que as exigências absolutas de aminoácidos possam mudar por diversas razões, as proporções permanecem praticamente estáveis.

A utilização do conceito de proteína ideal pode reduzir o conteúdo de proteína nas dietas, os custos de produção e a excreção de nitrogênio pelos peixes, um dos nutrientes mais poluentes no meio aquático, principalmente nas criações intensivas.

Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a redução do nível de proteína em dietas para tilápias-do-nilo criadas em tanques-rede, por meio da aplicação do conceito de proteína ideal, com base no desempenho, nas características hematológicas e na análise econômica.

Material e Métodos

O experimento foi realizado por meio da Universidade Estadual de Maringá, na chácara Hikari, em Paiçandu - PR, no período de janeiro a abril de 2004.

Aproximadamente 4.000 alevinos revertidos, com peso vivo de 0,5±0,1 g, originados da Piscicultura Araucária Belmonte, Rolândia-PR, foram distribuídos em três hapas de náilon (malha de 2 mm), com volume unitário útil de 6 m3, durante dois meses, onde foram alimentados com dieta comercial farelada, com 32% de PB.

Trezentos peixes com peso inicial de 34,63±1,19 g foram selecionados manualmente de acordo com o peso e distribuídos em 12 tanques-rede construídos com malha de 12 mm (fio multifilamento 210/24) com 1,2 x 1,0 x 2,0 m e volume útil unitário de 2,0 m3. Os tanques foram cobertos com rede de polietileno para proteção contra pássaros.

Foram avaliadas quatro dietas (Tabela 1) formuladas com diferentes níves de proteína digestível: 27,0 = dieta controle com 27,0% de proteína digestível, suplementada com aminoácidos de modo a apresentar a relação lisina/aminoácidos essenciais (metionina, metionina + cistina e treonina) determinada por Santiago & Lovell (1988) para as tilápias; 25,2 = dieta com 25,2% de proteína digestível (redução de 5% no conteúdo de proteína digestível), com mesma quantidade e proporção de aminoácidos da dieta controle; 24,3 = dieta com 24,3% de proteína digestível (redução de 10% no conteúdo de proteína digestível), com mesma quantidade e proporção de aminoácidos da dieta controle; 22,7 = dieta com 22,7% de proteína digestível (redução de 15% no conteúdo de proteína digestível), com mesma quantidade e proporção de aminoácidos da dieta controle. As dietas foram balanceadas de acordo com os valores de proteína e aminoácidos digestíveis determinados por Furuya et al. (2001).

Todos os ingredientes foram moídos até diâmetro igual ou inferior a 0,50 mm. As dietas foram granuladas (diâmetro de 4 mm) por meio de extrusor na Fazenda Experimental de Iguatemi – FEI e desidratadas em estufa de ventilação forçada a 50ºC durante 8 horas. A ração diária total foi distribuída três vezes/dia, às 8, 12 e 18h, por meio de arraçoamento manual até saciedade aparente, quando não se observaram mais captura e regurgitação dos grânulos pelos peixes.

Todos os peixes foram pesados em balança digital (0,01 g) no início e ao final do experimento para determinação do ganho de peso, da conversão alimentar e das taxas de eficiência protéica e sobrevivência. Após pesagem, cinco peixes de cada unidade experimental foram devolvidos aos respectivos tanques para posterior análise hematológica. Os demais peixes foram acondicionados em caixa isotérmica com gelo e eviscerados para análises das características de carcaça (peso da carcaça eviscerada, peso dos filés e rendimento de filé) e do índice hepatossomático.

O rendimento de carcaça foi calculado como a razão entre o peso da carcaça eviscerada e o peso vivo após jejum de 24 horas, enquanto o rendimento de filés correspondeu à razão entre o peso dos filés e o peso vivo do animal. O índice hepatossomático foi determinado como a razão entre o peso do fígado e o peso vivo do peixe.

Para as análises hematológicas, foram utilizados cinco peixes/repetição ao final do período experimental. Os peixes foram anestesiados (benzocaína, 1 g/15 L de água) e, após completa dessensibilização, foi realizada coleta de sangue por punção da veia caudal com seringa de 3 mL banhada com o anticoagulante EDTA a 3%. A concentração de hemoglobina foi determinada pelo método da cianometahemoglobina, utilizando-se kit comercial Hemoglobina Analisa Diagnóstica®, para determinação colorimétrica em espectrofotômetro de absorção atômica. O hematócrito foi obtido pelo método do microhematócrito. As variáveis supracitadas foram avaliadas utilizando-se as técnicas descritas por Jain (1986). As amostras de sangue foram centrifugadas a 3.000 rpm, durante cinco minutos, para leitura em tabela de % de hematócrito. As análises foram realizadas no Laboratório de Nutrição de Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá.

A cada quatro dias, foram tomadas as medidas de temperatura (8 e 16h), pH e oxigênio dissolvido (mg/L) da água do tanque. Os dados foram obtidos utilizando-se kit digital portátil.

Para determinação dos coeficientes de digestibilidade, foram utilizadas 15 tilápias-do-nilo do lote mantido em hapas no mesmo tanques-rede, com peso médio de 132,5±13,3 g. As tilápias foram mantidas em dois aquários de fibra de vidro, com volume útil de 180 L para a coleta de fezes.

O sistema foi mantido sob aeração constante por meio de pedra porosa acoplada a um soprador central, para manter o oxigênio entre 4 a 6 mg/L. A temperatura da água foi mantida entre 25 e 27ºC. Esses parâmetros foram aferidos diariamente, às 8 e 17h, em oxímetro digital portátil para leitura do oxigênio dissolvido e da temperatura.

A renovação de água dos aquários de coleta de fezes foi feita diariamente (8h30 e 17h30) utilizando-se a água proveniente de um reservatório de 1.000 L com água mantida nas mesmas condições dos aquários de digestibilidade. Os peixes foram arraçoados diariamente das 7 às 9h e das 13 às 17h, manualmente, até saciedade aparente.

Para determinação dos CDA, as dietas utilizadas no experimento de desempenho foram moídas e adicionadas de 0,1% de óxido crômico (Cr2O3) como indicador, sendo peletizadas em moinho manual e desidratadas em estufa de ventilação forçada a 50ºC, conforme recomendado por Pezzato et al. (2002).

A coleta de fezes foi realizada diariamente às 8 e 17h, durante cinco dias, para formar um pool de amostras de cada aquário, que foi considerado repetição. Para a troca de dieta, foi estabelecido um intervalo de cinco dias para adaptação. O material coletado foi desidratado em estufa de ventilação forçada (a 55ºC, durante 48 horas), sendo triturado em moinho faca, identificado e armazenado em refrigerador para posterior análise.

Os coeficientes de digestibilidade da energia e PB das dietas foram determinados de acordo com a expressão proposta por Nose (1960).

A retenção de nitrogênio foi calculada de acordo com a expressão:

em que: ERN = eficiência de retenção de nitrogênio (%); Nf = nitrogênio final (%); Pf = peso final (g); Ni = nitrogênio inicial (%); Pi = peso inicial (g); Nc = nitrogênio consumido (g).

A excreção de nitrogênio fecal foi determinada segundo a expressão:

em que: Ne = nutriente excretado (kg/t de peixe); Nc = nutriente consumido (kg); CDAn = coeficiente de digestibilidade aparente do nutriente (%); GP = ganho de peso (kg).

Para determinação da excreção do N, a PB da dieta foi convertida em N e o valor de PB da dieta, dividido por 6,25.

As análises químico-bromatológicas das dietas, das carcaças e das fezes foram realizadas no Laboratório de Análise de Alimentos do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá – UEM, conforme metodologia descrita por Silva & Queiroz (2002).

Os dados foram submetidos às análises de variância e regressão polinomial, por meio do programa SAEG - Sistemas de Análises Estatísticas e Genéticas (Euclydes, 1983).

Resultados e Discussão

Os valores médios obtidos para a temperatura e o oxigênio dissolvido da água dos tanques-rede foram 28,55±1,72ºC e 5,72±1,09 mg/L, respectivamente. Os parâmetros permaneceram dentro da faixa recomendada por Popma & Green (1990) para adequado desempenho de tilápias.

Na Tabela 2 encontram-se os valores médios de desempenho de tilápias-do-nilo criadas em tanques-rede alimentadas com dietas contendo diferentes níveis de proteína digestível.

Não houve efeito da redução dos níveis de proteína digestível sobre o ganho de peso, a conversão alimentar, a taxa de eficiência protéica, o peso da carcaça eviscerada, o rendimento de carcaça e o peso e rendimento de filé. Não foi observada mortalidade durante o período experimental.

A suplementação adequada de aminoácidos possibilitou a redução do conteúdo de proteína digestível das dietas e não afetou o ganho de peso dos peixes, indicando que o perfil adequado de aminoácidos foi capaz de atender à exigência desta espécie. Os peixes alimentados com a dieta contendo 25,2 e 24,3% de proteína digestível obtiveram aumento de 10,13 e 6,51% no ganho de peso, respectivamente, em relação àqueles alimentados com a dieta controle. Ressalta-se que, com a utilização da dieta com menor valor de proteína digestível, o ganho de peso foi semelhante ao ganho dos peixes alimentados com a dieta controle (27% PD).

Kim (1997), em estudo realizado com a truta arco-íris, avaliou dietas com 10, 15, 20, 25 e 35% de PB e observou aumento linear (P<0,05) no ganho de peso dos peixes alimentados com a dieta contendo 25% de PB suplementada com arginina e metionina sintética. Em experimento com a mesma espécie, Cheng et al. (2003) utilizaram fonte de proteína de origem vegetal suplementada com aminoácidos e observaram que os peixes alimentados com a dieta com 37% de PB suplementada com aminoácidos sintéticos apresentaram maior taxa de crescimento em comparação àqueles alimentados com dieta contendo 42% de PB e mesmos valores de lisina, metionina, treonina e triptofano. Esses autores relataram ainda que a dieta com maior nível de lisina (1,8%) promoveu maior crescimentos dos peixes.

Os dados de conversão alimentar obtidos neste estudo diferem dos descritos por Webb & Gatlin (2003), ao avaliarem níveis de 35 e 45% de PB e formas de proteína (intacta e suplementada com aminoácidos) para "red drum" (Sciacrops ocellatus). Divergem ainda dos resultados obtidos por Berge et al. (2002), em estudo com salmão-do-atlântico, no qual avaliaram as exigências de lisina e arginina e notaram melhora na conversão alimentar dos peixes alimentados com a dieta suplementada com aminoácido sintético.

Com a redução nos níveis de proteína digestível, observou-se efeito quadrático (P<0,05) do nível de proteína digestível no consumo, sendo estimado valor de 24,41% de PD para o maior consumo de alimento (Figura 1).


Yamamoto et al. (2005) observaram redução no consumo em experimento com truta arco-íris alimentada com dietas com menor valor protéico. Neste estudo, o maior consumo foi relacionado ao maior ganho de peso, pois a conversão alimentar permaneceu praticamente constante nos peixes alimentados com as dietas com 27; 25,2 e 24,3% de PD.

Não foi observado efeito dos tratamentos sobre a taxa de eficiência protéica. Por outro lado, houve aumento linear (P<0,05) da retenção de nitrogênio à medida que se reduziu o conteúdo de proteína digestível (Figura 2).


O balanço de aminoácidos é importante para o máximo aproveitamento da proteína pelos peixes. Os resultados de retenção de nitrogênio neste estudo diferem dos obtidos por Yamada et al. (1981), Cowey & Walton (1989) e Schumacher et al. (1997), que questionaram a eficiência de utilização dos aminoácidos sintéticos pelos peixes, pela rápida elevação dos aminoácidos sintéticos nos níveis plasmáticos e pelas perdas por catabolismo (Plakas & Katayama, 1981; Murai et al., 1985).

Outro fator que pode influenciar a utilização dos aminoácidos sintéticos pelos peixes está relacionado à alta taxa de lixiviação, como observado por Zarate & Lovell (1997), que constataram lixiviação de 13% da lisina sintética da dieta 15 segundos após o contato com a água, enquanto apenas 2% da lisina ligada à proteína foi lixiviada. Nesta pesquisa, adotou-se maior freqüência de arraçoamento (3 vezes/dia) para evitar a rápida elevação nos níveis plasmáticos de lisina, metionina e treonina e aumentar a eficiência de utilização da proteína. O mesmo foi observado por Tantikitti & March (1995) e Berge et al. (2002), respectivamente, em trabalhos realizados com a truta arco-íris e com o salmão-do-atlântico.

As relações energia:proteína e lisina:arginina são importantes para adequada utilização dos aminoácidos. Neste estudo, os melhores resultados de desempenho foram obtidos com as dietas contendo relação energia digestível:proteína digestível de 122:1 e 127:1 e relação lisina digestível:arginina digestível de 0,72:1 e 0,77:1, com as dietas contendo 25,2 e 24,3% de PD, respectivamente.

Kaushik et al. (1988), em estudo realizado com truta arco-íris, relataram que o aumento no conteúdo de arginina na dieta aumentou a digestibilidade desse aminoácido e diminuiu a digestibilidade da lisina, indicando que há competição entre esses aminoácidos para absorção no intestino delgado. Berge et al. (2002), em estudo realizado com salmão-do-atlântico, observaram que o crescimento e a conversão melhoraram nos peixes alimentados com dietas contendo níveis limitantes de lisina e altos níveis de arginina. Porém, nas dietas com níveis limitantes de arginina e altos níveis de lisina, não foi observada melhora no crescimento dos peixes. Neste estudo, em todas as dietas, os níveis de arginina mantiveram-se acima das exigências descritas pelo NRC (1993) para as tilápias.

Verificou-se efeito quadrático (P<0,05) dos níveis de proteína digestível na excreção de nitrogênio fecal, sendo estimado o valor de 24,93% de PD para a maior excreção de nitrogênio fecal (Figura 3).


Em experimento com carpa-maior-da-índia (Labeo rohita), Chakraborty & Chakraborty (1998) observaram aumento na excreção de amônia com o aumento da proteína ingerida por esses peixes. Engin & Carter (2001), em estudo com juvenis de enguia (Anguilla australis), observaram aumento da taxa de excreção de amônia com níveis mais altos de proteína na dieta. Os resultados obtidos neste experimento confirmaram os encontrados por Webb & Gatlin (2003), que observaram redução na excreção de amônia em "red drum" alimentados com dietas com menor teor de proteína.

Viola & Lahan (1991) observaram menor excreção de nitrogênio pela carpa comum alimentada com dieta contendo 25% de PB em comparação a uma dieta com 30% de PB. A excreção foi ainda menor nos peixes alimentados com a dieta com 25% de PB suplementada com lisina e metionina. Esses resultados estão de acordo com os encontrados por Rodehutscord et al. (1994), em estudo realizado com truta arco-íris. Esses autores observaram ser possível reduzir em 16% a excreção de nitrogênio em dietas contendo glúten de milho e suplementadas com aminoácidos sintéticos.

Cheng et al. (2003), em estudo com truta arco-íris, observaram que a dieta com 37% de PB (fonte vegetal) resultou em menor descarga de nitrogênio amoniacal total pelos peixes em relação àquela com mesmo conteúdo de proteína, formulada com base na farinha de peixe. Esses autores observaram ainda que, em dietas contendo fonte vegetal de proteína e suplementada com aminoácidos sintéticos, a excreção de nitrogênio foi reduzida em 26% em comparação à excreção observada com a dieta contendo farinha de peixe.

Neste estudo, não houve efeito dos níveis de proteína digestível sobre o hematócrito e taxa de hemoglobina (Tabela 3). À exceção do valor de hemoglobina encontrado nos peixes alimentados com a dieta contendo 22,7% de PD, os dados de hematócrito e hemoglobina neste estudo foram superiores às médias dos valores descritos por Tavares-Dias & Moraes (2004), de 28,58% e 7,97 g/dL, respectivamente, em trabalhos realizados com tilápias-do-nilo em cativeiro.

O conteúdo de proteína das dietas não influenciou o peso e rendimento de carcaça e de filé. No entanto, nos peixes alimentados com a dieta contendo 25,2% de PD obtiveram-se maiores rendimentos de carcaça (1,6%) e de filé (1,43%) em relação àqueles alimentados com a dieta controle. Os maiores rendimentos de carcaça e de filé provavelmente estiveram relacionados à suplementação de lisina, metionina e treonina, utilizados para a síntese de tecido muscular, conforme explicado por Bailey (1989).

Como demonstrado na Tabela 4, não houve efeito dos níveis de proteína digestível sobre a composição química da carcaça. Os resultados dos trabalhos realizados com dietas contendo diferentes níveis de proteína não comprovam efeito sobre a composição da carcaça dos peixes, ao contrário de quando a proteína foi avaliada juntamente com níveis de energia, como observado por Lee & Kim (2001), Allan & Booth (2004) e Bechara et al. (2005), em estudos realizados com juvenis de salmão "masu", "silver perch" e pacu, respectivamente.

A deposição de gordura está estreitamente relacionada ao balanceamento de aminoácidos e à relação energia/proteína da dieta. No entanto, deve-se considerar o peso dos peixes, pois espera-se que aqueles de maior peso apresentem maior conteúdo de gordura corporal. Neste estudo, ainda que os peixes alimentados com a dieta contendo 25,2% de PD tenham apresentado o maior peso final, esses peixes tiveram menor porcentagem de gordura nos filés.

Na Tabela 5 encontram-se os valores médios de custo em dieta por quilo de ganho de peso e o custo da dieta por quilo de ganho em filé de tilápias-do-nilo alimentadas com dietas contendo diferentes níveis de proteína digestível criadas em tanques-rede. A redução do conteúdo de proteína digestível não influenciou o custo/kg de ganho de peso e o custo/kg de ganho em filé.

O aumento na suplementação de aminoácidos sintéticos resultou em elevação no custo do quilograma da dieta. Por outro lado, quando considerados o custo em dieta por quilograma de ganho de peso e o custo em dieta por quilograma de ganho de peso em filés, a relação custo/benefício permaneceu praticamente constante, à exceção do custo/kg ganho em filé obtido para os peixes alimentados com a dieta contendo 22,7%. Em termos práticos, é possível considerar que a redução no tempo de abate pela obtenção de peixes com maior peso e maior rendimento de carcaça certamente resulta em maior benefício econômico ao produtor.

Comprovou-se a possibilidade de reduzir o valor de proteína digestível da dieta de tilápias de 27 para 24,3% de PD, sem prejuízos ao crescimento, à utilização da proteína da dieta, ao rendimento e à composição da carcaça, sem causar anemia aos peixes e sem alterar o custo da dieta/kg de ganho de peso vivo e em filés. Resultados semelhantes foram observados por Cheng et al. (2003) e Yamamoto et al. (2005) em estudos realizados com a truta arco-íris, que viabilizaram a redução de 42 para 37% de PB e de 45 para 31% de PB, respectivamente, sem prejuízos ao desempenho. Além disso, esses autores verificaram redução na excreção de nitrogênio amoniacal pelos peixes alimentados com a dieta contendo menor teor de proteína.

A redução do teor de proteína nas dietas dos peixes é importante para diminuir o custo com alimentação. Além disso, diminui a excreção de nitrogênio na água, o que auxilia na produção sustentável de peixes, principalmente quando em condições de altas densidades, quando é necessário o fornecimento, exclusivamente, das dietas balanceadas.

Os resultados obtidos neste estudo comprovaram ser possível elaborar dietas balanceadas com redução de 10% no conteúdo de proteína digestível para tilápias-do-nilo. Esses resultados foram obtidos com o fornecimento de dietas suplementadas com aminoácidos (com base no conceito de proteína ideal), com valores de energia, proteína e aminoácidos digestíveis e fósforo disponível.

Conclusões

É possível reduzir o teor de proteína digestível de 27 (29,1% de proteína bruta) para 24,3% (26,6% de proteína bruta) em dietas para tilápias-do-nilo criadas em tanques-rede. Essa redução pode ser obtida por meio da suplementação de aminoácidos (com base no conceito de proteína ideal), considerando o desempenho dos peixes e a análise econômica do sistema de produção.

Literatura Citada

Recebido: 25/10/05

Aprovado: 07/12/06

Correspondências devem ser enviadas para: danibot13@biof.ufrj.br

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Maio 2007
  • Data do Fascículo
    Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    25 Out 2005
  • Aceito
    07 Dez 2006
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