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Influência do número de animais e tipo de comedouro na unidade experimental sobre as exigências nutricionais e composição de carcaça de suínos em terminação

Influence of the number of animals and type of feeder in the experimental unit on the nutritional requirement and carcass composition of finishing pigs

Resumos

Objetivou-se avaliar os efeitos do número de animais por unidade experimental e do tipo de comedouro sobre as exigências nutricionais e as características de carcaça de suínos dos 60 aos 95 kg. Utilizaram-se 704 suínos, machos castrados, com 59,84 ± 1,67 kg de peso corporal, distribuídos em delineamento experimental em esquema de parcelas subdivididas, com diferentes números de animais por unidade experimental nas parcelas e, nas subparcelas, um esquema fatorial 2 × 4, com dois tipos de comedouro e quatro níveis de lisina digestível na ração (0,75; 0,85; 0,95% e 1,05%), em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Não ocorreu interação significativa entre níveis de lisina, tipo de comedouro e número de animais na unidade experimental para os consumos de ração e de lisina, o ganho de peso e a conversão alimentar. O ganho de peso e o consumo de lisina aumentaram de forma linear com o aumento dos níveis de lisina digestível. A conversão alimentar melhorou de forma linear, contudo o modelo "Linear Response Plateau" foi o que melhor se ajustou aos dados, estimando em 0,96% o nível de lisina digestível, correspondente a um consumo diário de 26,1 g, a partir do qual ocorreu "plateau". O uso de dois animais por unidade experimental proporcionou melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar. Houve interação tipo de comedouro × número de animais na unidade experimental, de modo que o rendimento de carcaça e a quantidade de carne magra reduziram com o uso dos comedouros conjugados com bebedouros nas unidades experimentais com dois animais, mas não variaram com o tipo de comedouro nas unidades experimentais com 20 animais. Suínos dos 60 aos 95 kg exigem, respectivamente, 1,05 e 0,96% de lisina digestível para melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar, independentemente do tipo de comedouro e do número de animais na unidade experimental. Nas unidades experimentais com dois suínos, ocorrem diferenças no desempenho, com maior ganho de peso e melhor conversão alimentar, mas nenhuma alteração significativa nos consumos de ração e de lisina.

aminoácido digestível; exigência; nutrição; suínos em terminação


With the objective of evaluating the effects of the number of animals per experimental unit and the type of feeder on the nutritional requirement and carcass characteristics of pigs from 60 to 95 kg, 704 castrated male pigs with initial body weight of 59.84 ± 1.67 kg were used. The animals were distributed in a randomized experimental design subdivided into parcels, with different number of animals per experimental unit (EU) and in the subplots, a 2 × 4 factorial scheme, with 2 types of feeders and 4 levels of digestible lysine in the diet (0.75, 0.85, 0.95 and 1.05%), in a completely randomized block design with 4 replicates. There was no significant interaction between lysine levels, type of feeder and number of animals per EU on feed intake (DFI), lysine intake (DLI), weight gain (DWG) and feed conversion (FC). It was verified that DWG and DLI increased linearly with increased digestible lysine levels. It was verified that FC improved linearly, although the "Linear Response Plateau" model was the best that adjusted to the data, estimating in 0.96% the level of digestible lysine, corresponding to a daily consumption of 26.1g after the start of the "plateau". The use of two animals/EU provided better DWG and FC results. An interaction between the type of feeder and the number of animals per EU was observed, the carcass gain (CG) and the lean meat quantity (LMQ) were reduced with the use of feeders conjugated with nipple drinkers in the EU with two animals; however, no variation was observed with the type of feeder when the EU presented 20 animals. It could be concluded that pigs from 60 to 95 kg require, respectively 1.05 and 0.96% of digestible lysine for better DWG and FC performance, regardless of type of feeder and number of animals per EU; and in the EU with two pigs, the animals show changes on their performance, increasing DWG and improving FC, without significant changes on DFI and DLI.

digestible amino acid; finishing pigs; nutrition; requirement


MONOGÁSTRICOS

Influência do número de animais e tipo de comedouro na unidade experimental sobre as exigências nutricionais e composição de carcaça de suínos em terminação1 1 Financiado pelo CNPq.

Influence of the number of animals and type of feeder in the experimental unit on the nutritional requirement and carcass composition of finishing pigs

Francisco Carlos de Oliveira SilvaI; Juarez Lopes DonzeleII; Rita Flávia Miranda de OliveiraII; Aloízio Soares FerreiraII; Alberto Marcatti NetoIII; Eriane de PaulaIV

IEPAMIG

IIDZO - UFV

IIIPesquisador da EPAMIG - Belo Horizonte

IVCurso de graduação em Zootecnia - UFV

RESUMO

Objetivou-se avaliar os efeitos do número de animais por unidade experimental e do tipo de comedouro sobre as exigências nutricionais e as características de carcaça de suínos dos 60 aos 95 kg. Utilizaram-se 704 suínos, machos castrados, com 59,84 ± 1,67 kg de peso corporal, distribuídos em delineamento experimental em esquema de parcelas subdivididas, com diferentes números de animais por unidade experimental nas parcelas e, nas subparcelas, um esquema fatorial 2 × 4, com dois tipos de comedouro e quatro níveis de lisina digestível na ração (0,75; 0,85; 0,95% e 1,05%), em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Não ocorreu interação significativa entre níveis de lisina, tipo de comedouro e número de animais na unidade experimental para os consumos de ração e de lisina, o ganho de peso e a conversão alimentar. O ganho de peso e o consumo de lisina aumentaram de forma linear com o aumento dos níveis de lisina digestível. A conversão alimentar melhorou de forma linear, contudo o modelo "Linear Response Plateau" foi o que melhor se ajustou aos dados, estimando em 0,96% o nível de lisina digestível, correspondente a um consumo diário de 26,1 g, a partir do qual ocorreu "plateau". O uso de dois animais por unidade experimental proporcionou melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar. Houve interação tipo de comedouro × número de animais na unidade experimental, de modo que o rendimento de carcaça e a quantidade de carne magra reduziram com o uso dos comedouros conjugados com bebedouros nas unidades experimentais com dois animais, mas não variaram com o tipo de comedouro nas unidades experimentais com 20 animais. Suínos dos 60 aos 95 kg exigem, respectivamente, 1,05 e 0,96% de lisina digestível para melhores resultados de ganho de peso e conversão alimentar, independentemente do tipo de comedouro e do número de animais na unidade experimental. Nas unidades experimentais com dois suínos, ocorrem diferenças no desempenho, com maior ganho de peso e melhor conversão alimentar, mas nenhuma alteração significativa nos consumos de ração e de lisina.

Palavras-chave: aminoácido digestível, exigência, nutrição, suínos em terminação

ABSTRACT

With the objective of evaluating the effects of the number of animals per experimental unit and the type of feeder on the nutritional requirement and carcass characteristics of pigs from 60 to 95 kg, 704 castrated male pigs with initial body weight of 59.84 ± 1.67 kg were used. The animals were distributed in a randomized experimental design subdivided into parcels, with different number of animals per experimental unit (EU) and in the subplots, a 2 × 4 factorial scheme, with 2 types of feeders and 4 levels of digestible lysine in the diet (0.75, 0.85, 0.95 and 1.05%), in a completely randomized block design with 4 replicates. There was no significant interaction between lysine levels, type of feeder and number of animals per EU on feed intake (DFI), lysine intake (DLI), weight gain (DWG) and feed conversion (FC). It was verified that DWG and DLI increased linearly with increased digestible lysine levels. It was verified that FC improved linearly, although the "Linear Response Plateau" model was the best that adjusted to the data, estimating in 0.96% the level of digestible lysine, corresponding to a daily consumption of 26.1g after the start of the "plateau". The use of two animals/EU provided better DWG and FC results. An interaction between the type of feeder and the number of animals per EU was observed, the carcass gain (CG) and the lean meat quantity (LMQ) were reduced with the use of feeders conjugated with nipple drinkers in the EU with two animals; however, no variation was observed with the type of feeder when the EU presented 20 animals. It could be concluded that pigs from 60 to 95 kg require, respectively 1.05 and 0.96% of digestible lysine for better DWG and FC performance, regardless of type of feeder and number of animals per EU; and in the EU with two pigs, the animals show changes on their performance, increasing DWG and improving FC, without significant changes on DFI and DLI.

Key words: digestible amino acid, finishing pigs, nutrition, requirement

Introdução

Tem sido referendado grande número de fatores que influenciam a exigência de aminoácidos de suínos, entre eles, genética, sexo, concentração de energia e proteína na ração, frequência de alimentação, critério de respostas, temperatura, doenças, espaço no comedouro e densidade animal, que, segundo Edmonds et al. (1998), podem afetar o consumo e o potencial de deposição de carne magra e influenciar as exigências de aminoácidos.

Por outro lado, as pesquisas em nutrição animal são dinâmicas e evoluem conforme os avanços em outras áreas. Esse fato pode ser comprovado por resultados alcançados nos últimos anos, como a atualização, em 1998, das tabelas de exigências nutricionais para suínos propostas pelo NRC (1988). Em condições brasileiras, as tabelas de exigências foram publicadas em 1992 e atualizadas em 2000 e 2005.

Entretanto, a maioria dos estudos para determinação das exigências de nutrientes ou avaliação de alimentos para suínos tem sido conduzida com animais alojados individualmente, ou em grupos de dois ou três animais por unidade experimental, conforme a categoria e a disponibilidade das instalações. Todavia, essa metodologia tem sido questionada, tornando-se ponto crítico na adoção dos resultados de pesquisa por suinocultores e empresas, uma vez que, em condições comerciais, os animais são mantidos em grupos maiores, de 20 ou até 100 animais do mesmo sexo por baia, em razão da utilização de comedouros modernos em sistemas automatizados.

Embora os resultados de alguns trabalhos comprovem que animais mantidos individualmente ou em pequenos grupos, como normalmente ocorrem em condições experimentais, expressem melhor seu potencial, poucos relatos têm sido feitos sobre as exigências nutricionais, o número ideal de animais por unidade experimental e o tipo de comedouro que deve ser utilizado em pesquisas visando aproximar os resultados experimentais aos da prática.

Assim, realizou-se este trabalho com o objetivo de avaliar os efeitos do número de animais por unidade experimental e do tipo de comedouro sobre as exigências nutricionais e características de carcaça de suínos dos 60 aos 95 kg.

Material e Métodos

O experimento foi conduzido nos galpões experimentais da granja de suínos da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), localizados na Fazenda Experimental Vale do Piranga, município de Oratórios, Minas Gerais.

Os animais foram alojados em baias providas de comedouros semiautomáticos e de bebedouros tipo chupeta, em galpão de alvenaria com piso de concreto coberto com telhas de amianto. Um termômetro de máxima e mínima foi utilizado no interior do galpão para registro diário da temperatura.

Foram utilizados 704 suínos machos castrados, híbridos comerciais, selecionados geneticamente para deposição de carne magra na carcaça, com peso inicial de 59,84 ± 1,67 kg, distribuídos em esquema de parcelas subdivididas, de modo que nas parcelas constaram os diferentes números de animais por unidade experimental (2 ou 20 animais) e nas subparcelas um esquema fatorial 2 × 4, com dois tipos de comedouro (linear semiautomático sem umidificador de ração e semi-automático conjugado com bebedouros) e quatro níveis de lisina digestível (0,75; 0,85 e 0,95 e 1,05% de lisina digestível/kg de ração), em delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Na formação de blocos, que foram repetições no tempo, utilizou-se como critério o peso inicial dos animais.

Água e ração foram fornecidas à vontade. As rações experimentais foram formuladas para atender ou exceder as exigências de suínos na fase de terminação, de acordo com Rostagno et al. (2005) para todos os nutrientes, exceto lisina. As rações foram constituídas de milho e farelo de soja, suplementadas com minerais, vitaminas e promotor de crescimento (Tabela 1). Nas unidades experimentais com os comedouros lineares, foi mantida a mesma área linear de comedouro por animal, ou seja, foram utilizados comedouros lineares semiautomáticos constituídos de duas bocas com 48 cm de comprimento linear por comedouro (20 cm lineares de área livre para cada animal).

Os animais foram pesados no início e ao final de cada fase do período experimental, enquanto as rações e as sobras foram pesadas semanalmente até o final do experimento, quando os animais da unidade experimental atingiram o peso médio de 95 kg, para determinação do ganho de peso, do consumo da ração e da conversão alimentar.

Ao final do período experimental, todos os animais foram colocados em jejum alimentar por aproximadamente 12 horas e encaminhados ao Frigorífico Vale do Piranga (FRIVAP) localizado no município de Ponte Nova, Minas Gerais, insensibilizados, abatidos e submetidos à avaliação das características de carcaça. As carcaças foram individualmente avaliadas com auxílio de uma pistola tipificadora Stork-SFK (modelo S87), utilizando o sistema informatizado "Fat-o-Meater Fom". A pistola foi introduzida na altura da 3ª vértebra dorsal, transpassando o toucinho e o músculo Longissimus dorsi.

Foram obtidos dados de espessura de toucinho, peso da carcaça quente, porcentagem de carne magra e quantidade de carne magra na carcaça. Os dados médios de carcaça em cada bloco foram considerados uma repetição.

As análises dos ingredientes das rações foram realizadas de acordo com o método descrito por Silva (1990), no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Os dados de desempenho e composição de carcaça foram analisados por meio de análise de variância e regressão utilizando-se o Sistema de Análise Estatística e Genéticas - SAEG (UFV, 2000). Para o fator qualitativo, as médias foram comparadas utilizando-se o teste de F e/ou Tukey adotando o nível de 5% de probabilidade. Para os fatores quantitativos os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão utilizando-se o teste de t e adotando-se o nível de 5% de probabilidade no coeficiente de determinação (r2 = SQRegressão/SQTratamento) e no fenômeno biológico.

Resultados e Discussão

Não ocorreu interação (P>0,05) níveis de lisina digestível na ração × tipo de comedouro × número de animais na unidade experimental para as características de desempenho avaliadas (Tabela 2). O consumo diário de ração não foi influenciado (P>0,05) pelos níveis de lisina digestível. Resultado semelhante foi obtido por Friesen et al. (1995), Cline et al. (2000), Fontes et al (2000) e Abreu et al. (2007), que também não observaram influência do nível de lisina sobre o consumo de ração em suínos em terminação. Por outro lado, Kill et al. (2003) constataram, em experimento com suínos em terminação, variação significativa no consumo com o aumento do nível de lisina.

O resultado deste estudo está coerente com o obtido por Owen et al. (1994), que constataram que suínos machos castrados e fêmeas na fase de terminação foram ineficientes para regular o consumo voluntário de ração em diversos níveis de lisina.

Os níveis de lisina digestível influenciaram (P<0,05) o ganho de peso, que aumentou de maneira linear, segundo equação Ŷ = 867,018 + 208,895X, r2 = 0,96. Efeito positivo dos níveis de lisina sobre o ganho de peso de suínos em terminação também foi observado por Souza Filho (2000), Cline et al. (2000), Main et al (2003) e Abreu et al. (2007). Entretanto, Kill et al. (2003) não verificaram variação significativa do GPD quando utilizaram leitoas de alto potencial genético para deposição de carne magra na carcaça e níveis crescentes de lisina na ração dos 65 aos 95 kg.

O valor de ganho de peso médio de 1.055 g/dia obtido neste trabalho foi próximo ao encontrado por Hanh et al. (1995), Oliveira et al. (2003a), Arouca et al. (2007), que correspondem, respectivamente, a 1.065, 1.063 e 1.022 g/dia. Em contrapartida, Abreu et al. (2007) verificaram ganho de peso médio superior (1.132 g/dia).

A diferença de resultados observados entre trabalhos para ganho de peso médio diário pode estar relacionada aos diferentes grupos genéticos utilizados em cada trabalho, ao sistema de alimentação (Stahly et al. 1991), ao perfil e/ou aos níveis de aminoácidos, ao estado de saúde dos animais, à faixa de peso e ao sexo dos animais utilizados.

Foi observado efeito (P<0,05) dos tratamentos sobre o consumo de lisina digestível, que aumentou de forma linear à medida que se elevou o nível desse aminoácido na ração, segundo equação Ŷ = 0,801559 + 26,4741X, r2 = 0,99. Aumento linear no consumo de lisina digestível por suínos na fase de terminação, conforme a concentração desse aminoácido na ração, também foi relatado por Fontes et al. (2000), Cline et al. (2000), King et al. (2000) e Abreu et al. (2007).

O fato de o consumo diário de ração não ter variado significativamente entre os tratamentos justifica a variação linear positiva entre o consumo de lisina digestível com sua concentração na ração.

A conversão alimentar (CA) dos animais foi influenciada (P<0,05) de forma linear, segundo a equação Ŷ = 3,22643 - 0,666028X (r2 = 0,92), pelos níveis de lisina digestível na ração. Embora a conversão alimentar tenha melhorado de forma linear, o modelo Linear Response Plateau (LRP) foi o que melhor se ajustou aos dados, estimando em 0,96% o nível de lisina digestível a partir do qual ocorreu um plateau (Figura 1), em um consumo diário correspondente de 26,1g de lisina digestível.


O nível de lisina digestível de 0,96% que proporcionou a melhor conversão alimentar neste trabalho foi semelhante ao observado por Abreu et al. (2007), que estimaram em 0,93% de lisina digestível correspondente a um consumo diário de 26,22 g. Entretanto, foi superior aos obtidos por Arouca et al. (2005, 2007), que obtiveram 0,72% e 0,61% de lisina total, respectivamente, e por Oliveira et al. (2003a,b), que obtiveram 0,76 e 0,80% de lisina total, respectivamente, em pesquisa com suínos na fase de terminação.

A variação de resultados entre os estudos pode estar relacionada, entre outros fatores, ao potencial genético dos animais para crescimento. Segundo O'Connell et al. (2006), a exigência de lisina de suínos varia de acordo com seu potencial de crescimento.

Considerando os resultados de desempenho dos animais, os níveis de lisina preconizados pelo NRC (1998) e por Rostagno et al. (2005), que correspondem, respectivamente, a 0,66 e 0,81% de lisina digestível, provavelmente não atendem à exigência de suínos machos castrados de alto potencial de deposição de carne magra para ótimo desempenho.

O consumo de ração e o consumo de lisina médio diário não foram influenciados (P>0,05) pelo tipo de comedouro na unidade experimental (Tabela 3). Com esses resultados, pode-se deduzir que os tipos de comedouros estudados não comprometeram a ingestão voluntária de alimento dos animais.

Considerando o relato de Morgan et al. (1999) de que o consumo voluntário de suínos depende principalmente do número de visitas ao comedouro, do consumo por visita e do tempo de duração da visita, é possível que a diferença de espaço de comedouro por animal entre os dois tipos de comedouros avaliados, principalmente quando se utilizaram 20 animais por baia, foi compensada pelas alterações no número de visitas e na quantidade de ração consumida por visita ao comedouro.

Essa hipótese confirma os resultados de Hyun & Ellis (2002), que avaliaram o padrão de consumo de suínos mantidos em grupos de 2, 4, 8 e 12 animais por baia e não observaram variação de desempenho, porém verificaram que o padrão de consumo foi significativamente modificado, pois o número de visitas diminuiu e o tempo por visita ao comedouro aumentou com o número de animais por baia.

Não foi observado efeito (P>0,05) dos tipos de comedouro sobre o ganho de peso e a conversão alimentar dos animais. Esses resultados estão coerentes com o fato de não ter ocorrido variação significativa nos consumos de ração e de lisina, cujas médias diárias não variaram (P>0,05) entre unidades experimentais, portanto não foram influenciados (Tabela 3).

O consumo médio de ração, de 2.738 g/dia, foi semelhante aos obtidos por Cline et al. (2000), Moreira et al. (2002) e Abreu et al. (2007), que corresponderam, respectivamente, a 2.730, 2.639 e 2.853 g/dia. Pode-se deduzir, então, que o número de animais na unidade experimental não comprometeu a ingestão voluntária de alimento. Esses resultados diferem do observados por Ferguson & Lavers (2000) e Ferguson et al. (2001), que constataram que animais mantidos individualmente tiveram consumo de ração diário superior ao daqueles mantidos em grupos de 7 ou 13 animais por baia. Diferem ainda dos observados por Gonyou & Stricklin (1998), que verificaram redução significativa no consumo diário de ração quando compararam animais mantidos em grupos de 7 e 10 ou grupos de 3 e 5 animais/baia.

O ganho de peso médio diário variou (P<0,05) entre os diferentes números de animais por UE e foi melhor nas unidades experimentais com dois animais. De forma semelhante, Gonyou & Stricklin (1998) também observaram redução significativa no ganho de peso dos animais alojados em densidades de 7 ou 10 animais/baia em comparação aos alojados em densidades de 3 ou 5 animais/baia.

Comprometimento do ganho de peso de suínos em terminação alojados em maiores grupos por baia também foi verificado por Ferguson et al. (2001), Ferguson & Lavers (2000) e Hyun & Ellis (2002). Neste estudo, os animais alojados em densidade de 2 animais/unidade experimental apresentaram melhor (P<0,07) conversão alimentar em comparação àqueles alojados em densidade de 20 animais/baia. Melhores resultados de conversão alimentar em suínos alojados em grupos menores na fase de terminação também foram verificados por Vansickle (2001), Edmonds et al. (1998) & Chapple (1993).

Estudando o efeito do tamanho do grupo (10, 20, 40 e 80 suínos/baia) sobre o desempenho dos animais, com padronização de espaço, Schmolke & Gonyou (2000) verificaram que nenhum dos parâmetros avaliados foi influenciado pelo número de animais por baia e concluíram que os suínos são eficientes em manter o desempenho quando se mantém a área recomendada por animal. Mais recentemente, Street & Gonyou (2008) constataram que a redução do espaço por animal (0,78 × 0,52 m2), e não o tamanho do grupo (18 × 108 animais), foi o fator determinante para redução do desempenho dos suínos em crescimento e terminação.

Assim, a piora na eficiência de utilização do alimento para ganho de peso dos animais mantidos em grupo de 20 observada neste estudo pode estar relacionada à menor área disponível por animal em comparação ao alojamento em grupo de dois, pois, de acordo com Paterson & Pearce (1991), a piora na eficiência alimentar e a redução do crescimento com o estresse crônico são um mecanismo pelo qual os suínos suportam elevadas densidades de criação.

Com base nos resultados de ganho de peso e conversão alimentar, pode-se inferir que o número de animais por unidade experimental é um dos fatores que podem alterar o desempenho de suínos em terminação. Não houve interação (P>0,05) entre os níveis de lisina na dieta, o tipo de comedouro e o número de animais na unidade experimental, pois a associação desses fatores não alterou as características de carcaça (Tabela 4).

A espessura de toucinho no ponto P2 (ETP2) não foi influenciada (P>0,05) pelos níveis de lisina digestível na ração. Resultado semelhante foi obtido por Friesen et al. (1994b), Hanh et al. (1995), Loughmiller et al. (1998), Souza Filho et al. (2000), Moreira et al. (2002), Oliveira et al. (2003a), Oliveira et al. (2003b), Arouca et al. (2005) e Arouca et al. (2007) em estudos conduzidos com suínos machos castrados e fêmeas na fase de terminação.

Cline et al. (2000), no entanto, observaram redução linear da espessura de toucinho com o aumento de lisina nas dietas em fêmeas suínas em terminação. Hahn et al. (1995), trabalhando com fêmeas dos 72 aos 136 kg, observaram efeito quadrático da espessura de toucinho quando aumentaram os níveis de lisina digestível na ração.

O valor médio (13,6 mm) da ETP2 obtido neste trabalho foi semelhante aos obtidos por Kill et al. (2003b), 13,65 mm, em pesquisa com fêmeas na fase de terminação tardia, e por Arouca et al. (2007), de 13,91 mm, em estudo com machos castrados dos 95 aos 122 kg. Entretanto, esse valor médio foi superior aos obtidos por Kill et al. (2003a) e Abreu et al. (2007), que obtiveram, respectivamente, 11,15 e 11,94 mm.

O rendimento de carne magra (RCM) não foi influenciado (P>0,05) pelos níveis de lisina da ração. Dados semelhantes foram observados por Souza Filho et al. (2000), Oliveira et al. (2003b) e Abreu et al (2007), que não observaram efeito dos níveis de lisina da ração sobre o rendimento de carne magra de suínos machos castrados na fase de terminação. Entretanto, Loughmiller et al. (1998), Cline et al. (2000) e Witte et al. (2000), em experimentos com leitoas em terminação tardia, observaram que o rendimento de carne magra aumentou de forma linear de acordo com os níveis de lisina. Trabalhando com suínos machos castrados e fêmeas dos 80 aos 120 kg para avaliar níveis de lisina digestível, Bertol et al. (2000) verificaram diminuição quadrática no rendimento de carne magra dos machos, enquanto nas fêmeas houve diminuição linear.

O valor médio de rendimento de carne magra obtido neste trabalho (56,3%) foi superior aos resultados encontrado por Oliveira et al. (2003b), em suínos machos castrados selecionados para deposição de carne magra dos 110 aos 125 kg, e por Arouca et al. (2007), em suínos geneticamente selecionados para deposição de carne magra, dos 95 aos 122 kg; esses autores encontraram, respectivamente, valores médios de 53,74 e 55,83% de carne magra na carcaça. Valores de rendimento de carne magra inferiores ao obtido neste trabalho também foram verificados por Johnston et al. (1993), Loughmiller et al. (1998), Cline et al. (2000) e De la Llata et al. (2002), trabalhando com níveis de lisina para suínos em terminação tardia, que encontraram, respectivamente, valores médios de 50,58; 50,8; 46,96 e 50,07% de RCM.

O valor médio de rendimento de carne magra obtido neste trabalho foi inferior ao obtido por Bertol et al. (2000), 58,3%, em machos castrados dos 80 aos 120 kg, e aqueles de 57,9 e 59,16%, respectivamente, determinados por Kill et al. (2003a) e Kill et al. (2003b) em fêmeas dos 65 aos 105 kg e dos 65 aos 115 kg.

Os níveis de lisina digestível não influenciaram (P>0,05) a quantidade de carne magra (QCM). Resultado similar foi obtido por Souza Filho et al. (2000) e Oliveira et al. (2003b), que também não observaram efeito significativo dos níveis de lisina da ração sobre o rendimento de carne magra na carcaça de suínos machos castrados na fase de terminação tardia. Por outro lado, Lougmiller et al. (1998) e Cline et al. (2000) observaram aumento linear na quantidade de carne magra com o aumento dos níveis de lisina da ração em trabalho com fêmeas na fase de terminação tardia.

As variações nos valores de rendimento e quantidade de carne magra na carcaça entre os animais utilizados nos trabalhos refletem diferenças no potencial de crescimento e justificam a inconsistência de resultados quanto à demanda de lisina para melhores resultados de GPD e conversão alimentar dos animais.

Não foi observado efeito (P>0,05) dos níveis de lisina digestível sobre o peso da carcaça (PC). Resultados semelhantes foram observados Friesen et al. (1995), Souza Filho et al. (2000), Kill et al. (2003a,b), Oliveira et al. (2003a,b) ao avaliarem os níveis de lisina da dieta sobre o peso de carcaça para suínos machos e fêmeas na fase de terminação. De forma contrária, Gonçalves et al. (1999), trabalhando com machos castrados e fêmeas dos 60 aos 112 kg, observaram aumento, enquanto Cline et al. (2000), trabalhando com fêmeas de 54 a 116 kg, observaram redução linear no peso da carcaça com o aumento do nível de lisina da ração.

O peso médio de carcaça (69,1 kg) determinado neste trabalho resultou em rendimento médio de carcaça igual a 70,27%, valor próximo aos obtidos por Witte et al. (2000), de 71,72%, porem inferiores aos obtidos por Johnston et al. (1993) e Cline et al. (2000), de 74,48 e 75,32%. Essas diferenças no rendimento de carcaça entre os trabalhos podem estar associadas ao grupo genético e sexo dos animais e ao período de jejum antes do abate.

Verificou-se interação (P<0,05) entre o tipo de comedouro e o número de animais na unidade experimental para quantidade e rendimento de carne magra nas carcaças (Tabelas 5 e 6).

A espessura de toucinho de suínos híbridos comerciais consumindo diferentes níveis de lisina dos 60 aos 95 kg foi menor (P<0,07) quando os animais receberam a ração experimental nos comedouros lineares em relação àqueles alimentados em comedouros conjugados com bebedouros.

A variação na ETP2 dos animais atribuída ao tipo de comedouro utilizado na unidade experimental não está coerente com os resultados de consumo de ração e ganho de peso, que não variaram significativamente entre tipos de comedouros. Entretanto, o fato de os comedouros conjugados com bebedouros proporcionarem consumo de ração molhada pode ter contribuído para aumentar a espessura de toucinho dos animais que utilizaram esse tipo de comedouro.

Por outro lado, não houve variação (P>0,05) nos valores de peso e rendimento de carcaça dos animais entre os tipos de comedouro utilizados na unidade experimental.

A espessura de toucinho, o peso e rendimento de carcaça não foram influenciados (P>0,05) pelo número de animais na unidade experimental (Tabela 6). De maneira similar, O'Doherty & Mckeon (2000) avaliaram diferentes espaços no comedouro e densidades de animais na baia - 13 ou 16 animais por baia equivalendo, respectivamente a um espaço de 0,78 ou 0,65 m2 por animal - e observaram que o número de animais nas baias não influenciou a espessura de toucinho e o peso da carcaça de suínos em crescimento e terminação.

Wolter et al. (2001) avaliaram o efeito de diferentes grupos de suínos na fase de creche até a terminação (25, 50 e 100 animais por baia), mantendo o mesmo espaçamento (0,68 m2/animal), e também observaram que a espessura de toucinho, o peso da carcaça quente e o rendimento de carcaça não foram influenciados pelo tamanho do grupo, e concluíram que o tamanho do grupo tem efeito limitado sobre as características de carcaça. Nesta pesquisa, o rendimento e a quantidade de carne magra na carcaça foram menores (P<0,05) quando utilizado o comedouro conjugado com bebedouros (Tabela 6). Entretanto, não apresentaram variação (P>0,05) com o aumento da densidade de 2 para 20 animais por unidade experimental em nenhum dos tipos de comedouro.

Os resultados de desempenho e das demais medidas de carcaça avaliadas não possibilitaram obter justificativa biológica para a redução do rendimento e da quantidade de carne na carcaça nos animais mantidos em pares em baias com comedouro conjugado com bebedouros.

Conclusões

Suínos de alto potencial de deposição de carne magra na carcaça na fase dos 60 aos 95 kg exigem 1,05 e 0,96% de lisina digestível na ração, correspondente a consumos de lisina digestível de 28,7 e 26,1 g/dia, respectivamente, para melhor ganho de peso e conversão alimentar, independentemente do tipo de comedouro e do número de animais na unidade experimental. Na unidade experimental com dois suínos em terminação, o desempenho pode apresentar alterações, uma vez que os animais aumentam o ganho de peso e melhoram a conversão alimentar, mas não alteram significativamente os consumos de ração e lisina.

Literatura Citada

Este artigo foi recebido em 20/1/2008 e aprovado em 29/8/2008.

Correspondências devem ser enviadas para: fcosilva@epamig.br

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    Financiado pelo CNPq.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      21 Jul 2009
    • Data do Fascículo
      Jun 2009

    Histórico

    • Aceito
      29 Ago 2008
    • Recebido
      20 Jan 2008
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