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Transtornos de ansiedade

TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

Avaliação da qualidade de vida de pacientes com fobia social

Lima,CP; Lotufo-Neto,F; Savoia,MG

Ambulatório de Ansiedade, Instituto de Psiquiatria HCFMUSP

R. Dr. Ovídio Pires de Campos, s/nº 5ºandar tel. (11) 30696988

Endereço para correspondência Endereço para correspondência amban@amban.org.br

INTRODUÇÃO: O conceito de qualidade de vida teve um efeito paradigmático na medicina psicossomática enfocado nas medidas da angústia psicológica. Fenomenológicamente um desconforto e um aborrecimento psicológico. A obtenção da melhora se dá através do tratamento da doença medida por escalas de avaliação da qualidade de vida. Esta melhora se dá através do "bem-estar" psicológico após o tratamento avaliado pela avaliação da qualidade de vida.

OBJETIVO: Será investigado se tratamento farmacológico e psicoterápico promove a melhora da qualidade de vida em uma amostra com de ansiedade social.

MÉTODO: Uma amostra seleciona de 50 pacientes de 148 pacientes do projeto "Avaliação da eficácia de inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) e da adição de terapia cognitiva comportamental (TCC) no tratamento agudo e de manutenção da Fobia Social". Para verificar se houve melhora na qualidade de vida foi aplicada a versão traduzida e validada da "Winsconsin - Quality of Life Index" (W-QLI) antes e após o tratamento combinado.

RESULTADOS parciais: Foram analisados 25 pacientes, 14 homens e 11 mulheres entre 22 e 50 anos divididos em quatro grupos. G1 (TCC+ ISRS) apresentou um aumento no nível de satisfação de 2,83% com as atividades do cotidiano em relação ao G4 (T.Apoio+Placebo). Nos objetivos comuns, relacionamento social e elevação da auto-estima obtiveram 8% (escala de 0-10) no domínio nível de importância. Após as 20 semanas, o G2 (T.Apoio+ISRS) obteve uma média de 5% no alcance dos objetivos em relação ao G1, média de 4,7%. Alguns fatores contribuíram para uma pequena melhora na qualidade de vida destes pacientes como 44% apresentaram traços de personalidade importante dificultando a aderência ao tratamento.

Sistema Opióide no TEPT: uma revisão

Lanfredi C; Figueira I

Instituto de Psiquiatria Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Av. Venceslau Brás 71 fundos, Botafogo. Rio de Janeiro. RJ

Tel: 22953449 22959549

OBJETIVO: Demonstrar o envolvimento do sistema opióide no TEPT. Procurou-se caracterizar o mecanismo fisiopatológico, as correlações clínicas e as possíveis implicações no tratamento.

MÉTODO: Breve revisão crítica da literatura. Foi realizada busca nas bases de dados online PUBMED/MEDLINE e PILOTS visando localizar estudos sobre o sistema opióide no TEPT. Foi feita também busca manual na lista de referência dos artigos localizados.

RESULTADOS: Os dados de revisão apontam para uma estreita relação entre os sistemas opióides e noradrenérgicos. A noradrenalina é o neurotransmissor que cujo envolvimento no TEPT foi mais extensamente comprovado, tanto pela sua participação na consolidação da memória traumática ao nível da amigdala, que levaria aos sintomas de revivescências e memórias intrusivas, quanto pelos sintomas de excitabilidade aumentada comuns no TEPT. Os opióides inibem agudamente a atividade noradrenérgica ao nível do lócus ceruleus e provavelmente a amigdala, interferindo negativamente no surgimento destes sintomas enquanto seria responsável pelo surgimento de outros, relacionados ao entorpecimento emocional e esquiva.

CONCLUSÃO: O sistema opióide parece ser importante na fisiopatologia do TEPT. Pode ser o sistema neurotransmissor que prepondera em um subtipo de TEPT com predominância dos sintomas de entorpecimento emocional e esquiva e contrastaria com um outro subtipo de TEPT, o "noradrenégico" com predominância dos sintomas de revivescências e hiperexcitabilidade. O subtipo "opióide" poderia se beneficiar de uma classe de fármacos diversa da usada atualmente no tratamento do TEPT, a classe de antagonistas opióides, representados pela naloxona e naltrexone.

Resposta ao Clonazepam em subtipos respiratório e não-respiratório de Transtorno de Pânico

Valença AM; Nardi AE; Nascimento I; Mezzasalma MA; Lopes FL; Zin WA

Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento de Psiquiatria

Av. Vencesláu Brás 71, Fundos, Botafogo, Rio de Janeiro

Fone: (21)2295-3449. Fax: (21) 25433-3101

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email: departamento@ipub.ufrj.br

OBJETIVOS: avaliar a eficácia clínica do clonazepam, em dose fixa (2 mg/dia), comparado ao placebo, no tratamento de pacientes com Transtorno de Pânico e verificar se há diferenças na resposta ao clonazepam em pacientes com TP de subtipos respiratório e não respiratório.

MÉTODO: Foram selecionados 34 pacientes com TP com agorafobia (DSM-IV). Os pacientes foram randomicamente designados para clonazepam (2 mg/dia) ou placebo, por um período de 6 semanas e classificados em subtipos respiratório e não-respiratório. Para avaliação da eficácia foram utilizados: mudança do número de ataques de pânico em relação ao período anterior ao tratamento; escala de Hamilton de ansiedade; escala de impressão clínica global e escala de impressão global do paciente.

RESULTADOS: no grupo que recebeu clonazepam, ao final da 6ª. semana houve melhora clínica estatisticamente significativa, evidenciada pela remissão de ataques de pânico (p< 0,001) e redução da ansiedade (p=0,024). No grupo que recebeu clonazepam, não houve diferenças significativas em relação à resposta terapêutica a este psicofármaco, nos subtipos respiratório e não respiratório de TP.

CONCLUSÃO: O clonazepam foi igualmente eficaz no tratamento de pacientes com subtipos respiratório e não-respiratório de TP, sugerindo não haver diferença quanto à resposta terapêutica entre os subtipos.

Tratamento do Transtorno de Pânico com Clonidina: um estudo preliminar

Valença AM; Nardi AE; Nascimento I; Mezzasalma MA; Lopes FL; Zin WA

Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro- Departamento de Psiquiatria

Av. Vencesláu Brás 71, Fundos, Botafogo, Rio de Janeiro. Fone: (21)2295-3449

Fax: (21) 2543-3101.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email: departamento@ipub.ufrj.br

OBJETIVO: verificar a eficácia da clonidina, um agonista alfa-adrenérgico, no tratamento do Transtorno de Pânico.

MÉTODO: foram selecionados ao acaso 05 pacientes com Transtorno de Pânico (DSM-IV). Após um período de wash-out de 02 semanas, em estudo aberto, os pacientes foram tratados por 06 semanas com clonidina (0,15 a 0,45 mg/dia). Foram aplicadas as escalas de Hamilton para Ansiedade, Escala de Sintomas Associados ao Transtorno de Pânico, Diário de Ataques de Pânico, Escala de Impressão Clínica Global(CGI) e Impressão Global do Paciente (PGI).

RESULTADOS: 03 pacientes apresentaram redução significativa da ansiedade e ataques de pânico na 6ª. semana de tratamento. Um paciente abandonou o tratamento e 01 paciente foi excluído do estudo por apresentar hipotensão arterial.

CONCLUSÃO: apesar da amostra pequena, este estudo preliminar sugere que a clonidina é eficaz no tratamento do Transtorno de Pânico.

Ataques de Pânico no Sono - considerações clínico-fenomenológicas

Lopes, F; Nardi A; Valença, A; Nascimento, I.; Mezzasalma, M.; Zin, W

Laboratório de Pânico & Respiração, IPUB/UFRJ

Laboratório de Fisiologia da Respiração, IBCCF/UFRJ

OBJETIVO: Comparar os sintomas dos ataques de pânico no sono e em vigília.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo de corte transversal e um seguimento longitudinal do tipo prospectivo, de 28 indivíduos com transtorno do Pânico (TP) (DSM-IV). A amostra foi dividida em: (1) ataques de pânico no sono (APS), (2) ataques de pânico em vigília (APV), (3) ataques de pânico no sono e em vigília (APSV). Cada indivíduo foi agrupado no conjunto de sintomas respiratórios proeminentes ou não proeminentes. Foi utilizada a Escala de Gravidade do Transtorno do pânico (PDSS).

RESULTADOS: A amostra final consistiu em: 61% APSV (n = 17) e 39% APV (n = 11). 46,5% dos APSV apresentaram sintomas respiratórios proeminentes comparados com 21,5% dos APV. O grupo dos APSV tendeu a apresentar escores mais elevados na PDSS, no período de seguimento (p = 0,086): freqüência (média=1,1 vs 0,5), sofrimento (média=2,0 vs 0,5) e prejuízo no funcionamento laborativo (média=1,5 vs 0,8) e no funcionamento social (média= 1,1 vs 0,5), para APSV e APV respectivamente.

CONCLUSÃO: Os ataques de pânico no sono e em vigília são mais frequentes do que em suas formas isoladas. Sugerimos que os APSV apresentam um pior prognóstico e parecem estar mais relacionados aos sintomas respiratórios, apontando para uma relação direta com a Teoria do Alarme Falso de Sufocação.

ANXIOLYTIC EFFECTS OF PROPERICIAZINE IN RATS

Barichello, TI; Quevedo, JI; Cechin, EMII; Moojen, VKMI, Gentil, VIII; and Kapczinski, FIV

ILaboratório de Neurotoxicologia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, 88806-000 Criciúma, SC, Brasil;

IIGrupo de Neurociência, Departamento de Medicina Interna, Faculdade de Medicina, Universidade de Passo Fundo, 99100-000 Passo Fundo, RS, Brasil;

IIIDepartamento de Psiquiatria, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil; and

IVGrupo de Psicofarmacologia - Serviço de Psiquiatria, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Departamento de Psiquiatria, Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 90035-003 Porto Alegre, RS, Brasil

OBJECTIVES: This report describes the effects of very small doses of the neuroleptic agent propericiazine on anxiety and memory.

MATERIAL AND METHODS: Male Wistar rats received intraperitoneal administrations of propericiazine (0.05, 0.075 and 0.1 mg/kg), diazepam (1 mg/kg), saline or diazepam vehicle 30 min prior to the experimental procedures. Animals were 1) tested on step-down inhibitory avoidance (footshock 0.3 mA) and habituation to an open-field for memory assessment and 2) submitted to the elevated plus-maze to evaluate the potential anxiolytic effects of propericiazine.

RESULTS: Animals treated with propericiazine 0.075 mg/kg showed a reduction in anxiety similar to that observed in those treated with diazepam. Propericiazine 0.05 and 0.1 mg/kg did not present the anxiolytic effect. Memory was not changed in any of the tests by propericiazine, but was impaired by diazepam.

CONCLUSIONS: Our results suggest a dose-related anxiolytic effect of propericiazine, perhaps reflecting an involvement of the dopaminergic system in the mechanisms of anxiety. Financial Support: Instituto Cerebro e Mente, PRONEX, CNPq.

Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e Transtorno Agudo de Estresse (TAE) em policiais militares atendidos no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital Central da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Maurat, AM; Figueira I

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Psiquiatria. Av. Venceslau Braz, 71

CEP:22290-140, Rio de Janeiro, RJ. Tel: (21) 22410643

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Maurat, AM E-mail: amaurat@terra.com.br

OBJETIVO: Avaliar a freqüência do TEPT e do TAE em uma amostra de policiais militares em atendimento no ambulatório de psiquiatria do Hospital Central da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

MÉTODO: Foram entrevistados 70 policiais militares consecutivamente atendidos no Ambulatório de Psiquiatria, consistindo a avaliação da observação clínica e utilização do seguinte instrumento diagnóstico: SCID I. Foram coletados nos prontuários o diagnóstico e tratamentos farmacológicos anteriores e atual.

RESULTADOS: Foram diagnosticados 8 policiais com Transtorno de estresse pós-traumático, 1 policial com Transtorno agudo de estresse, 4 policiais com sintomas do TEPT e 1 policial com sintomas do TAE. Dentre estes 14 policiais, constatamos que apenas 1 teve interrogado em seu prontuário o diagnóstico de TEPT. A maioria dos diagnósticos variou entre "quadro inconclusivo", "T. depressivo" e "T. de ansiedade não especificado".

CONCLUSÕES: Constatamos que o fato dos psiquiatras não questionarem seus pacientes quanto à ocorrência de situações traumáticas, o que dificilmente será feito de forma espontânea, levou-os a não diagnosticar o TEPT, mas apenas suas comorbidades. O TEPT é um transtorno com tendência à cronicidade, associado à elevada comorbidade e que pode acarretar grande prejuízo profissional e ocupacional. Seu diagnóstico portanto é importante, uma vez que vários estudos tem demonstrado que um tratamento precoce está associado com um melhor prognóstico.

Asperger Syndrome and Obsessive-Compulsive Disorder in a Patient with a 45,X/46,XY Mosaicism: Case Report

Menezes G, MD; Fontenelle, L, MD; Martins, R MD; DSc; Marques, C, MD, DSc; Versiani, M, MD, DSc

IPUB, Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ

Programa de Ansiedade e Depressão

Rua Projetada 32-1 São Francisco Niterói- RJ / 2711-4327

OBJECTIVE: There are previous reports describing patients with autism and schizophrenia with a missing X-chromosome.

METHOD: We report a case of Asperger syndrome (AS) and comorbid Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) in a patient with a 45,X/46,XY mosaicism.

RESULTS: This case has at least three interesting aspects. The first is concerned with the presence of OCD among patients with AS. The second relates to the association between 46,XY/45,X mosaicism and psychiatric disorders. Finally, we are not aware of any case in which such chromosomal abnormality was described in association with AS, either alone or associated with OCD.

CONCLUSIONES: This case suggest that AS and OCD should be included under the potential behavioral phenotype associated with 45,X/46,XY mosaicism.

O uso de antidepressivos no transtorno de ansiedade generalizada

Schmitt, R; Kapczinski, F; Lima, MS; Zanatto,V

Grupo de Psicofarmacologia; Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. The Cochrane Collaboration

Rua Mariante 288/1310, Porto Alegre/RS CEP 90430-180, fone: 33168413

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: lud2001@uol.com.br

OBJETIVO: Revisão sistemática de todos os ensaios clínicos randomizados sobre o uso de antidepressivos no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

MÉTODO: Busca de dados eletrônicos : The Cochrane Controlled Clinical Trials Register(CCTR), The Cochrane Collaboration Depression, Anxiety and Neurosis Controlled Trials Register (CCDANCTR), MEDLINE (1966 – Mar 2002), LILACS (1982 – Mar 2002). Busca de dados através de comunicação pessoal, resumos de conferências e capítulos de livros-texto. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados e controlados sobre antidepressivos no tratamento do TAG. Critérios de exclusão: estudos não randomizados - não controlados; incluindo pacientes com diagnóstico comórbido de eixo I; diagnóstico de TAG secundário a outras doenças. Os dados dos estudos foram extraídos independentemente por dois revisores estimando-se risco relativo (RR) e número necessário para tratar (NNT). Abandonos foram considerados como não-resposta.

RESULTADOS: Antidepressivos (imipramina e venlafaxina) são superiores ao placebo no tratamento do TAG. RR = 0,42 (IC 95% 0,31-0,58). NNT = 3.9.

CONCLUSÕES: Antidepressivos são úteis no tratamento do TAG. Evidências controladas por placebo estão disponíveis somente para imipramina e venlafaxina.

Fobia social em estudantes universitários: uma investigação preliminar

Minervino, A; Fernandes, TAB; Pontes, A

Centro Universitário de João Pessoa, UNIPÊ

Departamento de Psicologia

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Minervino, A E-mail: alfredo.minervino@pontoweb.psi.br

Este trabalho tem por objetivo avaliar a fobia social, experiência de esquiva e desconforto em situações sociais, bem como verificar o medo de uma avaliação negativa em estudantes universitários. Foram utilizadas as escalas Liebowitz Social Anxiety Scale, Social Avoidance and Distress Scale-SAD e Fear of Negative Evaluation-FNE, em alunos de ambos os sexos do 7o. ao 10o. período do curso de Direito do Centro Universitário de João Pessoa. Foram observados os seguintes dados: na escala Liebowitz 27,5% dos alunos apresentaram moderado medo ou ansiedade (ansiedade de desempenho) e 19,8% frequentemente evitam (ansiedade social). Na escala SAD 52,7% demonstraram desconforto e esquiva social e na FNE 46,1% apresentaram medo da avaliação negativa. Liebowitz 9,6% dos alunos do 8o. período apresentaram moderado e profundo medo ou ansiedade (ansiedade de desempenho) e 21,9% freqüentemente evitam (ansiedade social). Na escala SAD 61,6% demonstraram desconforto e esquiva social e na FNE 56,2% apresentaram medo da avaliação negativa. Liebowitz 8,5% dos alunos do 9o. período apresentaram moderado e profundo medo ou ansiedade (ansiedade de desempenho) e 21,3% freqüentemente evitam (ansiedade social). Na escala SAD 57,4% demonstraram desconforto e esquiva social e na FNE 74,4% apresentaram medo da avaliação negativa. Liebowitz 7,2% dos alunos do 10o. período apresentaram moderado e profundo medo ou ansiedade (ansiedade de desempenho) e 9,1% freqüentemente evitam (ansiedade social). Na escala SAD 40% demonstraram desconforto e esquiva social e na FNE 49% apresentaram medo da avaliação negativa. Os resultados sugerem que na primeira escala a maior significância os alunos do 7o. período, na segunda o 8o. e 9o. tiveram similaridade de resultados.

Resposta ao Teste de Inalação de CO2 a 35% em pacientes com Transtorno de Pânico e Fobia Social: Uma Revisão

Mezzasalma, M; Nardi, A; Valença, A; Lopes, F; Nascimento, I.; Zin, W

Laboratório de Pânico e Respiração, Instituto de Psiquiatria

Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Mezzasalma, M E-mail: mmezza@uol.com.br

OBJETIVO: Vários estudos foram realizados utilizando agentes exógenos como indutores químicos de ataques de pânico em pacientes com Transtorno do Pânico (TP) e Fobia Social (FS), visando elucidar a neurobiologia destes transtornos, e poucos destes foram feitos para elucidar a relação entre estes transtornos. Nosso objetivo é revisar o uso do teste de inalação de CO2 na literatura como base para novos estudos.

MÉTODO: Foi feita a revisão bibliográfica de estudos utilizando o teste de inalação de CO2 nos pacientes com TP e FS utilizando o sistema MEDLINE (1980-2002) com as seguintes palavras-chave: panic disorder, social phobia, anxiety, panic attacks, CO2 challenge, CO2 inhalation e respiratory challenge.

RESULTADOS: O uso da inalação de CO2 como indutor de respostas de ansiedade e pânico em pacientes com TP é bem documentada na literatura. Poucos estudos foram feitos com pacientes com FS, evidenciando que estes pacientes apresentavam menos ataques de pânico e menos sintomas cognitivos e somáticos de ansiedade que pacientes com TP, mas apresentavam índices superiores aos grupos de controle normais. Apenas um estudo usando a inalação de CO2 a 5,5% foi realizado em pacientes com TP e FS. Não encontramos nenhum estudo usando o teste de inalação de CO2 a 35% em pacientes com TP e FS.

CONCLUSÕES: Existem poucos estudos na literatura que utilizam o teste de inalação de CO2 para comparar pacientes com TP e FS, e estudos que viessem a comparar as respostas destes pacientes com as de um grupo controle normal poderiam levar a um maior entendimento da neurobiologia dos dois transtornos.

Anxiolytic efects of minalcipran rats

Martins, MR; Feier, G; Agostinho, FR; Barichello, T; Quevedo, J

Laboratório de Neurotoxicologia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, 88806-000

Criciúma, SC, Brasil. Fax: #55 48 431 2750.

Adress for correspondence Adress for correspondence Quevedo, J E-mail: quevedo1@terra.com.br

OBJECTIVES: This report describes the effects of three doses of the antidepressant agent minalcipran on anxiety and memory.

MATERIAL aND METHODS: Male Wistar rats received intraperitoneal administrations of minalcipran (12.5, 25.0 and 50.0 mg/kg), diazepam (1.0 mg/kg), saline or diazepam vehicle 30 min prior to the experimental procedures. Animals were 1) tested on step-down inhibitory avoidance (footshock 0.4 mA) and habituation to an open-field for memory assessment and 2) submitted to the elevated plus-maze to evaluate the potential anxiolytic effects of minalcipran.

RESULTS: Animals treated with minalcipran showed a reduction in anxiety in a dose-response manner. Anxiety was reduced also in those treated with diazepam. Memory was not changed in any of the tests by minalcipran, but was impaired by diazepam.

CONCLUSION: Our results suggest a dose-response anxiolytic effect of minalcipran, perhaps reflecting an involvement of the serotoninergic-noradrenergic system in the mechanisms of anxiety. Financial Support: Instituto Cerebro e Mente, PRONEX, CNPq.

Distribuição dos níveis de colesterol em pacientes com transtorno do pânico em atendimento pelo NATA-HC UNICAMP

Stella, CRAV; Gomes de Matos, E

Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP Faculdade de Ciências Médicas, Departamento de Psiquiatria

Ambulatório de Saúde Mental de Adultos Núcleo de Atendimento dos Transtornos de Ansiedade, NATA

Tel.: (19) 3788-7514 Fax (19) 3251-8852

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Stella, CRAV E-mail cvstella@terra.com.br

INTRODUÇÃO: O NATA – Núcleo de atendimento dos transtornos de ansiedade, foi constituído com o objetivo de atender pacientes ambulatoriais, portadores de distúrbios ansiosos, tendo como objetivo, investigar e correlacionar características clínicas, psicológicas e traços de personalidade.

OBJETIVO: Analisar os níveis de colesterol em pacientes com transtorno do pânico (DSM-IV). Em relação à média de idade e sexo.

MATERIAL: Casuística: 84 pacientes, (+/- 39 anos). sexo masculino (1:3M:1F).

MÉTODO: Análise dos níveis de colesterol dosados nos pacientes, ao serem admitidos

RESULTADOS: COLESTEROL POR SEXO E IDADE: HOMENS – REF.: <= 200 – Média de Idade 36,52 Anos. Normal 46 0,75 / Elevado 15 0,25 / Total 61 1,00 . MULHERES - REF.: <=200 – Média de Idade 39,78 Anos. Normal 17 0,74 / Elevado 6 0,26 / Total 23 1,00

CONCLUSÃO: O estudo preliminar não evidenciou até o momento alterações significativas nos resultados, embora na literatura encontramos relatos de níveis elevados de colesterol associado a transtorno do pânico (mecanismo biológico/neuroquímico e atividade noradrenérgica). Um amplo estudo associado a um grupo controle de sujeitos não portadores de pânico, será necessário para confirmar esses dados.

Decreased Serum S100B Protein in Drug-Free Social Phobic Patients

Rodrigo Machado-VieiraI,II; Diogo R. LaraI; Daniela Z. KnijnikII; Regina Margis;II Eduardo ChachamovichII; Luis V.C. PortelaI,III; Adriano B.L. TortI Carlos A. GonçalvesI; Diogo O. SouzaI; Flávio KapczinskiI,II

IDepartment of Biochemistry, Institute of Basic Health Sciences, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil

IIDepartment of Psychiatry, School of Medicine, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brazil

telefone: 51 33321166

Adress for correspondence Adress for correspondence Rodrigo Machado, Vieira rvieira@pro.via-rs.com.br

BACKGROUND: the purpose of the present study is to assess whether S100B, an astrocytic brain trophic factor, whose expression is influenced by serotonergic activity, is reduced in social phobia.

METHOD: serum S100B levels of 21 drug-free social phobic patients and age/gender matched controls were compared.

RESULTS: serum levels of S100B protein were significantly reduced in social phobic patients (Z=-2.017; p=0.044, Wilcoxon test).

CONCLUSIONS: These results may reflect decreased serotonergic activity in social phobia. Decreased S100B levels in social phobia also point out astrocytes as candidate cells to be further investigated in anxiety disorders.

Mulheres com transtorno do pânico e insatisfação sexual: uma subpopulação com mau prognóstico?

Laranjeiras, MG; Bernik MA

Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Rua Ovídio Pires de Campo, s/n, 5º andar, fone: 3069-6988

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Laranjeiras, MG Email: mglaranjeiras@mailbr.com.br

INTRODUÇÃO: A maioria dos pacientes com Transtorno do Pânico (TP) na população geral continua em remissão parcial, com intensa disfunção social ocupacional, física e onerando os sistemas de saúde em todo o mundo, apesar dos atuais avanços terapêuticos. Existe um esforço para identificar que fatores genéticos e ambientais responsáveis pela pobre evolução destes pacientes.

MÉTODO: Nos 23 pacientes incluídos (12 homens e 11 mulheres) realizamos entrevistas semi-estruturadas para avaliação diagnóstica psiquiátrica e para coleta de informações sociodemográficas, clínicas, antecedentes pessoais e familiares. Aplicamos um questionários de auto-avaliação sexual, escalas de Bandelow para TP, de Beck para Depressão e CGI de gravidade. Foram excluídos os pacientes com ideação suicida, comorbidades psiquiátricas, doenças clínicas que pudessem interferir com resultados e com uso de psicotrópicos ou outros medicamentos que interferem com a função sexual.

RESULTADOS: Houve uma boa correlação entre o gênero feminino e insatisfação sexual entre os pacientes estudados. Não encontramos diferenças sociodemográficas, clínicas ou de severidade significativas entre homens e mulheres com TP.

CONCLUSÃO: Acreditamos que uma boa abordagem das queixas sexuais entre as mulheres seja decisivo para melhorar o prognóstico dos pacientes com TP.

Ansiedade de dirigir entre homens e mulheres

Hermolin, MK; Clark, C

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de estudos e pesquisa em psicologia do Trânsito (NEPTRAN)

Rio de Janeiro, Av Pasteur 250, fundos Tel: 2295-3398

OBJETIVO: Este trabalho teve como objetivos validar uma escala de ansiedade de trânsito para a população brasileira e averiguar a existência de uma relação entre homens, mulheres e ansiedade no trânsito.

MÉTODO: Foi construída uma escala de ansiedade no trânsito a partir de afirmativas geradas pelo NEPTRAN, de relatos de indivíduos que se consideram ansiosos no trânsito e de outras escalas. A escala é composta de 46 itens de situações de trânsito e o participante deve selecionar para cada item a melhor resposta entre concordo plenamente e discordo plenamente numa escala de cinco pontos. A amostra do estudo é composta de 60 participantes . Participaram da pesquisa, motoristas de ambos os sexos (h=29 m =31), diferentes faixas etárias (de 23 a 68 anos), nível de instrução e tempo de habilitação.

RESULTADOS: A significância da diferença dos resultados foi encontrada através do Teste t . Foram comparados os resultados de homens e mulheres em cada item. A única diferença significativa encontrada foi no item 8 ( acho que posso ser ridicularizado (a) no trânsito), onde as mulheres se mostraram mais ansiosas do que os homens. O cálculo do alfa de Cronbach revelou um resultado igual a 0,9469.

CONCLUSÃO: Os resultados mostram que esta é uma escala consistente , sendo capaz de avaliar ansiedade no trânsito. Além disto, não foi encontrada uma diferença significativa entre homens e mulheres o que na verdade é incompatível com a literatura estudada. O próximo passo deste estudo, já em andamento, será o de aumentar a amostra.

Avaliação de resposta à Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupo para Transtorno de Pânico em curto e longo prazo

Heldt, E; Kipper, L; Blaya, C; Isolan, L; Maltz, S; Manfro, G

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal/UFRGS, Serviço de Enfermagem em Saúde Pública e Serviço de Psiquiatria /HCPA

Fone: 51-33168294

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Heldt, E E-mail: eliz@portoweb.com.br

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é indicada para pacientes com sintomas residuais (ansiedade antecipatória e evitação fóbica) do transtorno de pânico (TP). Estudos comprovam que a TCC pode modificar o curso do TP, em longo prazo, prevenindo recaídas e prolongando o intervalo entre as crises. Os autores têm como objetivo avaliar os resultados da TCC em grupo para pacientes com TP, um ano após o término do tratamento. A amostra constituiu-se de 41 pacientes com diagnóstico de TP, segundo o DSM IV, que apresentavam sintomas residuais e concordaram em participar do grupo de TCC, com 12 sessões (4 meses). Para avaliação dos resultados, utilizaram-se as escalas de Impressão Clínica Global (ICG), Hamilton Ansiedade (HAM-A) e Inventário do Pânico, na primeira e última sessão e 1 ano após o término do tratamento. Os pacientes apresentaram melhora significativa nos sintomas de ansiedade e no funcionamento clínico global, tanto no tratamento agudo, como em longo prazo (p< 001). Os dados sugerem que o grupo de TCC é eficaz para o TP, em associação com medicações, principalmente no alívio da ansiedade antecipatória e da evitação fóbica e que essa melhora se mantém por 1 ano.

Uso de antidepressivos no transtorno de ansiedade generalizada

Schmitt, R; Kapczinski, F; Lima, MS

Grupo de Psicofarmacologia; Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Cochrane Collaboration. Rua Mariante 288/1310

Porto Alegre/RS CEP 90430-180, fone: 33168413

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: lud2001@uol.com.br

OBJEYIVO: Revisão sistemática de todos os ensaios clínicos randomizados sobre o uso de antidepressivos no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada (TAG).

MÉTODO: Busca de dados eletrônicos : The Cochrane Controlled Clinical Trials Register, MEDLINE (1966 – Mar 2002), LILACS (1982 – Mar 2002). Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados e controlados sobre antidepressivos no tratamento do TAG.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: estudos não randomizados - não controlados; incluindo pacientes com diagnóstico comórbido de eixo I; diagnóstico de TAG secundário. Os dados dos estudos foram extraídos independentemente por dois revisores estimando-se risco relativo (RR) e número necessário para tratar (NNT). Abandonos foram considerados como não-resposta.

RESULTADOS: Antidepressivos (imipramina e venlafaxina) são superiores ao placebo no tratamento do TAG. RR = 0,42 (IC 95% 0,31-0,58). NNT = 3.9.

CONCLUSÕES: Antidepressivos são úteis no tratamento do TAG. Evidências controladas por placebo estão disponíveis somente para imipramina e venlafaxina.

Uso de mecanismos de defesa em pacientes com transtorno do pânico e sua associação com gravidade

Kipper L; Blaya C; Teruchkin B; Isolan L; Zanardo AP; Mezzomo K; Heldt E; Manfro GG

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal/UFRGS e Serviço de Psiquiatria/HCPA

Luiz Manoel Gonzaga 630 / 11 CEP 90470-280. Porto Alegre. Fone/Fax: 51-33289234

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Manfro GG E-mail: gmanfro@portoweb.com.br

OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi demonstrar quais os mecanismos defensivos mais freqüentemente utilizados em pacientes com transtorno do pânico (TP) em comparação com um grupo controle e avaliar se a gravidade da doença estava associada ao uso de padrões defensivos específicos.

MATERIAL E MÉTODOS: A amostra estudada constituiu-se de 60 pacientes com TP e 35 controles. Os pacientes e controles foram avaliados pelo MINI (Mini International Neuropsychiatry Interview) para estabelecer o diagnóstico e comorbidades. A gravidade do TP foi mensurada pelo CGI (Impressão Clínica Global). Os mecanismos de defesa utilizados foram avaliados através do DSQ-40 (Defensive Style Questionnaire).

RESULTADOS: Os pacientes com TP utilizavam mais freqüentemente defesas neuróticas (4,9 + 1,4 vs 3,7 + 1,3, P<0,001) e imaturas (3,9 + 1,0 vs 3,0 + 1,1, P<0,001) comparadas ao grupo controle. Quando os pacientes foram agrupados conforme a gravidade (CGI< 4 e CGI>4), observaram-se diferenças no padrão de mecanismos de defesa, os pacientes com pânico grave usam mais defesas neuróticas e imaturas. Os pacientes com pânico grave também apresentam maior comorbidade com depressão atual e usam mais defesas neuróticas e imaturas.

CONCLUSÃO: Os dados do presente trabalho sugerem que a gravidade do TP e a comorbidade com depressão apresentam um efeito aditivo no perfil de mecanismos de defesa utilizados pelos pacientes com TP.

Timidez na infância: preditor de Provável Fobia Social (SPAI Português) em uma amostra de universitários da PUCRS

Picon P; Gauer G; Aquino A; Haggstram L; Castro A; Gus G

Deptº de Psiquiatria e Medicina Legal da FAMED/PUCRS; Pós-Graduação em Psiquiatria da FAMED/UFRGS

Rua Jaraguá 320/402, Porto Alegre, RS, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Picon P Email: ppicon@zaz.com.br

OBJETIVOS: Avaliar a associação entre os fatores de risco timidez e presença de pai e mãe críticos na infância (até 12 anos) e a prevalência de Provável Fobia Social.

MÉTODOS: Estudo transversal em uma amostra representativa (n=414) de estudantes de Direito da PUCRS. Após-consentimento informado 347 estudantes foram avaliados. Variáveis independentes: sexo, idade e fatores de risco (escalas analógicas); variável dependente; Escore diferencial maior ou igual a 80 do Inventário de Ansiedade e Fobia Social (SPAI Português).

RESULTADOS: Com adesão de 83,7% (n= 347) e 333 protocolos válidos, 10,2 % (n= 34) da amostra apresentou Provável Fobia Social. Vinte (58,7%) mulheres com idade média 22,8 anos (dp 6,2). Houveram diferenças em timidez e pai crítico na infância entre casos e não casos (p< 0,05). No modelo de regressão logística, controlando para sexo, timidez manteve- se como fator de risco, OR 1,45 (IC 95% 1,21 – 1,73), p= 0,000; sem colinearidade. O coeficiente de determinação foi 0,17.

CONCLUSÃO: Na amostra estudada a presença de timidez na infância foi preditor de Provável Fobia Social, aferida pela SPAI Português.

Estudo de Confiabilidade da versão em Português do Inventário de Ansiedade e Fobia Social (SPAI) em uma amostra de voluntários brasileiros bilíngües

Picon P; Gauer G; Haggsträm L; Seganfredo A; Dei Ricardi C; Manfro G

Departamento de Psiquiatria da FAMED- PUCRS

Programa de Pós-Graduação Medicina: Psiquiatria FAMED, UFRGS

Rua Jaraguá 320/402, Porto Alegre, CEP90450-140, fone (51) 3331-7982

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Picon P Email: ppicon@zaz.com.br

OBJETIVOS: avaliar a confiabilidade teste-reteste do SPAI traduzido para Português em uma amostra de voluntários brasileiros bilíngües.

MÉTODOS: O SPAI (Turner e cols, 1989) apresenta duas sub escalas para avaliação de ansiedade e fobia social e agorafobia onde o escore diferencial entre as duas é o melhor preditor de fobia social. O SPAI foi traduzido para o português, com validação de conteúdo realizada por processo de tradução e retro- tradução e avaliação por painel de 6 experts. O inventário em suas duas versões, inglês e português, foi aplicado e reaplicado com 15 dias de intervalo, em uma amostra de 18 voluntários brasileiros bilíngües de ambos os sexos.

RESULTADOS: média de idade de 25,6 anos (dp 6); 12 (66,7%) do sexo feminino. A correlação de Pearson foram1 Sub escores de fobia social (n=15) 0,878 (IC 95% 0,665- 0,959); 2. Sub escore de agorafobia (n=18) 0,839 (IC 95% 0,612- 0,938); 3. Escore Diferencial da SPAI (n=18) foi de 0,868 (IC 95% 0,641- 0,955). A correlação intra classe dos 3 escores foram: 1. Sub escore de fobia social 0,877 (IC 95% 0,674- 0,957); 2. Sub escore de agorafobia 0,818 (IC 95% 0,578- 0,928) e; 3. Escore diferencial da SPAI 0,868 (IC 95% 0,652- 0,954) com valores p < 0,000.

CONCLUSÃO: os coeficientes de confiabilidade teste-reteste SPAI traduzido para o português atingiram índices de correlação perfeitamente aceitáveis, em relação a sua versão original em língua inglesa, quando aplicado em amostra de voluntários brasileiros bilíngües.

Transtorno de Ansiedade Social (Fobia Social) em Pacientes Esquizofrênicos

Jacques, R; Marrocos, R; Saraiva, S; Mendlowicz, M; Figueira, I

Instituto de Psiquiatria, Universidade Federal do Rio de Janeiro, IPUB, UFRJ

Av. Venceslau Brás 71, fundos, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ CEP: 22290-140

Tel 55 21 2295-3449 Fax: 55 21 2543-3101

OBJETIVO: Neste estudo pacientes com diagnóstico de esquizofrenia foram entrevistados para se determinar a prevalência de ansiedade social e outros transtornos de ansiedade, comparar o grupo de pacientes esquizofrênicos com ansiedade social com o grupo sem ansiedade social e determinar as situações fóbico-sociais mais freqüentes nos pacientes com transtorno de ansiedade social comórbida.

MÉTODO: Foram entrevistados 44 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, no ambulatório de clozapina do Instituto Philipe Pinel, que assinaram termo de consentimento informado. Para avaliação do diagnóstico comórbido foi aplicado o módulo de ansiedade do SCID-I – DSM-IV, para avaliação de funções cognitivas, sintomas produtivos e de ansiedade o BPRS, SCL-90 e Mini Mental State Examination, para avaliação de qualidade de vida Sheehan Disability Scale e o SF-36.

RESULTADOS: 70,5% do sexo masculino, com idade média de 35,6 anos e número médio de internações de 2,95. 84,1% solteiros, 9,1% separados e 6,8% casados. 59,6% desempregados. 43,2% sem comorbidades; 18,2% preenchiam critério para fobia social; 13,6% para transtorno obsessivo compulsivo; 6,8% para transtorno de ansiedade generalizada; 6,8% para transtorno de pânico e 4,5% de fobia simples.

CONCLUSÕES: Em acordo com estudos prévios, a fobia social é um transtorno de alta prevalência em pacientes esquizofrênicos, justificando estudos a respeito de sua repercussão nestes pacientes.

Estudo de Validação por Análise Fatorial do Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças (SPAI-C)

Gabriel J. Chittó GauerI; Patrícia PiconI; Samuel M. TurnerII; Deborah C. BeidelII

IDepto. de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da PUCRS, Porto Alegre, RS

IIMaryland Center for Anxiety Disorders, University of Maryland, College Park, Maryland 20742, USA

INTRODUÇÃO: O Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças foi desenvolvido especificamente para acessar Fobia Social em crianças e adolescentes jovens. Ele é composto de 26 itens, alguns dos quais requerem múltiplas respostas e usa um formato de escala Likert o que permite avaliar a freqüência com que cada sintoma é esperienciado.

MATERIAL E MÉTODOS: O instrumento original foi traduzido do Inglês para o Português e aplicado em uma amostra de 1.952 crianças em idade escolar, com idade entre 9 e 14 anos. Sendo que 79 crianças foram excluídas. A estrutura fatorial dos 26 itens da versão em Português da SPAI-C, aplicada nas 1.873 crianças incluídas foi examinada usando uma validação por análise fatorial com uma rotação varimax dos dados.

RESULTADOS: Foram encontrados quatro fatores com resultados maiores do que um. O primeiro fator foi denominado afirmação e contribuiu com 13,90% da variância. O segundo fator foi denominado evitação/encontros sociais e contribuiu para 11,99% da variância. O terceiro fator foi denominado de performance pública e contribuiu para 11,74 da variância. O quarto fator foi denominado sintomas físicos e cognitivos e contribuiu para 10,03% da variância.

CONCLUSÃO: A estrutura fatorial encontrada foi quase similar, porém não idêntica, as relatadas pelos estudos anteriores realizados nos Estados Unidos. Este trabalho recebeu apoio do CNPq

Ansiedade nos estudantes de medicina: uma realidade desnecessária

Almondes, K; Rolim, S; Medeiros, A; Lima, P; Azevedo, S; Araújo, J

Base de Cronobiologia, Departamento de Fisiologia, Centro de Biociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Há na literatura vários dados mostrando que os estudantes de medicina sofrem de altos níveis de estresse, ansiedade e depressão além de dificuldades nos relacionamentos interpessoais, dependência de álcool e outras drogas e até tentativa de suicídio. Com o propósito de avaliar objetivamente a ansiedade (traço e estado), de uma turma de estudantes de medicina da UFRN, examinamos dois momentos: no primeiro, os estudantes cursavam o ciclo básico sendo submetidos ao mesmo esquema temporal com início das aulas às 10 horas, todos os dias da semana; no segundo, os estudantes estavam submetidos a um esquema temporal com início das aulas às 7 horas e, como já estavam no ciclo profissional, já participavam de esquema de plantões. Utilizamos o IDATE ( Inventário de Ansiedade Estado-Traço ) para medir a ansiedade dos estudantes. No primeiro momento, os estudantes apresentaram média de estado de ansiedade de 38,04+/-9,50 e média de traço de ansiedade de 39,76 +/-11,48. No segundo momento, os estudantes apresentaram média de estado de 47,56+/-8,94 e de traço de 46,80+/-11,56. Esses dados mostram que, com o andamento do curso, quando os estudantes passam a se submeter a plantões médicos além de assistirem as aulas e cumprirem as demandas acadêmicas, a ansiedade aumentou, tanto para quem tem personalidade ansiosa (traço), quanto para quem não tem (estado). Nossos dados mostram claramente que os nossos estudantes estão em uma situação de estresse e ansiedade, podendo haver a necessidade de se repensar a organização das escolas médicas bem como o ensino médico.

Teste da Apnéia Voluntária em Pacientes com Transtorno do Pânico

Nascimento I.; Nardi AE; Valença AM; Lopes FL; Mezzasalma MA; Zim WA; Versiani M

Laboratório de Pânico & Respiração do Instituto de Psiquiatria (IPUB/UFRJ) e Laboratório de Fisiologia da Respiração do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Nascimento I. E-mail: inascimento@gbl.com.br

OBJETIVO: observar a indução de sintomas de ataques de pânico através do teste de apnéia voluntária em pacientes com transtorno do pânico (DSM-IV), em parentes de primeiro grau saudáveis de probandos com transtorno do pânico e em voluntários normais sem história familiar de transtorno do pânico.

MÉTODO: foram selecionados aleatoriamente 26 pacientes com transtorno do pânico acompanhados no Laboratório de Pânico & Respiração do Instituto de Psiquiatria (IPUB/UFRJ), 28 parentes de primeiro grau saudáveis de probandos com transtorno do pânico e 25 voluntários normais sem história familiar de transtorno do pânico. Todos os participantes foram orientados a prender a respiração o maior tempo possível. Este procedimento foi repetido por quatro vezes com um intervalo de dois minutos entre eles. Escalas de ansiedade foram aplicadas antes e depois do teste.

RESULTADOS: utilizando um critério específico para ataque de pânico, 46.1% (n=12) pacientes com transtorno do pânico, 7.1% (n=2) parentes de primeiro grau e 4.0% (n=1) controles normais apresentaram ataque de pânico após o teste (Qui-quadrado=7.82, d.f.=2, p=0.023). Não houve diferença estatisticamente significativa com relação à freqüência cardíaca, níveis de ansiedade ou tempo da apnéia voluntária entre os grupos.

CONCLUSÃO: Neste teste de apnéia voluntária os pacientes com transtorno do pânico foram mais sensíveis a apnéia do que os parentes de primeiro grau e controles normais.

Subtipo respiratório de transtorno do pânico: seguimento de um ano com nortriptilina

Nascimento I; Nardi AE; Valença AM; Lopes FL; Mezzasalma MA; Zim WA; Versiani M

Laboratório de Pânico & Respiração do Instituto de Psiquiatria (IPUB/UFRJ) e Laboratório de Fisiologia da Respiração do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Nascimento I E-mail: inascimento@gbl.com.br

OBJETIVO: Descrever as características demográficas, clínicas e terapêuticas de pacientes com o subtipo respiratório de transtorno do pânico (TP) acompanhados no Laboratório de Pânico & Respiração do IPUB/UFRJ.

MÉTODO: 118 pacientes com TP (DSM-IV) foram tratados com nortriptilina durante um ano. Foram divididos em dois grupos: subtipo respiratório (n=77) e subtipo não respiratório (n=41). Escalas de ansiedade foram aplicadas antes e durante o tratamento. The Sheehan Panic and Anticipatory Anxiety Scales foi o principal instrumento de eficácia, através do qual a principal medida de eficácia – número de ataques de pânico – foi obtida.

RESULTADOS: Ambos os grupos tiveram resposta similar a nortriptilina. No final do estudo (52a. semana) a redução dos ataques de pânico do baseline para o end-point não foi estatisticamente significativa entre os grupos (ANCOVA, F=8.45, d.f.=1, p=0.788). No subtipo respiratório o início do transtorno foi mais tardio, apresentaram com mais freqüência história familiar de transtornos psiquiátricos, assim como, fizeram uso ocasional de benzodiazepínicos mais significativamente. No subtipo não respiratório os episódios depressivos prévios foram significativamente mais freqüentes.

CONCLUSÃO: Embora o subtipo respiratório mostre características clínicas e terapêuticas que podem ser importantes na busca por um tratamento específico, em nosso estudo de seguimento de um ano com a nortripitlina ambos os subtipos do TP apresentaram resposta equivalente.

Farmacoterapia para o Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Terra, M; Stein, A

CEJBF/CEPC, Centro de Estudos José de Barros Falcão/ Centro de Estudos de Psiquiatria Compreensiva

Departamento de Psiquiatria da FFFCMPA, Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

OBJETIVO: Há crescentes evidências de desregulações específicas dos sistemas serotoninérgico, noradrenérgico e dopaminérgico no Transtorno de Estresse Pós-Traumático(TEPT). O trabalho visa propor um protocolo para a farmacoterapia do TEPT, com a elaboração de um algoritmo.

MÉTODO: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática, utilizando-se artigos encontrados nos principais bancos de dados, como a Medline e a Cochrane.

RESULTADOS: Tratamentos medicamentosos podem ser efetivos no TEPT, reduzindo os sintomas. Não há uma evidência clara que mostre que uma classe particular de medicação é mais efetiva ou melhor tolerada do que outra. A maior parte dos estudos mostra eficácia com os ISRSs, que podem ser considerados como uma primeira escolha, com exceção de casos com graves alterações no sono, nos quais estão indicados a nefazodona ou a trazodona e de casos com comorbidade com Transtorno Afetivo Bipolar, em fase maníaca ou hipomaníaca, onde os estabilizadores do humor são a melhor alternativa.

CONCLUSÕES: O TEPT é um transtorno mental incapacitante, crônico, associado a comorbidades; entretanto, existe a possibilidade de tratamento através de medicamentos com poucos efeitos colaterais e comprovadamente eficazes. É necessário um maior número de ensaios clínicos controlados sobre o tratamento medicamentoso deste transtorno.

Um estudo piloto sobre a prevalência de jogo patológico em São Paulo

Oliveira, MPMT; Bizeto, J; Carvalho, SVB; Collakis, ST; Cravo, AM; Lobato, A; Moura, ML; Steigleder, L

Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Oliveira, MPMT E-mail: mpm_fto@uol.com.br

OBJETIVO: Verificar a frequência de jogo patológicos (JP) em uma amostra da população do município de São Paulo e caracterizá-la quanto a variáveis sócio-demográficas e comportamentos relacionados a jogos de azar.

MÉTODO: Foram entrevistadas 73 pessoas em uma estação ferroviária metropolitana na cidade de São Paulo. Quatro pesquisadores treinados aplicaram a escala SOGS adaptada para o português, acrescida de questões sobre dados sociodemográficos e comportamentos relacionados ao ato de jogar.

RESULTADOS: A maioria dos entrevistados era do sexo masculino (83,6%), casada (60,3%), católica (58,9%), trabalhava regularmente (68,5%), com grau de escolaridade elevado (mais de 8 anos de educação, 58,9%). A média de idade foi de 36 anos (DP=12) e a renda familiar aproximada foi de R$ 1914,28. A escala SOGS na vida teve pontuação média de 0,79 (DP=2,13) sendo que 6,8% preencheram critério para JP. Já para os últimos 12 meses a pontuação média da SOGS foi 0,47 (DP=1,68) sendo que 2,7% preencheram critério para JP.

CONCLUSÃO: Observou-se uma importante frequência de jogadores patológicos nesta amostra, em níveis superiores aos descritos na literatura. Sugere-se a execução de uma pesquisa com uma amostra mais representativa da população.

Jogo patológico: principais aspectos

Oliveira, MPMT; Bizeto, J; Carvalho, SVB; Collakis, ST; Korn, E

Ambulatório de Jogo Patológico do PROAD, Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, Departamento de Psiquiatria da UNIFESP

Rua dos Otonis, 887. Tel (fax) 55791543

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Oliveira, MPMT E-mail: mpm_fto@uol.com.br

OBJETIVO: Caracterizar jogadores patológicos (JP) atendidos no PROAD/UNIFESP.

MÉTODO: Foram entrevistadas 150 pessoas que procuraram atendimento. Cada paciente respondeu um questionário contendo a escala SOGS acrescido de dados sociodemográficos e comportamentos relacionados a jogo.

RESULTADOS: A maioria dos JP era do sexo masculino (62%), casada (64,7%), católica (68%), trabalhava regularmente (57,5%), com grau de escolaridade elevado (mais de 8 anos de educação, 61,4%). A média de idade foi de 42 anos (dp = 10) e a mediana da renda familiar foi de R$ 2000,00. A escala SOGS teve pontuação média de 13,24 (dp = 3,44). Os jogos mais praticados na vida foram bingo (96,6%), loteria (94,6%), jogos eletrônicos (80,4%), jogos de carta a dinheiro (68,5%) e esportes (66,4%), sendo que a procura por tratamento deveu-se, principalmente, a problemas relacionados a bingo e jogos eletrônicos. Grande parte chegou ao tratamento endividada (79,2%), sendo que 25% relatou já ter cometido algum ato ilícito para obter dinheiro para jogar. Dos JP 51,1% já pensou em se matar e 17,7% relatou já ter tentado suicídio.

CONCLUSÃO: Observou-se que os jogadores procuram ajuda quando se encontram bastante comprometidos. Os autores enfatizam a necessidade de pesquisas sobre prevalência de jogo patológico e sobre o perfil do jogador brasileiro para subsidiar estratégias de prevenção e de tratamento mais eficazes.

Características clínicas e epidemiológicas de pacientes com TOC resistente a inibidores de recaptura de serotonina

Corregiari, F; Cabral, S; Bernik, M; Bravo, MC

Ambulatório de Ansiedade, Instituto de Psiquiatria, HC, FMUSP

R. Dr. Ovídio Pires de Campos s/n 5o andar CEP 05403-010 tel. 11-30696965

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail amban@amban.org.br

INTRODUÇÃO: Iniciaremos um estudo para comparar a resposta neuroendócrina a dose única de citalopram em pacientes responsivos e resistentes a inibidores de recaptura de serotonina (IRS).

OBJETIVO: Relatar dados demográficos e clínicos dos pacientes resistentes

MÉTODO: Pacientes com TOC pelo SCID-1/P, entre 18 e 65 anos de ambos os sexos foram avaliados por um questionário de auto-aplicação e lista de sintomas da Y-BOCS. Critérios de exclusão: doença clínica que ofereça risco ou influa nas respostas hormonais, possibilidade de gravidez. Critérios para resistência a IRS: redução na Y-BOCS < 20% após duas tentativas com ISRS e uma com clomipramina em dose máxima tolerada por 8 (sem resposta) ou 12 semanas.

RESULTADOS: N:8 Gênero: 100% homens Idade: 37±8 anos Raça: 88% brancos /12% pardos Estado civil: 100% solteiros Anos de estudo: 11±2 anos Situação trabalhista: 75% desempregados /12,5% empregados /12,5% aposentados Idade de início: 17±8 anos Sintomas subliminares anteriores: 62,5% Período de sintomas subliminares: 7±4 anos Tipo de início: 80% insidioso 20% abrupto Curso: 75% episódico com períodos de melhora parcial /25% fásico com períodos de remissão

CONCLUSÕES: (1) a predominância de homens (100%) contrasta com dados da literatura que mostram prevalência semelhante nos dois sexos. É possível que gênero masculino seja fator de risco para resistência a IRS no nosso meio. (2) a predominância de pacientes brancos (88%). Uma menor procura de tratamento por negros é descrita, o que pode explicar este dado. (3) 87,5% desempregados ou aposentados e 100% de solteiros, apontando um alto grau de incapacitação.

Capsulotomia anterior bilateral para transtorno obsessivo compulsivo

Nasser JA; Falavigna A; Alaminos A; Fishmann H; Bezerra M

Instituto do Sono e Neurológico da Universidade Estácio de Sá

Departamento de Neurocirurgia do Hospital Pró-Cardíaco, Rio de Janeiro, RJ

Doutorado em Neurocirurgia pela Unifesp, EPM São Paulo SP

Av. Ataulfo de Paiva, 1079/1001, Rio de Janeiro, RJ, 22440031

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Nasser JA nasser@riodejaneiro.net www.estacio.br/ines

OBJETIVO: Avaliar a eficácia da capsulotomia anterior em pacientes com TOC de difícil controle.

MÉTODOS: 12 pacientes com TOC, avaliados por neuropsiquiatras experientes em indicar cirurgia, foram selecionados para serem submetidos à capsulotomia anterior bilateral estereotáxica guiada por imagem. Os pacientes foram operados o tempo todo sedados, pois na cápsula anterior há pouca resposta neurofisiológica. Todos foram submetidos à RNM prévia e as imagens foram fundidas com a estereotomografia do dia do procedimento através do programa MSPS V.5.08. O sistema de planejamento também é o MSPS( Micromar – Diadema – São Paulo ). As lesões foram feitas simultaneamente usando o ponto inferior 2 mm abaixo da comissura anterior na altura do núcleo acumbens e superior até 15 mm acima do plano AC-PC. A lesão é documentada no pós-operatório tardio com RNM.

RESULTADOS: Houve uma melhora de 70% na média dos casos. A melhora mais significativa , acima deste valor se observa nos casos onde a obsessão é o maior sintoma, com pouca depressão associada e isto está de acordo com a literatura. Não houve complicações permanentes com o procedimento. Não é infreqüente o pacientes alternarem depressão e até algumas psicoses fugazes no primeiro mês de pós-operatório que com o passar dos dias vão sendo dissipadas.

CONCLUSÃO: Capsulotomia anterior para TOC é um procedimento seguro e eficaz, desde que bem indicado por equipe experiente preenchendo todos os critérios seletivos adequados.

O tratamento do T.O.C. com a estimulação magnética trascraniana: relato de caso

Cohen, Roni BroderI ; Gonçalves, LilianII ; Pitliuk, RubensIII

ICentro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana. CBrTMS; Pós Graduando da Universidade Federal de São Paulo. IIBacharel em Psicologia ; Estagiária do CBrTMS. IIIPsiquiatra do Hospital Israelita Albert Einstein

ICentro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana

Rua Itambé, 341 casa 12 Higienópolis 01239-001 São Paulo SP

tel (11) 3256-0145 tel/fax (11) 3255-7537

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cohen, Roni Broder dr.broder@uol.com.br http://www.transmagnet.med.br

INTRODUÇÃO: O Transtorno Obsessivo Compulsivo pode ser condição mórbida incapacitante e de difícil manejo clínico. O objetivo deste estudo é a descrição de um caso refratário grave que obteve evolução favorável com a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS).

QUADRO CLÍNICO: Masculino, 32 anos, casado, com sintomas desde a adolescência e agravamento do quadro há dois anos. Refratário a farmacoterapia foi internado para 10 sessões de ECT com resposta precária, mantendo-se há um ano afastado do trabalho. Desde então iniciou tratamento no Hospital Israelita Albert Einstein e após diversas abordagens terapêuticas sem sucesso foi encaminhado para nosso centro.

TRATAMENTO: Iniciou com TMS de baixa freqüência sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito (1 Hz, 1600 pulsos) durante 10 dias. Mudou-se para TMS de alta freqüência sobre o córtex pré-frontal dorsolateral Esquerdo com aplicações diárias até a 20a sessão. Resultados: A resposta terapêutica teve inicio na 7a sessão, porém a melhora clinica significativa ocorreu após a 13a sessão. Atualmente com: clomipramina 225 mg/d, pimozide 4 mg/d, biperideno 4 mg/d, clonazepan 1 mg/d e aplicações quinzenais de TMS.

CONCLUSÕES: O tratamento com a TMS associada à farmacoterapia possibilitou a remissão completa do quadro clínico, permitindo assim a reinserção social do indivíduo.

Olanzpina como potencialização no tratamento do TOC refratário

Grillo, R; Ferrão, Y; Minuzzi, L; Aguiar, P; Rosa, R; Busnello,E

FFFCMPA,HMIPV

OBJETIVOS: estudar a eficácia da olanzapina como potencializador no tratamento do TOC por 8 semanas, em doses de 2,5 a 10 mg/dia.

MÉTODOS: Este estudo aberto com 5 pacientes, onde foram aplicadas as escalas de YBOCS e a BPRS.

RESULTADOS: A média das escalas antes do início da olanzapina foi de 36,8(+/-7,09) para a BPRS, 23,6 (+/-4,98) para o escore total da Y-BOCS, 11,8(+/-2,28) para a sub-escala de obsessões da Y-BOCS e 11,8(+/-2,78) para a sub-escala de compulsões da Y-BOCS. Ao final de 4 semanas esses escores modificaram para 48,2(+/-7,36) na BPRS (p<0,001), 20,8(+/-2,49) para o escore total da Y-BOCS (p=0,041), 10,6 nas obsessões (p=0,22) e 10,2 para as compulsões (p=0,18). A dose média utilizada na quarta semana foi de 10 mg/dia. Os efeitos adversos mais importantes foram boca seca (60%), sonolência (60%) e aumento de apetite (60%). Apenas 1 paciente referiu acatisia pelo período de uma semana, mas com remissão do efeito.

CONCLUSÕES: Apesar do delineamento de estudo aberto, do pouco tempo de potencialização e do número reduzido de pacientes, estes resultados preliminares mostraram que os sintomas medidos pela Y-BOCS reduziram de intensidade após 4 semanas da potencialização dos serotoninérgicos com a olanzapina, embora a BPRS tenha revelado uma piora significativa de outros sintomas psiquiátricos. Estudos com metodologia mais adequada, com a diferenciação do subtipos de TOC, com doses maiores e por tempo mais prolongado devem ser realizados para comprovar a eficácia da olanzapina na potencialização do tratamento do TOC.

Prevalência de Transtorno Obsessivo-Compulsivo nos Pacientes que Consultam no Ambulatório de Dermatologia do Hospital São Lucas da PUCRS

Fachinello, G; Haggsträm, L; Picon, P; Cunha, E; Paim, L

Médica no 3o Ano do Curso de Especialização em Psiquiatria do Hospital São Lucas, PUCRS

Rua Anita Garibaldi, 1161/304 CEP 90480-201 Porto Alegre, RS

Fone (51)33882307

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email: giofer@terra.com.br

OBJETIVO: identificar a presença de TOC nos pacientes que consultam no Ambulatório de Dermatologia do HSL-PUCRS

MÉTODO: os autores realizaram entrevista com 253 pacientes, de ambos os sexos, que aguardavam consulta no Ambulatório de Dermatologia, de março a dezembro de 2001. A todos foi aplicado o módulo referente ao TOC do M.I.N.I. Os pacientes com diagnóstico positivo seguiram entrevista com um segundo protocolo baseado na Y-BOCS. O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética.

RESULTADOS: TOC diagnosticado em 17 pacientes, prevalência de 6,71%. Seguem dados de 15 pacientes que aceitaram continuar a entrevista. Idade média de 41,3 anos. Os pensamentos obsessivos estavam relacionados com doença em 12 pacientes e agressão em 11, e aparecem mais de 8 h/dia em 5 pacientes. Temos necessidades de verificação em 14 pacientes e repetição e limpeza em 11. Dois pacientes lavam as mãos mais de 60 vezes/dia. Dez pacientes nunca falaram com alguém sobre esses sintomas e 10 não pretendiam falar na consulta a seguir. Foi encontrada diferença estatisticamente significativa (p=0,034) entre as médias das escalas quanto ao prejuízo dos sintomas obsessivo-compulsivos na vida familiar em relação aos pacientes que têm menos de 3 h/dia de comportamentos repetitivos e aqueles que têm mais de 3 h/dia desses comportamentos.

CONCLUSÕES: encontramos uma maior prevalência de TOC no Ambulatório de Dermatologia do que na população geral. O segredo aparece como característica do distúrbio. Quanto maior o número de compulsões, maior o prejuízo na vida familiar.

Early- and Late-Onset Obsessive-Compulsive Disorder in Adult Patients: Contrasting Clinical And Therapeutic Characteristics

Fontenelle, L, MD; Mendlowicz, M, MD, DSc; Marques, C MD, DSc; Menezes, G, MD; Versiani, M MD, DSc

Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Rua Projetada 32-1 São Francisco Niterói RJ

21 27114327

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Menezes, G Email: gmenezes@ninet.com.br

OBJETIVE: It has been suggested that early- and late-onset forms of obsessive-compulsive disorder (OCD) may stem from different neurobiological substrates manifesting themselves through particular phenotypic profiles. OBJECTIVE: To investigate the existence of clinical and therapeutic differences between patients with early- and late-onset OCD (EOCD and LOCD, respectively).

METHODS: Sixty-six patients with OCD were consecutively recruited among individuals seeking treatment in a university hospital clinic for anxiety and depressive disorders. Patients with early-versus late-onset OCD were compared with regard to clinical and therapeutic characteristics using the t test for continuous variables and the chi-square for categorical ones. A MANCOVA model was then constructed using the group membership (early- vs. late-onset OCD) as the fixed factor. Dependent variables were the phenotypic characteristics that were previously shown to differentiate the two groups in the t tests; effects of age and gender were adjusted as covariates.

RESULTS: Patients with EOCD were characterized by a significantly greater number of clinically meaningful obsessions and compulsions and by increased severity of obsessive-compulsive symptoms [as measured by the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS)]. Patients with EOCD required a greater number of different drug trials but no significant differences between groups were noted in the final treatment outcome.

CONCLUSION: Our results are consistent with previous studies suggesting that EOCD may represent a more severe subtype of this disorder.

The Man With the Purple Nostrils: A Case of Rhinotrichotillomania Secondary to Body Dysmorphic Disorder

Fontenelle, L, MD; Mendlowicz, M, MD, DSc; Marques, C MD, DSc; Mussi, T, MD; Menezes, G, MD ; Versiani, M MD, DSc

IPUB, Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, Programa de Ansiedade e Depressão

Rua Projetada 32-1 São Francisco Niterói

Fone: 21 27114327

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Menezes, G E-mail: gmenezes@ninet.com.br

OBJETIVE: To describe a different type of self-injurious behavior that may be secondary to body dysmorphic disorder (BDD).

METHODS: Single case report.

RESULTS: We reported a case of an individual who have developed the self-destructive habit of pulling and severely scraping hairs and debris out of the mucous membrane of his nasal cavities. We have proposed the term rhinotrichotillomania to emphasize the phenomenological overlapping between trichotillomania (TTM) and rhinotillexomania (RTM) exhibited by this case. The main motivation behind the patient's actions was a distressing preoccupation with an imaginary defect in his appearance, which constitutes the core characteristic of BDD. The patient was successfully treated with imipramine.

CONCLUSION: The case suggests that certain features of TTM, RTM, and BDD may overlap and produce serious clinical consequences. Patients with this condition may benefit from a trial of tricyclics when other effective medications, such as serotonin reuptake inhibitors, are not available for use.

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    • Publicação nesta coleção
      10 Mar 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002
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