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Transtornos do humor/suicídio

TRANSTORNOS DO HUMOR/ SUICÍDIO

Avaliação da eficácia e tolerância da Sertralina no tratamento do transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) num período de 12 ciclos ovulatórios. Resultados parciais

Leite, E; Abreu, A; Hammad, A; Silva, J; Giordano, L; Giordano, M; Rodriguez-Arras López, JR

Disciplina de Psiquiatria/DEMESP /EMCRJ /HUGG /CCBS /UNIRIO

Rua Marriz e Barros, 775 Tijuca RJ CEP 20270-004 Tel.: 25689760 R: 303

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Rodriguez,Arras López, JR E-mail: jramon@unirio.br, jramon@uol.com.br

OBJETIVO: Avaliar a eficácia e a tolerância da Setralina* no tratamento da TDPM num período de 12 ciclos ovulatórios.

MÉTODO: Avaliação da pontuação na escala "Calendário de experiências pré-menstruais" (COPE)¨.

RESULTADOS: Nos momentos 20 pacientes vem fazendo uso da Sertralina em doses de 50 a 100 mg ao dia num período variável de 2 a 6 meses. Dessas 80% vem apresentando nítida redução dos sintomas conforme avaliação do COPE.

CONCLUSÃO: A Sertralina vem demonstrando eficácia e boa tolerabilidade no tratamento da TDPM.

O uso da estimulação magnética transcraniana como medida terapêutica na depressão no Hospital Universitário de Brasília: achados preliminares

Boechat-Barros, R; Brasil-Neto, JP; Mota-Silveira, DA

Laboratório de Neurobiologia, Departamento de Ciências Fisiológicas

Universidade de Brasília (UNB), ICC sul, campus universitário, Asa norte, Brasília, DF, Brasil

Tel: 61-307-2268,fax: 61-245-2522

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Boechat,Barros, R E-mail: rapha.b@globo.com

OBJETIVO: Avaliar o uso da estimulação magnética transcraniana de baixa freqüência no tratamento da depressão em relação à eficácia, segurança e possíveis efeitos colaterais.

MÉTODO: Foram avaliados 3 pacientes do sexo feminino consideradas de difícil tratamento por seus psiquiatras clínicos com diagnóstico de Episódio Depressivo Maior de acordo com o DSM-IV. Em cada paciente foram aplicadas 8 sessões de estimulação magnética transcraniana de baixa freqüência -0,5 Hz- sendo 2 por semana, cada uma com 5 séries de 20 estímulos com um intervalo de 1 minuto entre cada série, aplicados sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito, 5 cm à frente do ponto ótimo para estimular o primeiro interósseo dorsal. Usamos estímulos a 100% do limiar motor. Nestas pacientes foram aplicadas a escala de Hamilton 17 itens em 3 momentos: no início (T1), meio (T2) e final (T3) do tratamento; com o objetivo de quantificar uma possível melhora clínica.

RESULTADOS: As pacientes apresentaram as seguintes pontuações: paciente 1: T1-38 pts, T2-35 pts e T3-34 pts. Paciente 2:T1-34 pts, T2-20 pts e T3-13 pts. Paciente 3:T1-22 pts, T2-9 pts e T3-2 pts

CONCLUSÕES: Observamos uma melhora significativa em 2 dos 3 pacientes. O único efeito colateral apresentado foi a cefaléia. O uso da estimulação magnética transcraniana de baixa freqüência como medida terapêutica na depressão nos parece bastante promissor.

Como Medicar Depressão em Cardiopatas?

Terra MB; Lopes VLB; Almeida ML

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Centro de Estudos José de Barros Falcão

Centro de Estudos de Psiquiatria Compreensiva

R. Sarmento Leite, 245 fone: 51-32285365

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: cejbf@fffcmpa.tche.br

OBJETIVO: A prevalência de depressão é expressiva entre os pacientes com afecções cardiovasculares. O trabalho tem por objetivo apontar os medicamentos antidepressivos mais indicados e os mais contraindicados na comorbidade depressão / doença cardiovascular. Os antidepressivos pesquisados foram aqueles considerados pelos autores como os mais usados em suas práticas clínicas.

MÉTODO: Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o assunto, que abrangeu a consulta de livros, artigos em periódicos e em bancos de dados da WEB, como MEDLINE, COCHRANE E LILACS.

RESULTADOS: As situações de Cirurgia de Revascularização Miocárdica, Cardiopatia Isquêmica, Insuficiência Cardíaca, Arritmias, e Hipertensão - Hipotensão Arterial foram examinadas. Na maioria destas patologias, os antidepressivos mais indicados são os ISRSs, principalmente a sertralina e o citalopram. Os mais freqüentemente contraindicados são os ADTs, os IMAOs e a venlafaxina. O uso da fluoxetina, da maproptilina e da reboxetina determina cuidados, em algumas dessas cardiopatias.

CONCLUSÃO: Conforme a literatura consultada, existem muitas divergências entre os autores. Indica-se nas cardiopatias, de uma forma geral, os ISRSs e contraindica-se os ADTs e os IMAOs. São raros estudos controlados com antidepressivos mais recentes.

Depressão em doenças endocrinológicas: uma revisão do tratamento psicofarmacológico

Athayde, LD; Terra, MB; Mainardi, SM

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, Centro de Estudos José de Barros Falcão

Centro de Estudos de Psiquiatria Compreensiva

R. Sarmento Leite, 245 fone: 51-32285365

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: cejbf@fffcmpa.tche.br

OBJETIVO: Diferentes doenças endocrinológicas apresentam uma ocorrência elevada de quadros depressivos. Como exemplo, temos a Doença de Cushing, cuja prevalência de depressão chega a 83%. O estudo se propõe a fazer uma revisão a respeito do uso de antidepressivos nas principais afecções endocrinológicas.

MÉTODO: Foi realizada uma revisão bibliográfica sistemática, priorizando artigos científicos publicados nos últimos cinco anos sobre o tema.

RESULTADOS: Nos casos de hipo e hipertireoidismo, os antidepressivos, em geral, são considerados pouco eficientes até que o eutireoidismo seja atingido. Na Diabete Mellitus, está mais indicado o uso dos ISRSs, principalmente da sertralina por ter um melhor perfil anti-hiperglicêmico, estando os ADTs associados à hiperglicemia e os IMAOs à hipoglicemia. Os ADTs também podem aliviar a dor na neuropatia diabética. A bupropiona, por sua ação dopaminérgica, pode ser indicada na hiperprolactinemia.

CONCLUSÕES: Nas doenças endocrinológicas, o tratamento principal da depressão é o manejo da patologia básica. Maiores estudos nesta área estão indicados, uma vez que existem, na literatura, apenas dados esparsos e pouco significativos.

Transtorno depressivo em mulheres vítimas de violência conjugal, que se matêm no vínculo matrimonial

Jacobucci, P; Cabral, M

Departamento de Psiquiatria da Faculdade Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Estado de São Paulo, Brasil. Caixa Postal 6111, CEP: 13081-970

fone: 3788-8206, fax:32894819

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Jacobucci, P E-mail: psi@head.fcm.unicamp.br

OBJETIVO: Verificar o grau de depressão encontrado em mulheres que sofreram algum tipo de violência conjugal, utilizando o Beck Depression Inventory.

MÉTODO: É um estudo quali-quantitativo constando de dois grupos : estudo e comparativo. As mulheres do grupo de estudo são aquelas que mesmo tendo sofrido violência conjugal, notificadas na Delegacia da Mulher de Campinas, permanece na relação conjugal; as mulheres do grupo comparativo são aquelas que após sofrerem violência conjugal e notificarem judicialmente esses atos, romperam a relação com o agressor.

RESULTADOS: Verificamos que as mulheres que não romperam o vínculo conjugal ,mostraram-se mais deprimidas (86,67%), do que o grupo comparativo (57.15%). Esta diferença é fortemente significativa para p< 0,05.

CONCLUSÃO: Concluímos que a depressão é um elemento que pode facilitar a não ruptura com o ciclo de violência e, conseqüentemente , isso acarreta para estas, maiores danos psicofísicos.

Algorítmo para o Tratamento da Depressão Psicótica

SABAGE, NM; ADAM, G

Orientadores: Prof. Osmar Ratzke, Prof. Dirceu Zorzetto Filho

Curso de Especialização em Psiquiatria, Departamento Medicina Forense e Psiquiatria, UFPR

Rua Padre Antonio,360, Curitiba PR. fone/fax 362-6077.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência SABAGE, NM E-mail: neusalua@hotmail.com

OBJETIVOS:: aumentar a eficácia no tratamento da depressão psicótica, através de um algoritmo, minimizando o número de tratamentos e conseqüentes efeitos colaterais.

MAERIAS E MÉTODOS: revisão crítica da literatura publicada nos últimos cinco anos. Através de pesquisa na Medline foram selecionados trinta artigos relacionados ao tema.

RESULTADOS: foram analisados 7 estudos controlados, amostras de 28 a 187 pacientes (4-tratamento combinado, 3-monoterapia); 6 estudos abertos, amostras de 5 a 59 pacientes (4-tratamento combinado, 2-monoterapia); 7 revisões (2 algoritmos); 5 relatos de casos; 3 discussões (cartas/ comentários).

CONCLUSÃO: O tratamento mais indicado na depressão psicótica é a combinação de um antidepressivo (ISRS/ dupla ação) e um antipsicótico atípico em doses efetivas na fase aguda e na fase de manutenção. A ECT é eficiente e indicada em idosos, em pacientes resistentes ao tratamento combinado e quando existe alto risco de suicídio. Outras opções são o tratamento combinado de ADT e antipsicótico atípico ou ISRS /antidepressivo de dupla ação e antipsicótico típico, além da adição de lítio. A combinação de ADT e antipsicótico típico vem sendo cada vez menos utilizada devido aos efeitos colaterais significativos. A monoterapia (antidepressivos ou antipsicóticos) isoladamente deve ser vista com reserva.

Relação entre proteína ácida fibrilar glial (GFAP) e eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA) na depressão

Ceresér, KI, II ; Kapczinski, FI

IUniversidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Psiquiatria. Rua Ramiro Barcelos, 2350, 4o andar CEP 90035-003 Porto Alegre, RS

Fone: 0xx51-3230-2716, Fax: 0xx51-3232-3766

IIUniversidade Luterana do Brasil. Curso de Farmácia, Rua Miguel Tostes, 101 Canoas, RS CEP 92420-280

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Ceresér, K E-mail: keilamaria@ig.com.br;

OBJETIVO: Este trabalho teve por objetivo estabelecer uma relação entre eixo Hipotálamo-Hipófise-Adrenal (HHA), proteína ácida fibrilar glial (GFAP) e depressão.

MÉTODO: Foi realizada uma revisão no MEDLINE, abrangendo os períodos entre Janeiro de 1984 e Maio de 2002, onde foram procurados artigos que abordassem corticóides x GFAP, corticóides x depressão ou corticóides x depressão x GFAP.

RESULTADOS E CONCLUSÕES: A depressão é um transtorno frequentemente associado à desregulação no eixo HHA; porém o mecanismo exato da relação entre depressão e corticóides ainda permanece desconhecido. Sabe-se que a ativação do eixo HHA é um componente da resposta ao estresse, sendo este considerado um fator de risco para distúrbios depressivos, e que GFAP pode ter sua concentração modulada por glicocorticóides no hipocampo. Esta proteína tem demonstrado estar alterada em distúrbios depressivos, além do fato do hipocampo promover um feedback negativo sobre o eixo HHA, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento de transtornos depressivos. Não existem estudos relacionando simultaneamente corticóides x GFAP x depressão.

Kapczinski, F

E-mail: kapcz@terra.com.br

Estudo Longitudinal sobre o Suicídio no Paraná, Segundo os Sexos, entre 1980 e 1995

Serrano, AI; Figueiredo, BM

Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

Rua Pres. Coutinho, 311 / 505, 88015-230 Florianópolis, SC

Fone: (048) 222 40 96

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: pita@netco.com.br

OBJETIVO: Determinar as taxas de suicídio, tanto para a população total, quanto para a masculina e a feminina, no estado do Paraná, Brasil, de 1980 a 1995.

MATERIAL E MÉTODO: Utilizaram-se estatísticas oficiais do IBGE e dados do Sistema de Informações para Mortalidade, do Ministério da Saúde, analisadas descritiva e quantitativamente.

RESULTADOS: O número de óbitos por suicídio registrados variou, anualmente, de 371 a 565. As taxas variaram de 4,9 a 6,5 mortes por cem mil habitantes, para o conjunto dos sexos. A taxa média para os dezesseis anos estudados foi 5,5, portanto mais alta do que a brasileira, que fica ao redor de 4. Ao comparar o primeiro com o último ano do período, encontrou-se um incremento de 52,3% no número bruto de suicídios, enquanto que a população cresceu 14%. Encontraram-se diferenças de gênero. O aumento do número bruto, para os homens, do primeiro ao último ano, foi de 82,3%. Entre as mulheres houve um decréscimo de 12,8%. A média masculina do período foi 8 e a feminina foi 3 por cem mil pessoas do mesmo sexo. A relação masculino/feminino manteve-se entre 2 e 3 de 1980 a 1992. Daí em diante nunca baixou de 3. Em 1995 saltou para 4,5. A média desta relação, nos dezesseis anos, foi de 2,8 suicídios masculinos para cada suicídio feminino.

CONCLUSÕES: Os níveis endêmicos do suicídio no Paraná são maiores do que os do conjunto do Brasil, especialmente em função das taxas masculinas. O crescimento das taxas masculinas e a presença endêmica da morte auto-infligida requer assistência psiquiátrica e maior atenção dos médicos quanto ao diagnóstico precoce do risco de suicídio em homens.

Freqüência de uso de medicações associadas à depressão em pacientes internados na clínica

Paupitz J; Silva J; Furlanetto L

Laboratório de Estudos dos Transtornos do Humor. Departamento de Clínica Médica, Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU, UFSC), Florianópolis, SC

Tel: (48) 3319149, Fax: (48) 3319014

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Paupitz J E-mail: jpaupitz@zaz.com.br

OBJETIVO: Descrever a freqüência de uso de medicações previamente associadas à depressão na literatura em pacientes internados nas enfermarias da Clínica Médica do HU-UFSC.

MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo observacional transversal, no qual foram avaliados 892 pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, randomizados na primeira semana de internação. Foram excluídos pacientes que possuíam incapacidade física ou recusaram. Dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos através de entrevista e do prontuário. As medicações foram coletadas diretamente da folha de prescrição. Foram descritas aquelas que fazem parte de uma lista pré-estabelecida associada na literatura à depressão.

RESULTADOS: A amostra (N =892) foi composta predominantemente por homens (64%), com média de idade ± Desvio Padrão (DP) de 53±18 anos, casados ou amasiados (59%), internados principalmente por problemas circulatórios (18%). Em média±DP o número de medicações utilizadas por estes pacientes é de 2,0±1,3. As medicações mais frequentemente usadas que possuem associação com depressão foram: ranitidina (35,0%), inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) (26,4%), benzodiazepínicos (17,4%), corticóides (14,5%), opióides (7,3%) e digoxina (7,0%).

CONCLUSÕES: Cerca de 30% dos pacientes estão fazendo uso de pelo menos duas medicações que se associam à depressão, sendo as mais freqüentes ranitidina, os IECA, benzodiazepínicos, corticóides, opióides e digoxina. A atenção a estas medicações é importante para a avaliação e o manejo de pacientes com síndromes depressivas neste contexto.

Níveis Séricos de Triglicérides e Colesterol em Pacientes com Sintomas Depressivos Internados em SPA em Sorocaba

Oliveira, A; D'Ávila, D; Gianini,R; Hübner, C

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Departamento de Medicina

Pça Dr. José Ermírio de Moraes, 290, Lajeado, Sorocaba, SP

CEP 18030-230 tel.: (015) 224-4322 fax: (015) 231-2773

OBJETIVO: Estudarmos a relação entre níveis séricos de triglicérides e colesterol, índice de massa corpórea (IMC) e prevalência de sintomas depressivos em pacientes internados em SPA.

MÉTODO: Em 121 pacientes internados no SPA em Sorocaba, foi aplicada a Escala de Depressão de Beck e exames laboratoriais de triglicérides e colesterol realizados como rotina a todos no momento da internação. Os pacientes foram divididos em 2 grupos : com sintomas depressivos e sem sintomas depressivos (grupo controle) e subdivididos de acordo com IMC, sexo e idade. A análise estatística foi realizada pelos programas Excel e Epi-info.

RESULTADOS: Observou-se a associação significativa (p=0,03) entre obesidade e sintomas depressivos quando os dados são ajustados por sexo e idade, de modo que a chance dos obesos apresentarem depressão foi 1,62 vez maior quando comparados aos não-obesos, com variação esperada de 1,03 a 2,56 vezes. Não se observou nesta amostra outras associações significativas.

CONCLUSÕES: Há uma associação significativa entre obesidade e sintomas depressivos, mas não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre níveis séricos de triglicérides, colesterol e sintomas depressivos devido à insuficiência da amostra.

Alcoolismo e depressão: uma revisão

Oda, E; Lin, J; Furlanetto, L

Laboratório de Estudos dos Transtornos do Humor, Departamento de Clínica Médica

Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC

Tel: (48)3319149, Fax: (48)3319014

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Oda, E e-mail: eyoda@uol.com.br

OBJETIVO: Revisar estudos sobre alcoolismo e depressão, avaliando a magnitude da associação entre ambos e a influência de um na evolução do outro.

MÉTODO: Revisão sistemática da literatura pelo Medline, utilizando como descritores "Major Depressive Disorder" ou "Depressive Symptoms" e "Alcoholism" nos últimos 12 anos (1990–2002). Dos 311 artigos encontrados, selecionaram-se 14 que abordavam especificamente o tema proposto. Foram excluídos aqueles que não eram em língua inglesa ou publicados em revistas a que o Brasil não possui acesso.

RESULTADOS: Os estudos sugerem que alcoolismo e depressão são entidades independentes, pois: o diagnóstico de alcoolismo não foi preditivo de depressão maior (DM) secundária (7 artigos); em pacientes com DM não houve um aumento no consumo de álcool (3 artigos); pacientes alcoolistas com sintomas depressivos não apresentaram mais história familiar de DM (3 artigos); e, em alcoolistas com sintomas depressivos a taxa de DM foi semelhante à da população geral (4 artigos). Apesar da alta prevalência de sintomas depressivos entre pacientes alcoolistas, estes parecem ser devido principalmente à condição médica geral do indivíduo ou à ação depressogênica do álcool, uma vez que tendem a remitir espontaneamente em 30 dias com a abstinência, naqueles sem história prévia de DM. Contudo, a co-ocorrência dos dois transtornos indica um pior prognóstico (5 artigos).

CONCLUSÕES: De acordo com os estudos revisados, o alcoolismo e a DM são duas entidades independentes, não existindo maior consumo de álcool em pacientes com DM, nem maiores taxas de história familiar ou pessoal de DM em alcoolistas. Contudo, associação entre ambos pode conferir um pior prognóstico.

Interrelação: Atividade em Grupo x Depressão

Striebel, A; Silva NGA; Volpato D; Baretta R

Universidade Federal de Santa Catarina

Trindade-Campus Universitário / Caixa Postal: 246, Florianópolis/SC, 88040-900

Fone: PABX 48 331-9000 / FAX: 48 234-4069, Telex 240

OBJETIVO: A exclusão social do idoso é um fato marcante em nossa sociedade, repercutindo negativamente na saúde física e mental dos pacientes geriátricos. O presente trabalho tem por finalidade correlacionar atividade em grupo com a presença de sintomas depressivos em idosos.

MÉTODO: Aplicou-se um questionário contendo idade, medicação em uso, número de doenças e a escala de depressão geriátrica (GDS) em 25 mulheres acima de sessenta anos participantes de grupos sociais (grupo-G1) e 25 não participantes de grupos sociais (grupo-G2) escolhidas aleatoriamente. O resultado obtido no GDS varia entre: 0-9 (sem sintomas de depressão); 10-19 (sintomas leves de depressão); 20-30 (sintomas graves de depressão).

RESULTADOS: A média de idade no G1 foi de 68,32 anos e 67,00 no G2. A média de medicamentos em uso foi 1,76 no G1 e 1,92 no G2. A média de doenças foi 1,88 no G1 e 2,20 no G2. O escore do GDS entre 0-9 foi 18 no G1 e 7 no G2 e entre 10-19 foi 5 no G1 e 20 no G2. A média do escore do GDS no G1 foi de 9,08 e no G2 de 11,44. Não se obteve valor GDS entre 20 e 30 em nenhum dos grupos estudados. O valor de significância x2 foi de 13,58 em relação ao GDS.

CONCLUSÕES: Não se observou diferença significativa no número de medicamentos em uso e no número de doenças comparando os dois grupos. Os sintomas depressivos foram menos freqüentes no grupo participante de atividade em grupo e quando presentes foram menos intensos. Infere-se, portanto, que a sociabilização do idoso tão ausente em nosso meio pode contribuir para a melhoria do estado de humor dessa população, bem como melhorar a qualidade de vida.

Prevalência de depressão pós-parto na cidade de Porto Alegre

Tannous, L; Gigante, LP; Busnello, ED

Programa de pós-graduação em medicina: clínica médica, FAMED/UFRGS

Av Ramiro Barcelos, 2400, 2 andar, Porto Alegre, fone/fax: 51 3316-560

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Gigante, LP E-mail: ppgcm@famed.ufrgs.br

OBJETIVO: Identificar mulheres com depressão após a 6o semana do parto utilizando a Escala de Edimburgo na cidade de Porto Alegre.

MÉTODO: Foi realizado estudo transversal em uma amostra representativa de mulheres residentes em Porto Alegre que tiveram bebês de 05 a 16 de junho de 2001 para determinar a prevalência de depressão pós-parto após a 6o semana do parto, medida pela aplicação da Escala de Edimburgo, considerando-se deprimidos aqueles sujeitos que pontuaram igual ou acima de 13. Para o cálculo do tamanho da amostra considerou-se a estimativa de depressão pós-parto em estudos anteriores - 12%-, erro aceito de + ou – 4%, intervalo de confiança de 95%, poder de 80%, razão de prevalência de 3.0 e prevalência de doença de doença entre os não expostos de 7%. No total de 1650 nascimentos/mês Porto Alegre obteve-se 220 sujeitos. Para garantir estratificações e perdas foram acrescentados 35% obtendo 300.

RESULTADOS: Foram localizadas e entrevistadas 271 mães, houve 2 recusas e 27 mães não foram encontradas. A estimativa da prevalência de depressão pós-parto encontrada foi 20.7 (IC 95% 15.7 - 25.7).

CONCLUSÕES: A prevalência de depressão pós-parto encontrada na cidade de Porto Alegre é de 20.7%, dado superior ao descrito na literatura.

Relação entre Qualidade de Vida e Ideação Suicida em Pacientes Ambulatoriais com Transtornos Depressivos

Berlim, MT; Mattevi, BS; Pavanello, DP, Caldieraro, MA; Minuzzi, L; Fleck, MPA

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul & Programa de Transtornos do Humor do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (PROTHUM, HCPA)

Rua Ramiro Barcelos 2350, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP 90040-370

Telefone: 33168432

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Berlim, MT E-mail: mberlim@uol.com.br

No presente estudo os autores avaliaram a qualidade de vida (QV) de pacientes deprimidos com e sem ideação suicida. O principal objetivo foi o de quantificar a magnitude do impacto da ideação suicida no bem estar subjetivo e no funcionamento de pacientes com transtornos depressivos. Para tanto, foram avaliados 70 pacientes deprimidos atendidos em nível ambulatorial no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Esses pacientes responderam às versões em português do World Health Organization's Quality of Life Instrument – Short Version (WHOQOL BREF) e do Beck Depression Inventory (BDI). A análise dos dados obtidos mostrou que os pacientes deprimidos com ideação suicida (n=35) apresentaram, quando comparados aos pacientes sem risco de suicídio (n=35), escores significativamente piores (p<0,05) em todos os domínios de qualidade de vida avaliados (isto é, físico, psicológico, relações sociais e ambiental). Em suma, esses achados reforçam a noção de que os pacientes deprimidos com ideação suicida apresentam uma morbidade apreciável em termos de déficits na qualidade de vida.

Melhora Significativa na Qualidade de Vida de Pacientes Deprimidos após 12 Semanas de Tratamento Standard: Um Estudo Naturalístico

Berlim, MT; Mattevi, BS; Pavanello, DP; Caldieraro, MA; Minuzzi, L; Fleck, MPA

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul & Programa de Transtornos do Humor do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (PROTHUM, HCPA)

Rua Ramiro Barcelos 2350, Porto Alegre, RS, Brasil. CEP 90040-370

Telefone: 33168432

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Berlim, MT E-mail: mberlim@uol.com.br

OBJETIVO: O presente trabalho consistiu em uma investigação naturalística da relação longitudinal entre uma medida genérica e transcultural de qualidade de vida (World Health Organization's Quality of Life Instrument – Short Version ou WHOQOL BREF) e uma medida dos sintomas depressivos (Beck Depression Inventory ou BDI) em pacientes apresentando episódio severo de depressão de acordo com o DSM-IV.

MÉTODO: Trinta indivíduos atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram avaliados no início de seu tratamento (que consistiu em manejo clínico somado à medicação antidepressiva) e novamente após uma média de doze semanas.

RESULTADOS: Os resultados indicaram que a qualidade de vida dos pacientes deprimidos melhorou significativamente (p<0.001) em todos os domínios do WHOQOL BREF (isto é, saúde física, psicológico, relações sociais e ambiental) durante esse período. Adicionalmente, houve uma melhora significativa na sintomatologia depressiva (medida pelo BDI) entre o teste e o reteste (p<0.0001).

CONCLUSÃO: Concluindo, nossos achados reforçam a noção de que o WHOQOL BREF é sensível às mudanças clínicas na depressão ao longo do tempo e de que os benefícios do tratamento dos transtornos depressivos refletem-se em uma melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Comorbidade psiquiátrica no diabetes Mellitus Tipo 2

Alberte JSP; Cabral, MAA

Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas

UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil

FCM, Unicamp. Caixa Posta 6111. CEP 13081-970. Campinas, SP

Tel: 19 3788 8206/ Fax: 19 3289 4819

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Alberte JSP E-mail: psi@head.fcm.unicamp.br

OBJETIVO: Avaliar a presença de distúrbios de humor nos pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2.

MÉTODO: É um estudo quali-quantitativo, constituído de dois grupos: o grupo de estudo composto de 50 pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e um grupo comparativo, com 30 pacientes com Hipertensão Arterial Essencial (HAS) ambos acompanhados no Ambulatório de Diabetes da UNICAMP.

INSTRUMENTOS: Entrevista semi-estruturada de história de vida, inventário de depressão de Beck (BDI).

RESULTADOS: Dos 50 pacientes acompanhados do grupo de estudos 25.1% apresentam depressão e 37.5% apresentam ansiedade. No grupo comparativo encontramos 33 % de depressão e 25 % apresentam ansiedade.

CONCLUSÃO: Esses resultados nos apontam para a importância de traçar uma dinâmica geral das etapas de tratamento no seguimento desses pacientes como: cuidados na relação médico-paciente, atuação familiar, diagnóstico correto, apoio psicoterápico e psicofarmacológico.

Terapia de reposição hormonal com e sem andrógenos no tratamento da depressão de mulheres menopausadas: resultados preliminares

Dias, RS; Kerr-Corrêa, F; Moreno, RA; Trinca, L; Pontes, A; Dalben, I; Halbe HW; Gianfaldoni, A; Maia, VH

Depto. Neurologia e Psiquiatria, FMB, UNESP; Depto de Psiquiatria, FMUSP, Depto Neurologia e Psiquiatra; Unesp, Botucatu

CP 540, 18618-970 Botucatu, SP. Fone: 14-68026260; Fax: 14-682215965.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Dias, RS Email: rsdias@ajato.com.br

OBJETIVO: avaliar a resposta da TRH com e sem andrógenos associada à venlafaxina no tratamento de deprimidas menopausadas.

MÉTODO: 32 menopausadas, deprimidas (DSM-IV), idade média 53,6 anos, tratadas com venlafaxina e randomizadas para TRH em 4 grupos: G1) estrogênio (0,625 mg) associado a acetato de medroxiprogesterona (2,5 mg) e metiltestosterona (2,5 mg); G2) estrogênio (0,625mg) associado a acetato de medroxiprogeste rona (2,5 mg) e metiltestosterona placebo; G3) estrogênio placebo associado a acetato de medroxiprogesterona placebo e metiltestosterona (2,5 mg); G4) estrogênio placebo associado a acetato de medroxiprogesterona placebo e metiltestosterona placebo. Acompanhadas por 24 semanas, avaliadas pela Escala de Montgomery-Asberg (MADRS) e a escala UKU (efeitos colaterais).

RESULTADOS: MADRS inicial: 32,67. Houve 8 abandonos. A redução do escore MADRS associou-se à dose de venlafaxina (r=-0,54; p=0,0069); sem diferenças estatísticas entre os grupos quanto à evolução (p=0,76). As que receberam andrógenos (G1 e G3) apresentaram maior redução e menor variância do escore da MADRS, e necessitarem menores doses de venlafaxina (ajustadas pelo escore inicial - MADRS).

CONCLUSÃO: resultados preliminares sugerem melhor evolução para as pacientes que receberam TRH com andrógenos associada a estrógenos.

Tentativas de suicídio: 121 casos internados no HC-UNICAMP

Rapeli, CB; Botega, NJ

Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria

José Vilagelin Neto, 130, Campinas, tel/fax: 19 3251-5881

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Rapeli, CB Email: rapeli@dglnet.com.br

OBJETIVO: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico de 121 pacientes internados no HC-UNICAMP.

MÉTODO: Os sujeitos deste estudo foram aqueles atendidos por tentativa de suicídio. Baseado na "European Parasuicide Standardized Interview Schedule", elaborou-se o Questionário de Tentativa de Suicídio - QTS. Este instrumento contém 16 seções. Um BIP de mensagens foi alugado para facilitar o contato com o pesquisador. Os dados foram digitados e analisados por meio do SAS.

RESULTADOS: Foram analisados 121 casos. Destes, 64,5% do sexo masculino e 35,5% do sexo feminino. Oito pacientes faleceram. O envenenamento foi o método utilizado por 82% dos casos. A intencionalidade suicida de Beck foi medida em 84% dos casos. A média para o sexo masculino foi de 18 pontos e para o sexo feminino de 15,7 pontos (Mann-Whitney, p=0,09). Setenta e cinco por cento dos pacientes apresentaram sintomas de ansiedade e 66% apresentaram sintomas de depressão. Sessenta por cento dos pacientes não haviam tentado suicídio anteriormente. Quarenta e três por cento dos pacientes tiveram como hipótese diagnóstica transtorno afetivo com episódio depressivo. A avaliação do estado mental do paciente (BPRS) revelou que os pacientes estavam, com depressão (81%), ansiedade (65%), tensos (49%) e com tendência suicida (81%). Vinte e oito por cento dos pacientes apresentaram maior letalidade com risco de vida grave.

CONCLUSÃO: Os pacientes são adultos jovens. O envenenamento foi o método mais utilizado. A maioria não tinha tentativa de suicídio anterior. Transtorno afetivo foi o diagnóstico predominante e a maioria dos pacientes revelou sintomas de depressão. Dos que apresentaram maior letalidade, oito faleceram.

Psychache e Ideação Suicida em Pacientes com Transtornos Depressivos

Berlim, MT; Mattevi, BS; Pavanello, DP; Caldieraro, MA; Joiner, TE; Fleck, MPA

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Rua Ramiro Barcelos 2350, Porto Alegre, RS, Brasil. Telefone: 33168432

Department of Psychology, Florida State University, Tallahassee, Florida, USA (TEJ)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: mberlim@uol.com.br (MTB, BSM, DPP, MAC e MPAF)

Shneidman (e.g., 1998) teorizou que a "psychache" – que pode ser compreendida como uma dor psicológica e emocional que alcança intensidade intolerável – é uma importante variável relacionada ao suicídio. Esse conceito, proeminente e com apelo clínico e intuitivo, tem recebido relativamente pouca atenção. No presente estudo, os autores determinaram se um índice relacionado com a "psychache" (isto é, a "qualidade de vida psicológica"), teria uma associação especial com a ideação suicida em 60 pacientes deprimidos (de acordo com o DSM-IV) atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Todos os pacientes foram submetidos a entrevista clínica e foram avaliados pelos instrumentos Beck Depression Inventory e pelo World Health Organization's Quality of Life Instrument – Short Form (WHOQOL BREF) (ambos em versões validadas para o português). Após as análises, pôde-se concluir que há uma relação estatisticamente significativa e diretamente proporcional entre "qualidade de vida psicológica" reduzida e presença de ideação suicida, mesmo quando intensidade da depressão, falta de esperança e outros domínios de qualidade de vida (saúde física, relações sociais e ambiental) são controlados. Assim, a "psychache" merece uma atenção especial dos clínicos que trabalham com pacientes apresentando risco de suicídio.

Depressão no hospital geral: prevalência, fatores sociodemográficos e tratamento psicofarmacológico recebido

Cigognini, MA; Furlanetto, LM

Mestrado em Ciências Médicas da Universidade Federal de Santa Catarina. Campus da UFSC, Florianópolis, SC

Tel: (48) 331-9149, Fax: (48) 3319014

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cigognini, MA E-mail: cigognin@terra.com.br

OBJETIVOS: Identificar prevalência de episódio depressivo maior (EDM) em pacientes internados nas enfermarias clínicas de um hospital geral, detectar fatores sociodemográficos associados e avaliar tratamento psicofarmacológico recebido.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional transversal conduzido no Hospital Sta. Isabel, Cidade de Blumenau, Estado de Santa Catarina, Brasil. Foram randomizados 167 pacientes consecutivamente admitidos nas enfermarias clínicas com 18 anos ou mais, excluindo os cirúrgicos, aqueles sem condição médica, com déficit cognitivo e os que recusaram. Aplicaram-se os instrumentos: 1) questionário com variáveis sociodemográficas e clínicas; 2)questionário sobre uso de substâncias psicotrópicas; 3) MINIplus (Mini International Neuropsychiatric Interview).

RESULTADOS: Na amostra (N=90) a prevalência de EDM foi de 25,6%. As características sociodemográficas dos deprimidos foram: mulheres (74%); brancas (70%); com média de idade ? Desvio Padrão (DP) de 55?13 anos; casadas (70%); com escolaridade média ? DP de 3?3 anos; e renda média ? DP de 298?402 reais. Quanto ao tratamento: 30,4% nunca usou psicofármacos; 26,1% usou em algum momento da vida; e 43,5% fazia uso no momento da entrevista. Dos que receberam tratamento, 26,3% fez ou faz uso de antidepressivo e 52,6% de benzodiazepínico.

CONCLUSÕES: Foi encontrado EDM em 25,6% da amostra, predominando as mulheres, brancas, com cerca de 50 anos. Somente ¼ dos deprimidos receberam o tratamento potencialmente correto.

Aripiprazol vs placebo na mania aguda

Jody DI; Marcus RI; Keck PII; Saha AIII; Iwamoto TIV; Tourkodimitris SI; Archibald DI;Messias E

IBristol, Myers Squibb, Wallingford, CT, EUA; IIDepto de Psiquiatria, Universidade de Cincinatti Escola de Medicina, Cincinati, Ohio; IIIOtsuka Maryland Instituto de Pesquisa, LLC, Rockville, MD, EUA IVOtsuka Pharmaceutical, Co., Ltda., Tóquio, Japão, Bristol, Myers Squibb Brasil

Rua Carlos Gomes, 924 SP, fone 3882-2381, fax 38822013

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email: elaine.rahal@bms.com

OBJETIVO: Comparar a eficácia e a segurança do aripiprazol com placebo em pacientes com mania bipolar aguda. O aripiprazol é um antipsicótico recentemente desenvolvido, de mecanismo de ação único, com potente agonismo parcial dos receptores D2, agonismo parcial dos receptores 5HT1A, e antagonismo dos receptores 5HT2A.

MÉTODOS: Neste estudo Fase III, multicêntrico, duplo-cego, controlado com placebo, 262 pacientes com mania aguda foram randomizados para tratamento com aripiprazol 30 mg (que foi reduzido para 15 mg se intolerável) ou placebo, por 3 semanas. Os pacientes permaneceram hospitalizados por um mínimo de duas semanas durante o tratamento. A medida primária de eficácia foi a variação no escore total da escala YMRS. Resposta foi definida como uma diminuição ³ 50% no escore total da YMRS.

RESULTADOS: O aripiprazol produziu melhora estatisticamente significativa no escore total da YMRS comparado ao placebo na avaliação de 3 semanas (-8.15 vs -3.35, p £ 0,01). Adicionalmente, a taxa de resposta foi significativamente mais alta no grupo aripiprazol comparado ao grupo placebo (40% vs. 19%, p £ 0,01). Para todas as variáveis de eficácia, o aripiprazol se separou do placebo no 4o dia. A taxa de descontinuação decorrente de eventos adversos não diferiu entre os grupos aripiprazol e placebo, e não houve alterações significativas no peso corporal comparado ao placebo.

CONCLUSÃO: O aripiprazol é eficaz e bem tolerado no tratamento da mania aguda em pacientes com distúrbio bipolar.

Estudo Transcultural do Perfil Sintomático dos Pacientes Depressivos em Salvador-Ba

Aguiar, WM; Dunnigham, W; Cruz, SS; Guedes, APT; Minahim, D ; Pereira, WF ; Muniz, MH; Nascimento, SCV; Peu da Silva, S; Santana, R; Brasil, S

Universidade Federal da Bahia, FAMED, DNPq

Rua Acarí, 08 Itapuã. 71-2490977. Fax 71-359-6512

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Aguiar, WM E-mail: aguiard@uol.com.br

A uma amostra de pacientes adultos jovens diagnosticados como depressivos (unipolares, bipolares ou distímicos), todos com características étnicas afro-baianas e usuários de serviços extra-hospitalares da rede psiquiátrica da Secretaria de Saúde da Bahia foram aplicados vários instrumento de pesquisa (HRSD, MADRS e HARD e outros), controladas as variáveis confundíveis. A prevalência global de depressão encontrada foi semelhante à de estudos epidemiológicos pré-existentes, na região e em outras capitais do país. A partir da observação fenomenológica dos pacientes, os autores do presente estudo encontraram alterações típicas de humor deprimido nos pontos investigados com uma predominância do sub-tipo ansioso se comparados com as formas que cursam com inibição psicomotora. Sintomas ansiosos apareceram, mas foram escassos sentimento de culpa e ideação suicida, As características sintomáticas foram distintas em comparação com pesquisa realizada com população semelhante, no sudeste e sul brasileiro e, nos países do hemisfério norte, com diferença estatisticamente significante. Os resultados da investigação serão exibidos, o pôster apresentará especulações acerca dos fatores étnicos e culturais que influenciaram na configuração dos Transtornos depressivos na População da RMS, com ênfase nas características particulares nos estados depressivos e no papel que os fatores sócio-culturais (relevância da cultura "afro-baiana" no estilo de vida e modo de agir "baiano", presença de catolicismo "permissivo" em contraposição com características de austeridade da Igreja Romana e outras doutrinas cristãs).

Health status and quality of life- the effect of depressive symptoms

Rocha,NS and Fleck, M

Department of Psychiatry, Federal University of the State of Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS

The extent to which depressive symptoms can impair patients' quality of life remains unclear. We select a sample composed by 2 groups: a control sample of 118 healthy individuals from the community and sample with 134 patients from our university hospital. Instruments used were: a) WHOQOL-100 and b) BDI Patients had higher BDI means than controls. In most WHOQOL-100 domains, controls had higher means than patients, except for the domain related with religiosity. Using multiple regression analysis for WHOQOL-100 domains we found that in the physical the beta for the health state was -0,32 (p=0,0001) and –0.41 (p=0,0001) for depression symptoms; in the psychological, beta for depression symptoms was –0,58 (p=0,0001); in the independence level, beta for health state was –0,43 (p=0,0001) and –0.41 for depression symptoms; the social relations yielded beta of 0.19 (p=0,01) for socioeconomic level and –0.43 (p=0,0001) for depression symptoms; in the environment, beta was 0,13 (p=0,02) for age, 0,33 (p=0,00001) for socioeconomic level, –0,30 (p=0,00001) for depression symptoms and –0,15 (p=0,02) for health condition; finally, the aspects of spirituality yielded beta of 0,14 (p=0,03) for age and –0,36 (p=0,00001) for depression symptoms. Although health condition is correlated negatively to quality of life in the physical, independence level and social relation domains, depression symptoms are in all domains with stronger beta. We conclude that health condition have a negative influence on patients' quality of life, but depression seems to be more strongly correlated with quality of life than health status.

Estudo de associação entre o polimorfismo T102C do gene 5-HT2A e tentativas severas de suicídio em pacientes psiquiátricos

Correa H I,II, Romano,Silva MA I, Boson W I, Machado MI, Lima V I, Juarez O CastroIII, De Marco I

I Departamento de Farmacologia, UFMG

II Departamento de Psiquiatria e Neurologia

Uma disfunção serotoninérgica, assim como fatores genéticos são associados com o comportamento suicida em pacientes psiquiátricos. O objetivo de nosso estudo foi examinar a associação entre o polimorfismo 102T/C do gene 5HT2A e suicídio em uma amostra de pacientes psiquiátricos brasileiros. Os indivíduos eram 95 esquizofrênicos, [(idade; 43.3 ± 7.8; 34 com uma história de tentativa de suicídio (35.7%)], 78 deprimidos maiores [(idade; 42.5 ± 8.2; 32 com história de tentativa de suicídio (41.1%)] e 52 controles sadios (idade; 39 ± 9.2). O diagnóstico foi baseado em entrevista estruturada (MINI-PLUS), de acordo com critérios do DSM-IV, e os pacientes foram submetidos a uma entrevista semi-estruturada para o estabelecimento da história de comportamento suicida ao longo da vida. Testes qui-quadrados foram usados para comparar freqüências. Nenhuma diferença foi achada nas freqüências genotípicas entre pacientes e controles. Também nenhuma diferença foi achada entre pacientes com uma história de tentativa de suicídio (n=66) e pacientes sem essa história (n= 107): TT [18 (27.3%), 30 (28%)], TC [35 (53%), 55 (51.4%)], CC [13 (19.7%), 22 (20.5%)]. Entretanto pacientes com uma história de tentativa severa de suicídio [letalidade > 3; (n = 32)] e pacientes sem história de tentativa de suicídio (n= 107) apresentaram freqüências genotipicas significativamente diferentes (p< 0.01), TT [12 (37.5%), 30 (28%)], TC [17 (53%), 55 (51.4%)], CC [3 (9.4%), 22 (20.5%)]. Esses resultados preliminares mostram que o polimorfismo 102T/C do gene 5HT2A pode estar envolvido na susceptibilidade genética para o comportamento suicida.

Depressão e Qualidade de Vida em Pacientes com Acromegalia

Frey, B; Dallago C; Batista R; Kramer C; Aleixo C; Oliveira M

Centro de Neuroendocrinologia do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre

Pça. Dom Feliciano, 285. CEP: 90020-160. Porto Alegre, RS. Fones: (51) 32148000/32148002.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: mco@portoweb.com.br

OBJETIVO: Transtornos do humor são uma complicação importante de várias doenças endócrinas. Embora a fadiga e a perda de energia sejam citadas como sinais psicopatológicos freqüentes na acromegalia, um estudo recente mostrou não haver aumento na morbidade psiquiátrica em geral, nem aumento da incidência de depressão nesta doença. Com o objetivo de ampliar o estudo na área, avaliamos a presença e severidade de sintomas depressivos e a qualidade de vida em pacientes com acromegalia.

MÉTODO: Empregamos escalas auto-aplicáveis validadas no Brasil para mensurar a severidade de sintomas depressivos (Inventário de depressão de Beck) e a qualidade de vida (EQ-D5) em 23 pacientes acromegálicos.

RESULTADOS: Detectou-se depressão (Beck > 20) em 4 (17,4%) casos, todos em mulheres, e disforia (Beck > 15) em 3 (13%), uma mulher e dois homens. Desses 7 pacientes, um estava curado, 5 apresentavam doença em atividade (excesso de GH) e, em um caso, o dado não estava disponível. A quantificação da depressão foi grave em um dos casos e moderada a grave nos demais. Detectou-se hipopituitarismo em 11 de 22 avaliados, e quatro desses apresentavam depressão ou disforia. A auto-avaliação da qualidade de vida mostrou que 18/23 acromegálicos preencheram de 7 a 10 pontos, em uma escala de 0 a 10.

CONCLUSÕES: Os dados apontam que a presença de estado depressivo nesta amostra é superior à encontrada na população em geral, enquanto a qualidade de vida dos pacientes está satisfatória. Ambos resultados são discordantes dos poucos dados disponíveis na literatura, indicando a necessidade de continuação dos estudos na área.

Suicídio no período 1.998 - 2000 : casuística dos óbitos ocorridos em Curitiba

Hesse, R

Universidade Federal do Paraná

Departamento de Medicina Forense e Psiquiatria

R: Padre Camargo, 280, 4º andar Cep: 80060-140, Alto da Gória, Curitiba Paraná

Fone / fax : 360-7233.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Hesse, R E-mail: forence@saude.ufpr.br

OBJETIVOS:avaliar casuística do suicídio em Curitiba, no período 1.998 - 2.000, na população. A OMS classifica suas taxas em baixas (até 5 / 100.000 hab.), médias (5-15 / 100.000 hab.), altas (15-30 / 100.000 hab.) e muito altas (acima de 30 / 100.000 hab.). Críticas à sua subnotificação / subestimação, têm ocorrido.

MATERIAIS E MÉTODOS: dados obtidos dos Documentos de Óbitos (D.O.) do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), SESA - PR; cálculo da prevalência do suicídio; estudo de corte transversal, descritivo e não comparativo.

RESULTADOS: a frequência em Curitiba foi de 101 casos em 1.998; 66 casos em 1.999 e 50 casos em 2.000; a prevalência foi de 6,51; 4,16 e 3,15, respectivamente.

CONCLUSÃO: A taxa foi considerada baixa. Há neste estudo, indícios de redução da freqüência e das taxas de prevalência da mortalidade pelo suicídio, em aproximadamente 50 %, enquanto os números indicam um crescimento populacional; Serão necessários estudos com novos enfoques sociodemográficos na tentativa de especificação de prováveis fatores protetores que sugiram estratégias para sua prevenção.

Traumatismo Raquimedular (TRM) e Transtornos Depressivos (TD)

Pessoa, J; Lauar, H; Dutra, Izabella

Residência de Psiquiatria /Instituto Raul Soares/FHEMIG e PUC MINAS

Av. do Contorno 3017 Belo Horizonte, MG 31-32399940/ Fax 31-32399961

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Pessoa, J Email: juarezpessoa@uol.com.br

INTRODUÇÃO:. Na década de 50 surgiram os primeiros estudos sobre alterações psiquiátricas e TRM, abordando síndromes depressivas e ansiosas.

OBJETIVO: revisar literatura e demonstrar que existe uma associação prevalente entre TRM e TD, descrever a associação temporal entre os referidos transtornos, discutir especificidades terapêuticas.

MÉTODO: revisão bibliográfica usando os descritores spinal cord injury ,depression; depressive disorders em inglês, francês, espanhol; em MEDLINE CD (1966-2001) e LILACS (1982-2000). Estudo de metanálise dos dados obtidos com vistas à homogeneização dos dados avaliados e comparação de resultados.

RESULTADOS: Artigos encontrados: Medline = 51, LILACS = 0, Excluídos = 8, Avaliados para metanálise = 43

CONCLUSÃO: Até a década de 70 os artigos apresentam problemas metodológicos e concluem que os TD eram conseqüência inevitável do TRM. Nos anos 90 melhor desenho metodológico indica que a associação TRM e TD era de 30%. Apesar da mudança de perfil da referida associação, mostra-se necessário aperfeiçoar critérios metodológicos sobretudo com capacidade distintiva entre fenômenos somáticos secundários ao trauma e os secundários ao transtorno de humor.

Modelo Animal de Eletroconvulsoterapia (ECT)

Feier, G; Gusso, A; Barichello, T; Dal-Pizzol, F; Quevedo, J.

Laboratório de Neurotoxicologia, Universidade do Extremo Sul Catarinense, 88806-000 Criciúma, SC

Fax: (48) 431-2750.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Quevedo, J E-mail: quevedo1@terra.com.br

OBJETIVO: A eletroconvulsoterapia (ECT) é um método de tratamento efetivo para depressão refrataria e outros transtornos psiquiátricos. Entretanto, a neurobiologia de sua ação permanece obscura. Nosso objetivo e o desenvolvimento de um modelo animal de ECT que nos permita estudar os fenômenos neuroquimicos que justificam seu efeito positivo sobre alguns transtornos psiquiátricos.

MÉTODO: relaxante muscular, receberam um choque via eletrodos fixados nas orelhas. O choque foi ministrado com um aparelho de ECT especificamente desenvolvido.

RESULTADOS: A utilização da voltagem de 150 volts com um tempo de disparo de 2 segundos proporcionou o melhor índice de convulsões tônico clônicas. Todos os animais convulsionados nesta voltagem levaram cerca de 2 mim para terem normalizados os seus sinais vitais e o sensório. O índice de mortalidade encontrado para estes parâmetros foi nulo, o que viabiliza um futuro tratamento crônico.

CONCLUSÕES: A partir desses parâmetros suficientemente intensos para provocar as convulsões, mas relativamente seguros, poderemos ampliar o projeto. As próximas etapas incluem tratamento crônico e o estudo das alterações neuroquimicas induzidos por ECT agudo e crônico. Fonte Financiadora: Instituto Cérebro e Mente, CNPq, UNESC.

Depressão psicótica X esquizofrenia: o diagnóstico correto é fundamental: relato de caso

Cohen, Roni Broder I,II ; Frasson Leme, M Antonietta I

ICentro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana

Rua Itambé, 341 casa 12 Higienópolis 01239-001 São Paulo SP

tel (11) 3256-0145 tel/fax (11) 3255-7537

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cohen, Roni Broder Email: dr.broder@uol.com.br http://www.transmagnet.med.br

INTRODUÇÃO: A Depressão Psicótica é uma condição clínica grave. Nesse relato de caso focalizamos uma paciente com diagnóstico de esquizofrenia catatônica que vinha sendo tratada há 6 meses com neurolépticos, evoluindo com piora progressiva. O exame clínico minucioso, incluindo recursos da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), permitiu o tratamento com remissão completa.

QUADRO CLÍNICO: Feminina, 35 anos, casada, chegou ao serviço por iniciativa dos familiares. A suspeita diagnóstica, a entrevista através do SCID e a avaliação dos limiares motores corticais com a TMS - padrão depressivo=inversão da lateralidade hemisférica, confirmaram o diagnóstico de Depressão Maior. Vinha em uso de ziprazidona 80 mg/d e biperideno 4 mg/d. HAM-D=24 e Beck=35

TRATAMENTO: Iniciou com TMS de baixa freqüência sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito (1 Hz, 1600 pulsos) durante 10 dias. Foi orientada redução progressiva da medicação em uso. Continuou com TMS de alta freqüência sobre o córtex pré-frontal dorsolateral Esquerdo com aplicações diárias até a 20a sessão.

RESULTADOS: A resposta terapêutica significativa (redução ? 50% das escalas comparada ao valor basal) ocorreu a partir da 10a sessão e a remissão completa (HAMD=5) na 15a . Mantida com aplicações semanais de TMS há 6 meses.

CONCLUSÕES: O exame clínico minucioso, incluindo a detecção de um padrão de excitabilidade cortical depressivo, permitiram o tratamento adequado e uma evolução satisfatória.

A estimulação magnética transcraniana (TMS) como estratégia terapêutica na depressão recorrente refratária: relato de caso

Cohen, Roni Broder I; Landi, Alina I

ICentro Brasileiro de Estimulação Magnética Transcraniana; Pós Graduação da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) / Escola Paulista de Medicina. IIPsiquiatra Assistente da Clínica Conviver; Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein

Rua Itambé, 341 casa 12 Higienópolis 01239-001 São Paulo SP

tel (11) 3256-0145 tel/fax (11) 3255-7537

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cohen, Roni Broder Email: dr.broder@uol.com.br http://www.transmagnet.med.br

INTRODUÇÃO: Através deste relato podemos constatar o alcance terapêutico da Estimulação Magnética Transcraniana (TMS) frente a um quadro de depressão recorrente grave não responsiva a fármacos e à ECT.

QUADRO CLÍNICO: Paciente feminina, 41 anos, com diagnostico de depressão há 10 anos; tratada desde então apresentou curtos períodos de melhora associada a múltiplas queixas devido efeitos colaterais dos medicamentos. Recebeu inicialmente 10 sessões de TMS de baixa freqüência (1 Hz) sobre o córtex préfrontal dorsolateral direito. Continuou a partir da 11a sessão sob esquema de manutenção mensal concomitante a retirada dos medicamentos. As escalas de Hamilton (17 itens) e Beck foram aplicadas, considerando-se resposta terapêutica a redução ? 50% comparada ao valor basal.

RESULTADOS: Observou-se melhora clínica significativa na 8a sessão e remissão completa ao término de 10 sessões [redução de 82% na HAM-D (23 pré vs. 4 pós-rTMS) e 91% na Beck (36 vs. 3)]. Sob esquema de manutenção, encontra-se há nove meses assintomática.

CONCLUSÕES: O tratamento permitiu a retirada dos medicamentos e a remissão clínica completa. A estratégia terapêutica com a TMS pode modificar, em determinados casos, o curso da doença e melhorar a qualidade de vida do indivíduo com depressão recorrente refratária.

Transtorno depressivo relacionado ao tabagismo

Sampaio, ACM e Monfort, M

HUB, SGAN 604, L2 Norte, Brasília DF e HSVP, QSC 1 ae 1, Taguatinga, DF

OBJETIVO: Verificar a relação entre depressão e tabagismo e determinar melhor tratamento para aqueles que desejam parar de fumar.

MÉTODO: Análise de artigos e revisão da literatura.

RESULTADOS: A prevalência mundial de depressão durante a vida é de 20%, ocorrendo recorrência em 75% dos casos. Segundo a OMS, 3 milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas ao fumo. A nicotina causa tolerância, dependência e síndrome de abstinência. O grande número de pacientes psiquiátricos fumantes e hipóteses que relacionam dependência de nicotina e sintomas depressivos evidenciam a correlação entre depressão e tabagismo. A característica psicoestimulante da nicotina no SNC valida o surgimento de sintomas depressivos durante sua falta. Ela atinge o cérebro em segundos e exerce ação agonista de receptores colinérgicos, levando ao aumento de diversos neurotransmissores. Como sua meia-vida é curta, os sintomas de abstinência surgem 2 horas após o último cigarro. Outro princípio que explica a dependência é o aumento da liberação de dopamina no córtex e sistema límbico, sendo essa via responsável por ativação de mecanismos de recompensa. Estudos apontam para um risco aumentado de insucesso no abandono do tabagismo entre fumantes que apresentam história de depressão comparados àqueles que nunca tiveram o transtorno de humor. Os que abandonam o vício estão sob risco 7 vezes maior de depressão comparados aos que continuam fumando.

CONCLUSÕES: Existe relação entre depressão e tabagismo. É unânime a necessidade de investigar história de tabagismo em pacientes deprimidos, doença psiquiátrica em tabagistas, e proporcionar aos que desejam parar de fumar tratamento adequado, com utilização de terapia de reposição de nicotina, terapia cognitivo comportamental e farmacoterapia, com prescrição de Bupropiona ou outros antidepressivos.

Ansiedade e depressão entre alunos de uma escola médica

Ribeiro, J; Calil, l

Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro, Disciplina de Psiquiatria.

R. Dr. Paulo Pontes 64, Uberaba MG. Fone/fax (34)3312-7142.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Calil, l E-mail lccalil@terra.com.br

OBJETIVO: Investigar a prevalência de ansiedade e depressão entre estudantes de medicina.

MÉTODO: Colheu-se dados demográficos e aplicou-se escala de depressão e ansiedade em seis turmas do VI período de medicina entre 1999 e 2002.

RESULTADOS: A média de idade foi de 21,8 anos. Maioria de homens em todas as turmas, com média de 66%. Ansiedade presente em 66% variando de 25,7 a 88%. Depressão em 48,2%, variando de 8,3 a 76%. Pré e pós-Greve não alterou os escores, contudo houve redução comparando início e final de semestre. Estudantes que moram com os pais e fora de casa apresentam os mesmos escores.

CONCLUSÕES: O escala utilizada revela possível estado depressivo ou ansioso momentâneo. Morar com família não foi fator protetor para ansiedade ou depressão, comparando com moradores em república ou pensão. A prevalência de ansiedade e depressão foi alta contudo há variações que ensejam estudos futuros.

Diagnóstico Psiquiátrico e Avaliação de Sintomas de Ansiedade e Depressão em Pacientes do Ambulatório de Endocrinologia do HSL-PUCRS

Silveira, LN; Garcia, PF; Braga, VF; Nogueira, EL; Gauer, GJC

Apoio financeiro PUCRS, bolsa de iniciação científica

Depart. Psiquiatria e Medicina Legal da FAMED, PUCRS. Av. Ipiranga, 6690, CEP: 90610-000, Porto Alegre/RS

Fone: (51) 3320.3015. Fax: (51) 3320.3040.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: psiquiatria@pucrs.br

OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de Ansiedade e Depressão nos pacientes do ambulatório de Endocrinologia do HSL-PUCRS , correlacionando com a avaliação endocrinológica.

MAETERIAL E MÉTODOS: Pacientes que procurarem o Amb. de Endocrinologia do HSL– PUCRS a partir de Março de 2002 a Março de 2003. Estes serão submetidos a entrevistas diagnósticas pelos questionários que avaliam: Episódio Depressivo Maior e Transtorno de Ansiedade Generalizada contidos no M.I.N.I (Mini International Neuropsychiatric Interview–Brazilian version 5.0.0–DSM IV) e pelo Inventário de Beck para Depressão e para Ansiedade. Após, será acompanhada a avaliação endocrinológica de rotina e os resultados comparados com os resultados da avaliação clínica e exames laboratoriais.

RESULTADOS preliminares: Dos 38 pacientes avaliados com o Invent. de Beck para Depressão: 16% apresentaram Depressão Severa, 24% Moderada, 13% Leve, 26% Mínima e 21% não responderam. Avaliados pelo Invent. de Beck para Ansiedade: 21% apresentaram Ansiedade Severa, 18% Moderada, 24% Leve ,11% Mínima e 26% não responderam. Destes, 8 foram analisados pelo M.I.N.I: 37,5% tiveram diagnóstico de Depressão Maior e 12,5% de Ansiedade Generalizada. Avaliando a Função Tireoidiana de 44 pacientes: 52, 27% apresentaram resultados normais, 13,62% Hipotireoidismo, 11,36% Hipot. Subclínico, 6,81% Hipertireoidismo e 2,27% Hipert. Subclínico.

CONCLUSÕES: Continuaremos a avaliação para chegarmos a considerações mais definitivas.

Taxas de Suicídio do Rio Grande do Sul

Serrano, AI; Voltolini, E; Figueiredo, BM

Disciplina de Psiquiatria da UNIVALI, Itajaí, SC. Fone 048-222 40 96

OBJETIVO: A Região Sul do Brasil apresenta os mais elevados índices de suicídio, fato que têm sido ligado à maior expectativa de vida, isto é, à existência de maior número relativo de idosos. O mais meridional dos estados, o Rio Grande do Sul, apresenta os índices mais altos. Nosso objetivo é descobrir se a maior quantidade relativa de idosos, por si só, justificaria tais taxas mais elevadas.

METODOLOGIA: Pesquisa longitudinal de 1980 a 1995. Extraímos os números brutos e as taxas de suicídio de cada faixa etária, de forma a representar os óbitos por suicídio para cada cem mil pessoas de uma mesma faixa etária, residentes no estado, a cada ano. Extraímos as médias das taxas para o período.

RESULTADOS: Os suicídios entre pessoas de menos de sessenta anos representam 21% dos casos. Apenas 9% da população estudada tinha mais de sessenta anos. As faixas etárias idosas tem demonstrado uma maior propensão ao suicídio. O estudo das taxas mostra que há canais endêmicos regulares, durante todo o período, sem aumento considerável das taxas ao longo do tempo. Há uma crescente elevação do coeficiente, à medida que as faixas vão ficando mais velhas.

CONCLUSÕES: A grandeza da taxa, no RGS, é diretamente proporcional ao crescimento da idade. Tomar a faixa etária, sozinha, porém, como fator de risco, aplicável a outras regiões, pode ser um elemento confundidor, pois há fatores culturais e étnicos, típicos do estado estudado, que influem na taxa, podendo ela ser a forma de expressão de um conjunto complexo de riscos. Isto se evidencia pelo fato de que as taxas de faixas etárias não-idosas também são mais altas no RGS. Todas as faixas etárias, a partir dos 19 anos de idade, já ultrapassam a taxa média nacional. A maior expectativa de vida, por si, não justifica a existência de um número elevado de suicídios.

Eficácia da Ziprasidona no Tratamento da Depressão Psicótica

Batista, F; Mello, M

Hospital do Servidor Público Estadual

Rua Pedro de Toledo, 1800 S. Paulo/SP

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Batista, F Email: flaviab0911@uol.com.br;

OBJECTIVE: Psychotic symptoms are common in depressive patients. These have an unfavorable outcome comparing with depressive without psychotic features and don't respond as well to antidepressants. Newer atypical antipsychotic drugs with serotoninergic and noradrenergic actions might be studied in these patients. An open label trial to test the ziprasidone efficacy in patients with psychotic depression were realized.

METHOD: All consecutive outpatients from State Employee Hospital with a depressive episode with psychotic symptoms(ICD-10), that signed the informed consent were submitted to ziprasidone 40 mg dose b.i.d. They were further evaluated using the CGI, HAM-D, MADRS, and the PANSS at baseline, and at days 14, 28, and 56.

RESULTS: 9 females outpatients were included, they were 43.3(+/- 4.1) years old in average, the age of onset were 36.4(+/- 9.4) years old in average. The outcome measures at baseline showed a severe depressive and psychotic symptoms [HAM-D=27.2 (+/-9.3); MADRS=31.8(+/-9.8); PANSS pos scale=20.8(+/-5.0); PANSS neg scale=15.7(+/-8.8; PANSS gen scale=53.7(+/-7.1, CGI=5.1(+/-0.9)]. 3 patients dropout the study by adverse events, two of them relating extreme anxiety before second evaluation. Every outcome from the 'last observation carried forward' (LOCF) of the completers showed an improvement. A paired-sample T test was used to compared the means. In all measures, except the PANSS neg scale, the difference were statistically significant (pair baseline/LOCF: HAM-D t=4.69,5d.f.,p=.005; MADRS t=6.56,5d.f.,p=.001; PANSS pos t=5.19,5d.f.,p=.003, PANSS neg t=1.78,5d.f.,p=.136; PANSS gen t=8.07,5d.f.,p=.000, CGI t=3.33,6d.f.,p=.016).

CONCLUSION: These preliminary results show a possible ziprasidone role in the treatment of psychotic depressive patients.

Mello, M

Email: marcello_mello@brown.edu

A violência do homem contra si mesmo: um estudo na emergência de um hospital universitário

Corrêa de Corrêa, R; Cataldo Neto, A; Garcia, PF; Rodrigues de Souza, ARR

Hospital São Lucas da PUCRS, Faculdade de Medicina, Faculdade de Direito

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais

Av. Ipiranga, 6690, POA/RS, CEP 90610-000- Tel. (51) 33203015, Fax: (51) 33203040

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: psiquiatria@pucrs.br

OBJETIVO: Analisar a violência, sob o ponto de vista do paciente suicida.

MÉTODO: Estudo de uma população de 22 pacientes que consultaram a Emergência do HSL-PUCRS de 1999 a 2001, tendo como causa da consulta a tentativa de suicídio. Foram incluídos os casos que constaram nos prontuários regularmente preenchido.

RESULTADOS E CONCLUSÕES: Os resultados demonstraram o perfil do paciente como sendo do gênero feminino; com média de idade de 28 anos; com maior freqüência na faixa dos 15 aos 22 anos; solteiro(a), estudante; possuindo conflitos familiares; utiliza para a tentativa de suicídio a ingestão de substâncias psicoativas; tem conflitos com o companheiro(a) ou namorado(a); possui problemas ocupacionais e econômicos; apresenta queixas somáticas; é primogênito ou filho do meio; reside com os pais ou parentes; possui humor depressivo, é exaltado, tem insônia e ansiedade; possui desânimo, fadiga, lentidão, desesperança e agitação psicomotora; fez tratamento psiquiátrico ou psicológico anterior, já fez uma ou mais de uma tentativa de suicídio e algum familiar já tentou suicídio anteriormente.

Desordens psiquiátricas e etc

Rigonatti, PS e Serafim, AP

Serviço de ECT, Ipq, HCFMUSP

Rua Ovídeo Pires de Campos , s/n, sala 4061, 3o. andar, Cep 05403010 São Paulo / SP

Fone/fax 30696525

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: ectipq@hotmail.com

A Eletroconvulsoterapia (ECT) é um procedimento terapêutico por estímulo elétrico, desencadeando uma convulsão epileptiforme de pelo menos 25 segundos de duração. Aplica-se estritamente as doenças psiquiátricas graves e resistentes aos psicofármacos, seguido de risco de vida do paciente. Por indicação do Psiquiatra é executada por equipe multiprofissional incluindo anestesista. Investigamos as causas de encaminhamentos de 199 pacientes durante 06 meses para Serviço de ECT do Ipq – HCFMUSP. Freqüência dos diagnósticos (CID, 10); faixa etária; diagnóstico segundo o gênero, foram estudados. Houve uma prevalência dos episódios depressivos (F 32) com 60,8% dos casos, seguido de 12,06% com transtorno depressivo recorrente (F 33); 9,54% Transtorno afetivo bipolar (F31) e 7,03% Esquizofrenia (F 20). Predominaram os intervalos de idade de 30 – 39 e 60 – 69 com 17,08 % dos casos (faixa etária atendida 12 – 94 anos). Em relação ao diagnóstico segundo o gênero houve uma prevalência de mulheres com 57,7% dos casos atendidos, sendo 65,2% delas com F 32 em relação a 54, 7% dos homens. Os homens apresentaram um índice de 11,9 % de F 20 em relação às mulheres com 3,47%. As mulheres foram 14% mais propensas ao F 33. A incidência de desordens psiquiátricas resistentes aos tratamentos convencionais é um fato. O uso da ECT ou outra prática terapêutica deve estar inserida no princípio da investigação científica para melhoria da qualidade de vida do paciente dentro do contexto humanitário de tratamento.

Prevalência de depressão em pacientes com doenças clínicas

Serafim, AP e Lima MJM

Ipq, HCFMUSP e Faculdade de Psicologia, UNICASTELO / SP

Rua Carolina Fonseca, 235, Itaquera Cep 08230030 São Paulo

Fone/fax 61700032

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail apserafim@uol.com.br

A literatura tem enfatizado uma associação direta entre a depressão e as doenças clínicas, sendo que apenas um terço dos casos são diagnosticados pelos clínicos. Agressividade, alterações do sono e alimentação, recusa ao tratamento e agravamento do estado geral do paciente podem estar relacionados à depressão. O objetivo desta pesquisa foi averiguar a prevalência de depressão em pacientes com doenças clínicas. Foram analisados prontuários de 190 pacientes de uma Unidade Básica de Saúde em SP, quanto à freqüência das cinco principais doenças e a associação entre as doenças clínicas e depressão. Observou-se pela ordem de freqüência (%) a hipertensão (38,9), doenças respiratórias (17,3), cardiovasculares (13,6), diabetes (10,5) e AVC (4,2). Em relação à associação com a depressão foi observado que 66% dos 190 casos estudados apresentaram diagnóstico de depressão, sendo (31,5% homens e 35% mulheres), assim distribuídos: 79,7% hipertensão; 48,4% doenças respiratórias; 61,5% cardiovasculares, 45% diabetes e 62,5 AVC. Estes resultados são pertinentes, pois reproduziram dados da literatura quanto a presença de comorbidade entre depressão e doenças clínicas, bem como enfatiza a necessidade da presença do psiquiatra e psicólogo em unidades geral de atendimento à saúde, visto que o transtorno afetivo pode comprometer a qualidade de vida do paciente, o que em vários casos não é facilmente identificado pelo clínico.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      17 Mar 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002
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