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Transtornos psicóticos

TRANSTORNOS PSICÓTICOS

Prevalência de transtornos mentais psicóticos em 468 pacientes internados em unidade psiquiátrica de hospital geral universitário brasileiro, PUCRS, Brasil

Picon P; Cataldo Neto A; Gauer G; Krieger C; Conte C; Peixoto K

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da FAMED/ PUCRS Sul

Rua Jaraguá 320/402, Porto Alegre, RS, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Picon P Email: ppicon@zaz.com.br

OBJETIVO: avaliar a prevalência de transtornos mentais psicóticos em pacientes referidos à unidade psiquiátrica em hospital geral universitário brasileiro.

MÉTODO: estudo transversal incluindo os pacientes internados entre 1997 a 2000, ambos os sexos, com termo de consentimento pós- informação no momento da alta. Foram coletados dados demográficos, diagnósticos segundo critérios da DSM III-R e DSM IV, na baixa e na alta, através dos protocolos de alta preenchidos pelas equipes responsáveis pelos casos.

RESULTADOS: 468 pacientes com idade média de 38 anos (dp= 14); 279 mulheres (59,7%), 217 casados (46,5%); 159 ativos profissionalmente (33,9%). Na baixa 358 (76,5%) apresentavam psicose como principal diagnóstico: transtornos de humor (236 casos, 50,4%) e esquizofrenias e outras psicoses (72 casos, 15,4%). Após um período médio de permanência de 22,6 e moda de 15 dias de internação o diagnóstico na alta foi: transtornos de humor (206 casos, 44%) e esquizofrenias e outras psicoses (72 casos, 15,4%).

CONCLUSÕES: os resultados condizem com dados de literatura em que a prevalência de transtornos de humor tem sido bem superior em relação as esquizofrenias e outras psicoses, em unidades de internação psiquiátricas de hospitais universitários, nas últimas 2 décadas, desde a utilização das atuais classificações diagnósticas (DSM).

Qualidade de vida na esquizofrenia: estudo controlado, randomizado e naturalístico que compara a Olanzapina aos antipsicóticos típicos no Brasil

Lima, M, M.D., Ph.D. ; Mari, J M.D., Ph.D., Costa, AM M.D., Alexandrino, N; Rodrigues, S: Oliveira, IR; Hotopf, M M.D., Ph.D.

Instituição Patrocinadora:Eli Lilly Do Brasil

Dra. Anna Maria Costa. Av. Morumbi, 8264 São Paulo, Sp Cep: 04703002

F:(11)55326075 FAX: (11)55326994

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Costa, AM M.D. Email: costa_anna_maria@lilly.com

OBJETIVO: 1) para avaliar a eficácia da Olanzapina no tratamento da esquizofrenia, 2) para testar a hipótese de que pacientes tratados com Olanzapina apresentam uma qualidade de vida melhor do que aqueles tratados com antipsicóticos típicos (AP).

MÉTODO: estudo aberto, multicêntrico, naturalístico e randomizado, comparando Olanzapina com os AP convencionais, na hospitalização e durante um acompanhamento de 9 meses. Os pesquisadores eram cegos à droga alocada e aos alvos do estudo. A dose diária dos APs foi determinada pelos médicos de acordo com prática clínica usual.

RESULTADOS: 197 pacientes foram alocados para Olanzapina (n=104) ou antipsicóticos típicos(n=93). Aqueles tratados com Olanzapina mostraram melhoria superior na PANSS em sintomas negativos e em sub –escalas psicopatológicas gerais. Os pacientes tratados com Olanzapina relataram melhora estatisticamente significante nas funções motoras e nas limitações físicas e emocionais, comparado àqueles que recebem antipsicóticos convencionais.

CONCLUSÕES: Comparada com os antipsicóticos típicos, a Olanzapina tem vantagens em um cenário naturalístico no tratamento de pacientes com esquizofrenia, com resultados clínicos relevantes, tais como melhoria em sintomas negativos e na qualidade de vida. Estes achados são destacados pelo método naturalístico adotado neste estudo, sendo que a Olanzapina foi comparada às práticas reais de uso de APs típicos.

Sintomatologia psiquiátrica em pacientes esquizofrênicos de longa permanência

Lúcia Abelha Lima; Sylvia Rosa Gonçalves; Denise Rebouças Barbosa; Paulo Fagundes; Maria Cecília Carvalho

Núcleo de Pesquisa, Instituto Municipal Juliano Moreira, SMS, RJ

OBJETIVO: Estudar as características da sintomatologia psiquiátrica presente em pacientes esquizofrênicos internados nas diversas unidades do Instituto de Assistência à Saúde Juliano Moreira (IMASJM).

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo em 470 pacientes esquizofrênicos do IMASJM, utilizando a Brief Psychiatric Rating Scale (BPRS), escala que proporciona uma rápida avaliação de toda a sintomatologia presente na esquizofrenia. Este instrumento é desenhado em forma de entrevista semi-estruturada, avaliando tanto aspectos verbais como não verbais. A escala foi aplicada nos pacientes do IMASJM por 10 pesquisadores graduados na área de saúde mental e treinados pelos coordenadores do estudo.

RESULTADOS: Não foi encontrada sintomatologia psiquiátrica (score=0) em 61 pacientes (12%). Pelo menos um dos seguintes sintomas: alucinações, conteúdo incomum do pensamento e desorganização conceitual, foram encontrados em 74 pacientes (14,6%) de forma marcante (escore=ou>3). Em relação à desorientação e confusão, 25% dos pacientes apresentaram sintomas moderados e 34% sintomas graves. As outras duas áreas que apresentaram um percentual importante de sintomatologia de moderada a grave, são: retraimento emocional (22,9%) e desorganização conceitual (21,9%).

CONCLUSÕES: Os sintomas encontrados em maior percentual na população do IMASJM estão associados ao isolamento e à institucionalização prolongada.

Os sintomas negativos melhoram com clozapina? Resultados de um estudo naturalístico com três anos de duração

Rocha e Silva, CE ; Pereira, BB ; Rozenthal, M ; Elkis, H

Programa de pós-graduação em Psiquiatria, Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas, FMUSP

Rua Ovídeo Pires Campos s/n sl 4037 CEP 05410-040. São Paulo, SP

Tel (oxx11) 3069-6971.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Elkis, H E-mail: helkis@usp.br

OBJETIVO: Avaliação da efetividade a longo prazo do tratamento com clozapina em relação aos sintomas negativos em um grupo de pacientes esquizofrênicos resistentes.

MÉTODO: Foram selecionados nove pacientes de um hospital psiquiátrico público com diagnóstico de esquizofrenia (CID-10), idade média de 32,8 (dp 8,9) anos, com persistência de sintomas positivos e negativos e história de fracasso no tratamento com pelo menos dois antipsicóticos usados adequadamente nos últimos dois anos. A duração do seguimento foi de três anos e as avaliações psicopatológicas foram feitas com a PANSS nos seguintes tempos: admissão, terceiro, sexto, nono, décimo segundo mês e após três anos. Os resultados foram analisados estatisticamente com o teste t.

RESULTADOS: O perfil de melhora dos sintomas negativos não correspondeu ao dos positivos. Estes, em relação ao escore inicial, apresentaram uma significativa redução no terceiro mês (p=0,005) que prosseguiu ao longo do primeiro ano de tratamento (p<0,001). A partir daí, verificou-se um padrão de manutenção da melhora. Os sintomas negativos apresentaram uma diminuição após uma ano de tratamento, sendo este escore 20% menor que o da admissão (p=0,034). Houve um significativo decréscimo no período entre um e três anos de tratamento (p=0,005) e, após três anos, a pontuação foi 37% menor que a inicial.

CONCLUSÕES: No grupo de pacientes estudados houve uma redução significativa dos sintomas negativos a partir do primeiro ano do seguimento, indicando a necessidade de um tempo maior de tratamento com clozapina do que o requerido para a melhora dos sintomas positivos.

A biophysical approach on chlorpromazine-albumin interaction

Silva, D and Cortez, CM

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

Depto de Ciências Fisiológicas. Av. Manoel de Abreu, 444, 20550-170, Rio de Janeiro, RJ, BR

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Silva, D E-mail: dilsons@uerj.br

Several substances strongly interacts with biomembranes and blood components, becoming influential upon bioavailability, and affecting the function of some biomolecules. Chlorpromazine (CPZ) is an anti-psychotic drug still widely used and some aspects of its interaction with transport and storage proteins are unknown. Albumin plays an fundamental role in these events, besides contributing to total antioxidant status. It is thought to be very important in patients with schizophrenia, since there are suggestions that a defect in the antioxidant defense system exists in schizophrenia which may lead to oxidative damage. We used a fluorescence spectroscopy technique to study the CPZ-albumin interaction. The Stern-Volmer quenching constant calculated for the titration of HSA and BSA with CPZ were 4.1x104M-1 and 3.3x104M-1 respectively. The results suggests that the prime CPZ binding site on HSA and BSA is near to tryptophan residues. Comparison between titrations at 25o C and 35o C of HSA with CPZ showed that the protein quenching by CPZ was a collisional quenching, i.e., no complex is formed.

Cortez, CM

E-mail: ccortez@uerj.br

Déficits de Relações Objetais na Esquizofrenia: Uma Comparação Transcultural entre Brasil e Estados Unidos

Bruscato, W; Bell, M; Blay, S

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Serviço de Psicologia Hospitalar

Rua Cesário Motta Jr., 112. São Paulo. Fone/fax: 5573-4133.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Bruscato, W e-mail wbruscato@originet.com.br

OBJETIVO: Verificar se os déficits de relações objetais são uma característica comum da esquizofrenia em amostras de culturas diferentes.

MÉTODO: O BORRTI (Bell Object Relations Inventory) foi traduzido para o português, com determinação de sua validade e índices de confiabilidade e administrado a 61 pacientes ambulatoriais brasileiros com esquizofrenia. Seus escores foram comparados aos de pacientes ambulatoriais americanos pareados por idade, gênero e subtipos diagnósticos. Também foi administrada a PANSS como parte do estudo.

RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significantes em idade, gênero e escolaridade. Os grupos também não diferiram para a ampla distinção diagnóstica entre paranóides e não paranóides, estado civil e raça e tinham idade de início, idade do primeiro tratamento e anos de doença similares. A amostra americana tinha significantemente mais anos de escolaridade e os escores da PANSS eram uniformemente mais altos com exceção da escala negativa. As freqüências das elevações patológicas nas escalas do BORRTI para brasileiros e americanos não foram significantemente diferentes. (Alienação = 57,45% e 45,9%, X2(1)=1,61, p=ns; Vinculação Insegura = 26,2% e 16,4%, X2(1)=1,77, p=ns; Egocentrismo = 67,2% e 41,0%, X2(1)=8,5, p<0,004; Incapacidade Social = 37,7% e 29,5%, X2(1)=0,92, p=ns). A freqüência dos pacientes com um perfil indicando algum tipo de déficit nas relações objetais foi de 85,6% para os brasileiros e de 68,2% para os americanos (X2(1)=3,66, p=ns).

CONCLUSÃO: Os achados dão suporte à hipótese da ubiqüidade dos déficits de relações objetais na esquizofrenia.

Sub-grupo de pacientes esquizofrênicos com baixa responsividade eletrodérmica e déficit da atenção seletiva

Lopes, Machado, EZ (em negrito); Crippa, JAS; Hallak, JEC; Guimarães, FS e Zuardi, AW

Trabalho desenvolvido no Depto. de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica da Fac. de Medicina de Rib. Preto, USP

(no momento o primeiro autor está na FAI,Faculdades Adamantinenses Integradas,End. Rua Chavantes, 912, Tupã, SP, CEP 17600430, Fone (14) 441-5579)

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Lopes, Machado, EZ E-mail: lopesmez@terra.com.br

OBJETIVO: O presente estudo investigou se a responsividade eletrodérmica de pacientes esquizofrênicos está associada com a atenção seletiva avaliada pelo "Stroop Color Word Test" (SCWT).

MÉTODO: Os sujeitos (31 esquizofrênicos e 20 pacientes com outros quadros psicóticos) foram selecionados entre pacientes internados em ala psiquiátrica de hospital geral ou pacientes atendidos em hospital-dia. Eles foram pareados com 31 voluntários saudáveis. Os pacientes foram submetidos às sessões experimentais imediatamente após a remissão do surto agudo. Os 3 grupos de sujeitos foram divididos, de acordo com a responsividade eletrodérmica, em "não responsivos" (NR) e "responsivos" (R). O SCWT era aplicado após o registro psicofisiológico.

RESULTADOS: Observou-se que, no SCWT, a interferência de erros feita pelo grupo de esquizofrênicos NR foi significantemente maior que a obtida por todos os outros grupos. Além disso, os esquizofrênicos NR apresentavam significativamente mais sintomas negativos que os esquizofrênicos R.

CONCLUSÃO: Estes resultados sugerem a existência de um sub-grupo homogêneo de pacientes esquizofrênicos caracterizado por baixa responsividade a estímulos externos, predominância de sintomas negativos e déficit de atenção seletiva.

Palavras chaves: Atividade eletrodérmica; condutância da pele; Stroop color word test; atenção seletiva; esquizofrenia; sintomas negativos

Esquizofrenia resistente a tratamento antipsicótico: estratégias terapêuticas. Estudo naturalístico com três novos antipsicóticos

Rocha e Silva, CE; Pereira, BB; Rozenthal, M; Henna Neto, J; Elkis, H

Programa de pós-graduação em Psiquiatria, Instituto de Psiquiatria Hospital das Cínicas, FMUSP

Rua Ovídeo Pires Campos s/n sl 4037 CEP 05410-040. São Paulo, SP

Tel (oxx11) 3069-6971.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Elkis, H Email: helkis@usp.br

OBJETIVOS: Avaliação da efetividade do tratamento, do ponto de vista psicopatológico e dentro do contexto de um acompanhamento clínico usual oferecido por um hospital psiquiátrico público, de três novos antipsicóticos: clozapina, olanzapina, risperidona, em um grupo de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia resistente a tratamento antipsicótico.

MÉTODO: Nove pacientes foram tratados com clozapina, idade média 38 (dp 8,9) anos. Com olanzapina, 11 pacientes, idade média 38,1 (dp 11,1) anos e com risperidona, 8 pacientes, idade média 41,3 (dp 7,7) anos. Todos com diagnóstico de esquizofrenia (CID-10) e histórico de resposta parcial ou ausente a tratamentos antipsicóticos. A duração do seguimento foi de seis a doze meses, com avaliações na admissão e a cada três meses com a PANSS e a BPRS. Análise estatística com Wilcoxon e teste t (nível de significância p < 0,05).

RESULTADOS: Pacientes com menor tempo de duração da doença e mais jovens tratados com olanzapina apresentaram significativas melhoras nos sintomas positivos e negativos. Risperidona foi bem tolerada e efetiva em alguns pacientes refratários com sintomas psicóticos exuberantes. Clozapina apresentou resultados globais consistentes em relação a redução dos sintomas positivos e negativos.

CONCLUSÕES: Os resultados sugerem a utilização dos novos antipsicóticos na abordagem farmacológica da esquizofrenia resistente e ressaltam a necessidade de uma visão mais ampla do conceito de resistência a tratamento antipsicótico envolvendo tanto os sintomas persistentes mais leves quanto as síndromes exuberantes.

Aripiprazol no tratamento de manutenção de longa duração da esquizofrenia

M Kujawa II; AR SahaI; GG IngenitoI; MW AliI; X LuoII; DG Archibald II; WH CarsonII

IOtsuka Maryland Instituto de Pesquisa, LLC, Rockville, MD, EUA; II Bristol, Myers Squibb, Wallingford, CT, EUA

OBJETIVO: Avaliar a manutenção do efeito e a eficácia, segurança e tolerabilidade a longo prazo do aripiprazol, um estabilizador do sistema dopamina-serotonina, comparado ao haloperidol quando administrado por 52 semanas.

MÉTODOS: Foi conduzido um estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego em 1.294 pacientes em recaída aguda de esquizofrenia crônica, randomizados para aripiprazol 30 mg (n = 861) ou haloperidol 10 mg (n = 433) diariamente. Uma única redução de dose de aripiprazol para 20 mg e haloperidol para 7 mg foi permitida. As avaliações de eficácia incluíram os escores das escalas PANSS e MADRS.

RESULTADOS: Uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com aripiprazol demonstrou resposta e permaneceu em tratamento nas semanas 8, 26, e 52 comparada ao haloperidol (Semana 52: 40% vs. 27%, p < 0,001). O aripiprazol produziu melhorias estatisticamente significativas na pontuação da sub-escala negativa da PANSS nas semanas 26 e 52 (em ambos p < 0,03). O aripiprazol demonstrou também uma melhora significativa em relação ao basal nos sintomas depressivos, conforme mostrado na escala MADRS nas semanas 8, 26 e 52, comparado ao haloperidol (todos p < 0,03). A taxa de descontinuação por evento adverso foi significativamente menor no grupo aripiprazol que no grupo haloperidol (p < 0,001). A incidência global de eventos adversos relacionados a sintomas extrapiramidais (EPS) foi significativamente inferior com o aripiprazol que com haloperidol (p < 0,001). Ambos os tratamentos resultaram em ganho de peso comparável. Não houve diferença significativa no intervalo QTc entre os grupos.

CONCLUSÕES: O aripiprazol pode representar a próxima geração de antipsicóticos, levando ao aumento na aderência ao tratamento da esquizofrenia devido a progressos significativamente maiores nos sintomas negativos e depressivos, e a um perfil superior de segurança e tolerabilidade, comparado ao haloperidol.

Mudando para monoterapia com aripiprazol

Casey S.I; Saha A II; Ali M II; Jody D III; Kujawa MIV; Stock E I; Ingenito G II ; Messias EVI

I Pesquisa em Doenças mentais, Centro de Educação e Clínico, Portland, ; II Otsuka Maryland

Instituto de Pesquisa,IIIBristol,Myers Squibb, Lawrenceville, ; IV BMS, Plainsboro, V BMS EUA,VIBMS Brasil , SP

Rua Carlos Gomes,924 fone 3882-2381,fax 3882-2013

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Messias E e-mail: elaine.messias@bms.com

OBJETIVOS: Avaliar a segurança e tolerabilidade da mudança da terapia antipsicótica atual para aripiprazol, um antipsicótico recentemente desenvolvido, com mecanismo de ação único (estabilizador do sistema dopamina-serotonina). Impacto sobre a eficácia também foi avaliado.

MÉTODOS: Estudo fase III aberto, multicêntrico, randomizado, de 8 semanas, envolveu 311 pacientes com esquizofrenia crônica estável ou transtorno esquizoafetivo que estavam recebendo monoterapia com antipsicótico típico (haloperidol ou tioridazina) ou atípico (risperidona ou olanzapina) por ³1mês. Os pacientes foram randomizados para 3 grupos: Grupo 1- início imediato de 30mg/dia de aripiprazol com descontinuação simultânea abrupta do antipsicótico atual (n=104), Grupo 2- início imediato de 30 mg/dia de aripiprazol com retirada gradual do antipsicótico atual ao longo de 2 semanas (n=104), Grupo 3- titulação do aripiprazol ao longo de 2 semanas (de 10 mg/dia para 30 mg/dia), com retirada gradual do antipsicótico atual (n=103).

RESULTADOS: Resultados de segurança e tolerabilidade semelhantes entre os grupos de tratamento. Não houve mudanças na descontinuação devida a eventos adversos entre os 3 grupos. A eficácia antipsicótica foi mantida em todos os grupos ao longo do estudo, sendo observada melhora em relação ao basal na escala PANSS e nas sub-escalas negativa e positiva da PANSS, e no escore de Melhora da CGI.

CONCLUSÕES: A troca da medicação para aripiprazol é segura e bem tolerada, e pode ser iniciada em uma dose eficaz sem necessidade de aumento gradual da dose de aripiprazole.

Aripiprazol vs. placebo no tratamento da esquizofrenia crônica

Carson W I; Pigott T I I; Saha A I I I; Ali M I I I; McQuade R IV; Torbeyns A V; Stock E I Messias E V I

IBristol, Myers Squibb, Wallingford,; IIUniversidade da Flórida, Gainesvile; IIIOtsuka Maryland Instituto, Rockville, MD; IVBMS, Lawrenceville, EUA; BMS, Waterloo, Bélgica, VIBMS Brasil

Rua Carlos Gomes 924 tel 33822381 fax 38822013

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email elaine.rahal@bms.com

OBJETIVO: Avaliar prevenção de recaída de aripiprazol vs placebo em 26 semanas em esquizofrenia crônica estável

MÉTODOS: Estudo randomizado duplo-cego em 310 esquizofrênicos estáveis (sem alteração significativa em 3 meses e PANSS basal=82) randomizados para aripiprazol 15mg ou placebo. Medidas de eficácia foram tempo para recaída, taxa de recaída e PANSS total.

RESULTADOS: Versus placebo, aripiprazol significativamente aumentou tempo para recaída, resultou em menos recaídas (34%vs.57%) e diminuiu mais escores da PANSS total e positiva. Pacientes em aripiprazol mantiveram estabilidade na PANSS negativa. O aripiprazol foi em geral bem tolerado, com eventos adversos comparáveis a placebo. Não houve alterações clínicas significativas nas escalas SAS, AIMS, e Barnes de acatisia nos grupos nem elevação sérica de prolactina com aripiprazol vs placebo ou risco cardíaco clinicamente importante associado a aripiprazol. Ganho de peso associado a aripiprazol foi comparável a placebo.

CONCLUSÃO: Aripiprazol diminuiu e retardou ocorrência de recaídas com perfil favorável de segurança e tolerabilidade e representa adição importante ao arsenal antipsicótico atual.

Meta-análise da segurança e tolerabilidade do aripiprazol na esquizofrenia

Stock EI;Marder S I I;Saha A I I I;Kaplita S I;Archibald D I;McQuade R IV;Iawamoto T V; Messias EV I

I Bristol,Myers Squibb, Wallingford, CT; IIUCLA Department of Psychiatry and Biobehavioral Sciences, Los Angeles, CA; IIIOtsuka Maryland Research Institute, LLC, Rockville, MD; IVBMS, Lawrenceville, NJ, USA; vOtsuka Pharmaceutical Co., Ltd., Tokyo, Japan VIBMS Brasil

Rua Carlos Gomes,924 SP fone 38822381 fax 38822013

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: elaine.rahal@bms.com

OBJETIVO: O aripiprazol é antipsicótico com perfil farmacológico único: agonista parcial de dopamina D2, agonista parcial de serotonina 5HT1A, e antagonista de serotonina 5HT2A. Metanálise dos resultados de segurança e tolerabilidade é apresentada.

MÉTODOS: Cinco estudos de 4-6 semanas, duplo-cegos, multicêntricos, foram feitos em 1.648 pacientes em recaída aguda de esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. Os pacientes foram randomizados para aripiprazol (n=932) placebo (n=416) ou controle ativo (haloperidol 10mg/dia [n=201] ou risperidona 6 mg/dia [n=99]).

RESULTADOS: O aripiprazol não causou mudanças dose-dependentes significativas nos escores das escalas SAS e Barnes (Acatisia) comparado a placebo. O haloperidol 10 mg causou aumentos significativos vs. Placebo (p<0.01). O aripiprazol foi associado a aumento menor do peso comparado a placebo que haloperidol ou risperidona.e não aumentou os níveis séricos de prolactina diferentemente do placebo; enquanto haloperidol e risperidona aumentaram a prolactina. O aripipirazol não se associou a prolongamento do QTc. A incidência de sonolência espontaneamente relatada com aripiprazol foi comparável à com placebo.

CONCLUSÕES: O perfil favorável de segurança e tolerabilidade do aripiprazol incluindo baixo potencial de sintomas extrapiramidais (EPS), ganho de peso, elevação da prolactina, prolongamento do QTc e sonolência, sugere que o aripiprazol seja importante avanço no arsenal antipsicótico.

Abandono do tratamento com os antipsicóticos atípicos risperidona, olanzapina e clozapina em uma unidade de saúde do SUS/BA.

Pacheco, F; Pinho, M; Cerqueira, R; Santos, I; Barbosa, E

Secretaria da Saúde do Estado da Bahia SESAB, Instituto de Saúde Coletiva

ISC/UFBA Rua Padre Feijó nº 29 Canela Salvador, Bahia CEP 40000 tel, (071) 245-0544

fax (071) 237-5856

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail francpac@ufba.br

OBJETIVO: Caracterizar o perfil do paciente que abandonou o tratamento com os antipsicóticos atípicos, com vistas a identificar fatores que contribuem para a adesão ao tratamento com os mesmos.

MÉTODO: O presente estudo reuniu dados do hospital especializado Mario leal, unidade de referência do programa de medicamentos de alto custo para pacientes portadores de esquizofrenia resistente ao tratamento com neurolépticos típicos, durante o período de janeiro a junho de 2001. Durante este período foram atendidos cerca de 700 pacientes que não responderam aos neurolépticos convencionais e que, de acordo com o protocolo do programa, passaram a utilizar os antipsicóticos atípicos. Uma parte destes pacientes abandonou o tratamento. Para observar a existência de fatores preponderantes que influenciaram este abandono, fez-se um levantamento retrospectivo através de revisão de prontuários.

RESULTADOS: Cerca de 10% dos pacientes foram identificados como em situação de abandono do tratamento por um dos três medicamentos em estudo. Houve um menor índice de abandono (7,7%) entre os pacientes em uso da Clozapina, entre os pacientes em uso da risperidona e olanzapina o percentual foi aproximadamente igual (em torno de 13%).

Uso da Olanzapina em Pacientes Esquizofrênicos Não-Refratários: Efeitos Neuropsicológicos

Rozenthal, M; Palmeira, L; Moreira, I; Maciel, C; Rocha e Silva, C; Laks, J; Engelhardt, E

Instituto de Psiquiatria da UFRJ/IPUB, Programa de Esquizofrenia e Cognição

Av. Venceslau Brás nº 71 Fundos, Rio de Janeiro, CEP:22290-140, Tel.: (21) 2295-9449/Fax: (21) 2543-3101

OBJETIVO: Avaliar o impacto neuropsicológico do tratamento com olanzapina durante 6 meses em 10 pacientes esquizofrênicos (DSM-IV) não-refratários e previamente estabilizados com antipsicóticos típicos.

MÉTODO: Estudo piloto, naturalístico, prospectivo, com 10 pacientes esquizofrênicos, diagnosticados pelo SCID/DSM-IV, em tratamento com olanzapina (10-20 mg/d), submetidos a avaliação neuropsicológica ampla previamente e após 6 meses de tratamento. Foram avaliados comparativamente nestes dois momentos os índices de memória global, verbal, visual e índice de atenção/concentração (WMS-R); QI global, verbal e manipulativo (WAIS-R); fluência verbal. Os resultados foram analisados estatisticamente (média, dp e teste t [nivel de significancia adotado p<0.05]).

RESULTADOS: Ao final de 6 meses houve melhora de todos os índices, ressaltando-se a melhora significativa do índice de memória verbal, sugerindo um efeito específico do tratamento instituído sobre esta função.

CONCLUSÃO: Esse estudo mostra o benefício cognitivo obtido pelo uso da olanzapina em relação ao tratamento com antipsicóticos típicos previamente utilizados nesses pacientes.

Peso, Glicemia, Colesterol e Triglicérides em Pacientes em uso de Antipsicóticos Típicos e Atípicos

Henna, J; Elkis, H

PROJESQ, FMUSP. +55.11.3063.2163, fax 55.11.3069.6971

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Henna, J e-mail: henna@usp.br

OBJETIVO: Identificar alterações em peso, glicemia, colesterol e triglicérides em pacientes esquizofrênicos refratários sob uso de antipsicóticos típicos e atípicos.

MÉTODO: 86 pacientes com Esquizofrenia Refratária a Tratamento Antipsicótico (ERTA) divididos em 3 grupos, fazendo uso de Haloperidol (n=18), Clozapina (n=43) e Olanzapina (n=25). Foram colhidos dados no início do tratamento, 6 e 12 meses após.

RESULTADOS: Não houve diferença estatísticamente significante entre os grupos quanto a peso, glicemia, colesterol e triglicérides, nos 3 tempos analisados. Houve tendência a ganho de peso, aumento de colesterol e triglicérides nos 3 grupos estudados, mas não em glicemia.

CONCLUSÕES: A tendência em aumento do colesterol, triglicérides e peso é verificada em pacientes que fazem uso de antipsicóticos convencionais e atípicos, sem diferenças significantes. A glicemia não foi alterada nesta população.

Antipsicóticos atípicos no tratamento da esquizofrenia: revisão das revisões

Soares, BGO; Lima, MS; Terzian A; Mari, JJ

Dpto. Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo

Rua Pedro de Toledo 598, 04039-001 São Paulo, SP

Tel./ fax: (11) 5579 0469

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Soares, BGO e-mail: bgos@zaz.com.br

OBJETIVO: Descrever e sumarizar os principais resultados de revisões sistemáticas e metanálises sobre antipsicóticos (AP) atípicos no tratamento da esquizofrenia.

MÉTODO: todas as revisões sistemáticas realizadas com a metodologia da Colaboração Cochrane sobre AP na esquizofrenia foram avaliadas e os resultados das metanálises relevantes sumarizados. Os resultados são apresentados em Risco Relativo (RR) e seu respectivo Intervalo de Confiança de 95% (IC), associado ao Número Necessário para Tratar (NNT) em resultados relevantes.

RESULTADOS: 32 revisões sistemáticas foram avaliadas, sendo 11 sobre atípicos. Quando comparados aos AP convencionais, 3 atípicos mostraram resultados superiores na avaliação da Impressão Clínica Global: Clozapina (RR 0,75 IC 95% 0,68 a 0,83; n=1850; 17 estudos, NNT=6); Risperidona (RR 0,81 IC 0,75 a 0,88; n=2981, 10 estudos, NNT=10); e Amisulprida (RR 0,7 IC 0,5 a 0,9; n=651, 4 estudos, NNT 6). Sintomas negativos da esquizofrenia foram avaliados sob vários aspectos nas revisões, sendo que apenas algumas drogas mostraram resultados superiores aos AP convencionais. Em relação aos efeitos colaterais, sintomas extrapiramidais foram menos freqüentes com todos os atípicos avaliados em comparação com os AP convencionais. Dados de custo efetividade foram apresentados de forma diversa sendo impossível a análise metanalítica.

CONCLUSÕES: O perfil diferenciado de efeitos colaterais e de eficácia dos atípicos poderia levar a uma melhor aceitabilidade do tratamento e modificação no curso da esquizofrenia. Faz-se necessária ainda porém uma melhor avaliação econômica dessas intervenções.

Definição de caso de esquizofrenia em registro de hospital psiquiátrico: seguimento de 70 anos (1931 a 2001)

Andreoli, SB; Gastal, FL; Leite, SO; McGrath, J. FAPESP 99/10935-8

UNIFESP; Dep. Psiquiatria

Rua Dr. Bacelar, 334,04026-001, SP, SP; Tel: 11 50847061

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Andreoli, SB e-mail: andreoli@psiquiatria.epm.br

OBJETIVO: estabelecer padrões para a definição de caso de esquizofrenia em base de dados hospitalar utilizando um algoritmo composto do tempo de acompanhamento e ordem de aparecimento do diagnóstico nas 4 primeiras internações.

MÉTODO: foi utilizado 19.256 registros de pacientes admitidos em hospital psiquiátrico privado, Pelotas, RS, entre 05/1931 a 12/1999. Os esquizofrênicos foram subdivididos em diagnóstico de certeza, provável e descartado.

RESULTADOS: 5586 (29%) apresentaram pelo menos um diagnóstico de esquizofrenia nas 4 primeiras internações. Destes, 86% (n=4833) apresentaram na primeira internação. Certeza são indivíduos com este diagnóstico na última internação e mais de 180 dias de acompanhamento e representaram 46% (n=2577) da amostra. Os descartados foram os sem este diagnóstico na última internação e representaram 8% (n=423) da amostra. Os prováveis são aqueles com tempo menor do 180 dias e representaram 46% (n=2586). Alterando o critério de tempo para mais do que 30 dias aumentou os de certeza em 1873 casos.

DISCUSSÃO: o critério clássico de considerar caso de acordo com a primeira internação erra em 14%, entretanto ao incluirmos o critério tempo de acompanhamento 180 ou 30 dias, são excluídos 54% e 20% respectivamente.

CONCLUSÃO: parece razoável supor que o critério de definição de caso, originado das classificações americanas atuais (mais de 180 dias), e que impõe uma perda grande de pacientes dentro da categoria de certeza, seja muito restrito e não reflita a realidade clínica.

Tendências Atuais Sobre as Pesquisas em Esquizofrenias

Cunha, P; Santis, P; Verreschi, O; Rufino, M; Mattos, P; Pintos, D

Hospital do Servidor Público Estadual, Departamento de Psiquiatria

R. Pedro de Toledo, 1800, CEP 04039-034, São Paulo, SP

Tel.(11)5088.8418, (11) 5088.8121.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: ludduran@terra.com.br

OBJETIVO: Verificar as principais tendências das pesquisas em esquizofrenias.

MÉTODO: Analisaram-se os resumos dos principais periódicos na psiquiatria sobre pesquisas em esquizofrenias, publicados nos anos de 2000 e 2001, classificando-os de acordo com o tipo de investigação: 1-epidemiologia, 2-clínica, 3-tratamento, 4-genética, 5-neuroimagem, neuroanatomia, endócrinologia, 6-fatores de risco associados a doença.

RESULTADOS: Classificaram-se 850 resumos dos principais periódicos e verificaram-se que há um equilíbrio entre a pesquisa clinica, epidemiológica e de fatores de risco com as outras categorias de investigação em esquizofrenias.

CONCLUSÕES: A força da pesquisa clínica quando comparada com as outras áreas de abordagem esta relacionada com a diversidade conceitual da doença esquizofrênica.

Adesão ao tratamento e hospitalizações entre pacientes que realizam aplicações de flufenazina DEPOT

Oliveira, JM(1o autor); Bezerra, DB; Fernandes, FN; Motta, GLCL

José Menna Oliveira, Barão de Itamaracá 528, Cruzeiro, 96 075-040, Pelotas, RS

Tel.: (53) 9106 5508

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Oliveira, JM Email josemenna@terra.com.br

OBJETIVOS: Os autores revisam a bibliografia sobre medicação depot e apresentam dados referentes a adesão ao tratamento e hospitalizações entre os pacientes que realizam aplicações de enantato de flufenazina em regime ambulatorial no Hospital Espírita de Pelotas.

MATERIAL E MÉTODO: Analisaram-se os prontuários de pacientes que foram incluídos no regime depot há pelo menos quinze meses (anteriormente a maio de 2001) e que realizaram pelo menos uma aplicação a partir de então, quanto a adesão ao tratamento e eventuais hospitalizações.

RESULTADOS: De um total de 100 pacientes, 66 permaneciam em regime depot ao término do período estudado. Destes, 40 (61%) apresentavam boa adesão ao tratamento, enquanto 26 (39%) apresentavam má adesão. Houve um total de 25 pacientes que sofreram hospitalizações, entre os quais a maioria não estava em tratamento no término do estudo ou apresentava má adesão. Entre os pacientes procedentes do mesmo bairro em que se situa o hospital 10 (67%) apresentavam boa adesão em comparação com 30 pacientes (59%) procedentes de bairros distintos.

DISCUSSÃO: O número de hospitalizações variou visivelmente conforme a permanência ou não em tratamento e a adesão ao mesmo. Pacientes provenientes de bairros distantes do hospital tenderam a apresentar pior adesão ao tratamento.

CONCLUSÕES: É possível que pacientes em regime de aplicação depot residentes próximos ao local de aplicação beneficiem-se mais do tratamento que aqueles residentes em locais distantes. São necessários mais estudos comparando administrações depot com VO em termos de adesão e investigando fatores preditores de boa adesão ao tratamento.

Escala de qualidade de vida vida para pacientes esquizofrenia - QLS-BR - adaptação transcultural para o Brasil

Cardoso, CI; Caiaffa, WI; Bandeira, MII; Fonseca, JOI

I Faculdade de Medicina UFMG, Depto. de Medicina Preventiva e Social

II Departamento de Psicologia, FUNREI.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Cardoso, C Email clareci@medicina.ufmg.br

INTRODUÇÃO: Instrumentos para medir qualidade de vida de pacientes psiquiátricos têm sido amplamente usados no cenário internacional, mas pouco utilizados no Brasil. Para medir a qualidade de vida com garantia de confiabilidade, faz-se necessário que os instrumentos criados em outros países sejam submetidos a uma validação transcultural.

OBJETIVOS: Traduzir, adaptar e testar a escala de qualidade de vida QLS de Heinrichs et al, em uma amostra de pacientes brasileiros, desinstitucionalizados com diagnóstico de esquizofrenia.

MÉTODOS: 1) Tradução segundo critérios internacionalmente aceitos; 2) Revisão da tradução por grupo de especialistas bilíngüe; 3) Estudo piloto; 4) Retrotradução, incluindo revisão pelo autor da escala original; 5) Teste de campo em uma amostra de 123 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia; 6) Estudo das qualidades psicométricas da escala QLS-BR no que se refere à validade, consistência interna, fidedignidade teste-reteste e interavaliador.

RESULTADOS: A análise fatorial indicou a distribuição dos itens da escala em 3 fatores. O alfa de Cronbach para consistência interna do instrumento mostrou valores de 0,88; 0,93 e 0,86 para os 3 fatores respectivamente. As medidas de confiabilidade teste-reteste para avaliar a estabilidade temporal indicaram correlação de 0,82. Para a confiabilidade interavaliador, a estimativa kappa variou de 0,67 a 1,00 para os 21 itens.

CONCLUSÕES: O estudo de validação para o Brasil mostrou que a escala QLS-BR possui índices adequados de fidedignidade e validade. Estes resultados justificam a utilização da escala no contexto brasileiro.

Mudança de estilo e monitorização de fala em pacientes esquizofrênicos

Silva, FRS; Andrade, EC

Residência Médica do Hospital São Vicente de Paulo, SES, DF/UnB

QND12 Lote01 Taguatinga, DF 351-4179

OBJETIVO: estudar estratégias de mudança de estilo e monitorização verbal em pacientes esquizofrênicos.

MÉTODO: gravação, audição, transcrição e análise de entrevistas psiquiátricas de pacientes esquizofrênicos internados escolhidos aleatoriamente. Consideradas estratégias de monitoração da fala e mudança estilística baseando-se em referencial teórico da sociolingüística interacional (footing/frame).

RESULTADOS: analisados 10 pacientes, classe social baixa, escolaridade variável, ambos os sexos, idade média: XX anos, 30 minutos/entrevista. Encontraram-se marcadores de monitorização estilística em todas as entrevistas. Parece haver um subgrupo de pacientes com comportamento interacional estereotipado, marcado por excessiva monitoração estilística, mantendo discurso extremamente rebuscado e formal. Talvez haja correlação entre a psicopatologia tradicional e este estilo lingüístico. A religiosidade mostrou-se fator influenciador dos recursos utilizados para tornar o discurso mais formal (uso de trechos e vocábulos bíblicos).

CONCLUSÕES: Há monitorização de fala no paciente esquizofrênico, provavelmente para tentar atestar equilíbrio e sanidade mental a partir de uma maior atenção e elaboração do discurso, ajustando-se à expectativa social imanente à entrevista clínica. Apesar dos distúrbios de linguagem próprios da esquizofrenia, os pacientes conseguem interagir competentemente com o médico, realizando estratégias de monitoração significativas em seu discurso.

D-serina e esquizofrenia

Panizzutti, R e Wolosker, H

Dept. Bioquímica Médica, ICB/ CCS, Universidade do Brasil, UFRJ

Rio de Janeiro cep. 21491-590. 21-25904548

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Email rarena@bioqmed.ufrj.br

INTRODUÇÃO: A hipofunção dos receptores de glutamato do tipo NMDA é implicada na fisiopatologia da esquizofrenia. Antagonistas do receptor, como a fenilciclidina, induzem sintomas em voluntários saudáveis e em esquizofrênicos. Camundongos mutantes expressando poucos receptores NMDA têm aumento da atividade motora, estereotipias e diminuição da interação social e sexual. A D-serina é um co-agonista dos receptores de NMDA. Sua administração reverte, em cobaias, as alterações induzidas pelos antagonistas. Estudo clínico mostrou que a D-serina reduz sintomas positivos, negativos e cognitivos, em esquizofrênicos.

OBJETIVO: Estudar alterações no conteúdo de D-serina no cérebro de pacientes esquizofrênicos. Desenvolver método para a manipulação dos níveis de D-serina, através de ação farmacológica na enzima Serina Racemase (SR), responsável por sua síntese.

MÉTODOS: Dosamos D-serina através de cromatografia líquida (HPLC), em biópsias de córtex de pacientes controles e esquizofrênicos, não identificadas, obtidos da Stanley Foundation Research Programs on Schizophrenia. SR foi sintetizada por biologia molecular.

RESULTADOS: Observamos níveis de D-serina em torno de 100 nmol/ g de peso seco. A análise de diferenças será feita pela Stanley Foundation. Na SR identificamos uma atividade paralela de eliminação de aminoácidos, ferramenta para o estudo de drogas capazes de alterar a síntese de D-serina. L-serina O-sulfato inibiu a síntese in vitro e em cultura de astrócitos.

CONCLUSÕES: A dosagem de D-serina livre no córtex de humanos pode identificar alterações fisiopatológicas da esquizofrenia. A eliminação de aminoácidos consiste em instrumento para estudos farmacológicos da SR. L-serina O-sulfato é um modelo no desenvolvimento de drogas específicas em alterar níveis endógenos de D-serina.

Mecanismos de Desenvolvimento da Hiperglicemia Induzida por Antipsicóticos

Sampaio A; Quarantini L; Moreira P; Santos-Jesus R; Sena E; Miranda-Sccipa A

Departamento de Neuropsiquiatria, UFBA

Serviço de Psiquiatria, Hospital Universitário Professor Edgar Santos

Rua Augusto Viana s/n, Canela, SSA, BA

Tel,71 9965 9419 Fax,71 3864832

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: lcq@ufba.br

OBJETIVO: Fazer uma revisão da literatura sobre os mecanismos de aparecimento de hiperglicemia em pacientes esquizofrênicos que estão em tratamento com medicações antipsicóticas.

MÉTODO: Foi feita busca pelas palavras-chave Antipsychotic Agents e Hyperglycemia, nos bancos de dados do Medline e Web of Science, compreendendo o período de 1997 a 2002.

RESULTADOS: O aumento de ingestão alimentar e o sedentarismo são muito presentes nos pacientes esquizofrênicos, levando ao ganho de peso com predisposição à resistência periférica à insulina. Os antipsicóticos podem ainda estar envolvidos em outros mecanismos de regulação da insulina, tais como: interferência direta da droga nas proteínas transportadoras de glicose e redução da resposta das células beta pancreáticas à glicose através de interferência nos receptores da serotonina (5-HT1a e 5-HT2). Estudos recentes têm sugerido que as fenotiazinas diminuem a secreção insulínica ou liberam catecolaminas, as quais suprimem a liberação de insulina.

CONCLUSÕES: As alterações do metabolismo da glicose são mais comuns em pacientes com esquizofrenia com ou sem tratamento, quando comparados à população geral. Portanto, cabe aos profissionais responsáveis pela assistência desses pacientes conhecer os mecanismos de desenvolvimento de hiperglicemia e investigar no ambiente clínico essas alterações.

Evidências volumétricas de lateralidade à esquerda em psicose epiléptica

Marchetti, RL; Azevedo Jr, D; Botino, CM; Kurcgant, D; Marie, SK; Marques, AH; de Arruda, PV

Instituto e Departamento de Psiquiatria, Universidade de São Paulo, São Paulo

Rua Campevas 447, São Paulo, SP

Fone/Fax: 3672-2426

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: rlmarche@dialdata.com.br

OBJETIVO: Investigar alterações anatômicas e lateralidade nas estruturas temporais mesiais (amígdala, hipocampo e giro para-hipocampal), em psicose epiléptica (PE), pela volumetria pela RM.

MÉTODO: Dois grupos foram estudados, pacientes com PE (N = 36) e controles normais (CN) (N = 30). RM foi realizada num aparelho Philips 1.5 T, com imagens T1 perpendiculares ao eixo do hipocampo. Volumetria foi realizada numa estação de trabalho Gyroview-HR. Volumes corrigidos de amígdala, hipocampo, e giro para-hipocampal foram obtidos. A razão entre os lados (direito/esquerdo) foi utilizada.

RESULTADOS: Foi verificada uma variância significativamente maior nos hipocampos direito e esquerdo e nas razões do hipocampo e giro para-hipocampal em PE. As médias de hipocampo e giro para-hipocampal esquerdos foram significativamente menores em PE. A média da razão dos hipocampos foi significativamente maior em PE. Foi confirmado pela análise de regressão múltipla que o grupo (PE x CN) era o único fator com efeito estatisticamente significante sobre hipocampo e giro para-hipocampal esquerdos e razões dos hipocampos. 20 pacientes (56%) apresentavam atrofia hipocampal (4 à direita, 15 à esquerda e 1 bilateral) e 6 pacientes (17%) apresentavam atrofia para-hipocampal (1 à direita, 3 à esquerda e 2 bilateral).

CONCLUSÕES: Estes resultados confirmam a existência de alterações anatômicas e efeito de lateralidade à esquerda nas estruturas temporais mesiais de pacientes com PE e sugerem, ao menos para este grupo de pacientes, que esclerose mesial temporal está envolvida com as alterações anatômicas associadas à PE.

Níveis séricos de haloperidol em esquizofrênicos estabilizados pelo método de cromatografia líquida de alta pressão (HPLC)

Souza, VBN; Lobato, ASC; Patrício, AG; Almeida, PC; Carvalho

K.M.Instituição: Hospital de Saúde Mental de Messejana, Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual do Ceará

Departamento: Neurofarmacologia

Rua Manuel Jesuíno, 974, Varjota, Fortaleza, CE . CEP 60175-270

Os níveis sanguíneos dos antipsicóticos estão relacionados a resposta clínica e efeitos adversos, motivando propostas de janelas terapêuticas para o seu uso. Pacientes esquizofrênicos estabilizados atendidos na clínica de tratamento continuado do Hospital de Saúde Mental de Messejana que usam antipsicóticos de depósito participaram deste estudo. Os aspectos farmacocinéticos do decanoato de haloperidol foram avaliados através das dosagens séricas do haloperidol durante o período de um mês. Os níveis séricos foram dosados 1, 2, e 3 (DP1, DP2 e DP3 respectivamente) semanas após administração da medicação. A amostra era constituída de 19 esquizofrênicos com idade média (39,33 ± 10,37), número de internamentos (3,2 ± 1,9), tempo médio de tratamento com decanoato de haloperidol (meses) 29,1± 27,5 e doses médias em CPZ equivalente (514,9 ± 274). Os resultados mostraram um pico de absorção na primeira semana (DP1- 21,1 ± 12,71 em ng/ml) seguido por queda gradativa nas semanas subseqüentes (DP2 e DP3- 16,52 ± 11,08; 13,16 ± 9,83 em ng/ml respectivamente). Apesar da primeira dosagem ter apresentado nível sérico mais elevado as médias de DP1, DP2 e DP3 são diferiram (F= 2,36; p= 0,104). A monitoração sérica de drogas pode ser um importante meio para orientar o clínico na conduta terapêutica.

Perfil alimentar de pacientes esquizofrênicos estabilizados

Souza, FGM; Gomes, RCP; Oliveira, JP; Carvalho, MF; Almeida, PC; Sampaio, HAC; Souza, VBN

Hospital de Saúde Mental de Messejana, HSMM, Universidade Federal do Ceará

UFC e Universidade Estadual do Ceará, UECE

Departamento: Medicina Clínica

Rua Manuel Jesuíno, 974, Varjota, Fortaleza, CE . CEP 60175-270

OBJETIVO: Identificar o perfil alimentar de pacientes esquizofrênicos estabilizados tratados com antipsicóticos no ambulatório do Hospital de Saúde Mental de Messejana (HSMM) em Fortaleza -Ceará. O estudo foi realizado durante o período de novembro de 2001 a janeiro de 2002 utilizando-se o questionário adaptado de Yarnell et al. (1983). A amostra era constituída de 51 pacientes com idade variando entre 21 e 62 anos. O padrão alimentar dos pacientes estudados foi definido de acordo com o consumo dos diferentes grupos de alimentos em pelo menos 04 dias na semana por pelo menos 50% dos indivíduos.

RESULTADOS: quanto aos dados de açúcar e gordura, adotou-se a pirâmide alimentar brasileira Philippi et al. (1999). O padrão alimentar do grupo evidenciou a participação de pão, arroz e feijão (Grupo dos cereais), carne de frango e ovos (Grupo das carnes e dos ovos), leite (Leite e derivados), banana, manga e sucos variados (Grupo das frutas). Não houve consumo de hortaliças.

CONCLUSÃO: O padrão alimentar do grupo é monótono, não havendo aparente contribuição para um possível ganho de peso. Portanto a ampliação do estudo, enfocando o consumo quantitativo dos demais alimentos seria importante.

IMC e análise quantitativa de açucares e gorduras adicionados na dieta alimentar de pacientes esquizofrênicos tratados com antipsicóticos típicos e atípicos

Souza, VBN; Oliveira, JP; Gomes, RCP; Carvalho, MF; Almeida, PC; Sampaio, HAC; Souza, FGM

Hospital de Saúde Mental de Messejana, HSMM, Universidade Federal do Ceará

UFC e Universidade Estadual do Ceará, UECE

Departamento: Medicina Clínica

Rua Manuel Jesuíno, 974, Varjota, Fortaleza, CE . CEP 60175-270

OBJETIVO: Analisar relação entre o consumo quantitativo de açucares e gorduras adicionados na dieta alimentar de pacientes esquizofrênicos tratados com antipsicóticos típicos e atípicos e ganho de peso.

MÉTODOS: Realizou-se avaliação antropometrica dos pacientes (n=51) em dois tempos. Na primeira avaliação foi realizada uma intervenção psicoeducativa e uma reavaliação 02 meses depois. Alimentação foi avaliada pelo questionário adaptado de Yarnell et al. (1983). Os dados foram analisados pelo programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Os dados de açucares e gorduras adicionados basearam-se na pirâmide brasileira de PHILIPPI et al. (1999) categorizando em insuficiente, adequado e excessivo. Observou-se ingestão excessiva: 49% para açúcar e 66,7% para gorduras. Os pacientes encontram-se na faixa de sobrepeso. As médias dos IMC1 (27,75) e IMC2 (27,72) não diferiram (t=0,24;p=0,811) entre si. O tipo do antipsicótico usado não diferiu os grupos para a variável IMC2 (t= 0,80; p= 0,42).

CONCLUSÃO: Os pacientes psicóticos apresentam uma ingestão excessiva de carboidratos e lipídios, não respondem a intervenção breve para mudança de hábito alimentar e atividade física além de usarem drogas que provocam ganho de peso. Portanto é necessário um programa intensivo para esta população em situação de risco para desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares.

Meningite x Esquizofrenia: Um estudo comparativo entre irmãos

Abrahao, LA; Foccacia, R; Gattaz, WF; Serau, C; Zanzine, M e Santos, C

Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Rua doutor Ouvidio Pires de Campos, s/n. São Paulo SP. CEP 05403-010. tel: 011-3069-6962

OBJETIVO: Verificar a morbidade psiquiátrica e em especial de esquizofrenia em crianças que tiveram meningite de 0 a 4 anos de idade, nos anos de 1970 a 1974 e que hoje têm mais de 28 anos, portanto já dentro da faixa de risco do primeiro surto psicótico.

MÉTODOS: O estudo convocou seus pacientes a partir dos arquivos do hospital Emílio Ribas de São Paulo. Foram recrutados 173 casos de meningite e 141 irmãos dos casos, formando o grupo controle. Foi feita uma avaliação psiquiátrica baseada no Check-list do CID 10, avaliação neurológica dos "soft-signs" (Buchanan e Heinrichs, 1988), avaliação de complicações obstétricas (Lewis e Murray, 1987) e avaliação neuropsicológica (Wisconsin, FAS, CUBOS, Memória Lógica, STROOP, Trial Making e QI). Também foram feitos testes de confiabilidade diagnóstica.

RESULTADOS: Os resultados principais foram o aumento na ocorrência de quadros de esquizofrenia (p<0,01) (aumento de 3,5 vezes) e psicoses em geral (p<0,001 O.R.= 5,4) . Não houve diferenças em relação a outras patologias.

CONCLUSÃO: Como os grupos eram semelhantes quanto a fatores como carga genética e ambientes sociais, econômicos e culturais (irmãos criados na mesma família) e também quanto aos antecedentes obstétricos; a ocorrência da meningite foi o único fator de risco que diferenciou os dois grupos. Portanto a ocorrência da meningite até os quatro anos de vida aumentou o risco para doenças psicóticas e esquizofrenia em especial.

Evolução do Conceito de Esquizotaxia

Ribeiro, L; Cunha, P; Santis, P; Verreschi, O; Rufino, M; Mattos, P; Pintos, D; Bonfitto, J

Hospital do Servidor Público Estadual, Departamento de Psiquiatria

R. Pedro de Toledo, 1800, CEP 04039-034, São Paulo- SP

Tel.(11)5088.8418, (11) 5088.8121.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: ludduran@terra.com.br

OBJETIVO: Verificar a evolução do conceito de esquizotaxia e a sua atualidade nas pesquisas genéticas e de fatores de risco das doenças esquizofrênicas.

MÉTODO: Revisão da Literatura.

RESULTADOS: Analisaram-se os conceitos de esquizotaxia, desde o termo inicialmente usado por Paul Meehl em 1962 até o conceito atual, que corresponde a alterações neuropsicológicas e sintomas negativos. Verificou-se, ainda, que este fenótipo clínico representa uma condição de risco e associada com a genética da doença esquizofrênica.

CONCLUSÕES: A pesquisa clínica relacionada com a intervenção primária nas esquizofrenias encontra no conceito deste fenótipo um padrão para o desenvolvimento de estudos genéticos e de intervenção precoce.

Sintomas positivos e negativos em psicóticos: análise comparativa entre indivíduos agudos e crônicos com a utilização da PANSS

Silveira, C; Nogueira, F; Fazzani, R; Leite, M

Faculdade de Medicina do ABC, Disciplina de Psiquiatria e Psicologia Médica

R. Príncipe de Gales, 821, cep: 09060-650, tel/fax: (11) 49935440

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Silveira, C e-mail: camilamsms@uol.com.br

OBJETIVOS: Comparar os sintomas negativos e positivos entre pacientes agudos e crônicos internados em duas enfermarias masculinas do Hospital Psiquiátrico da Água Funda, utilizando a PANSS (Positive and Negative Syndrome Scale) como instrumento de avaliação psiquiátrica.

MÉTODOS: A amostra constituiu de 16 pacientes: 8 do PAIPA (Programa de Atenção Intensiva ao Psicótico Agudo) e 8 da UR (Unidade de Reagudizados) avaliados segundo a PANSS. No primeiro programa, o critério de internação consiste em até 2 internações psiquiátricas e os pacientes com mais de 2 internações são encaminhados à UR. Cada paciente foi avaliado por duas residentes de Psiquiatria, onde uma delas conduzia a entrevista e a outra observava afim de que pudéssemos estabelecer a confiabilidade entre avaliadores. A análise dos dados foi realizada através do programa estatístico SPSS, sendo que o teste estatístico utilizado confiabilidade entre avaliadores foi o Wilcoxon e para a análise de comparação entre os grupos agudos e crônicos; Mann-Whitney.

RESULTADOS: O índice de confiabilidade obtido nesse estudo foi alto para a maioria dos sintomas. De maneira geral, não foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre as amostras de agudos X crônicos.

CONCLUSÃO: Devemos analisar com precaução os sintomas positivos e negativos obtidos unicamente pelo instrumento, visto que, há muitos outros fatores como: seleção prévia de pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, tempo de evolução da doença, tratamento prévio, continência familiar, personalidade pré-mórbida e momento da internação em que o instrumento foi aplicado que devem ser considerados.

Perfil clínico e sociodemográfico de pacientes com esquizofrenia de início recente admitidos em serviço hospitalar em São Paulo

Silveira, C; Rolnik, D; Monteiro, T; Gonçalves, F; Tucunduva, L; Pereira, F; Gallo, M Leite, M

Faculdade de Medicina do ABC, Disciplina de Psiquiatria e Psicologia Médica

R. Príncipe de Gales, 821, cep: 09060-650, tel/fax: (11) 49935440

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Silveira, C e-mail: camilamsms@uol.com.br

OBJETIVOS: Avaliar restrospectivamente, os pacientes internados em serviço psiquiátrico público na cidade de São Paulo, correlacionando diagnósticos clínicos com características sociodemográficas.

MÉTODOS: Estudo retrospectivo naturalístico a partir de informações de prontuários de 378 pacientes psicóticos assistidos no Hospital Água Funda entre março de 2001 a abril de 2002.

RESULTADOS: Foram internados, no período, 378 pacientes sendo que 103 destes receberam diagnóstico de esquizofrenia. Realizada, inicialmente, a análise descritiva comparativa entre diagnóstico de admissão e de alta encontramos um índice de concordância de 46,5% para E. paranóide e 2% para E. hefrênica. Os pacientes com diagnóstico de esquizofrenia apresentaram a seguinte distribuição de subtipos: 80,6% E. paranóide, 1,94% catatônico, 6,8% hebefênicos e 6,8% outros. A seguir, comparamos os parâmetros idade, presença de atividade ocupacional prévia, dias de internação, tipos de alta para o grupo diagnosticado como esquizofrenia paranóide com o grupo de outros subtipos de esquizofrenia.

CONCLUSÃO: É importante conhecermos o perfil clínico e sociodemográficos de pacientes em primeiras internações hospitalares afim de que possamos atentar para condições que possam estar implicadas em curso, tempo de internação, prognóstico e índice de recaídas para cada subtipo de esquizofrenia.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Mar 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002
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