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Interconsulta psiquiátrica

INTERCONSULTA PSIQUIÁTRICA

Influência da Ansiedade e da Depressão na Evolução de um Grupo de Pacientes Submetidos a Hemodiálise

Braga V; Braga C; Zimmermann P

Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal

Av. Ipiranga, 6690 Bairro Partenon, Porto Alegre/RS CEP 90610-000

Tel. (51) 3320 3015 Fax: (51) 3320 3040.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: psiquiatria@pucrs.br

OBJETIVOS: Determinar a intensidade da ansiedade e da depressão em um grupo de pacientes no início da hemodiálise no Hospital São Lucas da PUCRS e analisar o desfecho clínico após 5 anos.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo Longitudinal de Coorte: 35 pacientes em hemodiálise em 1996-1997. Questionário construído pelo autor com dados de identificação, diagnóstico principal, comorbidades clínicas durante a hemodiálise e intercorrências de 1996 até 2001; Inventário de Depressão de Beck; Inventário de Ansiedade Traço-Estado.

RESULTADOS: Dos 35 pacientes, 13 (37%) estavam deprimidos. 03 (23%) deprimidos evoluíram para CAPD, destes, 02 (15%) tiveram complicações. 03 pacientes (23%) foram a transplante e, destes, 03 (23%) tiveram complicações. 07 pacientes (54%) que estavam deprimidos foram a óbito.

CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes estudados não estava deprimida no início da HD. Grau moderado a severo de depressão foi encontrado na maioria dos pacientes que foram a óbito. Quanto ao nível de ansiedade, a minoria apresentou um estado atual acima da média. Já como um traço de personalidade, a maioria estava acima dessa média. Os resultados nos sugerem que a depressão pode estar relacionada aos óbitos nesta amostra estudada.

Diabetes Mellitus: significado da doença e aderência ao tratamento

Alberte, JSP; Cabral, MAA

Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas

UNICAMP Campinas, São Paulo, Brasil

OBJETIVOS: Analisar o significado da doença diabética para os pacientes e avaliar as dificuldades de aderência ao tratamento.

MÉTODO: É um estudo quali-quantitativo, constituído de dois grupos: o grupo de estudo, composto de 50 pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e um grupo comparativo, com 30 pacientes com Hipertensão Arterial Essencial (HAS), acompanhados no Ambulatório de Diabetes da UNICAMP. Foram aplicados os seguintes instrumentos em todos os participantes: entrevista semi-estruturada de história de vida, inventário de depressão de Beck (BDI), Escala de Readaptação Social Holmes & Rahe.

RESULTADOS: Verificamos que esses pacientes, em sua maioria, vêem a doença como um "peso" difícil de ser carregado. Esta visão pessimista da doença dificulta a aderência ao tratamento, principalmente no seguimento da dieta e na aplicação diária de insulina. Isto acarreta graves conseqüências psico-físicas a estes doentes como: 28.6% de depressão e 32.1% de ansiedade, além das seqüelas neurológicas ampliadas com o descuido em se tratar.

CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que o estudo sobre aspectos psico-físicos, crenças e práticas dos pacientes em relação ao seu tratamento foram chaves para que profissionais de saúde se orientem com metas educacionais, abrindo espaços para novas pesquisas

Depressão e Ansiedade em Pacientes com Angina Instável (AI) ou Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) na Unidade de Tratamento Coronariano de um Hospital Geral

Mezzomo, M; Mesquita, R; Zimmerman, P; Bertuol, C; Manenti, E; Berdichewski, E; Mariante, B

Serviço de Psiquiatria do HSL, PUCRS

OBJETIVOS: Detectar a freqüência de sintomas depressivos e ansiosos em pacientes internados na Unidade de Tratamento Coronariano(UTC) do Hospital São Lucas da PUCRS, com diagnóstico de AI ou IAM.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal, realizado entre pacientes consecutivos de ambos os sexos, com diagnóstico de AI ou IAM que responderam a escala auto-aplicável de Beck Depressão e Ansiedade e ao protocolo de entrada do estudo que inclui o instrumento CAGE para detecção de alcoolismo. Os pacientes foram selecionados de acordo com o diagnóstico de doença arterial coronariana, no período de setembro de 2000 a fevereiro de 2001, e responderam ao termo de consentimento informado. A análise estatística foi através da análise simples dos dados.

RESULTADOS: n=100 pacientes. Perfil: idade média de 60,3 anos (dp=11,85); 41 pacientes do sexo feminino (41%) e 59 pacientes do masculino (59%); 64 pacientes casados (64%); 93 pacientes de cor branca (93%); 46 pacientes (46%) com 1º grau incompleto; 60 pacientes (46%) com AI e 40 pacientes (46%) com IAM. Escala de Beck depressão: 26 pacientes (46%) apresentaram escores para depressão e 10 pacientes (46%) para disforia. Escala de Beck Ansiedade: 23 pacientes (23%) com grau mínimo, 34 pacientes (35%) com grau médio, 28 pacientes (28%) com grau moderado e 15 pacientes (15%) com grau grave.

CONCLUSÕES: Em uma amostra de 100 pacientes (100%) com diagnóstico de AI ou IAM internados na UTC, 26 pacientes (46%) apresentaram escores para depressão e 10 pacientes (10%) para disforia. Em relação a ansiedade: 23 pacientes (23%) com grau mínimo, 34 pacientes (35%) com grau médio, 28 pacientes (28%) com grau moderado e 15 pacientes (15%) com grau grave de ansiedade.

Avaliação de Sintomas Psiquiátricos em Pacientes com Dor Lombar em Tratamento Clínico

Zylberstejn, S; Ferrão, Y; Scheidt, B; Peixoto, D

FFFCMPA, HMIPV, Santa Casa de Porto Alegre

OBJETIVO: Avaliar diagnósticos e sintomas psiquiátricos em pacientes com dor lombar em tratamento clínico.

MÉTODO: Estudo transversal, onde haverá 2 grupos: Grupo ORG: formado por pacientes Dor Lombar com causa comprovadamente orgânica; Grupo NORG: formado por pacientes com Dor Lombar sem comprovação orgânica comprovada. Os fatores em estudo são os sintomas psiquiátricos e o desfecho é a Dor Lombar. A população-alvo constituir-se-á de pacientes com Dor Lombar em Tratamento Clínico Amostra: pacientes ambulatoriais de um serviço de referência para Transtornos da Coluna.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO: Será uma amostra consecutiva não-probabilística. Critérios Gerais de Inclusão no estudo: Idade entre 18 e 65 anos; Apresentar período de 3 meses ou mais de Dor Lombar; Condições cognitivas para participar do estudo.

RESULTADOS ESPERADOS: características e influências dos sintomas depressivos e ansiosos em pacientes com dor lombar em tratamento clínico; pior qualidade de vida em pacientes com dor lombar em tratamento clínico; maior prevalência de comorbidades psiquiátricas em pacientes com dor lombar em tratamento clínico; influência do sexo na apresentação de sintomas psiquiátricos em pacientes com dor lombar em tratamento clínico; maior correlação entre a ocorrência de sintomas psiquiátricos em pacientes com dor lombar em tratamento clínico e sua situação ocupacional; maior correlação entre intensidade dos sintomas dolorosos e a intensidade dos sintomas ansiosos e depressivos.

Strategies of collaboration between general practitioners and psychiatrists

Ricardo LucenaI, MD; MSc, Virgínia AML Carvalho PhD; Alain Lesage MD; MPhil, Robert Élie MD, PhD

IPsychiatrist and professor at Universidade Federal da Paraíba.

Adress for correpondence

A qualitative study was conducted in eastern Montreal between 1998 and 1999. The general study objective was to identify key strategies which may increase collaboration between GPs and psychiatrists in the delivery of mental health services in primary care settings. Ten individual in-depth interviews and one focus group session were conducted. All information was gathered from a purposefully selected sample of five GPs and five psychiatrists. Three groups of strategies were identified: 1) communication, 2) Continuing Medical Education (CME) for GPs in psychiatry, and 3) access to consulting psychiatrists in primary care settings. These groups of strategies set the basis for a quantitative study. This study consisted of a survey conducted in the fall of 2000 in the metropolitan area of Montreal. The survey main objective was to collect the opinions of both GPs and psychiatrists practicing in Montreal with respect to strategies for improving collaboration between them at three levels - communication, CME for GPs in psychiatry, and on-site collaboration in primary care settings. A questionnaire was specifically designed to elicit physicians' agreement or disagreement with the strategies of collaboration and was mailed to 203 GPs and 203 psychiatrists randomly selected. The survey response rate was 86% for GPs and 87% for psychiatrists. The physicians expressed favorable opinions about most strategies involving 1) the improvement of communication and 2) the organization of CME activities concerning GPs' practices in the field of psychiatry. However, they did not indicate agreement with the strategies involving on-site collaboration in primary care settings.

Adress for correpondence

Ricardo Lucena, MD

e-mail: lucenar@uol.com.br

A revelação do diagnóstico de câncer: uma revisão

Hammes, L; Buratti, S; Furlanetto, L

Laboratório de Estudos dos Transtornos do Humor (LETH), Departamento de Clínica Médica

Hospital Universitário da Universidade Federal de SC (HU/UFSC)

Florianópolis, SC. Tel: 48-3319149. Fax: 48-3319014.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Hammes, L e-mail: lucianahammes@fastlane.com.br

OBJETIVO: Revisar a literatura sobre a revelação do diagnóstico de câncer, para responder às perguntas: se os pacientes querem saber e como; se há relação entre a informação e a presença de ansiedade ou depressão.

MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura pelo Medline, usando os descritores disclosure e câncer e diagnosis, nos últimos cinco anos (1997-2002). Foram encontrados 92 artigos dos quais selecionaram-se 7, excluindo os não pertinentes ou com problemas metodológicos.

RESULTADO: Os artigos que pesquisaram o desejo dos pacientes de saber ou não um possível diagnóstico de câncer revelaram que a maioria (83-96%) gostaria de saber a verdade. Também mostraram que os pacientes prefeririam receber a maior quantidade de informações possível. Quanto à maneira como os pacientes gostariam que o diagnóstico fosse revelado, observaram-se as seguintes respostas: que a notícia fosse dada pelo médico, pessoalmente, com tempo, de maneira confiante, sem tirar a esperança, falando sobre as opções de tratamento e o prognóstico. Os trabalhos que investigaram a possibilidade de relação entre a informação do diagnóstico e transtornos psiquiátricos, notaram que a revelação não está associada ao aparecimento de ansiedade ou de depressão. Um artigo ainda mostrou que o grupo de pacientes não informados apresentou níveis mais altos de sintomas ansiosos, irritabilidade, tensão e tendência suicida.

CONCLUSÃO: Os estudos revisados sugerem que os pacientes desejam ser informados completamente sobre uma doença maligna, pelo seu médico e evitando retirar-lhes a esperança. A informação do diagnóstico não foi associada a maior ansiedade ou depressão.

Estudo clínico-demográfico em obesos mórbidos em triagem à cirurgia bariátrica

Campos FC; Appolinário JC; Nardi AE

Instituto de Psiquiatria da UFRJ, IPUB

Rua Visconde de Pirajá 407/702 Ipanema

Tel: 21-33256818/Fax:21-25216147

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Campos FC e-mail: fcgc@esquadro.com.br

OBJETIVO: Avaliar os pacientes candidatos à cirurgia bariátrica, para descrever características demográficas e detectar transtornos psiquiátricos comórbidos.

MÉTODOS: Foram selecionados 30 pacientes candidatos à cirurgia e aplicado um questionário semi-estruturado contendo os dados demográficos e 26 perguntas, subdivididas em 5 temas: A) Dados relativos à obesidade; B) Dados relativos ao comportamento alimentar; C) Dados relativos à história psiquiátrica; D) Dados relativos à cirurgia; E) Dados de adaptação social. O MINI, versão 4.4, foi aplicado como instrumento diagnóstico.

RESULTADO: Nos dados demográficos a média da idade é de 35,5; pacientes do sexo feminino 53%; pacientes com nível superior 40%; pacientes casados 67%. Encontramos um total 53% pacientes com transtornos psiquiátricos: Episódio Depressivo Maior 20%; Distimia 3% ; Episódio Hipo-maníaco 3%; Agorafobia 3%; Ansiedade Generalizada 20%; Transtornos Relacionados com Drogas 3%. 7% dos pacientes preencheram mais de um diagnóstico. O primeiro obteve diagnóstico em Distimia e Ansiedade Generalizada e o segundo para Episódio Hipo-maníaco, Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtorno relacionado com drogas. Nos dados sobre obesidade há 45.6 de média do Índice de Massa Corporal (IMC), e nas comorbidades destacam-se doenças articulares; hipertensão arterial e diabetes.

CONCLUSÃO: Transtornos psiquiátricos comórbidos foram freqüentes nessa amostra de pacientes e podem influenciar nos resultados da cirurgia bariátrica há curto e longo prazo. A equipe cirúrgica deve estar atenta para o diagnóstico psiquiátrico porque o paciente e familiares muitas vezes não o reconhecem como uma queixa independente da obesidade e não procuram tratamento adequado.

Avaliação psiquiátrica de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica

Fandiño J; Appolinário JC; Coutinho W

Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia do Rio de Janeiro (IEDE/RIO)

Rua Moncorvo Filho 90 Centro, Rio de Janeiro/RJ

Tel: (21) 2507-0065

OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a presença de transtornos psiquiátricos em pacientes obesos grau III que procuram tratamento cirúrgico para obesidade.

MÉTODOS: Foram avaliados 10 pacientes de ambos os sexos que procuraram o serviço de cirurgia do Hospital de Ipanema para realização da cirurgia bariátrica. Esses pacientes foram encaminhados por este serviço ao ambulatório de Psiconeuroendocrinologia do IEDE onde foram avaliados através de entrevistas estruturadas: Binge Eating Scale; Beck Depression Inventory; Body Partes Satisfaction Questionnaire; Structured Clinical Interview for DSM IV.

RESULTADOS: Dos 10 pacientes avaliados, 4 apresentavam episódio depressivo passado. Destes, 2 também preenchiam critério para transtorno de compulsão alimentar periódico e 1 para transtorno distímico. Apenas 1 paciente apresentou episódio depressivo atual concomitantemente com transtorno de ansiedade generalizada e de compulsão alimentar. Cinco pacientes não apresentavam diagnóstico psiquiátrico.

CONCLUSÃO: Os dados demonstrados encontram-se compatíveis com os estudos realizados nesta população, onde os diagnósticos psiquiátricos mais frequentemente observados são os transtornos do humor e de compulsão alimentar periódico.

Estudo de coorte para avaliação de sintomas psiquiátricos em portadores de hepatite C crônica ratados com Peginterferon alfa e ribavirina

Quarantini L; Santos-Jesus R; Miranda-Scippa A; Paraná R

Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Medicina, Departamento de Neuropsiquiatria

Serviço de Psiquiatria, HC

Praça Augusto Viana S/N, Canela Salvador BA, Tel:71 9965 9419 Fax: 71-386 4832.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Quarantini L E-mail: Lcq@ufba.br

OBJETIVO: Determinar a incidência de transtornos psiquiátricos em indivíduos portadores de hepatite C crônica, tratados com interferon peguilado alfa associado a ribavirina.

MÉTODOS: Trata-se de um estudo de coorte que acompanhará 47 pacientes portadores de hepatite C crônica tratados com interferon peguilado associado com ribavirina e 47 com interferon alfa convencional e ribavirina. Será aplicado o instrumento para diagnóstico psiquiátrico MINI (Mini International Neuropsychiatric Interview) em três ocasiões, antes de iniciar o tratamento e após um, três e seis meses.

RESULTADOS: O presente trabalho constará dos dados parciais da investigação, uma vez que o estudo encontra-se em sua fase inicial, com finalização prevista para o mês de novembro.

CONCLUSÕES: Sintomas psiquiátricos têm sido amplamente descritos em associação ao tratamento com interferon alfa, constituindo a principal causa de descontinuação desta terapia. Até o momento não são encontrados na literatura estudos específicos que investigam a incidência de transtornos psiquiátricos associados ao interferon peguilado.

Dependência do Tabaco e Reação de Ajustamento no Câncer de Pulmão: uma revisão

Dias, O; Turato, E

Departamento de Psiquiatria/Unicamp, Cidade Universitária, C. Postal 6111

13083-970 Campinas SP, Tel: (19) 32894819

A CID-10 contempla uma categoria diagnóstica específica para transtornos do uso do tabaco (F17). Os malefícios vindos da dependência de suas substâncias também atingem drasticamente a saúde física, como o câncer de pulmão, de alta incidência na população e com mais de 80% óbito dentro de um ano pós-diagnóstico. Transtornos de Ajustamento ocorrem com freqüência e o interconsultor de saúde mental necessita de aporte teórico pertinente para atendimento adequado destes casos.

OBJETIVO: Levantar na literatura investigações sobre reações psicossociais pós câncer de pulmão, visando o desenvolvimento de projeto qualitativo com pacientes oncológicos tabagistas do HC/Unicamp.

RESULTADOS: A maioria dos estudos tem abordado quantitativamente o tema, por exemplo, com listagens de aspectos relatados sobre a experiência com o câncer (mudanças em atividades diárias, ansiedade, medo de recorrência da doença e incapacidades, depressão, problemas no trabalho, financeiro e com cônjuge). Outros enfatizam o manejo do medo à dor, à separação, à dependência e à morte. Encontramos estudos sobre opiniões quanto a causas do câncer, em que aparecem citados o fumo, estresses, toxinas no trabalho e poluição do ar; bem como o dado de que pacientes que atribuem o câncer ao sofrimento psicossocial são menos esperançosos e mais depressivos. Um estudo com proposta qualitativa apresentou percepções e perspectivas dos pacientes pós-diagnóstico, mas apenas traz sistematização dos resultados, sem interpretações das relações encontradas.

CONCLUSÃO: a revisão mostrou haver lacuna quanto a estudos interpretativos sobre significações psicodinâmicas e socioculturais sobre dependência ao cigarro versus surgimento da doença, o que é alvo de pesquisa de campo já iniciada com entrevistas preliminares.

Antidepressivos e peri-operatório de cirurgia eletiva: uma revisão

Paupitz, JA; Furlanetto, LM

Depto de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa Catarina

Tel: (19) 32894819 Fax: (11) 55326994

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Paupitz, JA e-mail: jpaupitz@zaz.com.br

OBJETIVO: Revisar a literatura sobre antidepressivos e cirurgias eletivas para verificar: 1) a freqüência do uso destas medicações; 2) suas complicações; 3) sugestões de conduta quanto à retirada ou não destas.

MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura pelo Medline, utilizando como descritores antidepressants e anesthesia ou perioperative period ou elective surgery, no período entre 1980-2002. Dos 43 artigos encontrados foram selecionados 15, que abordavam o tema, eram em inglês ou português, em humanos e em revistas a que o Brasil tem acesso.

RESULTADOS: Estudos de prevalência revelaram que 35% dos pacientes faziam uso de antidepressivos sintéticos e que de 3 a 30% faziam uso de erva de São João. Houve 7 relatos de caso: dois de complicações de tricíclicos (nortriptilina e clomipramina), levando a anormalidades na condução do estímulo pelo nodo sinusal, alterações eletrocardiográficas e hipotensão no período peri-operatório; um caso de delirium com o uso de paroxetina; três relativos aos Inibidores da Monoamino-oxidase (IMAOs), sendo dois com instabilidade hemodinâmica e um com potenciação de opióide e hiperpirexia; e um relato do uso de erva de São João associada a colapso cardiovascular. Dos artigos de revisão, 2 eram revisões sistemáticas e 3 não-sistemáticas. Nas de revisões sistemáticas concluiu-se que: 1) há controvérsias quanto à parada do uso de IMAO, mas se este for mantido deve-se atentar para a interação com opiáceos; 2) devido a interações medicamentosas sugere-se parar a erva de São João.

CONCLUSÕES: Até 30% dos pacientes submetidos à cirurgia eletiva fazem uso de antidepressivos. Há relatos de caso de complicações, mas no geral a conduta sugerida é de manutenção, exceto para os IMAO e erva de São João.

Diabetes Mellitus e Antipsicóticos

Sampaio A; Quarantini L; Moreira P; Santos-Jesus R; Sena E; Miranda-Sccipa A

Departamento de Neuropsiquiatria, UFBA

Serviço de Psiquiatria, Hospital Universitário Professor Edgar Santos

Rua Augusto Viana s/n, Canela, SSA, BA

Tel:71 9965 9419 Fax:71 386 4832

Endereço para correspondência Endereço para correspondência E-mail: lcq@ufba.br

OBJETIVO: Fazer uma revisão da literatura referente a diabetes mellitus e cetoacidose diabética associados ao uso de antipsicóticos.

MÉTODO: Realizada identificação de artigos referentes a associação de diabetes mellitus e uso de antipsicóticos através de pesquisa na base de dados MEDLINE, compreendendo o período de 1997 à 2002, utilizando os descritores Diabetes Mellitus e Antipsychotic Agents.

RESULTADOS: Evidências mostram que os antipsicóticos interagem no sistema neuroendócrino, levando a efeitos colaterais como aumento do apetite e obesidade, hipergligemia e diabetes. O diabetes mellitus é uma afecção de grande relevância clínica por levar a danos na microvasculatura afetando rins, retina e neurônios periféricos; assim como à aterosclerose com elevação do risco de eventos cardio e cerebrovasculares. Os antipsicóticos têm sido apontados como responsáveis pelos distúrbios da regulação da glicose com relatos de agravamento de diabetes tipo 1 pré-existente e indução de diabetes tipo 2. Trabalhos realizados com pequenas amostras de pacientes têm estimado a incidência de diabetes tipo 2 com o uso de clozapina em 12% a 36% e com olanzapina em 6% a 35%.

CONCLUSÕES: O conhecimento desses dados é de grande importância por orientar a necessidade de um monitoramento dos pacientes em uso dessas medicações, visando indicação de estratégias para minimizar estes efeitos adversos.

Obs: foi enviado o pôster com o título trocado por hiperprolactinemia. Desconsiderar.

Interrelações das alterações psiquiátricas e musculo-esqueléticas no hipotiroidismo subclínico (HS)

Almeida, C; Castro, CL; Brasil, MA; Reuters, VS; Teixeira, PFS; Santos, M; Zyngier, I; Buescu, A; Vaisman, M; Reis, FAA

OBJETIVO: Cansaço e fadiga são queixas freqüentes nos pacientes que procuram psiquiatria e fisiatria. Um diagnóstico que deve ser sempre avaliado é o HS, com prevalência de 7 a 10% na população geral. Objetivo: verificar a presença das alterações psiquiátricas e musculares em pacientes com HS.

MÉTODO: Foram estudados 33 pacientes ambulatoriais com HS (pelo menos duas dosagens elevadas de TSH (> 4 mUml) e com T4 livre normal e escore clínico de Billewicz-Zulewski). Todos responderam questionários para avaliação de sintomas de depressão (Hamilton D e Beck) e ansiedade (Hamilton A). No HAM-A os pacientes foram classificados como normais (<5), ansiedade leve (5 a 14) e significativa (>14). Na avaliação músculo esquelética, realizada nos pacientes, além do registro de sintomas musculares e fadiga, foram realizados teste muscular manual (cinturas escapular e pélvica), e a medida da força dos músculos inspiratórios por meio de manovacuômetro. O comprometimento da força do diafragma foi classificado em severo (<=60% do previsto), moderado (61 a 80%) e leve (81 a 90%).

RESULTADOS: Escore clinico <3 (normal) em 42,42% e >= 3 (compatível com HS) em 57,57%. Sintomas de depressão em 30% sem relação com fadiga ou déficit de força muscular. Sintomas de ansiedade em 18 (54,54%) e destes 36% associados à queixa de fadiga. Redução da força muscular diafragmática detectada em 93,3%, 66% de severa intensidade. No entanto, o teste qui-quadrado (0,05%) não mostrou associação entre redução da força inspiratória vs severidade de sintomas de HAM-A.

CONCLUSÕES: A redução de força dos músculos inspiratórios pode contribuir para sensação de fadiga, referida pelos pacientes com HS. Isto serve como sinal de alerta para também considerarmos de causa orgânica a queixa de cansaço.

Estudo das alterações psiquiátricas em pacientes com hipotiroidismo subclínico (HS)

Almeida, C; Brasil, MA; Vaisman, M; Reis, FAA; Reuters, VS; Teixeira, PFS; Castro, CL; Santos, M; Zyngier, I; Buescu, A

Serviços de Endocrinologia, Medicina Física e Reabilitação e de Psicologia Médica, HUCFF/ UFRJ

Av. Brigadeiro Trompowski s/nº, Cidade Universitária, RJ, Tel: (21)2562-2748

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: cloyra@openlink.com.br

OBJETIVO: Verificar a presença de alterações psiquiátricas em pacientes com HS.

MÉTODO: Foram estudados 30 pacientes ambulatoriais, com pelo menos duas dosagens elevadas de TSH (> 4 mUml) e com T4 livre normal, através da anamnese e exame clínico baseado na escala de Billewicz, do SCID-1 da DSM IV e dos questionários para avaliação de sintomas de depressão (Hamilton D e Beck) e ansiedade (Hamilton A).

RESULTADOS: De acordo com a escala Billewicz, 66,67% (20) apresentaram pontuação para HS, e 33,33% (10) escore normal. Quanto à avaliação diagnóstica psiquiátrica, 16,67% (5) tiveram episódio depressivo maior e 16,67% (5) com episódio depressivo atual, sendo que 4 leves e 1 grave. Foram diagnosticados 13,33% (4) com transtorno de ansiedade generalizado, 10% (3) com transtorno distímico e 43,34% (13) com nenhum diagnóstico psiquiátrico. Quanto à avaliação da presença de sintomas depressivos, 20% (6) com escore Ham-D >=8, 23,33% (7) com Beck >=11 e, relativo aos sintomas de ansiedade, Ham-A >=14 em 40% (12).

CONCLUSÃO: Os resultados mostram uma elevada prevalência de alterações psiquiátricas nos pacientes com HS. Para aumentarmos a significância estatística dos resultados devemos aumentar o número da amostra, comparar com grupo controle pareado e estudar suas relações com os níveis de TSH e com o escore clínico de Billewicz.

Transtornos psiquiátricos em pacientes com câncer : um estudo durante a hospitalização

Zung, SP; Suozzo, AC; Ortegosa, S; Calfat, ELB

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Departamento de Psiquiatria e Psicologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Rua Dr. Cesário Motta Junior s/n Tel: 5087-7000 Fax: 5087-7003.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: stevin@ig.com.br

OBJETIVO: Identificar transtornos psiquiátricos em pacientes oncológicos atendidos pela interconsulta psiquiátrica da Santa Casa de São Paulo.

MÉTODO: Foi realizado estudo retrospectivo através de revisão de prontuários dos pacientes encaminhados por outras especialidades clínicas e cirúrgicas para avaliação psiquiátrica durante período de um ano, obtendo dados sociodemográficos, história clínica e psiquiátrica.

RESULTADOS: Neste período foram atendidos 87 pacientes oncológicos com idade média de 38,6 anos, a maioria deles (33,33%) encaminhados pela Pediatria. O diagnóstico psiquiátrico mais comum foi Transtorno de Ajustamento (63,22%) seguido por Transtorno Mental Orgânico (25,29%). A leucemia foi a neoplasia mais frequente encontrada nestes pacientes.

CONCLUSÕES: A revisão da literatura e dados obtidos neste estudo mostram que os transtornos psiquiátricos, principalmente os trantornos de ajustamento e os transtornos de humor, apresentam maior incidência entre os pacientes oncológicos. Alguns estudos estimam que 50% dos pacientes com câncer desenvolvem algum transtorno psiquiátrico e só 2% recebem atendimento especializado.

Freqüência de Transtornos Mentais no Serviço de Interconsulta do HC-UFBA

Neves S; Quarantini L; Sampaio A; Nolasco T; Santos Jesus R; Azi L; Gorender M; Miranda-Scippa A; Oliveira I.

Universidade Federal da Bahia

Faculdade de Medicina, Departamento de Neuropsiquiatria

Serviço de Psiquiatria HC

Praça Augusto Viana, SN Canela Salvador, Ba. Fone 339-6266. fax: 71-386 4832

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: lcq@ufba.br

OBJETIVO: Investigar a ocorrência de diferentes transtornos mentais no serviço de interconsulta psiquiátrica do HC-UFBA, durante o período de abril de 2001 até abril de 2002.

MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos diagnósticos das interconsultas solicitadas ao serviço de Psiquiatria do HC–UFBA, durante o período de abril de 2001 até abril de 2002 e revisão da literatura especializada.

RESULTADOS: Foram solicitados 114 pedidos de interconsulta psiquiátrica. Encontramos os seguintes diagnóstico: transtorno mental orgânico (25,4%), transtorno de ajustamento (17,5%), transtorno de humor (15,7%), transtorno de ansiedade (7,8%), psicose (6,1%), transtornos decorrentes do uso de álcool (1,7%), transtorno de personalidade (1,7%), sem diagnóstico e outros (23,6%).

CONCLUSÃO: A interconsulta psiquiátrica é definida como uma subespecialidade da psiquiatria que avalia e indica um tratamento psiquiátrico para pacientes que estão sob os cuidados de outros especialistas. Neste trabalho, a freqüência de transtorno mental orgânico, encontra paralelo na literatura especializada, sugerindo a necessidade de investigar-se exaustivamente causas orgânicas para os sintomas psiquiátricos encontrados em pacientes internados em hospital geral.

Reações emocionais no processo de luto de parturientes com perda perinatal

Campos, E; Noleto, J; Martins, J; Borba, L; Costa, F

Depto. de Medicina Clínica da FM/UFC

Rua Cap. Fco. Pedro, 1290, Fortaleza, CE. Fone: 226.1466

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Campos, E e-mail: eucampos@uol.com.br

OBJETIVO: Investigar as reações emocionais do processo de luto em parturientes que sofreram perda perinatal na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

MÉTODO: As parturientes que tiveram perda perinatal na MEAC, no mês de janeiro/02 (n=38), foram entrevistadas em duas fases. Na primeira (fase I), até 24 horas após a perda. A segunda etapa (fase II), por telefone, após 30 dias, com 23 das 38 que puderam ser contactadas. Utilizou-se um questionário com perguntas, baseadas na literatura, sobre reações emocionais de luto.

RESULTADOS: As reações predominantes – em quase 100% - foram tristeza e anseio pelo bebê. Após 30 dias, estas só foram relatadas por menos da metade da amostra. A maioria sentia-se à vontade para receber visitas (78,9% na fase I e 78,3% na fase II). Apenas 30,4% das mães que desejaram ver e tocar o bebê puderam fazê-lo e, 43,5% apenas o viram. Aquelas que quiseram saber a causa da morte o filho (51,9%) não tiveram esta informação. A grande maioria das mães (91,3%) não foi ao enterro do filho e apenas 21,7% dos bebês tiveram velório. Quase todas (95,7%) desfizeram a arrumação do quarto do bebê.

CONCLUSÕES: Verificou-se reações que favorecem a aceitação da perda e à elaboração do luto, e atitudes que dificultam. Entre as primeiras está a desarrumação do quarto do bebê e a disposição para receber visitas e em relação às últimas destacam-se a inexistência de velório e a ausência ao enterro. A recusa da equipe de saúde em dar explicações sobre a causa mortis e o fato das mães não poderem ver o bebê também são fatores negativos para um desfecho favorável do luto, demonstrando que há a necessidade de um melhor preparo desses profissionais que lidam com este tipo de clientela.

Revisão sistemática dos estudos de avaliação de custo-efetividade das intervenções de interconsulta em saúde mental no hospital geral

Andreoli, PBA; Citero VA, Mari JJ

Hospital Israelita Albert Einstein

Av. Albert Einstein, 627/701. 05651-901 São Paulo, SP

Tel.: (11) 3747-0202/ Fax.: (11) 3747-1300

Endereço para correspondência Endereço para correspondência e-mail: paola@einstein.br

OBJETIVO: Revisão sistemática dos estudos de avaliação de custo-efetividade das intervenções em interconsulta em saúde mental no hospital geral.

METODOLOGIA: Os estudos devem preencher os seguintes critérios: a) pacientes internados em hospital geral; b) intervenções definidas como de consultoria e/ou psiquiatria de ligação e c) estudos com desenho de ensaio clínico randomisado. Foi realizada uma busca eletrônica (até 1998) nas seguintes bases de dados: EMBASE; MEDLINE; LILACS; ADSAUD; PsycLIT e SCISEARCH. A qualidade foi avaliada segundo os critérios descritos no manual Cochrane, aplicando-se a escala de Jaddad.

RESULTADOS: Somente dois artigos preencheram os critérios adotados. A única medida passível de combinação foi a de tempo de internação, mas não foi possível concluir que a intervenção de consultoria psiquiátrica tivesse algum impacto no tempo de permanência dos pacientes no hospital.

DISCUSSÃO & RECOMENDAÇÕES: Há uma carência de estudos para avaliar o custo benefício das intervenções em interconsulta psiquiátrica, por esta razão não é possível concluir que a intervenção de interconsulta em saúde mental tenha influência na duração da internação do paciente. Em um estudo houve redução de sintomatologia depressiva no grupo experimental. Nos dois estudos a população estudada foi selecionada através de questionários de rastreamento, ou seja, não houve uma solicitação formal de pedido de intervenção. Os estudos de custo efetividade produziriam resultados pertinentes se reproduzissem a prática clínica, o que poderia ser atingido com a condução futura de estudos de caráter naturalístico.

Avaliação psiquiátrica de candidatos a transplante

Garcia, C-Jr; Botega, NJ

UNICAMP, HEMOCENTRO, Transplante de Medula Óssea

Rua Carlos Chagas, 480, Prédio do Hemocentro, Caixa Postal 6198 CEP 13081-970

Fone: (19) 3788-8729

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Garcia, C, Jr e-mail: celsojr@unicamp.br

OBJETIVO: O objetivo do trabalho é revisar de que forma é realizada a avaliação psiquiátrica dos candidatos a transplante de órgãos, bem como quais os critérios psiquiátricos são utilizados na mesma.

MÉTODO: A revisão foi baseada em tratados escritos por pesquisadores reconhecidos na psiquiatria ligada ao transplante e em pesquisa bibliográfica feita através do Medline, onde foram usadas as palavras-chaves transplantation, psychiatry e assessment, buscado-se trabalhos publicados entre os anos de 1992 e 2002.

RESULTADOS: No Medline, foram encontrados 44 trabalhos. Destes, 27 referem-se à avaliação psiquiátrica dos pacientes na fase pré-transplante. Pelo menos 5 livros-texto tratam do tema em questão com propriedade. Existe uma grande heterogeneidade no tipo de entrevista, nos critérios psiquiátricos avaliados e nos instrumentos utilizados.

CONCLUSÃO: Na avaliação dos candidatos a transplante não há consenso quanto à forma e ao conteúdo da avaliação, quanto à utilização de escalas ou à importância de fatores psiquiátricos. Os critérios mais comumente avaliados são história psiquiátrica presente e prévia, traços de personalidade, uso de drogas, história prévia de adesão a tratamento, estratégia de coping e rede de apoio familiar/social. Duas escalas específicas para avaliação psiquiátrica pré-transplante foram idealizadas na tentativa de se analisarem tais critérios em conjunto e de forma equilibrada. São elas: Psychosocial Assessment of Candidates for Transplantation (PACT) e Transplant Evaluation Rating Scale (TERS). Sob autorização de seus autores, esses instrumentos foram traduzidos para o Português e estão sendo utilizados em nosso serviço.

A comunicação do diagnóstico em pacientes com câncer

Novaes-Pinto,RI; Chaves,ACI; Mari,JJI; Lourenço,MTII

IDepartamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo

IIHospital A. C. Camargo

Rua Botucatu 740, 3 º andar. CEP 04023-900

S.P. , Tel: 11-55764160/ FAX: 11-55717254

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Novaes, Pinto,R e-mail: rnovaes@psiquiatria.epm.br

INTRODUÇÃO: A comunicação e informação médica aos pacientes com câncer têm sido um importante tema em oncologia nas últimas décadas, refletindo as mudanças ocorridas na atitude dos médicos frente aos direitos éticos dos pacientes em receber informação. Padrões culturais de comportamento e características individuais podem determinar a preferência ou não pela informação.

OBJETIVOS: Conhecer as necessidades de informação geral e específica que pacientes com câncer têm sobre sua condição médica e se existe correlação com sintomas psiquiátricos menores. Determinar as características sociodemográficas relacionadas com querer informação ou não.

MÉTODOS: 298 pacientes entrevistados em centro oncológico em São Paulo. Um estudo piloto foi realizado previamente para detectar possíveis dificuldades no manuseio do material.

RESULTADOS: 95% dos pacientes entrevistados gostariam de receber informação sobre sua doença, principalmente se o que têm é câncer (95%), quais as chances de cura (89%) e conhecer os efeitos colaterais do tratamento (94%). Querer informação não esteve relacionado com os dados sociodemográficos, ser ou não caso pelo SRQ-20, porém homens jovens querem mais informação que homens mais velhos. Os sintomas mais freqüentes no SRQ-20 foram os relacionados a sintomas depressivos e mais expressivos em homens jovens.

CONCLUSÕES: Diante destes resultados é importante reconhecer que a comunicação aos pacientes com câncer envolve o desejo dos pacientes em receber informações médicas, porém, é preciso levar em consideração as diferenças individuais, identificando os mais vulneráveis e deprimidos, para propor intervenções adequadas.

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    Hammes, L
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    Campos FC
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    Quarantini L
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    Paupitz, JA
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    Campos, E
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    Garcia, C, Jr
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  • Endereço para correspondência
    Novaes, Pinto,R
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Mar 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002
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