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A adaptação transcultural para o português do instrumento dissociative experiences scale para rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos

Resumos

OBJETIVO: Este artigo apresenta a adaptação transcultural para o português da Dissociative Experiences Scale, o questionário mais utilizado mundialmente para rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos. MÉTODOS: Fizeram-se duas traduções e suas respectivas retraduções, avaliação da equivalência semântica, elaboração da versão síntese, pré-teste na população-alvo, realização da versão final e segundo pré-teste na população-alvo. RESULTADOS: Observou-se um grau elevado de equivalência semântica entre o instrumento original e os dois pares de traduções-retraduções, da perspectiva dos significados referencial e geral. Os pré-testes na população-alvo conduziram a modificações para confirmar a realização dos critérios de equivalência semântica e de equivalência operacional. CONCLUSÃO: Este trabalho torna disponível a primeira adaptação para o contexto brasileiro de um instrumento específico para a detecção e a quantificação de sintomas dissociativos.

Transtornos dissociativos; Questionários; Tradução (processo)


OBJECTIVE: This paper presents the cross-cultural adaptation to Portuguese of the Dissociative Experiences Scale, the worldwide most employed questionnaire for screening and quantifying dissociative phenomena. METHODS: Two translations and their respective back-translations were performed, as well as the evaluation of the semantic equivalence, the preparation of the synthetic version, the pre-testing on the target population, the definition of the final version and a second pre-testing on the target population. RESULTS: A high level of semantic equivalence between the original instrument and the two pairs of translations and back-translations was observed regarding the referential and general meanings. The two pre-testing in the target population led to alterations in order to achieve the criteria of semantic and operational equivalence. CONCLUSION: This work provides the first adaptation of a specific instrument to detect and quantify dissociative symptoms in the Brazilian context.

Dissociative disorders; Questionnaires; Translating


ARTIGO ORIGINAL

A adaptação transcultural para o português do instrumento dissociative experiences scale para rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos

Adriana FiszmanI, II; Mariana CabizucaII; Claudia LanfrediII; Ivan FigueiraII, III

IInstituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

IIGrupo de Pesquisa dos Transtornos Relacionados ao Estresse do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro

IIIFaculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Adriana Fiszman Avenida das Américas, 3.333, sala 1.018 – Barra da Tijuca 22601-003 Rio de Janeiro, RJ, Brasil Tel./Fax: (21) 3325-3585 E-mail: afiszman@rio.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Este artigo apresenta a adaptação transcultural para o português da Dissociative Experiences Scale, o questionário mais utilizado mundialmente para rastrear e quantificar os fenômenos dissociativos.

MÉTODOS: Fizeram-se duas traduções e suas respectivas retraduções, avaliação da equivalência semântica, elaboração da versão síntese, pré-teste na população-alvo, realização da versão final e segundo pré-teste na população-alvo.

RESULTADOS: Observou-se um grau elevado de equivalência semântica entre o instrumento original e os dois pares de traduções-retraduções, da perspectiva dos significados referencial e geral. Os pré-testes na população-alvo conduziram a modificações para confirmar a realização dos critérios de equivalência semântica e de equivalência operacional.

CONCLUSÃO: Este trabalho torna disponível a primeira adaptação para o contexto brasileiro de um instrumento específico para a detecção e a quantificação de sintomas dissociativos.

Descritores: Transtornos dissociativos; Questionários; Tradução (processo)

Introdução

O final da década de 80 foi marcado pelo ressurgimento do interesse nos estudos teóricos e clínicos sobre os fenômenos dissociativos, principalmente no que diz respeito à sua relação com as experiências traumáticas.1-3 Recentemente, o interesse nas manifestações dissociativas ampliou-se com a criação do diagnóstico de transtorno de estresse agudo pelo DSM-IV,4 que enfatiza a ocorrência destes sintomas. No contexto brasileiro, no conhecimento dos autores, não estão disponíveis instrumentos específicos para a detecção e a quantificação dos sintomas dissociativos, nem elaborados em português, nem adaptados de outras línguas.

Este trabalho apresenta as etapas de tradução e adaptação para a língua portuguesa do instrumento Dissociative Experiences Scale (DES),5-6 o questionário mais utilizado mundialmente para o rastreamento e a quantificação dos sintomas dissociativos. Apesar de a escala não dever ser utilizada como instrumento diagnóstico, o escore de 30 é considerado o ponto de corte acima do qual se pode identificar os pacientes com transtornos dissociativos.5 Numa investigação dos autores da DES, 74% dos pacientes com transtorno dissociativo de identidade (TDI) e 80% daqueles com outro transtorno dissociativo foram corretamente identificados por este ponto de corte.5 Neste estudo, 63% dos pacientes que apresentaram o escore acima de 30 e não apresentavam TDI tinham outro transtorno dissociativo ou transtorno de estresse pós-traumático.

A DES, portanto, pode ser usada como um instrumento gerador de casos suspeitos de apresentarem transtornos dissociativos. Ela já foi aplicada em mais de 100 estudos6 e traduzida para 17 idiomas até a presente data (Sidran Institute, 2003). Uma validação por meta-análise encontrou valores elevados de validade convergente6 ao mostrar correlação forte da DES com outros questionários para dissociação e também com entrevistas estruturadas para transtornos dissociativos, sobretudo o SCID-D7 e a DDIS.8 Além disso, os valores de validade preditiva, consistência interna e confiabilidade teste-reteste também se mostraram satisfatórios.6

Métodos

O processo de equivalência transcultural, baseado no roteiro idealizado por Herdman et al9 e empregado recentemente no Brasil por Reichenheim et al10 e Moraes et al,11 ocorreu em sete etapas: tradução, retradução, avaliação da equivalência semântica, elaboração da versão síntese, pré-teste na população-alvo, elaboração da versão final e segundo pré-teste na população-alvo.

Na primeira etapa, duas traduções do instrumento original em inglês para o português foram realizadas de maneira independente, por dois dos autores deste artigo (M.C. e C.L.), ambas médicas psiquiatras experientes e fluentes na língua inglesa. Na segunda etapa, as duas traduções foram retraduzidas para o inglês, também de forma independente, por dois tradutores bilíngües, que têm o inglês como língua nativa.

A etapa 3 consistiu na avaliação da equivalência semântica feita pelos outros dois autores (A.F. e I.F.), levando-se em consideração os significados referencial e geral. Avaliou-se, primeiramente, a equivalência entre o instrumento original e cada uma das retraduções, sob a perspectiva do significado referencial das palavras. O significado referencial diz respeito às idéias e aos objetos do mundo aos quais uma ou mais palavras se referem. Isto é, se uma palavra no instrumento original possui o mesmo significado referencial da palavra correspondente na retradução, pode-se afirmar que existe uma correspondência literal entre elas.10

A segunda avaliação, na etapa 3, relacionou-se com o significado geral entre cada item do instrumento original e seu correspondente em cada versão em português. O significado geral leva em consideração, não somente a correspondência literal entre as palavras, mas também os aspectos mais sutis, como, por exemplo, o impacto que elas assumem no contexto cultural da população-alvo.10 As divergências entre as análises de equivalência nesta etapa foram alvo de discussões, que conduziram o grupo às decisões tomadas na etapa seguinte.

Na etapa 4, foi elaborada uma versão-síntese. Alguns itens foram incorporados de uma das duas versões, na íntegra ou modificados pelo grupo, enquanto outros resultaram da junção das duas versões. Por vezes, o conteúdo desta junção foi modificado para melhor atender aos critérios de equivalência semântica.

A etapa 5 envolveu um pré-teste da versão-síntese numa amostra da população-alvo que o questionário pretende cobrir, para detectar possíveis incongruências de significados entre esta versão e o instrumento original. Esta versão foi aplicada em 10 pacientes ambulatoriais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com idades variando entre 21 e 50 anos, sendo sete do sexo feminino e três do sexo masculino. Todos os pacientes tinham o primeiro grau completo e seus diagnósticos pertenciam aos transtornos de ansiedade e/ou transtornos depressivos do DSM-IV.4 Na etapa 6, a equipe discutiu a aceitabilidade desta versão na população avaliada e foram propostas novas modificações, o que resultou na elaboração da versão final. A etapa 7 consistiu na aplicação da versão final em mais 10 pacientes dos mesmos ambulatórios com características sócio-demográficas e diagnósticas semelhantes às do pacientes da etapa 5.

Resultados/discussão

Os resultados das etapas 1, 2 e 3 apresentam-se na Tabela 1, que exibe o instrumento original, as traduções (V1 e V2) – feitas por dois dos autores (M.C. e C.L.) – e suas respectivas retraduções (R1 e R2). Para avaliar o significado referencial (etapa 3), os outros dois autores (A.F. e I.F.) julgaram a equivalência entre os pares de itens do instrumento original e das retraduções de uma forma contínua, com notas variando entre 0% e 100% (A1). Estes autores avaliaram também o significado geral (etapa 3) por meio da comparação entre os pares de itens do instrumento original e das traduções por uma qualificação em quatro níveis: inalterado, pouco alterado, muito alterado ou completamente alterado (A2).

A Tabela 1 mostra que as duas retraduções (R1 e R2) obtiveram grau elevado de equivalência de significado referencial. Nenhum de seus itens apresentou percentual de equivalência inferior a 85%. Noventa por cento dos itens da R1 e 73% dos itens da R2 obtiveram percentual de 100% de equivalência de significado referencial. O significado geral da primeira tradução (V1) obteve-se inalterado em 28 itens e pouco alterado em somente 1 item. A segunda tradução (V2) comportou-se um pouco pior do que a V1, com 22 itens inalterados e 7 itens pouco alterados. Nenhum dos itens da V1 e da V2 apresentou significado geral muito alterado.

Durante a elaboração da versão-síntese (etapa 4), deu-se alguma primazia à V1 no processo de decisão, já que foram escolhidos 14 itens da V1 e 9 itens da V2. Em seis situações, decidiu-se pela junção do conteúdo das duas traduções, sendo que esta junção foi modificada em dois itens. A etapa 5 revelou compreensão difícil da versão-síntese por parte da população-alvo, o que levou a uma série de modificações na etapa 6.

Finalmente, detectou-se dificuldade de entendimento nas instruções da versão-síntese. Nesta, assim como no questionário original, instrui-se o sujeito a mostrar em que porcentagem do tempo a situação descrita na pergunta ocorre no seu dia-a-dia, circulando um número entre 0% e 100%. Devido à dificuldade de compreensão do conceito de porcentagem por grande parte dos respondedores, optou-se pela modificação do sistema de resposta.

A versão da DES elaborada para adolescentes contém um método de resposta que dispensa a o conceito de porcentagem.12 Este método orienta o indivíduo a circular um número de "0" a "10" para mostrar o quanto a situação da pergunta se aplica à sua vida diária. Optou-se por incorporar este sistema de resposta às instruções da versão final.

Esta mudança não afetou a forma de obtenção do escore do questionário. Na versão original, o escore é obtido pela soma das marcações de cada um dos 28 itens, dividida pelo seu número total. Nesta versão, basta proceder da mesma maneira, porém multiplicar o resultado final por 10, já que, neste caso, as respostas variam de 0 a 10, e não de 0 a 100. Além disso, a versão final respeitou o formato original do instrumento.

Desta forma, conseguiu-se atingir os critérios, não somente de equivalência semântica, mas também aqueles de equivalência operacional. A equivalência operacional refere-se à possibilidade de que mudanças necessárias em elementos do tipo formato, modo de administração e instruções mantenham-se semelhantes àqueles do instrumento original, não afetando o resultado final.9 A versão final da adaptação transcultural da DES para o português proposta neste trabalho é apresentada em anexo.

Conclusão

Este trabalho torna disponível a primeira adaptação para o contexto brasileiro de um instrumento específico para a detecção e a quantificação de sintomas dissociativos. Com base num roteiro oferecido no âmbito da investigação epidemiológica,10-11 as sete etapas da adaptação transcultural da Dissociative Experiences Scale alcançaram o objetivo de satisfazer os critérios de equivalência semântica e de equivalência operacional.

O processo de adaptação transcultural do presente trabalho mostrou-se semelhante àqueles utilizados pelos tradutores da DES de outros idiomas, em especial os que também empregaram técnicas de retradução (back-translation): mandarim, francês, francês canadense, italiano, japonês, polonês, espanhol, finlandês e ucraniano (Sidran Institute, 2003). Deve-se ressaltar que, apesar de a DES ter sido traduzida para 17 idiomas, somente as versões holandesa, espanhola, francesa, alemã e finlandesa foram submetidas a estudos de validação.13-16 Desta forma, os resultados satisfatórios obtidos neste trabalho devem ser revistos a partir de avaliações psicométricas futuras.

Agradecimentos

Os autores agradecem à doutora Liliane Vilete pela assessoria científica e aos professores Kelly Hayes e Beijamin Lessing pelo trabalho de tradução.

Financiamento e Conflito de Interesses: Inexistente

Recebido em 15.05.2003

Aceito em 28.10.2003

Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFRJ

Anexo

Escala de Experiências Dissociativas

INSTRUÇÕES

Este questionário contém 28 perguntas sobre experiências que você pode ter no seu dia-a-dia. Nós estamos interessados no quanto você tem essas experiências quando você não está sob efeito de álcool ou drogas.

Para responder a essas perguntas, por favor, circule um número para mostrar o quanto a situação descrita na pergunta ocorre com você. Circule o "0" se a situação nunca acontece. Circule o "10" se ela sempre acontece. Se ela acontece às vezes, mas não sempre, circule o número de "1" a "9" que melhor indique o quanto a situação ocorre com você.

EXEMPLO:

1. Algumas pessoas, às vezes, estão dirigindo ou passeando de carro ou ônibus ou metrô e, de repente, percebem que não se lembram do que aconteceu durante toda ou parte da viagem. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

2. Algumas pessoas, às vezes, estão escutando alguém falar e, de repente, percebem que não ouviram parte ou tudo do que foi dito. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

3. Algumas pessoas, às vezes, estão num lugar e não sabem como chegaram lá. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

4. Algumas pessoas, às vezes, dão-se conta de estarem vestidas com roupas que não lembram ter colocado. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

5. Algumas pessoas, às vezes, encontram objetos novos entre suas coisas que não lembram ter comprado. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

6. Algumas pessoas, às vezes, são abordadas por outras pessoas que elas não conhecem e que as chamam por outro nome ou insistem que já encontraram com elas antes. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

7. Algumas pessoas, às vezes, sentem-se como se estivessem ao lado delas próprias ou observando a si mesmas. Ou seja, elas realmente se vêem como se estivessem olhando para outra pessoa. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

8. Algumas pessoas são informadas de que elas, às vezes, não reconhecem amigos ou membros da família. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

9. Algumas pessoas não se lembram de alguns eventos importantes de suas vidas (por exemplo, um casamento ou formatura). Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

10. Algumas pessoas, às vezes, são acusadas de mentir quando elas acham que não mentiram. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

11. Algumas pessoas, às vezes, olham-se no espelho e não se reconhecem. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

12. Algumas pessoas, às vezes, sentem que as outras pessoas, as coisas e o mundo em volta delas não são reais. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

13. Algumas pessoas, às vezes, sentem que seu corpo não parece pertencer a elas. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

14. Algumas pessoas, às vezes, recordam um acontecimento passado tão nitidamente ou intensamente que elas sentem como se estivessem revivendo este acontecimento. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

15. Algumas pessoas, às vezes, ficam em dúvida se algumas coisas realmente aconteceram com elas ou se elas apenas sonharam com estas coisas. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

16. Algumas pessoas, às vezes, estão num lugar bem conhecido, mas acham que nunca estiveram ali antes. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

17. Algumas pessoas estão assistindo à televisão ou a um filme e ficam tão envolvidas com a história que não percebem os acontecimentos ao seu redor. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

18. Algumas pessoas ficam tão envolvidas numa fantasia ou sonhando acordadas que sentem como se isto estivesse realmente acontecendo com elas. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

19. Algumas pessoas, às vezes, são capazes de não sentir dor. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

20. Algumas pessoas, às vezes, ficam sentadas olhando para o nada, pensando em nada, e não percebem a passagem do tempo. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

21. Algumas pessoas, às vezes, quando estão sozinhas, falam em voz alta consigo mesmas. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

22. Algumas pessoas, às vezes, sentem-se como se fossem duas pessoas diferentes, porque mudam muito seu comportamento de uma situação para outra. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

23. Algumas pessoas, em algumas situações, são capazes de fazer com muita facilidade aquilo que normalmente seria difícil para elas (por exemplo, esportes, trabalho, situações sociais, etc). Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

24. Algumas pessoas, às vezes, ficam em dúvida se fizeram alguma coisa ou só pensaram ter feito aquela coisa (por exemplo, não saber se elas enviaram uma carta ou apenas pensaram em enviála). Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

25. Algumas pessoas encontram evidências de terem feito coisas que elas não se lembram de ter feito. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

26. Algumas pessoas, às vezes, encontram papéis escritos, desenhos ou notas entre as suas coisas que elas provavelmente fizeram, mas não conseguem se lembrar de ter feito. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

27. Algumas pessoas, às vezes, ouvem vozes dentro de suas cabeças que falam para elas fazerem coisas ou comentam sobre coisas que elas estão fazendo. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

28. Algumas pessoas, às vezes, ao olhar ao redor, sentem como se tudo estivesse embaçado, de tal forma que as pessoas e as coisas parecem estar longe ou pouco nítidas. Circule um número para mostrar o quanto isto ocorre com você.

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  • Endereço para correspondência

    Adriana Fiszman
    Avenida das Américas, 3.333, sala 1.018 – Barra da Tijuca
    22601-003 Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Fev 2005
    • Data do Fascículo
      Set 2004

    Histórico

    • Aceito
      28 Out 2003
    • Recebido
      15 Maio 2003
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