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Cobre e Antibiótico como Promotores de Crescimento em Rações para Frangos de Corte

Copper and Antibiotic as Growth Promoters in Rations for Broiler Chickens

Resumos

Foi realizado um experimento objetivando avaliar os efeitos de promotores de crescimento sobre o desempenho e a temperatura corporal de frangos de corte, no período de 1 a 42 dias de idade. Os tratamentos consistiram de uma ração basal não suplementada (Controle), ou suplementada com 200 mg de Cu/kg de sulfato cúprico pentahidratado (Sulfato), 75 mg de Cu/kg de citrato cúprico anidro (Citrato), 20 mg/kg de virginiamicina (VM), ou a associação Citrato + VM, em um experimento em blocos casualizados com seis repetições de 40 aves, criadas sobre cama reutilizada. Não se observou efeito de tratamentos na fase inicial. Na fase final os tratamentos não afetaram o consumo de ração e o ganho de peso, enquanto a conversão alimentar foi melhor para o VM comparado ao Controle. No período total não houve efeito de tratamentos sobre peso vivo, consumo, ganho de peso e conversão alimentar. No período final e total o Sulfato resultou em menor viabilidade das aves comparado ao Citrato, VM e Citrato + VM. Não foi verificado efeito sinérgico quando se usou VM + Citrato. Os tratamentos não influenciaram a temperatura retal das aves consistentemente. O citrato cúprico não revelou ser mais eficiente que o sulfato cúprico.

frangos de corte; desempenho; cobre; virginiamicina; temperatura corporal


An experiment was carried out to evaluate the effects of growth promoters on the performance and body temperature of broiler chickens 1 to 42 days of age. The treatments were a basal diet unsupplemented (Control), or supplemented of 200 mg Cu/kg as copper sulfate pentahydrate (Sulfate), 75 mg Cu/kg as anhydrous copper citrate (Citrate), 20 mg/kg of virginiamycin (VM), or the combination Citrate + VM. The experiment in floor pens with reutilized litter was in randomized blocks and six replicates of 40 birds. There were no treatment effects in the initial period. Treatments did not affect feed intake and weight gain in the final period; VM resulted improved feed conversion compared to Control. In the overall period, liveweight, weight gain, feed intake and feed conversion were not affected by treatments. In the final and overall periods the viability of Sulfate birds was lower than Citrate, VM and Citrate + VM. No synergistic effect was found when VM + Citrate was fed. Rectal temperatures were not consistently affected by treatments. Cupric citrate was not more efficient than copper sulfate.

broilers; performance; copper; virginiamycin; body temperature


Cobre e Antibiótico como Promotores de Crescimento em Rações para Frangos de Corte

Copper and Antibiotic as Growth Promoters in Rations for Broiler Chickens

Autor(es) / Author(s)

Iafigliola MC1

Menten JFM2

Racanicci AMC1

Gaiotto JB1

1-Estudante de pós-graduação – Depto. de Produção Animal, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" – USP.

2-Prof. no Depto. de Produção Animal, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" – USP.

Correspondência / Mail Address

José Fernando Machado Menten

Depto. de Produção Animal

Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"/USP

Av: Pádua Dias, 11

13418-900 - Piracicaba - SP - Brasil

E-mail: jfmmente@carpa.ciagri.usp.br

Unitermos / Keywords

frangos de corte, desempenho, cobre, virginiamicina, temperatura corporal.

broilers, performance, copper, virginiamycin, body temperature.

RESUMO

Foi realizado um experimento objetivando avaliar os efeitos de promotores de crescimento sobre o desempenho e a temperatura corporal de frangos de corte, no período de 1 a 42 dias de idade. Os tratamentos consistiram de uma ração basal não suplementada (Controle), ou suplementada com 200 mg de Cu/kg de sulfato cúprico pentahidratado (Sulfato), 75 mg de Cu/kg de citrato cúprico anidro (Citrato), 20 mg/kg de virginiamicina (VM), ou a associação Citrato + VM, em um experimento em blocos casualizados com seis repetições de 40 aves, criadas sobre cama reutilizada.

Não se observou efeito de tratamentos na fase inicial. Na fase final os tratamentos não afetaram o consumo de ração e o ganho de peso, enquanto a conversão alimentar foi melhor para o VM comparado ao Controle. No período total não houve efeito de tratamentos sobre peso vivo, consumo, ganho de peso e conversão alimentar. No período final e total o Sulfato resultou em menor viabilidade das aves comparado ao Citrato, VM e Citrato + VM. Não foi verificado efeito sinérgico quando se usou VM + Citrato. Os tratamentos não influenciaram a temperatura retal das aves consistentemente. O citrato cúprico não revelou ser mais eficiente que o sulfato cúprico.

ABSTRACT

An experiment was carried out to evaluate the effects of growth promoters on the performance and body temperature of broiler chickens 1 to 42 days of age. The treatments were a basal diet unsupplemented (Control), or supplemented of 200 mg Cu/kg as copper sulfate pentahydrate (Sulfate), 75 mg Cu/kg as anhydrous copper citrate (Citrate), 20 mg/kg of virginiamycin (VM), or the combination Citrate + VM. The experiment in floor pens with reutilized litter was in randomized blocks and six replicates of 40 birds.

There were no treatment effects in the initial period. Treatments did not affect feed intake and weight gain in the final period; VM resulted improved feed conversion compared to Control. In the overall period, liveweight, weight gain, feed intake and feed conversion were not affected by treatments. In the final and overall periods the viability of Sulfate birds was lower than Citrate, VM and Citrate + VM. No synergistic effect was found when VM + Citrate was fed. Rectal temperatures were not consistently affected by treatments. Cupric citrate was not more efficient than copper sulfate.

INTRODUÇÃO

Os antibióticos, quando usados em níveis subterapêuticos em rações de animais, proporcionam aumento no ganho de peso, proporciona melhora da conversão alimentar e redução da mortalidade. O cobre, como elemento químico, também exibe característica de melhorar o desempenho animal quando em níveis acima dos exigidos nutricionalmente, sendo o sulfato de cobre pentahidratado a fonte de cobre mais utilizada. Pesquisas recentes (Pesti & Bakalli, 1996; Ewing et al., 1998) têm demonstrado os efeitos benéficos do citrato de cobre na alimentação de frangos de corte como possível alternativa ao sulfato de cobre, como promotor de crescimento. Foi observado que o citrato de cobre mostrou-se eficiente como promotor de crescimento, mesmo em menores níveis de cobre (63 ou 75 mg de Cu/kg) do que o sulfato de cobre (125 a 250 mg de Cu/kg). Entretanto, pesquisas realizadas no Brasil com frangos de corte (Brainer, 1998; Morais, 1999) e com suínos (Lima, 1999) não confirmaram essas indicações.

A virginiamicina é um antibiótico que vem sendo usado na produção animal desde a década de 50. Tem ação quase que exclusivamente sobre bactérias gram positivas e apresenta pequena absorção pelo trato digestivo. O uso da virgiamicina como promotor do crescimento de frangos de corte não parece resultar em redução de sua eficácia ao longo do tempo. Embora Bertechini & Hossain (1992) não tenham encontrado efeito positivo sobre frangos de corte em trabalho realizado no Brasil, mais recentemente Zhong et al. (1995) relataram que dosagens de 10 e 20 mg de virginiamicina/kg de ração resultaram em aumentos de cerca de 5% no ganho de peso e melhora de 4% na conversão alimentar.

Os promotores de crescimento citados acima possuem propriedades antimicrobianas, podendo reduzir a microflora intestinal patogênica da ave, submetendo-a a menor estresse imunológico. Esse estresse refere-se a mudanças no metabolismo animal seguidas por resposta inflamatória desencadeada pelo sistema imune.

Desafio microbiano é uma forma comum de estresse encontrado principalmente em sistema de criação intensivo, podendo ou não resultar em doenças clínicas, dependendo da patogenicidade dos microrganismos e da imunocompetência do animal (Klasing et al., 1987). Uma ave desafiada imunologicamente produz diversas citoquinas que podem aumentar a temperatura corporal, a taxa metabólica, causar anorexia e até mesmo direcionar os nutrientes para atender às necessidades energéticas da resposta imune, em vez de crescimento muscular (Ferket, 1999).

Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia da suplementação do cobre, através do citrato cúprico e sulfato cúprico, e do antibiótico virginiamicina como promotores do crescimento nas dietas de frangos de corte, bem como o efeito sinérgico entre cobre e antibiótico.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no galpão experimental do Departamento de Produção Animal da ESALQ/USP, Piracicaba-SP. Foram utilizados 1200 pintos machos de um dia da linhagem AgRoss distribuídos em 30 parcelas, com 40 aves por unidade experimental. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com cinco tratamentos e seis repetições: as repetições corresponderam aos blocos, os quais foram formados em função das diferenças de insolação e temperatura nas instalações, consistindo de cinco parcelas adjacentes no galpão experimental. Os tratamentos foram:

(a) Controle – ração basal não suplementada com qualquer agente antimicrobiano;

(b) Sulfato – ração suplementada com 200 mg de Cu/kg de sulfato cúprico pentahidratado;

(c) Citrato – ração suplementada com 75 mg de Cu/kg de citrato cúprico anidro;

(d) VM – ração suplementada com 20 mg/kg de virginiamicina;

(e) Citrato+VM – ração suplementada com a associação Citrato + VM.

As rações das fases inicial (1-21 dias), crescimento (22-35 dias) e final (36-42 dias) foram formuladas à base de milho e farelo de soja, de forma a atender as exigências nutricionais recomendadas por Rostagno et al. (1983) (Tabela 1). Água e ração foram fornecidas à vontade.

O experimento foi instalado logo após a retirada de um lote de frangos de corte, com o alojamento dos pintos sobre a mesma cama, sem desinfecção prévia, a fim de simular condições de desafio semelhantes às encontradas no campo. O material de cama foi a maravalha de madeira. Foram feitas duas coletas de cama para análise microbiológica, uma no dia do alojamento das aves e outra na data da saída do lote. Sub-amostras de seis repetições de cada tratamento foram reunidas em uma amostra. As determinações de coliformes totais e fecais e isolamento de E. coli foram feitos através de diluições seqüenciais e cultura nos meios caldo lactosado, verde brilhante, caldo lauril sulfato e caldo EC em laboratório de patologia (J. F. Laboratório de Patologia Animal S/C Ltda, Campinas, SP). Semanalmente, foram feitas pesagens das aves e das sobras de ração e medições da temperatura retal. Para essa medida, eram tomadas quatro aves por parcela (com peso vivo próximo ao peso médio da parcela) e a temperatura tomada na cloaca com uso de termômetro clínico digital. A temperatura corporal foi estudada como uma forma indireta de avaliar a ativação do sistema imune. As variáveis estudadas foram: peso vivo (PV), ganho de peso (GP), consumo de ração (CR), conversão alimentar (CA), viabilidade (VB) e temperatura retal (TR). Os dados de desempenho foram submetidos ao GLM do SAS (Statistical Analyses System, 1989) e as médias comparadas pelo teste de Tukey (5%). Para fins de análise estatística, o período experimental foi dividido em inicial (1-21 dias), final (22-42 dias) e total (1-42 dias). Os resultados de TR foram analisados da mesma forma, mas utilizando-se os dados semanais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) entre os tratamentos em nenhuma das variáveis de desempenho estudadas na fase inicial (1-21 dias) de criação dos frangos de corte (Tabela 2), indicando que os promotores de crescimento estudados não afetaram o desempenho das aves. Esses resultados não estão de acordo com March et al. (1978), Stutz & Lawton (1984) e Zuanon et al. (1998) que observaram melhor desempenho das aves na fase inicial com o uso de agentes antimicrobianos como promotores de crescimento.

Entretanto, em termos numéricos, o GP das aves dos tratamentos VM e Citrato + VM foi ligeiramente superior ao do controle (0,6% e 1,3%, respectivamente), enquanto que sulfato e citrato resultaram em GP cerca de 1,3% menores. Da mesma forma, em termos numéricos, a suplementação das dietas com os promotores de crescimento proporcionou um CR ligeiramente superior, sendo que as aves que receberam os tratamentos sulfato e citrato apresentaram os maiores consumos em comparação ao controle (1,2% e 3,5% superiores, respectivamente). Foi demonstrado que o cobre estimula o consumo de ração em suínos (Zhou et al. 1994; Dove, 1995). O maior CR das aves dos tratamentos sulfato e citrato não foi acompanhado de maior ganho de peso, resultando em pioras não significativas (p>0,05) na CA, da ordem de 2,7% e 4,7 %, respectivamente. A VB foi alta para esse período, embora tenha sido numericamente menor no tratamento sulfato que nos demais tratamentos.

No período final (22 a 42 dias), o GP e o CR não foram afetados (p>0,05) pelos tratamentos (Tabela 2). Entretanto, os GP dos tratamentos sulfato e citrato foram numericamente superiores aos dos demais tratamentos. Ao contrário do observado na fase inicial, o maior CR foi, numericamente, o das aves do tratamento controle. A conversão alimentar do tratamento com virginiamicina (VM) foi significativamente melhorada (p<0,05) em relação ao Controle, mas sem diferenças estatísticas com os demais tratamentos. Foi observada melhora de 2,7% na CA do tratamento VM em relação ao Controle, embora os tratamentos sulfato e citrato tenham mostrado vantagens numéricas de 1,5% e 2,2%, respectivamente. O sulfato resultou em menor VB das aves quando comparado com o citrato, VM e citrato + VM (p<0,05), porém não diferiu do controle. O controle, por sua vez, não diferiu dos demais tratamentos (p>0,05).

No período total (Tabela 2), não houve qualquer evidência de efeito dos promotores de crescimento sobre PV, GP, CR e CA. Apenas a VB foi afetada, sendo que o sulfato ocasionou maior mortalidade e refugagem das aves quando comparado com os tratamentos citrato, VM e citrato + VM (p<0,05). O sulfato não diferiu estatisticamente do controle (p>0,05), porém a VB das aves que receberam o tratamento sulfato foi numericamente menor. A ausência de diferenças entre a combinação citrato + VM e os tratamentos citrato e VM isolados indicou não haver efeito aditivo ou sinérgico entre esses promotores de crescimento. Esses resultados discordam de dados da literatura, indicando efeito sinérgico entre antibiótico e cobre em rações de suínos (Stahly et al., 1980; Coffey et al., 1994; Menten, 1995).

A ausência de resposta consistente aos promotores de crescimento testados pode estar relacionada às boas condições sanitárias em que as aves foram criadas. Hill et al. (1952) testaram dietas com ou sem adição de penicilina em lotes de frangos criados em dois ambientes diferentes. Em um deles, as instalações eram novas e limpas e no outro as instalações já tinham sido usadas por vários anos, estando velhas e sujas. A resposta no ganho de peso na quarta semana de idade com o uso de antibióticos foi cerca de 8% maior para aquelas aves criadas em ambiente sujo quando comparadas com as criadas em ambiente limpo. Segundo Cromwell (1991), essa maior resposta dos animais aos antibióticos em ambiente sujo é atribuída ao fato desses microingredientes controlarem o crescimento das bactérias que são responsáveis pela redução no desempenho.

O cobre também possui propriedade antimicrobiana (Shurson et al., 1990; Menten, 1995). Em recentes experimentos realizados na Esalq/USP com frangos de corte (Brainer, 1998; Morais, 1999) e com suínos (Lima, 1999) testando a eficiência do citrato cúprico e do sulfato cúprico como promotores de crescimento, verificou-se que o cobre não foi eficiente como promotor do crescimento dos animais devido, provavelmente, às excelentes condições sanitárias dos animais e das instalações experimentais.

No presente trabalho, a análise microbiológica da cama de frango (Tabela 4) evidenciou que a sua reutilização com intuito de induzir um desafio microbiano não foi suficiente para aumentar a carga patogênica e conseqüentemente estimular a ação dos agentes antimicrobianos testados. Na realidade, houve uma tendência a haver uma redução na contagem de coliformes totais e fecais na cama de todos os tratamentos ao final do experimento, em relação ao existente quando do alojamento das aves.

A TR dos frangos não foi afetada pelos tratamentos (p>0,05), exceto para as medidas feitas aos 28 dias. Nesse ponto, foi observada uma diminuição (0,29º C) na TR das aves que receberam citrato + VM quando comparadas ao controle e VM (p<0,05), entretanto não diferindo dos demais tratamentos. Por sua vez, os tratamentos controle e VM não diferiram estatisticamente dos demais tratamentos. Esses resultados são conflitantes quando comparados com os dados de desempenho dessas aves, pois o aumento de temperatura corporal está correlacionado com diminuição no consumo de ração e conseqüentemente uma possível piora no desempenho, fato esse não confirmado no presente experimento (Tabela 2). Assim, pode-se considerar que as diferenças significativas nessa variável foram devidas a um efeito casual.

Como foi citado anteriormente, o estresse imunológico resulta em alterações metabólicas que modulam a resposta imune. Uma ave que sofreu um desafio imunológico, por exemplo, produz citoquinas, como interleucina-1 (IL-1), que podem aumentar a temperatura corporal, deprimindo o consumo e conseqüentemente o ganho de peso (Klasing et al., 1987; Ferket, 1999).

Klasing et al. (1987) correlacionaram o aumento de temperatura corporal com o aumento da IL-1 em aves. Foi demonstrado que as injeções intraperitoniais de IL-1 e lipopolissacarídeo (LPS) de E. coli induziram o aumento da temperatura corporal em frangos de corte de 41,5º C para 42,5 e 42,3º C, respectivamente.

Um dos modos de ação dos agentes antimicrobianos como promotores de crescimento bastante aceito entre os pesquisadores refere-se a sua ação na microflora intestinal patogênica, diminuindo assim a necessidade de ativação do sistema imune do animal.

Em animais tratados com agentes antimicrobianos promotores de crescimento, espera-se que a produção de anticorpos seja menor em comparação àqueles não tratados. Conseqüentemente, a quantidade de IL-1 para mediar o sistema imunológico também é menor e a temperatura corporal se mantém em homeostase.

Roura et al. (1992) demonstraram que aves criadas em ambiente limpo não responderam a antibióticos na ração, enquanto em ambiente sujo os antibióticos na ração melhoraram o ganho de peso e a eficiência alimentar e causaram redução da IL-1. Demonstraram também que o estresse imunológico causado pela injeção de LPS de Salmonella typhimurium causou uma elevação de 0,30º C na temperatura retal dos frangos. Em aves não suplementadas, a temperatura foi 0,23º C maior que nas que receberam antibiótico na ração.

CONCLUSÕES

Nas condições em que o experimento foi conduzido, o emprego de promotores de crescimento não influenciou o desempenho das aves. O citrato de cobre não revelou ser mais eficiente que o sulfato de cobre. Não foi observado efeito sinérgico entre o citrato de cobre e a virginiamicina sobre nenhuma variável estudada. Os promotores de crescimento usados não proporcionaram redução na temperatura corporal das aves.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    06 Nov 2002
  • Data do Fascículo
    Set 2000
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