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Hepatic Graft versus Host Disease

Doença do Enxerto versus Hospedeiro Hepática

Imagens em Hematologia Clínica

Doença do Enxerto versus Hospedeiro Hepática

Hepatic Graft versus Host Disease

Paulo A. Zola1 1 - Médico Hematologista e Hemoterapeuta do HB de S.J.R.Preto 2 - Médico Patologista do HB de S.J.R.Preto

Dalisio Santi Neto2 1 - Médico Hematologista e Hemoterapeuta do HB de S.J.R.Preto 2 - Médico Patologista do HB de S.J.R.Preto

Doença na qual os linfócitos T do doador reconhecem como estranhos os antígenos do receptor. Para que isto aconteça, algumas condições são necessárias:

a) O implante deve conter células imunocomponentes;

b) O receptor deve ter aloantígenos que diferem do doador, ou reconhecer autoantígenos de forma inadequada.

c) O receptor deve ser incapaz de produzir resposta imune contra o enxerto.

Tipos de Doença Enxerto versus Hospedeiro

Alogênica: Aguda e Crônica

A DEVH aguda tem início aproximadamente no 19o dia após Transplante, podendo afetar três órgãos básicos: pele, fígado e intestino. Não é infreqüente a DEVH tardia podendo ocorrer mesmo depois D+100.

Na pele observa-se eritema maculopapuloso em região palmar, plantar, orelhas, face, pescoço, tronco e flancos. Nas fases mais avançadas observam-se descamação cutânea, formação de bolhas, e necrose epidérmica.

No fígado ocorre colestase e como conseqüência, a elevação da bilirrubina e da fosfatase alcalina plasmática.

O quadro histológico da forma aguda da DEVH é caracterizado por infiltrado linfocítico e/ou misto nos espaços porta, com agressão ao epitélio biliar causando degeneração e necrose celular epitelial, lesão característica da doença enxerto versus hospedeiro, da forma aguda. Estes achados histológicos são encontrados mais comumente entre os dias 35 a 90 pós transplante. No lóbulo encontram-se muitos corpos acidofílicos, variando com a idade da lesão.

A DEVH aguda pode ser seguida pela forma crônica da doença e nessa condição ocorrem ductopenia, fibrose biliar e colestase.

As alterações gastrointestinais são manifestadas por anorexia, náuseas, vômitos, intolerância alimentar, diarréia, dor em cólica e enterorragia.

Os fatores de riscos mais comuns que aumentam a possibilidade de DEVH são:

- incompatibilidade doador / receptor (HLA)

- alossensibilização do doador

- idade do paciente e do doador

- sexo oposto, doador / receptor

- quantidade de linfócitos T do inóculo

A DEVH crônica geralmente tem início depois do dia +100, porém, empregam-se os critérios clínicos para o diagnóstico, uma vez que a DEVH crônica pode ocorrer mesmo antes do D+100.

Ela é caracterizada clinicamente por lesões:

Cutâneas: semelhantes ao líquen plano, esclerodermia, eritrodermia, hiperqueratose e descamação cutânea.

Mucosas: candidíase, herpes, lesões tipo líquen plano, e Síndrome Seco.

Hepática: colestase, e excepcionalmente evolução para cirrose.

Ocular: Síndrome Seco, conjuntivite.

Gastrointestinal: diarréia, má absorção intestinal, disfagia.

Pulmonares: bronquiolites obliterantes, infecções pulmonares freqüentemente associadas ao déficit de IgA.

Neuromuscular: miastenia gravis, polimiosites, dores musculares e caimbras musculares.

Referência Bibliográfica:

Carreras E., Brunet S., Rovira M., Sierra J., Urbano-Ispizua. Á., Manual de Trasplante Hemopoyético 1998, Ediciones Antares ¾ Espanã.

Hospital de Base de São José do Rio Preto

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    - Médico Hematologista e Hemoterapeuta do HB de S.J.R.Preto
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    - Médico Patologista do HB de S.J.R.Preto
  • Fechas de Publicación

    • Publicación en esta colección
      18 Jun 2003
    • Fecha del número
      Abr 2000
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