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Internacionalização da educação/ensino superior

Sociologias apresenta neste número o dossiê Internacionalização da educação superior: instituições e diplomacia do conhecimento sobre ensino superior, organizado por Maria Lígia de Oliveira Barbosa e Clarissa Eckert Baeta Neves.1 1 As etapas da educação brasileira dividem-se em básica (formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e superior, anteriormente conhecida como “terceiro grau”, esta sendo a etapa que vem após a educação básica, mais especificamente após o ensino médio. O momento sociopolítico brasileiro parece bem propício à discussão dessa temática - entre outras - evidenciando uma série de questões, mais ou menos polêmicas, que lhe dizem respeito direta ou indiretamente.2 2 Como, por exemplo, questões relacionadas ao acesso, apoio público, níveis de taxa de matrícula, papel do setor privado, políticas sobre financiamento, orientação para pesquisa e, mais recentemente, a internacionalização da formação no nível superior de ensino. Para mais detalhes sobre esse debate, ver, entre outros, Rumbley et al. (2014), Neves et al. (2018), Trow (1970), Gumport (2007), Gripp; Barbosa (2014). É desse debate que se origina, conforme Neves et al. (2018, p. 20), um “lugar de reconhecimento da importância da educação superior” no Brasil e no mundo, e no qual ocorrem importantes transformações: “são mudanças de escala e de desconcentração global do atendimento, mudanças de configuração da oferta e, especialmente, de legitimidade e de reconhecimento nas sociedades contemporâneas”.

Este dossiê trata de temas relacionados à internacionalização da educação superior, ao mesmo tempo em que questiona a definição e a medida da qualidade do ensino e da aprendizagem, a diversificação nas instituições de ensino superior e a equidade no tratamento desses temas.3 3 O tema da internacionalização como objeto de pesquisa se associa às reflexões originais de Knight (1994). Em um texto de 2007, segundo Barbosa e Neves (neste dossiê), “esta autora produz um marco analítico para a abordagem sociológica da internacionalização do ensino superior, estabelecendo linhas de pesquisa que até hoje orientam os melhores estudos”. Esses questionamentos formam um amplo programa de pesquisa e alguns deles estão aprofundados nas discussões e análises proporcionadas pelos artigos aqui ofertados à leitura. Outros são apenas delineados, indicando novas direções para estudos nessa temática. O que aqui é proposto pretende contribuir com a sistematização e o avanço das discussões nesse campo de reflexão e debate, propondo e discutindo um conjunto de análises empíricas de diferentes regiões do mundo para as quais as questões relacionadas ao tema têm se mostrado significativas.

Segundo as organizadoras do dossiê, este conta com a contribuição de diferentes autores que elaboraram seus textos ao longo do ano de 2019, portanto, antes da eclosão da pandemia da COVID-19. A publicação do dossiê ocorre em meio a um quadro aguçado desta pandemia, diante de suas duras consequências socioeconômicas e sanitárias. Diferentemente dos dossiês em números anteriores, este marca, portanto, a editoria da revista pelas condições mais difíceis e delicadas geradas pelo quadro da pandemia. Se esse já não fosse suficiente problema a tratar, enfrentamos - a exemplo de muitas outras revistas na área das humanidades - outro relacionado aos cortes recentes de recursos financeiros normalmente concedidos por agências oficiais de fomento à pesquisa e à pós-graduação brasileiras. Mas, estamos determinados a insistir e permanecer produzindo e divulgando conhecimento científico crível e de qualidade. Esta é nossa tarefa mais relevante no momento.

O ensino superior, no Brasil e fora dele, foi durante muito tempo considerado um espaço elitista, restrito a um número pequeno de privilegiados na maioria das sociedades. No entanto, nos últimos tempos, no contexto da mundialização das economias e da sociedade dita “do conhecimento”, ele tem se constituído em importante instituição, desempenhando um reconhecido papel no desenvolvimento na contemporaneidade, tornando-se um desafio crucial para as ciências sociais - e, particularmente, para a sociologia - devido à posição relevante que as instituições de ensino superior têm ocupado na esfera cultural da modernidade. Esse reconhecimento é atestado pela sua massificação em escala global, como ressaltam as organizadoras deste dossiê e seus articulistas, estabelecendo complexas relações com o processo de desenvolvimento, com a produção de tecnologias, com as crescentes exigências de democratização, de diminuição das desigualdades de oportunidades e como fator de mobilidade social nas sociedades contemporâneas. Inovação, ampliação de conhecimentos e qualificação de pessoas em “nível superior” se transformaram em verdadeiras “moedas de troca” no contexto de competitividade entre países, com nítidos “ganhadores” atualmente.

A reflexão sociológica sobre este tema tem acompanhado as transformações que o sistema de educação/ensino superior vive em nível regional, nacional e internacional, com as demandas sociais articuladas em torno do sentido a ser atribuído a este nível de educação/ensino. Segundo as organizadoras deste dossiê, “os sistemas de educação superior de todos os países têm sido especialmente confrontados com os desafios de democratização do acesso e de equidade social, bem como com as implicações desses desafios para o financiamento de sua operação e crescimento” (Barbosa; Neves, neste dossiêBARBOSA, Maria Lígia de O.; NEVES, Clarissa E. B. Internacionalização da educação superior: instituições e diplomacia do conhecimento. Sociologias, v. 22, n. 54, p. xx-xx, 2020.).

A produção intelectual no campo da sociologia tem destacado e discutido, por diversas vezes, os marcos que caracterizam a relação entre sociologia (e também as ciências sociais) e a análise dos sistemas de ensino (o superior incluído) e sua influência nos processos na contemporaneidade, tendo ocupado lugar predominante nas obras de autores considerados clássicos como, por exemplo, Bourdieu (1980BOURDIEU, Pierre. Questions de sociologie. Paris: Éditions de Minuit, 1980.; 1982BOURDIEU, Pierre. Leçon sur la leçon. Paris: Éditions de Minuit , 1982.), Durkheim (1980DURKHEIM, Emile. Éducationn et sociologie. Paris: Puf, 1980.; 1990DURKHEIM, Emile. L’evolution pédagogique en France. Paris: Puf , 1990.), Giddens (1991GIDDENS, Anthony. The consequences for modernity. Stanford: Stanford University Press, 1991.), Mannheim (1968MANNHEIM, Karl. Essays in the sociology of knowledge. Londres: Routledge, 1968.), entre outros. Martins (2012MARTINS, Carlos B. Sociologia e ensino superior: encontro ou desencontro? Sociologias, v. 14, n. 29, p. 100-127, jan./abr. 2012., p. 100) ressalta que o sistema de ensino, sobretudo o de nível considerado superior, “tem ocupado uma posição estratégica nas sociedades contemporâneas em função da complexa relação que mantém com as esferas econômica, política e cultural em distintos contextos societários”. Na área da sociologia contemporânea, o sistema de ensino transformou-se em um subcampo especializado em seu interior.

A internacionalização das instituições de ensino superior em nível mundial é, segundo De Wit et al. (2015)DE WIT, Hans; HUNTER, Fiona; HOWARD, Laura; EGRON-POLACK, Eva. The internationalisation of higher education, Bruxelas: European Parliament, Committee on Culture and Education, 2015, “cada vez mais, um processo intencional e não apenas uma experiência passiva”. Há ainda, no entanto, expectativas em torno da “universidade internacionalizada”, de sua contribuição para o processo de mundialização no século 21 e de sua capacidade de competição além-fronteiras pelas melhores mentes, recursos financeiros e tecnologias inovadoras. De um modo geral, as opiniões - e muitas das análises acadêmicas - se situam num espectro favorável - elogioso, até - à internacionalização, reproduzindo o que foi expresso pela Unesco em 1995:

(l)a internacionalización cada vez mayor de la educación superior es en primer lugar, y, ante todo, el reflejo del carácter mundial del aprendizaje y la investigación. Ese carácter mundial se va fortaleciendo gracias a los procesos actuales de integración económica y política, por la necesidad cada vez mayor de comprensión intercultural y por la naturaleza mundial de las comunicaciones modernas, los mercados de consumidores actuales, etc. El incremento permanente del número de estudiantes, profesores e investigadores que estudian, dan cursos, investigan, viven y comunican en un marco internacional es buena muestra de esta nueva situación general, a todas luces benéfica (UNESCO, 1995, p. 42, apud Barbosa; Neves, neste dossiê).

Esse caráter ufanista em relação à internacionalização foi (é), no entanto, questionado no campo das ciências sociais. Muitos autores têm produzido textos questionando/criticando essa pretensa virtude, levantando vários problemas relativos, sobretudo, às sociedades periféricas ao tentarem acompanhar esse processo. Os artigos neste dossiê vão nessa direção. Mas ainda é pertinente fazer o questionamento de Martins (2012MARTINS, Carlos B. Sociologia e ensino superior: encontro ou desencontro? Sociologias, v. 14, n. 29, p. 100-127, jan./abr. 2012.), quando este se pergunta sobre como a temática da educação, destacadamente a de nível superior, enquanto tendência, se situa criticamente no interior da disciplina de sociologia. O dossiê em questão ajuda a responder a este questionamento, na medida em que busca, por meio de rigorosa investigação dos autores, com visões críticas em contextos sociais distintos, analisar questões referentes ao desenvolvimento e à imbricação desse nível de ensino nas questões sociopolíticas e educacionais - um verdadeiro empreendimento intelectual que mobiliza sociólogos e cientistas sociais de diferentes países. Este propósito parece ir na direção do entendimento da dimensão estratégica do ensino superior no mundo contemporâneo, buscando preencher um espaço ainda escassamente preenchido em trabalhos nesta temática.

Conforme suas organizadoras, servindo-se, por um lado, dos avanços e da profusão de trabalhos de dirigentes universitários e, por outro, dos embates críticos postos pela pesquisa acadêmica sobre a educação, este dossiê propõe uma abordagem das ciências sociais voltadas à compreensão analítica das tendências de internacionalização que, segundo as distintas regiões geográficas, conjugam agentes sociais diferenciados na produção de políticas e processos variados. Elas ressaltam, ainda, que a ênfase na dimensão regional deve-se à sua centralidade para o conceito de internacionalização e para os processos institucionais associados (BARBOSA; NEVES, neste dossiêBARBOSA, Maria Lígia de O.; NEVES, Clarissa E. B. Internacionalização da educação superior: instituições e diplomacia do conhecimento. Sociologias, v. 22, n. 54, p. xx-xx, 2020.).

Por fim, fazemos nossas as palavras das organizadoras deste dossiê:

refletir sobre as diferentes experiências de internacionalização da educação superior e analisar as diversas dimensões, atores e possíveis consequências desse movimento mundial nas várias regiões é uma tarefa urgente. O dossiê que ora apresentamos trata da internacionalização da educação superior considerando sua relevância, seus agentes, estratégias, tendências e perspectivas futuras (Barbosa; Neves, neste dossiêBARBOSA, Maria Lígia de O.; NEVES, Clarissa E. B. Internacionalização da educação superior: instituições e diplomacia do conhecimento. Sociologias, v. 22, n. 54, p. xx-xx, 2020. - destaque acrescido).

Além do dossiê, na seção Artigos este número de Sociologias traz textos que cobrem diferentes, relevantes e atuais temas no campo acadêmico e social. O primeiro deles, Procesos de construcción identitaria y desafíos del antiesencialismo analítico, de autoria de Rita Sobczyk, Rosa Soriano-Miras e Andrés Caballero Calvo, foca as tensões sociais e políticas atuais como geradoras de um renovado processo de construção identitária. Os autores, no entanto, reconhecem certa ambiguidade no conceito de “identidade”, que tem uma presença marcante nos discursos públicos, limitando sua utilidade analítica e dificultando a transferência de conhecimento das investigações científicas que possam contribuir com os debates informados no âmbito público. Os autores realizam uma revisão dos estudos existentes, advogando pela conceitualização da identidade como um processo multidimensional, levando-os a propor cinco precauções principais a considerar na hora de estabelecer relações entre as categorias identitárias e as pautas sociais; propõem também uma reflexão sobre a necessidade de combinar o antiessencialismo analítico com o estudo dos essencialismos cotidianos e suas implicações.

O segundo artigo, de Nelson Rosário de Souza, Daniela Rocha Drummond e Viritiana Aparecida Almeida, As disputas discursivas por identidade racial em dois seriados televisivos brasileiros, analisa duas séries de televisão brasileiras: Sexo e as Negas e Mister Brau. A primeira retrata a intimidade de quatro mulheres negras da periferia urbana, destacando seu protagonismo quanto à sexualidade. A segunda tematiza a ascensão social de um jovem casal de negros a partir do sucesso musical. Segundo os autores, em ambas aparecem tensões interseccionais de raça, classe e gênero que exigem uma perspectiva não essencialista que valorize as interações entre mídia e sociedade. Para eles, a questão central do estudo situa-se nas tensões e contradições que podem ser apreendidas nos conteúdos dos seriados, comparativamente, quando se observam as linhas discursivas sobre raça e gênero que eles mobilizam, conferindo protagonismo aos afrodescendentes, entretanto, evidenciando a reprodução dessas linhas discursivas associadas à subalternização, mas não sem resistências.

Jair Eduardo Restrepo Pineda e Juliana Jaramillo Jaramillo, em Padres y madres homosexuales y bisexuales en Colombia: aproximación a las percepciones sobre la família, analisam as percepções de pais e mães homossexuais e bissexuais residentes na Colômbia acerca de suas famílias. Para tanto, realizam uma aproximação aos imaginários e representações sociais acerca dessas famílias, tentando evidenciar a maneira pela qual vinculam ambas as categorias para reconfigurar, a partir de suas experiências pessoais, a imagem e a percepção de famílias constituídas. Os autores concluem que pais e mães homossexuais e bissexuais têm percepções sobre suas famílias nas quais se dá uma ruptura radical com o modelo de família tradicional, ainda que se apresentem continuidades em aspectos tais como a afetividade, o cuidado, os papéis de gênero, os quais, no entanto, são valorizados e priorizados de forma distinta.

Finalizando esta seção, no artigo Um esboço de sociologia pragmática da “violência”, Alexandre Werneck, Cesar Pinheiro Teixeira e Vittorio da Gamma Talone propõem uma sociologia pragmática da violência. A partir da semiótica de uma operação cognitiva primordial contida nas definições de situação, na qualificação e na caracterização fundamental das coisas, os autores mapeiam os sentidos atribuídos àquilo que atores sociais em geral (e analistas em particular) tratam como violência. Também observam que essa operação preenche de sentido um objeto concreto, a “força desproporcional”, cujas ressignificações compõem uma tipologia de cinco “sociologias da violência”, tanto nativas quanto analíticas: substantivista, construtivista, política, crítica e praxiológica. A esse quadro, os autores sugerem acrescentar uma sociologia pragmática: nela, a partir do entendimento do signo violência como um “interpretante”, buscam compreender como, nas operações de qualificação, ele serve de elo entre metafísicas morais (formas de ver o mundo nas quais faz sentido o uso da força desproporcional) e os dispositivos capazes de atualizá-las.

Na seção Interfaces apresentamos o artigo de Carlos Valdebenito Valdebenito, Luis Álvarez Aránguiz, Rodrigo Hidalgo Dattwyler e Carlos Vergara Constela, que trata das Cooperativas de viviendas cerradas y diferenciación socio-residencial. El caso de la comuna de Viña del Mar. Nele, os autores discutem a atuação urbana das cooperativas de habitação nesta cidade chilena durante a última década do século 20, as quais são postas em diálogo e tensão com o desenvolvimento dos processos urbanos. Através de enfoques conceituais que abordam a cidade neoliberal e o estudo da diferenciação socioresidencial do espaço urbano, os autores buscam promover uma leitura do lugar que ocupam essas cooperativas. Concluem que a marca dessas cooperativas de habitação se dissemina e se confunde com o estabelecimento da oferta imobiliária privada, e que, embora os mecanismos de consecução das habitações sejam distintos em termos de gestão do solo e associação, ambas as formas possuem muitas semelhanças, tais como a presença de espaços públicos privados, o estabelecimento de fronteiras físicas, a fragmentação da trama urbana e os mecanismos de acesso controlado.

Na seção Resenhas destacamos o texto de Marcos Abraão Ribeiro, Lilia Schwarcz e a persistência do nacionalismo metodológico nas interpretações do Brasil. O resenhista apresenta uma análise crítica do livroSobre o autoritarismo brasileiro (publicado em 2019 pela Companhia das Letras), da antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz, que procura realizar uma interpretação multidimensional do autoritarismo nacional. Através da apresentação dos argumentos principais presentes no livro, o resenhista defende que a interpretação construída pela autora não rompe com as tradicionais imagens do Brasil, reproduzindo uma perspectiva idealizada do sistema democrático em sintonia com o nacionalismo metodológico, levando-a a enfatizar as supostas particularidades do caso brasileiro. Dessa forma, Ribeiro conclui que o trabalho de Schwarcz contribui para manter-nos em posição subordinada dentro da geopolítica do conhecimento na modernidade global.

Finalizando este número da revista, trazemos a seção Brazil Today , sob a curadoria de Karl Monsma, com o resumo de Daniel Cardoso Alves, A trajetória do acadêmico quilombola no ensino superior. O autor apresenta os resultados de uma pesquisa de natureza quantitativa realizada no ano de 2019, no contexto da política de inclusão social adotada pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que se relaciona aos acadêmicos quilombolas contemplados com o ingresso no ensino superior por meio do sistema de quotas adicionais.

Desejamos a todos nossos leitores um enfrentamento solidário e consequente da pandemia e que tenham uma boa leitura.

O Editor

Referências

  • BARBOSA, Maria Lígia de O.; NEVES, Clarissa E. B. Internacionalização da educação superior: instituições e diplomacia do conhecimento. Sociologias, v. 22, n. 54, p. xx-xx, 2020.
  • BOURDIEU, Pierre. Questions de sociologie. Paris: Éditions de Minuit, 1980.
  • BOURDIEU, Pierre. Leçon sur la leçon. Paris: Éditions de Minuit , 1982.
  • DURKHEIM, Emile. Éducationn et sociologie. Paris: Puf, 1980.
  • DURKHEIM, Emile. L’evolution pédagogique en France. Paris: Puf , 1990.
  • GIDDENS, Anthony. The consequences for modernity. Stanford: Stanford University Press, 1991.
  • GRIPP, Glicia S.; BARBOSA, Maria Ligia O. A sociologia da educação superior: ensaio de mapeamento do campo. In: BARBOSA, Maria Ligia O. (org.). Ensino superior: expansão e democratização, v. 1. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014. p. 19-49.
  • GUMPORT, Patricia J. (Ed.). Sociology of higher education. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007.
  • KNIGHT, Jane. Internationalization: elements and checkpoints. CBIE Research, n. 7, 1994. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED549823.pdf
    » https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED549823.pdf
  • MANNHEIM, Karl. Essays in the sociology of knowledge. Londres: Routledge, 1968.
  • MARTINS, Carlos B. Sociologia e ensino superior: encontro ou desencontro? Sociologias, v. 14, n. 29, p. 100-127, jan./abr. 2012.
  • NEVES, Clarissa B.; SAMPAIO, Helena; HERINGER, Rosana. A institucionalização da pesquisa sobre ensino superior no Brasil. Revista Brasileira de Sociologia, v. 6, n. 12, 2018. http://dx.doi.org/10.20336/rbs.243
    » https://doi.org/http://dx.doi.org/10.20336/rbs.243
  • RUMBLEY, Laura E. et al Higher education: a worldwide inventory of research centers, academic programs, and journals and publications. 3. ed. Bonn: Lemmens, 2014.
  • TROW, Martin. Reflections on the transition from mass to universal higher education. Daedalus, v. 99, n. 1, p. 1-42, 1970.https://www.jstor.org/stable/20023931
    » https://www.jstor.org/stable/20023931
  • DE WIT, Hans; HUNTER, Fiona; HOWARD, Laura; EGRON-POLACK, Eva. The internationalisation of higher education, Bruxelas: European Parliament, Committee on Culture and Education, 2015

Notas

  • 1
    As etapas da educação brasileira dividem-se em básica (formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e superior, anteriormente conhecida como “terceiro grau”, esta sendo a etapa que vem após a educação básica, mais especificamente após o ensino médio.
  • 2
    Como, por exemplo, questões relacionadas ao acesso, apoio público, níveis de taxa de matrícula, papel do setor privado, políticas sobre financiamento, orientação para pesquisa e, mais recentemente, a internacionalização da formação no nível superior de ensino. Para mais detalhes sobre esse debate, ver, entre outros, Rumbley et al. (2014)RUMBLEY, Laura E. et al. Higher education: a worldwide inventory of research centers, academic programs, and journals and publications. 3. ed. Bonn: Lemmens, 2014., Neves et al. (2018)NEVES, Clarissa B.; SAMPAIO, Helena; HERINGER, Rosana. A institucionalização da pesquisa sobre ensino superior no Brasil. Revista Brasileira de Sociologia, v. 6, n. 12, 2018. http://dx.doi.org/10.20336/rbs.243
    https://doi.org/http://dx.doi.org/10.203...
    , Trow (1970)TROW, Martin. Reflections on the transition from mass to universal higher education. Daedalus, v. 99, n. 1, p. 1-42, 1970.https://www.jstor.org/stable/20023931
    https://www.jstor.org/stable/20023931...
    , Gumport (2007)GUMPORT, Patricia J. (Ed.). Sociology of higher education. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 2007., Gripp; Barbosa (2014)GRIPP, Glicia S.; BARBOSA, Maria Ligia O. A sociologia da educação superior: ensaio de mapeamento do campo. In: BARBOSA, Maria Ligia O. (org.). Ensino superior: expansão e democratização, v. 1. Rio de Janeiro: 7Letras, 2014. p. 19-49.. É desse debate que se origina, conforme Neves et al. (2018NEVES, Clarissa B.; SAMPAIO, Helena; HERINGER, Rosana. A institucionalização da pesquisa sobre ensino superior no Brasil. Revista Brasileira de Sociologia, v. 6, n. 12, 2018. http://dx.doi.org/10.20336/rbs.243
    https://doi.org/http://dx.doi.org/10.203...
    , p. 20), um “lugar de reconhecimento da importância da educação superior” no Brasil e no mundo, e no qual ocorrem importantes transformações: “são mudanças de escala e de desconcentração global do atendimento, mudanças de configuração da oferta e, especialmente, de legitimidade e de reconhecimento nas sociedades contemporâneas”.
  • 3
    O tema da internacionalização como objeto de pesquisa se associa às reflexões originais de Knight (1994)KNIGHT, Jane. Internationalization: elements and checkpoints. CBIE Research, n. 7, 1994. Disponível em: https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED549823.pdf
    https://files.eric.ed.gov/fulltext/ED549...
    . Em um texto de 2007, segundo Barbosa e Neves (neste dossiê), “esta autora produz um marco analítico para a abordagem sociológica da internacionalização do ensino superior, estabelecendo linhas de pesquisa que até hoje orientam os melhores estudos”.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Ago 2020
  • Data do Fascículo
    May-Aug 2020
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