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Efeito do uso profilático do anti-inflamatório não-esteroide ibuprofeno sobre o desempenho em uma sessão de treino de força

Resumos

INTRODUÇÃO: Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, têm sido utilizados por atletas de várias modalidades com o intuito de aumentar desempenho esportivo. OBJETIVO: Verificar o efeito do uso profilático de ibuprofeno sobre desempenho em uma sessão de treino de força. MÉTODOS: Um ensaio clínico, cruzado, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado foi desenvolvido com 12 praticantes regulares de treino de força do sexo masculino, os quais realizaram uma sessão de treino após a ingestão de ibuprofeno (1,2 g) e uma outra após a ingestão de placebo. Seis séries dos exercícios supino e agachamento foram realizadas em cada sessão de treino com uma carga constante correspondente a 65% da 1RM de cada exercício. O desempenho no treinamento foi mensurado através do número de repetições que os voluntários conseguiram realizar em cada série de exercício a cada sessão de treino de força. RESULTADOS: Não foram verificadas diferenças significativas de desempenho no treino de força com a administração prévia de placebo ou ibuprofeno (p > 0,05). CONCLUSÃO: A ingestão de ibuprofeno nos parâmetros de administração adotados pelo presente estudo não promove qualquer tipo de alteração na tolerância ao exercício em uma sessão isolada de treino de força, o que contraria a indicação dessa substância para fins ergogênicos no treino de força.

anti-inflamatórios não-esteroides; treino de força; desempenho


INTRODUCTION: Non-steroidal anti-inflammatory drugs, such as ibuprofen, have been used by athletes of several sports modalities in order to increase athletic performance. OBJECTIVE: To verify the effect of the prophylactic use of ibuprofen on performance in a strength training session. METHODS: A crossover, randomized, double-blind and placebo-controlled clinical assay was developed with twelve male regular practitioners of strength training who performed one strength training session after ibuprofen (1.2 g) ingestion and another session after placebo ingestion. Six series of bench press and squat exercises were performed in each training session with constant load corresponding to 65% of the 1RM in each exercise. The training performance was measured through the number of repetitions that volunteers have accomplished in each exercise series of each strength training session. RESULTS: No significant performance differences were verified in strength training with previous administration of placebo or ibuprofen (p < 0.05). CONCLUSION: Ibuprofen administration at the same parameters adopted by the present study does not promote any change on tolerance to exercise in a single strength training session, a fact which is contrary to the administration of this substance for ergogenic purposes in strength training.

non-steroidal anti-inflammatories; strenght training; performance


ARTIGO ORIGINAL

APARELHO LOCOMOTOR NO EXERCÍCIO E NO ESPORTE

Efeito do uso profilático do anti-inflamatório não-esteroide ibuprofeno sobre o desempenho em uma sessão de treino de força

Cleiton Silva Correa; Eduardo Lusa Cadore; Bruno Manfredini Baroni; Eduardo Ramos da Silva; Jocelito Martins Bijoldo; Ronei Silveira Pinto; Luiz Fernando Martins Kruel

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Escola de Educação Física (Esef), Laboratório de Pesquisa do Exercício (Lapex) ­­– Porto Alegre, RS, Brasil

Correspondência Correspondência: Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX); Escola de Educação Física (ESEF); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Rua Felizardo, 750, Jardim Botânico 90690-200 – Porto Alegre, RS, Brasil. E-mail: cleitonesef@yahoo.com.br

RESUMO

INTRODUÇÃO: Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno, têm sido utilizados por atletas de várias modalidades com o intuito de aumentar desempenho esportivo.

OBJETIVO: Verificar o efeito do uso profilático de ibuprofeno sobre desempenho em uma sessão de treino de força.

MÉTODOS: Um ensaio clínico, cruzado, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado foi desenvolvido com 12 praticantes regulares de treino de força do sexo masculino, os quais realizaram uma sessão de treino após a ingestão de ibuprofeno (1,2 g) e uma outra após a ingestão de placebo. Seis séries dos exercícios supino e agachamento foram realizadas em cada sessão de treino com uma carga constante correspondente a 65% da 1RM de cada exercício. O desempenho no treinamento foi mensurado através do número de repetições que os voluntários conseguiram realizar em cada série de exercício a cada sessão de treino de força.

RESULTADOS: Não foram verificadas diferenças significativas de desempenho no treino de força com a administração prévia de placebo ou ibuprofeno (p > 0,05).

CONCLUSÃO: A ingestão de ibuprofeno nos parâmetros de administração adotados pelo presente estudo não promove qualquer tipo de alteração na tolerância ao exercício em uma sessão isolada de treino de força, o que contraria a indicação dessa substância para fins ergogênicos no treino de força.

Palavras-chave: anti-inflamatórios não-esteroides, treino de força, desempenho.

INTRODUÇÃO

Os potentes efeitos analgésicos e anti-inflamatórios dos medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) elevam estes fármacos a uma condição de destaque no tratamento de lesões osteomioarticulares provenientes da rotina de treinamento e competições de atletas de diversas modalidades esportivas1,2. Uma vez que são substâncias permitidas pela World Anti-Doping Agency (WADA), os AINEs acabam por ser utilizados em elevada frequência, ou mesmo de forma crônica, por um número considerável de atletas3,4. Além disso, é cada vez maior o índice de atletas que adota o uso profilático dos AINEs com a intenção de prevenir a dor e a inflamação antes mesmo que elas sejam geradas pelo exercício4,5.

O efeito do uso profilático de AINEs sobre o desempenho esportivo desperta preocupação na comunidade científica há mais de três décadas6. Entretanto, este tema ainda apresenta carência na literatura da área e, apesar da crença por parte de atletas e treinadores de que alguns medicamentos possuam ação ergogênica, as evidências científicas até então reportadas são contraditórias. Enquanto ensaios clínicos já demonstraram que a droga analgésica conhecida como aspirina não altera a performance em exercícios incrementais7, exercícios de característica predominantemente aeróbia (ultra-maratona)8 ou anaeróbia (treino de força)9, evidências sugerem que o analgésico paracetamol é capaz de reduzir o tempo de ciclistas em provas de dez milhas10. Em relação aos AINEs, um número limitado de evidências em humanos sugere ausência de benefícios relacionados à terapia farmacológica em exercícios de endurance11. Entretanto, nenhum estudo foi encontrado nas bases de dados pesquisadas (PubMed e SciELO) a respeito do efeito dos AINEs sobre o desempenho em exercícios de predominância anaeróbia.

A relação entre AINEs e treino de força (também chamado de treino resistido) já fora abordada por trabalhos que se focaram nos efeitos da utilização profilática12,13 ou terapêutica12,14-16 destes agentes farmacológicos no tratamento dos sintomas do dano muscular induzido pelo exercício excêntrico, especialmente a dor muscular tardia. Além disso, já fora investigado o efeito do uso crônico de AINEs sobre a resposta hipertrófica e o incremento de força após um período de treinamento de força17,18. No entanto, ainda não se sabe o efeito que a administração de AINEs possui sobre o desempenho de praticantes de treino de força em uma sessão isolada de treinamento.

Uma vez que a sobrecarga mecânica sofrida pela musculatura durante o treinamento está diretamente relacionada às adaptações neurais19 e morfológicas20 que promovem o aumento da força em praticantes de exercício resistido21, interferências positivas ou negativas dos AINEs sobre o volume de treino tolerado pelos indivíduos teriam implicação direta sobre os resultados obtidos com um período de treinamento de força. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da administração do AINE ibuprofeno prévia a uma sessão de treino de força sobre o desempenho de praticantes dessa modalidade de exercício físico.

MÉTODOS

Desenho experimental

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e é caracterizado como um ensaio clínico, cruzado, randomizado, duplo-cego e placebo-controlado. Cada participante foi submetido a duas sessões de treino de força, precedidas da administração via oral de placebo ou ibuprofeno, com intuito de verificar o efeito do fármaco sobre o desempenho do participante na sessão de treinamento.

Amostra

Doze indivíduos do sexo masculino foram selecionados para participar do presente estudo. Todos possuíam pelo menos um ano de prática regular de treinamento de força e capacidade de realizar o teste de 1RM com carga igual ou superior à própria massa corporal total nos exercícios supino e agachamento22. Os sujeitos concordaram em participar voluntariamente do estudo por meio da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. A tabela 1 apresenta as características físicas do grupo de voluntários.

PROCEDIMENTOS

Teste de 1RM: O teste de 1RM é caracterizado como a maior carga que pode ser tolerada pelo indivíduo em uma repetição de um determinado exercício. Para o presente estudo, foram realizados testes de 1RM para os exercícios supino e agachamento na semana precedente à primeira sessão de treino. O exercício supino foi realizado em decúbito dorsal utilizando pesos livres, sendo que o voluntário partia de uma posição inicial de extensão total do cotovelo (180º) para uma posição final de 90º de flexão do cotovelo. Para o exercício agachamento, também realizado com pesos livres, a posição inicial foi de extensão total de joelhos (180º) e a posição final de 90º de flexão de joelhos. Para ambos os exercícios, uma repetição compreende o movimento realizado da posição inicial para a posição final (fase excêntrica) e o retorno à posição inicial (fase concêntrica). O controle da velocidade de movimento dos voluntários foi realizado por meio de um metrônomo com emissão de sinais sonoros na frequência de 1 Hz, sendo exigido que os participantes realizassem as fases concêntrica e excêntrica com duração de dois segundos cada23. Os avaliados foram orientados a não praticar qualquer tipo de exercício físico nas 48 horas prévias aos testes24, que foram realizados com os mesmos equipamentos utilizados no treino de força subsequente. O método utilizado no teste foi de tentativa e erro, devendo ser atingido o valor de 1RM em um máximo de cinco tentativas intervaladas por um período mínimo de cinco minutos de repouso entre cada uma22.

Administração de placebo ou ibuprofeno: O tratamento farmacológico foi administrado exatamente uma hora antes da sessão de treino de força de cada participante. Os voluntários ingeriram uma cápsula de ibuprofeno (1,2 g) ou uma cápsula de placebo (celulose microcristalina) com mesmos formato, cor, peso, odor e sabor do ibuprofeno15. Um único pesquisador foi responsável pela randomização e distribuição das cápsulas aos participantes. Nem os voluntários e nem os pesquisadores responsáveis pela condução da sessão de treino não tiveram acesso ao conteúdo das cápsulas administradas antes de cada sessão.

Sessões de treino de força: As sessões de treino de força, intervaladas por um período de sete dias, foram iniciadas com um período de cinco minutos de aquecimento em cicloergômetro, seguido por uma série padronizada de exercícios de alongamento para membros superiores e inferiores. Em seguida, foram realizados os dois exercícios de força constituintes do protocolo de treino: supino e agachamento. Foram realizadas seis séries para cada um dos dois exercícios, sendo respeitado um intervalo de 45 segundos entre cada série. Uma carga individualizada correspondente a 65% da carga do teste de 1RM foi empregada nos exercícios de ambas as sessões de treinamento. Os participantes foram instruídos e incentivados verbalmente durante o treino a atingir o maior número de repetições possíveis em cada série, que era interrompida pela exaustão (falha concêntrica) ou pela incapacidade do indivíduo realizar o movimento de acordo com a sinalização do metrônomo.

Análise de dados

Uma vez que a carga utilizada na realização dos exercícios foi a mesma nas duas sessões, o desempenho dos voluntários em cada treinamento foi avaliado por meio do número de repetições realizado em cada série dos exercícios de supino e agachamento. Além disso, o volume total de treino foi calculado a partir da soma do volume de treino do supino (número de séries x número de repetições x carga utilizada) e volume de treino do agachamento (número de séries x número de repetições x carga utilizada).

Foi utilizada estatística descritiva (média, desvio padrão e intervalo de confiança) para apresentação dos resultados. A normalidade da distribuição dos dados foi comprovada através do teste de Shapiro-Wilk, e as comparações entre as sessões precedidas de placebo e ibuprofeno foram realizadas por meio de um teste t de Student para amostras pareadas. O nível de significância adotado pelo presente estudo foi de p < 0,05.

RESULTADOS

Não foram verificadas diferenças de desempenho no treino de força com a administração de placebo ou ibuprofeno. Conforme ilustrado na tabela 2, o número de repetições máximas realizadas por série não foi alterado pela ingestão de placebo ou ibuprofeno (p > 0,05), tanto para o exercício supino quanto para o exercício agachamento. Da mesma forma, a substância administrada prévia ao treino não interferiu no volume total de treino tolerado pelos participantes, conforme apresentado na figura 1.


DISCUSSÃO

O presente estudo foi desenvolvido para responder uma questão bastante pontual: a utilização profilática do AINE ibuprofeno altera o desempenho em uma sessão de treino de força? Objetivamente, os resultados aqui reportados evidenciam que a administração de ibuprofeno antes de uma sessão de treino de força não afeta o desempenho de homens saudáveis, ou seja, não altera o volume total de treinamento suportado pelos praticantes.

Uma das justificativas para o uso de AINEs como agentes ergogênicos no treinamento e competições esportivas encontra-se na capacidade desses medicamentos reduzirem substancialmente a sensação de dor. Diante da experiência dolorosa aguda promovida por determinados tipos de exercício25, parece haver um consenso entre atletas, treinadores e pesquisadores de que a dor limita o desempenho em determinadas modalidades esportivas26. Para Anshel e Russel27, a habilidade de um atleta tolerar a dor induzida pelo exercício é um fator crítico para uma performance esportiva de sucesso. Além disso, existem evidências de que o efeito analgésico dos medicamentos é capaz de alterar a sensação subjetiva de esforço dos atletas28, reduzindo o desconforto promovido pelo exercício e, possivelmente, promovendo retardo do ponto exaustão causado pela fadiga muscular29.

O mecanismo de ação pelo qual os AINEs aliviam a dor encontra-se na inibição da síntese de prostaglandinas, substâncias endógenas intermediárias do processo inflamatório, mediante a inativação de duas isoenzimas, a cicloxigenase constitutiva (COX-1) e a cicloxigenase induzível (COX-2)2. Uma vez que as prostaglandinas sensibilizam os nociceptores, que passam a transmitir estímulos dolorosos de forma aumentada para o SNC, pode-se dizer que os AINEs aliviam a dor pela elevação do limiar de dor do indivíduo, ou seja, uma quantidade maior de estímulo aos nociceptores tem de ser desenvolvida antes que uma dor significativa seja sentida pelo sujeito10. Entretanto, conforme já reportado em estudo envolvendo medicamento de ação analgésica e treino de força9, os resultados do presente estudo sugerem que a redução da dor promovida pelo ibuprofeno parece não ser suficiente para promover incrementos de performance no tipo exercício em questão.

Por outro lado, a inibição da síntese de prostaglandinas parece ter repercussão negativa sobre a síntese proteica induzida por uma sessão de treino de força30. Essa pode ser a explicação chave para a redução da resposta hipertrófica após um período de treinamento de força associado ao uso continuado de AINEs em modelo animal17, embora evidências em humanos demonstrem similaridade nas adaptações morfológicas e funcionais de sujeitos tratados ou não com mesmo fármaco do presente estudo18. Dessa forma, as repercussões da redução da síntese proteica induzida pelos AINEs sobre as adaptações neuromusculares ao treinamento de força em humanos ainda carecem maior investigação. No entanto, diante das evidências acerca da redução da síntese proteica30, da ausência de benefícios em relação ao ganho de força e massa muscular17, dos achados do presente estudo de que o fármaco em questão não aumenta a tolerância ao exercício e de uma série de contraindicações ao uso prolongado desse tipo de medicamento5 não abordadas no presente estudo, a utilização de AINEs para fins ergogênicos no treinamento de força parece totalmente equivocada.

Tendo em vista o elevado número de substâncias classificadas como AINEs, o presente estudo não pode afirmar categoricamente que todo e qualquer tipo de AINEs é incapaz de incrementar o desempenho em uma sessão de treino de força. Da mesma forma, outras doses e períodos de administração do medicamento têm de ser testadas futuramente. Diante dessas limitações, as conclusões deste trabalho devem ser restritas à ingestão de 1,2 g de ibuprofeno em uma única dose administrada uma hora antes da realização do exercício.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstra que a ingestão do AINE ibuprofeno nos parâmetros de administração adotados não promove qualquer tipo de alteração na tolerância ao exercício em uma sessão isolada de treino de força. Ressalta-se que este parece ser o primeiro trabalho a avaliar o efeito de um medicamento dessa natureza sobre o desempenho nesta modalidade de treinamento, sendo que os achados reforçam os motivos para que os AINEs não sejam utilizados concomitantemente ao treino de força para fins ergogênicos.

Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito de interesses referente a este artigo.

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  • Correspondência:

    Laboratório de Pesquisa do Exercício (LAPEX); Escola de Educação Física (ESEF); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
    Rua Felizardo, 750, Jardim Botânico
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Jun 2013
    • Data do Fascículo
      Abr 2013
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