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Comparação de diferentes métodos de controle da carga interna em jogadores de voleibol

Resumos

INTRODUÇÃO: A capacidade de monitorar precisamente a carga de treinamento é um importante aspecto para a efetividade da periodização e para a prevenção de efeitos negativos, como a queda no rendimento. OBJETIVOS: Comparar e correlacionar diferentes métodos de controle de carga interna de treinamento em jogadores de voleibol. MÉTODOS: Quinze atletas profissionais de voleibol do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos, que competiam em níveis estaduais e nacionais, participaram deste estudo. A carga de treino para cada sessão foi calculada utilizando três diferentes métodos: PSE da Sessão, Zonas de FC (TRIMP) de Edwards e de Stagno. RESULTADOS: Verificou-se que há correlação positiva e significativa entre o método proposto por Foster, Edwards e Stagno. No entanto, os valores das correlações individuais entre PSE e Edwards (0,451 a 0,670), em geral, foram ligeiramente maiores que os da correlação entre PSE e Stagno (0,206 a 0,597). CONCLUSÃO: O método proposto por Edwards, bem como o método proposto por Foster, melhor refletem as cargas de treino no voleibol, fazendo com que o monitoramento das cargas seja realizado de maneira mais fidedigna e confiável quando realizado por esses dois métodos.

frequência cardíaca; rendimento; exercício; PSE


INTRODUCTION: The ability to accurately monitor training loads is an important aspect of athlete effectiveness and the prevention of negative effects, such as performance decrease. OBJECTIVES: Compare and correlate different methods for controlling internal training loads in volleyball players. METHODS: Fifteen male volleyball athletes between 18 and 30 years old who compete at state and national levels, participated in this study. Training load for each session was calculated using three different methods: RPE/Foster, HR zones (TRIMP) Edwards and Stagno. RESULTS: It was observed that there is positive and significant correlation between the method proposed by Foster and Edwards and Stagno. However, the values of individual correlations RPE x Edwards (0.451 to 0.670), in general, were larger than RPE x Stagno (0.206 to 0.597). CONCLUSION: The method proposed by Edwards, as well as the method proposed by Foster, better reflect the training loads in volleyball, making it more reliable to control them that the method proposed by Stagno.

heart rate; athletic performance; exercise; RPE


ARTIGO ORIGINAL

CIÊNCIAS DO EXERCÍCIO E DO ESPORTE

Comparação de diferentes métodos de controle da carga interna em jogadores de voleibol

Maurício Gattás Bara FilhoI; Francine Caetano de AndradeI; Ruan Alves NogueiraI; Fábio Yuzo NakamuraII

IUniversidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação Física e Desportos, Juiz de Fora, MG, Brasil

IIUniversidade Estadual de Londrina, Centro de Educação Física e Esporte, Londrina, MG, Brasil

Correspondência Correspondência: Maurício Gattás Bara Filho E-mail: mgbara@terra.com.br

RESUMO

INTRODUÇÃO: A capacidade de monitorar precisamente a carga de treinamento é um importante aspecto para a efetividade da periodização e para a prevenção de efeitos negativos, como a queda no rendimento.

OBJETIVOS: Comparar e correlacionar diferentes métodos de controle de carga interna de treinamento em jogadores de voleibol.

MÉTODOS: Quinze atletas profissionais de voleibol do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos, que competiam em níveis estaduais e nacionais, participaram deste estudo. A carga de treino para cada sessão foi calculada utilizando três diferentes métodos: PSE da Sessão, Zonas de FC (TRIMP) de Edwards e de Stagno.

RESULTADOS: Verificou-se que há correlação positiva e significativa entre o método proposto por Foster, Edwards e Stagno. No entanto, os valores das correlações individuais entre PSE e Edwards (0,451 a 0,670), em geral, foram ligeiramente maiores que os da correlação entre PSE e Stagno (0,206 a 0,597).

CONCLUSÃO: O método proposto por Edwards, bem como o método proposto por Foster, melhor refletem as cargas de treino no voleibol, fazendo com que o monitoramento das cargas seja realizado de maneira mais fidedigna e confiável quando realizado por esses dois métodos.

Palavras-chave: frequência cardíaca, rendimento, exercício, PSE.

INTRODUÇÃO

A melhora do rendimento esportivo depende diretamente da adequada distribuição das cargas de treinamento e da recuperação proporcionada aos atletas. A capacidade de monitorar precisamente a carga de treinamento é um importante aspecto para a efetividade da periodização e para a prevenção de efeitos negativos, como a queda no rendimento1-7. Alguns métodos têm sido utilizados para o controle da carga interna de treinos, como a percepção subjetiva do esforço da sessão (PSE da sessão) e o cálculo do impulso de treinamento (TRIMP) por meio das zonas de frequência cardíaca durante sessões de treinamento1-4,7-12.

O método da PSE da sessão foi proposto por Foster13 e Foster et al.9,10, utilizando uma escala adaptada da originalmente proposta por Borg14, e baseia-se no pressuposto de que as respostas fisiológicas decorrentes do estresse físico são acompanhadas por respostas perceptuais proporcionais15. O valor de PSE obtido após a sessão de treino é multiplicado pela sua duração total, integrando intensidade e volume.

O método TRIMP, baseado na mensuração da frequência cardíaca, foi proposto por Banister16 e posteriormente adaptado por Edwards17 e Stagno et al.11. Todos adotam um fator de peso progressivo para cada zona de FC. Esses métodos têm sido utilizados em estudos que monitoraram as cargas de treinamento em esportes coletivos1,11,18 e foram adotados como referência para a validação da PSE da sessão.

O voleibol é uma modalidade esportiva de característica intermitente que requer que os atletas realizem esforços de curta duração e alta intensidade, intercalados por períodos de baixa intensidade, principalmente por ser um jogo com pausas relativamente longas após cada ponto. O esforço necessário para se jogar voleibol demanda principalmente aptidão neuromuscular, por apresentar deslocamentos curtos e rápidos e muitos saltos19,20. Isso contrasta com outros esportes coletivos, com exigência igualmente importante sobre o sistema cardiovascular21.

Os treinamentos de esportes coletivos envolvem diferentes elementos como aspectos técnicos e táticos que são realizados coletivamente, dificultando o controle individual da carga de treinos, podendo levar os atletas a treinarem abaixo ou acima da intensidade planejada pela carga externa22. Vários estudos têm sido realizados com este intuito de validar métodos de carga interna, como a PSE da sessão, em diferentes modalidades1,2,7,15,18,23. No entanto, para nosso conhecimento, não há estudos que compararam métodos objetivos e subjetivos no voleibol, verificando qual método seria mais fidedigno para o controle da carga de treinamentos e jogos no voleibol. A partir do exposto, o presente estudo objetiva comparar e correlacionar diferentes métodos de controle de carga interna de treinamento em jogadores de voleibol. Em função das características de esforço e pausa do esporte, nossa hipótese é que as altas correlações encontradas entre PSE da sessão e TRIMP em esportes como futebol1,7 e basquetebol18 não seriam igualmente altas no voleibol.

METODOLOGIA

Protocolo experimental

A carga de treino para cada sessão foi calculada utilizando três diferentes métodos:

• Percepção Subjetiva de Esforço da sessão usando o método proposto por Foster et al.9;

• Soma de pontos das zonas da frequência cardíaca (TRIMP) segundo Edwards17;

• Soma de pontos das zonas da frequência cardíaca (TRIMP) segundo Stagno et al.11.

AMOSTRA

Quinze atletas profissionais de voleibol do sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos (peso: 84,6 ± 11,14 kg; estatura: 189,3 ± 9,7 cm; % de gordura: 8,8 ± 3,04), que competiam em níveis estaduais e nacionais, participaram deste estudo.

Os procedimentos do estudo respeitaram as normas internacionais de experimentação com humanos, conforme a Declaração de Helsínquia (1975), sendo aprovado pelo Comitê de Ética com Pesquisa em Humanos da Universidade Federal de Juiz de Fora (133/2008). Os atletas assinaram um termo de consentimento autorizando a coleta e a divulgação dos dados.

Procedimentos

A carga de treino para cada sessão foi calculada utilizando três diferentes métodos, sendo um baseado na resposta perceptual e dois baseados na frequência cardíaca.

O método da PSE da sessão foi mensurado para cada atleta durante o período do estudo. O cálculo consiste na multiplicação da duração da sessão do treinamento, em minutos, pelo valor da intensidade do treino, indicada pela PSE através da escala adaptada por Foster et al.9,10. A utilização da escala requer alguns procedimentos de ancoragem. Os atletas foram instruídos a escolher um descritor e depois um número de 0 a 10. O valor máximo (10) corresponde ao maior esforço físico experimentado pelo indivíduo e o valor mínimo é a condição de repouso (0).

Para assegurar que a informação obtida da média da PSE refere-se ao treinamento em seu total, solicitou-se ao atleta que respondesse à pergunta: "Como foi seu treino hoje?", respondida de 20 a 30 minutos após o término da sessão. O valor de PSE, com precisão de 0,5, foi multiplicado pela duração da sessão de treino.

Para o cálculo das zonas da frequência cardíaca (FC), utilizou-se a FC máxima monitorada nos treinamentos. Em todos os casos, ela se enquadrava dentro dos valores (±10 bpm) preditos para a idade dos atletas (220 – idade). Os dados da FC foram registrados a cada cinco segundos pelo cardiofrequêncimetro Polar RS800 e transferidos após o treinamento para o computador por meio de interface com dispositivo infravermelho e filtrados (filtro de potência moderado) pelo Software Polar Precision Performance.

A quantificação da carga de treino através da FC foi feita a partir do método TRIMP, que avalia o volume e a intensidade da sessão através de escores específicos em cada zona de treinamento. O tempo no qual o atleta permanece em cada zona, durante cada sessão, é multiplicado por fatores conforme propostos por Stagno et al.11 (Zona 1 – 65 a 71% FCmax, fator 1,23/; Zona 2 – 72 a 78% FCmáx, fator 1,71/; Zona 3 – 79 a 85% FCmax, fator 2,54/; Zona 4 – 86 a 92% FCmáx, fator 3,61/; Zona 5 – 93 a 100% FCmax, fator 5,16).

Outros fatores propostos por Edwards17 (Zona 1 – 50 a 60% FCmax, fator 1/; Zona 2 – 60 a 70% FCmax, fator 2/; Zona 3 – 70 a 80% FCmax, fator 3/; Zona 4 – 80 a 90% FCmax, fator 4/; Zona 5 – 90 a 100% FCmax, fator 5) foram utilizados neste estudo.

Os dados foram coletados durante 37 semanas de treinamento. Diariamente, foram escolhidos aleatoriamente dois a três atletas que passaram pelo monitoramento da intensidade da frequência cardíaca, totalizando 266 sessões individuais de treinamento durante a temporada. A PSE era obtida dos mesmos atletas.

O treinamento dos atletas ocorreu de cinco a seis vezes por semana durante o período do estudo e as sessões monitoradas consistiam de elementos técnico-táticos realizados coletivamente. A sessão básica de treinamento consistia em três partes incluídas na duração total da sessão:

• Aquecimento, dividido em geral e específico (tempo médio de 20 minutos);

• Parte técnica, que consistia no treinamento dos fundamentos do voleibol: saque, recepção, defesa, bloqueio e ataque (tempo médio entre 30 e 40 minutos) e;

• Parte tática, que consistia no treinamento dos sistemas ofensivos e defensivos (tempo médio entre 40 e 60 minutos).

Análise estatística

Utilizou-se a estatística descritiva (média, desvio padrão) das cargas de treinamento e o Índice de Correlação de Pearson, para relacionar as variáveis do controle da carga de treinamentos (frequência cardíaca e Percepção Subjetiva de Esforço). Os dados foram analisados utilizando o pacote estatístico SPSS versão 13.0 para Windows, com índice de significância adotado de p < 0,05 em todos os casos.

RESULTADOS

Ao calcular a carga de treino utilizando o método proposto por Edwards17, o percentual do tempo gasto em treinamentos técnicos e táticos do voleibol em cada zona foi de: 25,6% na zona 1; 35,8% na zona 2; 26,8% na zona 3; 10,8% na zona 4 e 1% na zona 5, enquanto no método proposto por Stagno et al.11, o percentual do tempo gasto em cada zona foi de: 41,8% na zona 1; 31,9% na zona 2; 18,7% na zona 3; 6,8% na zona 4 e 0,8% na zona 5. A correlação entre esses métodos foi de 0,95.

As correlações dos dados da PSE da Sessão com os valores das zonas de FC de cada método obtiveram valores de r = 0,301 (p < 0,001) entre TRIMP Stagno e PSE (figura 1) e r = 0,409 (p < 0,001) entre TRIMP Edwards e PSE (figura 2).



A tabela 1 apresenta as correlações individuais de atletas que realizaram o mínimo de 15 sessões monitoradas. Observa-se que há correlação positiva e significante entre o método proposto por Foster et al.9 e os métodos TRIMP propostos por Edwards17 e Stagno et al.11 em alguns indivíduos, mas não para todos eles. No entanto, os valores da correlação PSE x Edwards, em geral, são maiores que os da PSE x Stagno.

DISCUSSÃO

O presente estudo objetivou comparar o controle da carga de treinamentos no voleibol a partir de diferentes métodos (PSE da Sessão e TRIMP da FC). Analisando os métodos de controle a partir das zonas de frequência cardíaca, observa-se uma maior concentração dos esforços no voleibol nas zonas de intensidade de esforço entre 50 e 80% da Frequência Cardíaca Máxima, dado que indicaria esforços de baixa e média intensidade, em uma análise a partir das zonas de intensidade calculadas a partir do percentual da FC máxima. Os resultados do presente estudo corroboram os achados de Gabbett19, Lidor e Ziv20 e Sheppard et al.24.

Esta primeira análise sugere que, apesar do voleibol envolver esforços de curta duração e alta intensidade20, a frequência cardíaca é relativamente baixa comparada a outros esportes coletivos. No voleibol, uma parcela significativa dos esforços é realizada em esforços de curta duração e alta intensidade, utilizando o sistema alático como predominante na modalidade, ao contrário do futebol, basquete e da natação, que utilizam também outras fontes energéticas, sobretudo aeróbias1,2,18. Neste sentido, esforços de alta intensidade e curta duração podem não ter correspondência direta com o aumento da frequência cardíaca, minimizando o cálculo da carga interna de treinamentos.

A partir das correlações estabelecidas entre o método da PSE da sessão e os relacionados com as Zonas da frequência cardíaca, observa-se valores superiores entre PSE x Edwards17 (r = 0,529/ intervalo 0,453-0,67) quando comparados com PSExStagno et al.11 (r = 0,411/ intervalo 0,251-0,597). Outros estudos compararam métodos objetivos e subjetivos para controlar a carga de treinamento. Impellizzeri et al.7 estudaram a relação entre três métodos durante treinamentos e competições no futebol. De acordo com seus resultados, a correlação individual entre o método da PSE e o de Edwards17 variou entre 0,54 e 0,78. Alexiou e Coutts1 também avaliaram essas correlações individuais em jogadoras de futebol e encontraram valores entre 0,50 e 0,96. Wallace et al.2 estudaram a relação entre o método proposto por Edwards e a PSE em atletas de natação com correlações individuais variando entre 0,56 a 0,91. Dados semelhantes foram apresentados por Manzi at al.18 em atletas de basquete.

Os resultados das correlações individuais encontrados no presente estudo foram inferiores aos encontrados nos referidos estudos, fato que pode ser explicado pela diferença entre o esforço realizado no voleibol quando comparado com as modalidades estudadas nos demais estudos (futebol, natação e basquete), nas quais a relação do esforço com a transição entre as zonas de frequência cardíaca parece ser mais forte. Comparando os dois métodos objetivos avaliados no voleibol, as zonas da FC propostas por Edwards17 apresentaram correlações superiores do que as propostas por Stagno et al.11 que subestimam esforços reais realizados pelos atletas. Um dado importante a ser enfatizado é o fato de este método desconsiderar os percentuais de esforço entre 50 e 64% da FCmax, o que no presente estudo representa uma média de 37 minutos, que não contabilizaram para o cálculo do impulso de treinamento.

Essas constatações indicam que o método de PSE da sessão9,10 parece ser uma interessante possibilidade de controle da carga interna de treinamentos no voleibol. Esforços de alta intensidade e curta duração como os realizados no voleibol parecem ser mais bem refletidos através do método da PSE da sessão do que dos métodos da FC. Robson-Ansley et al.25 constataram que o método TRIMP da FC falha em refletir as demandas de esportes intermitentes, assim como a média da frequência cardíaca nestes exercícios de natureza prolongada é impraticável e pode não fornecer informações significativas, reforçando a importância de se utilizar um outro método de controle da carga de treino para estes esportes como a PSE da sessão. No entanto, estudos futuros devem utilizar outras referências para medidas de carga interna para validar a PSE da sessão no voleibol. Vários estudos apontam este método como uma importante ferramenta de controle da carga de treino e da periodização em diferentes esportes1-4,7,12,18.

O presente estudo apresenta algumas limitações, como o fato da coleta de dados da frequência cardíaca ter sido realizada somente com dois a três atletas por sessão de treinamento. Além disso, os dados não foram coletados durante as competições. A coleta durante partidas oficiais poderia auxiliar a comissão técnica a adequar a recuperação individual após os jogos a partir da carga mensurada através da FC e PSE.

CONCLUSÃO

Os métodos de controle da carga de treinos a partir das zonas de intensidade de esforço11,17 apresentam importantes limitações quando utilizados no voleibol. Em função disso, a PSE da sessão9,10 apresenta-se como um importante método alternativo para que este monitoramento seja realizado de maneira mais fidedigna e confiável para o controle e periodização das cargas de treinos no voleibol.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem o treinador e os atletas da Universidade Federal de Juiz de Fora que apoiaram este estudo. Os autores também agradecem ao CNPq (XVII PIBIC/CNPq/UFJFF e XXII BIC/UFJF) pela ajuda financeira.

Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito de interesses referente a este artigo.

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  • Correspondência:

    Maurício Gattás Bara Filho
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Jun 2013
    • Data do Fascículo
      Abr 2013
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