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Políticas públicas e estratégias de comunicação para o desenvolvimento local de comunidades pesqueiras de Pernambuco

Politiques publiques et strategies de communication pour la construction du developpement local des communautes de pecheurs a Pernambuco

Public policy and strategies of communication for the local development of the fishing communities of Pernambuco

Políticas públicas y estrategias de comunicación para el desarrollo local de las comunidades costeñas de Pernambuco

Resumos

O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de comunicação utilizadas pela extensão pesqueira do Programa de Combate à Pobreza Rural e Projeto Peixe de Rede para o desenvolvimento local das comunidades pesqueiras de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo, município de Goiana, Pernambuco.

Estratégias de comunicação; Desenvolvimento local; Extensão pesqueira


La presente étude analyse les stratégies de communication concernant l'Extension Pêcherie, dans le cadre du Programme gouvernamemental de Combat Contre la Pauvreté Rurale e du Projet Poisson de Filet, dont le but est la construction du dévéloppement local des communautés de pêcheurs, dans les petites villes de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo à Pernambuco, Brésil.

Stratégies de communication; Développement local; Extension pêcherie


The present work has as objective to analyze the strategies of communication used by the fishing extension of Program of Combat to the Agricultural Poverty e Project Fish of Net for the local development of the fishing communities of Atapuz, Barra of Catuama and Tejucupapo, cities of Goiana, Pernambuco.

Strategies of communication; Local development; Fishing extension


El articulo hace el análisis de las estrategias de comunicación utilizadas por las atividades de extensión, en el universo de la pesca, de dos Políticas Públicas para el desarrollo local de las comunidades costeñas de Atapuz, Barra de Catuama y Tejucupapo. El estudio, aqui realizado, incluye el Programa de Combate a la Pobreza Rural y el Proyecto Pescado en la Red.

Estrategias de comunicación; Desarrollo local; Extensión pesquera


ARTIGOS

Políticas públicas e estratégias de comunicação para o desenvolvimento local de comunidades pesqueiras de Pernambuco

Public policy and strategies of communication for the local development of the fishing communities of Pernambuco

Politiques publiques et strategies de communication pour la construction du developpement local des communautes de pecheurs a Pernambuco

Políticas públicas y estrategias de comunicación para el desarrollo local de las comunidades costeñas de Pernambuco

Rosa Maria SaraivaI; Angelo Brás Fernandes CallouII

IMestra em Extensão Rural e Desenvolvimento Local pela Universidade Federal Rural de Pernambuco

IIProfessor Titular da Universidade Federal Rural de Pernambuco e Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (POSMEX). E-mail: peixes@elogica.com.br

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar as estratégias de comunicação utilizadas pela extensão pesqueira do Programa de Combate à Pobreza Rural e Projeto Peixe de Rede para o desenvolvimento local das comunidades pesqueiras de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo, município de Goiana, Pernambuco.

Palavras-chave: Estratégias de comunicação. Desenvolvimento local. Extensão pesqueira.

ABSTRACT

The present work has as objective to analyze the strategies of communication used by the fishing extension of Program of Combat to the Agricultural Poverty e Project Fish of Net for the local development of the fishing communities of Atapuz, Barra of Catuama and Tejucupapo, cities of Goiana, Pernambuco.

Keywords: Strategies of communication. Local development. Fishing extension.

RÉSUMÉ

La presente étude analyse les stratégies de communication concernant l'Extension Pêcherie, dans le cadre du Programme gouvernamemental de Combat Contre la Pauvreté Rurale e du Projet Poisson de Filet, dont le but est la construction du dévéloppement local des communautés de pêcheurs, dans les petites villes de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo à Pernambuco, Brésil.

Mots-clés: Stratégies de communication. Développement local. Extension pêcherie.

RESUMEN

El articulo hace el análisis de las estrategias de comunicación utilizadas por las atividades de extensión, en el universo de la pesca, de dos Políticas Públicas para el desarrollo local de las comunidades costeñas de Atapuz, Barra de Catuama y Tejucupapo. El estudio, aqui realizado, incluye el Programa de Combate a la Pobreza Rural y el Proyecto Pescado en la Red.

Palabras clave: Estrategias de comunicación. Desarrollo local. Extensión pesquera.

Introdução1 1 Esta pesquisa é resultado da dissertação de mestrado defendida em 2008 no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (POSMEX) da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

O objetivo deste artigo é analisar as estratégias de comunicação utilizadas pelo Projeto Renascer e Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (PROMATA), nas comunidades de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo, Município de Goiana, litoral norte do Estado de Pernambuco. Especificamente, pretende-se analisar as contribuições desses projetos governamentais para o desenvolvimento local, no âmbito da Extensão Pesqueira, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006.

O Projeto Renascer, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania do Estado de Pernambuco, hoje sob a marca Prorural, incorporou, por meio do Programa de Combate à Pobreza Rural, particularmente na sua segunda fase (PCPR II), as atividades de pesca e aqüicultura como estratégia de desenvolvimento local das comunidades rurais e pesqueiras.

Avaliações realizadas em 2004 revelaram um descompasso entre os objetivos do Projeto Renascer e o nível de organização das associações envolvidas para responder às exigências de gestão das Unidades de Beneficiamento do Pescado, instaladas em Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo (CALLOU, 2004). Essas unidades de beneficiamento se encontram praticamente paralisadas em virtude de questões burocráticas e, principalmente, dada à frágil habilidade dos pescadores e pescadoras para gerenciar esse projeto como empreendimento econômico. (CALLOU, 2004).

Ao reconhecer a importância da pesca artesanal no Município de Goiana, o Projeto Renascer não admitia que investimentos daquela envergadura se tornassem obsoletos. Assim, o Projeto Renascer, em parceria com o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata de Pernambuco (Promata), elaborou o Projeto Peixe na Rede, por meio de uma consultoria. Um dos argumentos dessa parceria era o de que o Município de Goiana estava no campo de abrangência do Promata. Portanto, uma ação conjunta na esfera governamental era bem-vinda considerando, sobretudo, que nos processos de desenvolvimento local, como desejam essas organizações, a participação dos atores sociais é condição fundamental (FRANCO, 2005). Nessa perspectiva, Tauk Santos (2002) enfatiza que o desenvolvimento local tem levado a novos arranjos institucionais e estabelecimento de parcerias com os atores sociais e que cabe à Extensão Rural contemporânea o papel de promover a concertação, ou seja, a articulação, entre os atores envolvidos.

Nesses termos, pensar o desenvolvimento local no âmbito da Extensão Rural e Extensão Pesqueira contemporâneas exige planejar as estratégias de comunicação, pois são por meio delas que é possível instaurar processos de mobilização e participação dos atores sociais em suas diferentes instâncias. Rabelo (2003), a partir dos estudos de Toro (2004), explicita, pelo menos, três personagens fundamentais nos processos de mobilização popular. São eles: O Produtor Social (organização que tem condições econômicas, técnicas e profissionais para atuar localmente); o Reeditor Social (pessoa que tem capacidade para introduzir, modificar e rejeitar mensagens na sua área de atuação); e o Editor (instituição ou indivíduo com a tarefa de estruturar informações à mobilização.

Estudos recentes revelam que as organizações governamentais e não-governamentais vêm dando pouca atenção ao planejamento da comunicação à ação extensionista (CALLOU & BRAGA, 2005; ANDRADE NETO, 2007). Aspecto que compromete a participação dos atores sociais nos processos de mobilização para o desenvolvimento local.

É dentro desse cenário que emergem as seguintes questões: quais os resultados obtidos por meio de uma terceirização de serviço de Extensão Pesqueira do Projeto Renascer e Promata nas comunidades de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo, e qual a relação desses resultados com as estratégias de comunicação para a mobilização? Respostas a essas perguntas parecem oportunas, na medida em que esforços estão sendo empreendidos pelos pesquisadores para consolidar, do ponto de vista teórico, a perspectiva da Extensão Rural e Pesqueira voltada para o desenvolvimento local dos contextos populares desfavorecidos. Portanto, ao se afastar dos ditames da teoria da Difusão de Inovações, a Extensão Rural procura atualmente se alinhar aos estudos contemporâneos latino-americanos da Comunicação. Esses estudos têm revelado a importância das culturas populares locais nos processos de desenvolvimento. São vários os resultados de pesquisa que já sinalizam no campo da Extensão Rural, e também Pesqueira, o lugar e as implicações dessas culturas, particularmente no contato com as organizações governamentais (CALLOU e TAUK SANTOS, 2001, 2003; CARVALHO, 2007).

Nesse sentido, o presente trabalho vem na esteira dessas preocupações e se enquadra na linha de pesquisa Políticas e Estratégias de Comunicação do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (POSMEX), da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Faz parte, ainda, de um projeto de pesquisa mais amplo financiado pelo CNPq - Pescando Pescadores: Políticas Públicas e Extensão Pesqueira para o Desenvolvimento Local -, desenvolvido pelo POSMEX, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco.

Para a realização deste estudo de caso (CHIZZOTTI, 2001) foi feito um levantamento documental dos projetos de consultoria, relatórios, documentos básicos das instituições aqui mencionadas - Projeto Renascer e Promata - pertinentes à temática desta pesquisa.

A pesquisa empírica foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com gestores e técnicos Projeto Renascer e Promata, envolvidos com as atividades pesqueiras de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo. Também foram realizadas entrevistas com pescadores, pescadoras e dirigentes das colônias. Participou-se do convívio familiar dos pescadores das comunidades estudadas, bem como da atividade pesqueira das mulheres na captura de mariscos. O primeiro contato com as comunidades foi realizado em 2006, quando o projeto Peixe de Rede ainda estava sendo executado.

Extensão pesqueira: a intervenão em Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo

As atividades de Extensão Pesqueira desenvolvidas pela consultora técnica, contratada pelo Promata, em Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo contavam com a assessoria do corpo técnico do Projeto Renascer, que se revezava na assistência técnica. Entretanto, a falta de uma equipe técnica permanente dificultava, em determinados momentos, as ações extensionistas.

Diante das dificuldades encontradas, as estratégias de comunicação foram implementadas de acordo com a realidade encontrada nessas comunidades, com o objetivo de possibilitar a melhoria econômica, social e política dos grupos de trabalho. A introdução da consultora nas comunidades foi realizada pelo técnico social do Projeto Renascer, que já vinha desenvolvendo outras atividades no local.

Em um processo de mobilização social, como se pretendia para reestruturar as unidades de beneficiamento do pescado, requeria-se um ato comunicativo entre emissor e receptor. Desse modo, Rabelo (2003) enfatiza que divulgar as informações é apenas uma das etapas necessárias para se promover o envolvimento e a mobilização social.

Nessa perspectiva, o Projeto Peixe de Rede constrói cartazes para informar os pescadores e pescadoras as datas das reuniões e cria a logomarca do Projeto, que sinaliza a dinâmica da cadeia produtiva da pesca. Foram também elaborados o folder explicativo do trabalho e embalagens para os produtos pesqueiros das unidades de beneficiamento do pescado. Assim se expressam os entrevistados sobre esse aspecto da intervenção:

A forma de divulgar foi por meio de reuniões, de boca-a-boca, cartazes para marcar as reuniões. (Supervisora do Promata)

Tinha cartazes, fazíamos reuniões, cheguei a ir até ao mangue para falar com os pescadores. (Consultora técnica - Promata)

A mobilização era realizada com o contato com as lideranças, a diretoria mobilizava o grupo, e envolveu mais associados, como pescadores e pescadores e alguns jovens. (Consultor técnico)

Ir de casa em casa para explicar o Projeto. Mais de setenta pessoas participaram do projeto. (Consultora técnica)

Ela mostrou o Projeto através de conversas, reunimos com as colegas e tivemos varias reuniões. Depois vieram outros técnicos para ensinar cursos. (Pescadora 5 - Barra de Catuama)

Essas estratégias de comunicação podem ser consideradas, segundo Beltrán (1981), como um ato de tornar algo comum, uma idéia, um pensamento, a um grupo que troca informações e conhecimento. É um processo de interação social sob as condições de acesso livre, igualitário e participativo. Ainda nesse contexto de intervenção, a participação é estimulada pelo convívio de lideranças locais, técnicos, pescadores e pescadoras, vivenciando a mesma realidade social. Dizem as pescadoras:

A comunidade ficou mais participativa, tinha aquele momento de acreditar que ia dar certo. (Pescadora 1- Atapuz)

Para mim, foi conhecimento e, para a comunidade, ajudou muitas pessoas. (Pescadora 2 - Atapuz)

Eu gostei muito desse Projeto, logo na apresentação, como já conhecia a técnica, nesse projeto levantou muito a auto-estima da mulher. (Pescadora 6 - Barra de Catuama)

Tais esforços levaram os técnicos e a consultora a continuarem com as estratégias de comunicação, no sentido de mobilizar a comunidade em torno do projeto. As reuniões eram marcadas conforme a prioridade das ações que estavam sendo desenvolvidas.

No que se refere à mobilização para a execução das oficinas de boas-práticas (beneficiamento do pescado), a consultora utiliza-se do seu conhecimento profissional e da experiência das comunidades pesqueiras. Essa estratégia facilitou, a julgar pelas opiniões das entrevistadas, o desenvolvimento das oficinas. Dizem elas:

Conheci muitas coisas, com os cursos nós aprendemos mais. (Pescadora 2 - Tejucupapo)

Tinha um quadro e ele escrevia. Pedia a opinião de cada um e todos escreviam. Apresentava através de desenho. Usavam lápis, cartolina, papel ofício. Eles trabalhavam com bastante material usavam apostila. Caso houvesse dúvida era esclarecida na próxima reunião. (Pescadora 6 - Tejucupapo)

Os técnicos explicam muito bem, além de falar a linguagem simples eles davam força e orientavam. (Pescadora 4 - Barra de Catuama)

Os resultados dessas oficinas trouxeram, segundo depoimentos abaixo, algum tipo de aprendizado para os pescadores:

Um pouco de conhecimento ficou para a comunidade, antes ninguém sabia tanto assim. (Pescador 8 - Tejucupapo)

Tínhamos tempo para trabalhar juntas, a gente pescava e depois ia trabalhar na colônia e tinha produção para vender e ganhar algum dinheiro. (Pescadora 5 - Barra de Catuama)

Essas oficinas foram desenvolvidas de acordo com as necessidades de funcionamento das unidades de beneficiamento, visualizando alternativas de renda para os pescadores na cadeia produtiva do pescado. Em todas as etapas da cadeia produtiva, foram trabalhadas técnicas que viessem a melhorar a qualidade do produto, contemplando as exigências técnicas de beneficiamento, que vão desde a captura até à comercialização dos produtos beneficiados, aquisição e agregação de valores dos recursos naturais. Nesse sentido, dizem as pescadoras entrevistadas:

Aprendemos muito sobre higiene, perigo na pescaria e cuidado com o meio ambiente, sobre o plástico que demora muitos anos para se decompor. (Pescadora 4 - Barra de Catuama)

Conheci com os cursos de filetamento e catação de siri sem gordura. (Pescadora 3 - Barra de Catuama)

Na catação do siri tinha uma grande preocupação com a higiene para não ter contaminação, o trabalho era feito com amor. (Pescadora 6 - Atapuz)

As estratégias de comunicação utilizadas possibilitaram, ainda, o alcance de algum nível de mobilização dos pescadores em torno do Projeto. Isto fica percebido nas falas dos entrevistados:

Ela conseguiu mobilizar a colônia de Atapuz, as pescadoras vieram para dentro da colônia, colocavam pescado dentro da Colônia. (Gestora do Promata)

Com o trabalho da técnica, teve até um resgate, uma aproximação dos pescadores, daquelas pessoas que, nas discussões, não conheciam bem as atividades da Colônia. (Consultor técnico)

Acho que ela soube informar, nas reuniões e nos cursos. (Pescadora 2 - Tejucupapo)

Para mim foi conhecimento e para a comunidade ajudou muitas pessoas. (Pescadora 2 - Atapuz)

Porque tinha força de vontade, para participar e aprender e ir para frente. (Pescadora 5 - Barra de Catuama)

Elas souberam que são capazes, o aprendizado técnico (Atapuz); elas compreenderam o processo que desencadeia lá (Tejucupapo). Isso foi muito importante. Sair da comunidade para entrar no mundo dos negócios (Atapuz). Intercambio de informação entre os participantes de Barra de Catuama e Atapuz. (Consultora técnica - Promata)

Se, de um lado, algum nível de participação foi alcançado pelos pescadores e pescadoras para discutir as unidades de beneficiamento do pescado nas suas colônias, por outro, não se pode afirmar que essa participação induzida garantiu o bom andamento da cadeia produtiva do pescado nessas comunidades, como veremos a seguir.

Fragilidades da participação

A participação dos pescadores e pescadoras no Projeto Renascer/Promata é observada como fragilizada, por parte dos gestores e técnicos. Dizem estes que os ganhos obtidos só foram observados durante a execução do Projeto, mediante assessoria. Assim se expressam:

Esse projeto de pesca eu avalio como uma participação muito frágil da comunidade.

A questão organizacional não estava forte para a implantação de um modelo de gestão. (Gestora do Promata).

Embora as participantes dos projetos admitam que ganharam conhecimento e que o projeto trouxe alguma satisfação pessoal e profissional, por outro lado, em relação às questões econômicas, eles consideram que o projeto não teve tanto êxito. Dizem elas:

Não mudou muita coisa, mas ganhei muita experiência. (Pescadora 4 - Barra de Catuama)

Não mudou nada, está tudo na mesma. Acontece também que teve falta de união entre os participantes. (Pescadora 2 - Barra de Catuama)

Não mudou muito não, fizemos várias coisas, vendemos mais, não ganhamos muito. (Pescadora 3 - Barra de Catuama)

Nada, não ficou nada. (Pescadora 2 - Tejucupapo)

Para mim nada, eu não tenho nada que comprei com o trabalho da colônia. (Pescadora 5 - Tejucupapo)

Nessa perspectiva, pode-se inferir que, do ponto de vista do desenvolvimento local, no que diz respeito à dinamização das potencialidades econômicas endógenas, o Projeto não apresentou essa dimensão na atividade pesqueira. Entretanto, as pescadoras deixam revelar, nas entrelinhas de suas falas, outras dimensões importantes do desenvolvimento local, como a aquisição de novas habilidades e conhecimento (FRANCO, 2001).

O Projeto Peixe de Rede revela limitações durante a sua execução, seja ela de ordem estrutural ou burocrática. Para os técnicos, a gestão significa a palavra-chave da Extensão Pesqueira para o desenvolvimento. Dizem eles:

A gestão para mim é o principal fator no processo de implementação de um projeto. E a gestão tem que caminhar em uma outra perspectiva, por que dentro dessa perspectiva tradicional, onde cada um faz a sua parte, cada organização faz o seu projetinho e executa é muito precária. As possibilidades de impactos reais são muito pequenas. (Gestora do Renascer)

A gente quer tornar o pescador para entrar no agronegócio, mas a gente ainda é muito frágil em relação à comercialização do negócio, a gente trabalha o negócio muito primitivo. (Consultor técnico)

Fechando o cerco às questões colocadas, podemos inferir que projetos de desenvolvimento local para contextos sociais desfavorecidos, cujos níveis de organização e participação são, ainda, fragilizados, o esforço de uma ação extensionista deve ser desenvolvida, principalmente, no campo da gestão e da organização. Considerando que a ação do Renascer / Promata em Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo buscou reconduzir as unidades de beneficiamento do pescado, cujo projeto não foi efetivamente pensado pelos pescadores e pescadoras, a fragilidade da participação da comunidade era, por assim dizer, previsível.

Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo: perspectivas de futuro

Depois de todas as implementações dessas ações, o que, de fato, ficou para os pescadores e pescadoras? Quais os desafios enfrentados para que essas políticas públicas possam funcionar, efetivamente, depois de todo o trabalho da equipe técnica e da comunidade? As unidades de beneficiamento de pescado construídas nessas comunidades e os grupos que foram capacitados para fomentarem ações de boas-práticas no manuseio do pescado encontram, atualmente, diversas dificuldades para a sustentabilidade desses empreendimentos. As unidades permanecem sem funcionar adequadamente, demonstrando as barreiras que enfrentam um projeto produtivo dessa natureza. Barreiras que dizem respeito principalmente ao estabelecimento de parcerias, ao capital de giro, ao associativismo, à comercialização do produto e à organização comunitária dos grupos.

Entretanto, os grupos mobilizados nas comunidades de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo ainda têm esperança que outro projeto possa vir a se desenvolver na localidade. Em Atapuz, foi possível perceber o sentimento de grupo quanto à necessidade de mudança. Algumas pescadoras participantes dos grupos continuam nas atividades de pesca de forma artesanal. Os produtos que são beneficiados por elas são vendidos para o atravessador. Outras conseguiram emprego em uma empresa de pesca. De certa forma, as oficinas realizadas beneficiaram as mulheres e estas não escondem o desejo de mudança e de serem reconhecidas como profissionais da pesca.

Na comunidade de Barra de Catuama, as participantes entrevistadas ficaram desapontadas com os resultados do projeto Renascer/Promata na comunidade. Teve uma das participantes que se negou a falar sobre o assunto. Depois, em conversa com pessoas da comunidade, teve-se a informação de que, após o término do projeto, uma pescadora tentou dar continuidade às ações de beneficiamento do pescado, sem obter resultados efetivos.

Ainda em Barra de Catuama, as pescadoras que foram capacitadas pelo Projeto para beneficiar o pescado continuam beneficiando da mesma forma que sempre realizaram. Algumas participantes comentaram que ainda escutam dos seus maridos que o Projeto não tinha viabilidade econômica. Não observaram mudança em nada. Continuam trabalhando mais de seis horas entre pegar o marisco, cozinhar e beneficiar o produto de maneira artesanal. Precisam catar sete quilos de siri com casca, para obter um quilo de produto beneficiado.

Em Tejucupapo, os resultados não são muito diferentes das outras comunidades estudadas. Na unidade de beneficiamento dessa comunidade, parte dela está sendo utilizada para trabalhos burocráticos da colônia. O material adquirido para o beneficiamento do pescado continua sem utilização diária:

O material que veio para o Projeto ainda está lá. (pescadora 6 - Tejucupapo)

Depois desse projeto tudo parou depois a técnica não veio mais e tudo acabou. (Pescadora 7 - Tejucupapo)

Por outro lado, alguns participantes do Projeto, juntamente com o presidente da colônia e secretário do Município de Goiana estão se mobilizando para fundar uma Associação de Mulheres Pescadoras, que tem como objetivo buscar recursos para o grupo de mulheres trabalharem com corte e costura. Esse aspecto pode significar uma alternativa de renda, diante da precária atividade pesqueira. Assim se expressa uma pescadora de Tejucupapo:

Que viessem para cá outros projetos que não tivessem relação com a pesca. Na maré, hoje em dia, está dando pouco, quase não tem pescado, seria outra alternativa de renda. (Pescadora 3 - Tejucupapo)

Os técnicos entrevistados têm uma visão crítica sobre a colônia de Tejucupapo. , Referem-se a ela como sendo do presidente. A unidade de beneficiamento foi construída dentro do terreno da família do presidente. Talvez isso explique o porquê de estar há tanto tempo como presidente da colônia de Tejucupapo e o porquê de os pescadores ou pescadoras não se sentirem responsáveis pela unidade de beneficiamento.

Um aspecto a ser observado nas estratégias de comunicação utilizadas pela equipe técnica do Projeto Renascer/Promata em Tejucupapo é que elas estavam muito mais voltadas à questão mercadológica e sanitária do beneficiamento do pescado do que das necessidades imediatas dos pescadores e pescadoras envolvidas com as ações. Nesse sentido, houve certa resistência de algumas pescadoras e do próprio presidente da Colônia, que não concordava com o trabalho que estava sendo desenvolvido pela equipe técnica.

A técnica queria que a gente fosse para a maré para trazer o pescado e aqui na Colônia beneficiar e armazenar. (Pescadora 6 - Tejucupapo)

Eu mudaria a forma de execução desse projeto, a técnica queria de um jeito e a comunidade via que não ia dar certo, porque, trazer para unidade de beneficiamento produtos na casca, era mais difícil de beneficiar. Mas a técnica acha que não era correto. (Pescadora 3 - Tejucupapo)

O fato é que as atividades foram executadas por um determinado tempo, para, logo depois, não ser mais possível finalizar as ações. Momento em que houve um afastamento dos técnicos diante da impossibilidade de continuar o trabalho.

Conclusões

Os dados apresentados ao longo deste trabalho apontam, principalmente, para aspectos corriqueiros vividos pelos contextos populares excluídos do meio rural brasileiro: a fragilidade organizacional dos associados e cooperados na dinâmica das suas entidades de representação social e produtiva. Por maiores que sejam os esforços - teóricos e práticos -, das organizações governamentais e não-governamentais para promover o desenvolvimento social desses contextos desfavorecidos, via mobilização e participação popular, as respostas das comunidades às ofertas de mudança social nem sempre (para não dizer na maioria das vezes) coincidem com os objetivos das organizações promotoras. Aspectos históricos, políticos e sociais explicam, em parte, esse descompasso dos envolvidos nos projetos públicos de desenvolvimento local.

Essas explicações, entretanto, tornam-se mais complexas quando visualizamos o cenário da mundialização dos mercados e das culturas e sua repercussão no território rural e pesqueiro. Estudos no campo da Extensão Rural e da Extensão Pesqueira, como vimos, têm mostrado que as culturas populares, no seu movimento ambivalente de ser e estar e nas suas diferentes e atuais formas de consumo de bens materiais e simbólicos, ressignificam as mensagens canalizadas não apenas pelos meios massivos de comunicação, mas, também, pelas propostas de desenvolvimento das organizações governamentais e não-governamentais. No caso específico das atividades de pesca, cuja tradição no contexto popular brasileiro não saiu do terreno artesanal, e a aqüicultura procura, ainda, o seu lugar nesse cenário, pedir que esse artesanal adquira, num tempo predeterminado, novas habilidades tecnológicas, mesmo que elas sejam consideradas populares, é esperar o mais comum dos resultados: a descontinuidade dos projetos e as tentativas de recondução dos processos, como se observou ao longo deste trabalho. Por outro lado, o vetor participação, se for considerado os pescadores do litoral, sabe-se que a eles foi negado, historicamente, como em nenhuma outra categoria social, o direito de atuar e dirigir suas próprias associações, as colônias de pescadores.

Nos casos de Atapuz, Barra de Catauama e Tejucupapo, apesar dos esforços dos técnicos e consultores dos projetos Renascer e Promata, no sentido de estabelecer formas de comunicação com os pescadores e pescadoras locais, os resultados alcançados parecem insuficientes. As unidades de beneficiamento do pescado - foco central da atuação do Renascer/Promata nessas comunidades - não avançaram, como desejaram os técnicos e gestores dessas organizações.

Do ponto de vista dos pescadores e pescadoras, os dados revelam que algumas experiências, aprendizado e, até, certo nível organizacional foram logrados, mas não podemos afirmar que esses resultados tenham contribuído, efetivamente, para o desenvolvimento local das comunidades estudadas. Como se pôde observar, as potencialidades locais, particularmente a pesca artesanal, não atingiram um patamar econômico que implicasse a melhoria das condições sociais e econômicas dos atores envolvidos. Por outro lado, o tipo de gestão com que se defrontam as colônias de pescadores nas comunidades de Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo impede, por conseqüência, que as unidades de beneficamento do pescado cumpram a função para a qual foram destinadas: atender os pescadores e pescadoras locais nas atividades de pesca e comercialização do pescado.

Do ponto de vista das estratégias de comunicação utilizadas pelo Renascer/Promata para instaurar um processo de desenvolvimento local em Atapuz, Barra de Catuama e Tejucupapo, podemos concluir que elas ficaram aquém do que determinam os aspectos teóricos pontuados por Rabelo (2003). Dos três personagens principais sugeridos como fundamentais para instaurar processos de moblização para o desenvolvimento - Produtor Social, Reeditor Social e Editor -, o que ficou em destaque foi a atuação comunicacional dos técnicos do Renascer/Promata, portanto o Produtor Social. Os demais personagens tiveram papel secundário em todo o processo de redinamização das unidades de beneficamento do pescado. A partir daí, talvez, pode-se explicar, em parte, o frágil nível de mobilização dos pescadores e pescadoras em diversas situações do trabalho de Extensão Pesqueira levado pelos técnicos, bem como as rudimentares articulações com outros parceiros institucionais, além do incipiente embate político dos pescadores e pescadoras com as lideranças dentro das colônias.

Em síntese, podemos dizer que as dificuldades encontradas para o trabalho de Extensão Pesqueira do Renascer/Promata vão desde a frágil habilidade dos associados para tocar uma unidade de beneficiamento como empreendimento econômico, até as dificuldades (históricas) de organização sociopolítica para uma participação mais efetiva na vida das Colônias. Por entre esses fatores, passam, como um fio condutor, as necessidades básicas - legítimas -, e imediatas, de sobrevivência dos pescadores e pescadoras. Como uma espécie de movimento das marés, arremessam-se às colônias quando estas acenam com benefícios (governamentais ou não-governamentais), e recuam (o que é mais comum) quando os benefícios escasseiam essas possibilidades. Acrescente-se a isso, as características do projeto de criação dessas unidades de beneficiamento, que revelaram muito mais se tratar de uma necessidade técnica identificada pelos agentes de desenvolvimento do que mesmo uma necessidade sentida pelos seus potenciais "beneficiários".

Considerando esses aspectos, parece fundamental levantar algumas questões que poderão auxiliar na montagem de novas estratégias de Extensão Pesqueira e abrir novas perguntas de pesquisa: 1) podemos apoiar o fortalecimento organizacional das associações populares aliado a um projeto produtivo, cujo espaço temporal de execução esteja previamente estabelecido? 2) podem as tecnologias de beneficiamento de pescado não-tradicionais nas comunidades pesqueiras, a exemplo do bolinho de peixe, filé de siri, empadas de siri, risole de siri, serem internalizadas de maneira coletiva em contextos populares fragilmente mobilizados em associações e sem tradição nessas atividades? e 3) é possível as organizações governamentais e não-governamentais desenvolverem parcerias para financiar, capacitar, acompanhar e prestar assistência técnica aos contextos populares nas situações acima levantadas?

Por último, há que se pensar nos avanços e fracassos dos contextos populares e das organizações promotoras de desenvolvimento, em relação às novas demandas de consumo dos contextos populares e sobre os usos que esses contextos fazem das mensagens e propostas de desenvolvimento. Um caminho trilhado nessa direção possibilitará à Extensão Pesqueira abandonar o pólo histórico da mera transmissão de mensagens e projetos para o pólo do diálogo, da comunicação e do desenvolvimento local.

Notas

Recebido em 10/12/2008; revisado e aprovado em 29/1/2009; aceito em 2/2/2009

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    Esta pesquisa é resultado da dissertação de mestrado defendida em 2008 no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local (POSMEX) da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Abr 2009
    • Data do Fascículo
      Jun 2009

    Histórico

    • Aceito
      02 Fev 2009
    • Recebido
      10 Dez 2008
    • Revisado
      29 Jan 2009
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