Acessibilidade / Reportar erro

Das ruas para a mesa: espécies vegetais alimentícias utilizadas na arborização urbana de Mato Grosso do Sul, Brasil

From the street to the table: food plant species used in urban aforestaton in the state of Mato Grosso do Sul, Brazil

De las calles a la mesa: especies de alimentos vegetales utilizados en la forestación urbana en Mato Grosso do Sul, Brasil

Resumo:

As cidades podem incluir uma grande riqueza de plantas, e essa biodiversidade assegura vários serviços ecossistêmicos de provisão, regulação, suporte e culturais. Um dos serviços essenciais é a produção de alimento, que vai ao encontro de algumas das metas nacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O objetivo deste estudo é apresentar um diagnóstico sobre as espécies alimentícias ou com potencial de uso aliment좩o por humanos que são utilizadas na arborização urbana de municípios de Mato Grosso do Sul. Compilamos e atualizamos uma lista de 102 espécies utilizadas na arborização urbana de onze municípios e classificamos as espécies quanto ao seu uso ou potencial de uso aliment좩o. A capital Campo Grande apresentou a maior riqueza de espécies alimentícias (67 espécies), e Coxim apresentou o maior percentual de espécies alimentícias na arborização (65%). As espécies alimentícias estão distribuídas em 36 famílias, com destaque para Fabaceae (13 espécies), Arecaceae (9), Anacardiaceae (8) e Myrtaceae (8). O oit (Moquilea tomentosa), a munguba (Pachira aquatica) e a mangueira (Mangifera indica) foram as espécies alimentícias mais frequentemente utilizadas na arborização viária. As partes mais utilizadas na alimentação são os frutos (77 espécies), seguida de sementes (37) e fores (21). Nossa sugestão é que gestores e tomadores de decisão incluam entre os critérios para seleção de espécies para planto em área urbana a presença de partes alimentícias ou com potencial aliment좩o na dieta humana, assegurados todos os demais critérios técnicos indicados para essa escolha.

Palavras-chave:
arborização viária; biodiversidade urbana; espécies frutíferas, plantas alimentícias

Abstract:

Cites can have a considerable variety of plants, and such biodiversity ensures numerous ecosystem services: cultural, provision, regulaton, and support. One of the essental services is food production, which is in line with natonal sustainable development goals. This study aimed to present a diagnosis of food plants and plants with potential use in the human diet that are employed in urban aforestaton projects in municipalites of the Mato Grosso do Sul State, Brazil. We compiled and updated a list of 102 species used in urban aforestaton in 11 municipalites and classifed these species concerning their use or potential use in terms of diet. The state capital, Campo Grande, had the most outstanding richness of food plants (67 species), and the municipality of Coxim had the highest percentage of food plants in aforestaton (65%). The food plants were distributed among 36 families, particularly Fabaceae (13 species), Arecaceae (9), Anacardiaceae (8), and Myrtaceae (8). The oit (Moquilea tomentosa), munguba (Pachira aquatica), and mango (Mangifera indica) trees were the most frequentily used species in street aforestaton. The parts most used in the human diet were fruits (77 species), followed by seeds (37) and flowers (21). Our suggestons to public administrators for the species selecton for urban aforestaton are those with edible parts and potential for inclusion in the human diet once all other technical criteria for this choice are ensured.

Keywords:
street aforestaton; urban biodiversity; fruit-bearing species; food plants

Resumen:

Las ciudades pueden incluir una gran riqueza de plantas, y esa biodiversidad asegura diversos servicios ecosistémicos de provisión, regulación, apoyo y culturales. Uno de los servicios esenciales que se brinda es la producción de alimentos, que cumple con algunas de las metas nacionales de los Objetivos de Desarrollo Sostenible (ODS). El objetivo de este estudio es presentar un diagnóstico de especies alimentícias o con uso potencial para el consumo humano que se utilizan en la forestación urbana de los municipios de Mato Grosso do Sul. Hemos recopilado y actualizado una lista de 102 especies utilizadas en la forestación urbana en once municipios, clasificándolos según su uso o potencial de uso aliment좩o. La capital Campo Grande tuvo la mayor riqueza de especies alimentícias (67 especies), y Coxim tuvo el mayor porcentaje de especies alimentícias en la forestación (65%). Las especies alimentícias se distribuyen en 36 familias, con énfasis en Fabaceae (13 especies), Arecaceae (9), Anacardiaceae (8) y Myrtaceae (8). Oit (Moquilea tomentosa), munguba (Pachira aquatica) y mango (Mangifera indica) fueron las especies más utilizadas en la forestación de las calles. Las partes más utilizadas en la alimentación son las frutas (77 especies), seguidas de las semillas (37) y las fores (21). Nuestras sugerencias para los administradores públicos van desde los criterios de selección de especies para plantar en áreas urbanas hasta la presencia de partes alimentícias o con potencial alimentario en la dieta humana, asegurando todos los demás criterios técnicos indicados para esta elección.

Palabras clave:
forestación en las calles; biodiversidad urbana; especies frutales; plantas alimentícias

1 INTRODUÇÃO

A arborização urbana é toda vegetação existente em espaços ou paisagens do ambiente urbano, sendo importante componente biótico das cidades (RODRIGUES et al., 2002RODRIGUES, C. A. G.; BEZERRA, B. C.; ISHII, I. H.; CARDOSO, E. L.; SORIANO, B. M. A.; OLIVEIRA, H. Arborização urbana e produção de mudas de essências florestais nativas em Corumbá, MS. Corumbá. Embrapa Pantanal, 2002.). Tem um papel fundamental no bem-estar e na saúde dos moradores urbanos, fornecendo uma série de serviços ecossistêmicos (WANG; AKBARI, 2018WANG, Y.; SHEN, J.; XIANG W. Ecosystem service of green infrastructure for adaptaton to urban growth: functon and configuraton. Ecosystem Health and Sustainability, Shanghai, v. 4, n. 5, p. 132–43, 2018.). Isso é particularmente importante no contexto nacional, uma vez que mais de 84% da população brasileira vive nas cidades (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE], 2019INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. População estimada. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil. Acesso em: 26 jul. 2021.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil...
). Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Brasil indicam que 92% da população viverá em cidades até 2050, e a população urbana total será de mais de 215 milhões (ONU, 2015ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS [ONU]. Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable Development (A/RES/70/1). ONU, 2015. Disponível em: https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld/publicaton. Acesso em: 27 jul. 2021.
https://sustainabledevelopment.un.org/po...
).

Deste modo, a pressão tende a aumentar nos próximos anos, e o planejamento e a gestão adequados da arborização urbana se fazem necessários para minimizar a degradação ambiental e maximizar benefícios promovidos. Dentre os serviços ecossistêmicos prestados pela arborização urbana, estão armazenamento de carbono (NOWAK; CRANE, 2002NOWAK, D. J.; CRANE, D. E. Carbon storage and sequestraton by urban trees in the USA. Environmental Polluton, v. 116, n. 3, p. 381-9, 2002.), mitigação do efeito da ilha de calor (WANG; AKBARI, 2016WANG, Y.; AKBARI, H. The effects of street tree planting on Urban Heat Island mitigaton in Montreal. Sustainable Cities and Society, Amsterdã, v. 27, p. 122–8, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2016.04.013
https://doi.org/10.1016/j.scs.2016.04.01...
), redução do escoamento da água da chuva (ARMSON; STRINGER; ENNOS, 2013ARMSON, D.; STRINGER, P.; ENNOS, A. R. The effect of street trees and amenity grass on urban surface water runof in Manchester, UK. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 12, n. 3, p. 282–86, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2013.04.001
https://doi.org/10.1016/j.ufug.2013.04.0...
), filtragem de poluentes (BARWISE; KUMAR, 2020BARWISE, Y.; KUMAR, P. Designing vegetaton barriers for urban air polluton abatement: a practical review for appropriate plant species selecton. npj Climate and Atmospheric Science, Guildford, n. 3, v. 12, p. 01-19, 2020. DOI: https://doi.org/10.1038/s41612-020-0115-3
https://doi.org/10.1038/s41612-020-0115-...
), efeitos recreativos, sombreamento e resfriamento (ÖZTÜRK; AĞIRTAŞ, 2020ÖZTÜRK, M.; AĞIRTAŞ, L. Shading and cooling role of tree canopies within urban forest landscapes: comfort and recreation. In: ÖZYAVUZ, M. (Org). Theory and Practice in Sustainable Planning and Design. Berlin: Peter Lang, 2020. p. 697–708.). Esses serviços ecossistêmicos estão frequentemente associados à espécie, estrutura, idade e tamanho da árvore, bem como à vitalidade da árvore.

Entre os serviços ecossistêmicos de provisão, está a produção de alimentos, que, segundo as diretrizes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), deve ser promovida e incentivada também em área urbana e periurbana (FAO, 2016FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178. Rome: FAO , 2016. 172 p.). Neste estudo, apresentamos uma listagem de espécies presentes na arborização viária de municípios de Mato Grosso do Sul que são utilizadas na alimentação humana ou que têm potencial de aproveitamento para este fim. Com isso, objetivamos contribuir para a divulgação dos diferentes usos alimentares de plantas nativas e exóticas e propiciar a sua utilização em ambiente urbano e periurbano.

2 METODOLOGIA

O estado de Mato Grosso do Sul está localizado na região Centro-Oeste brasileira, apresenta cerca de 357 km2 e aproximadamente 2,8 milhões de habitantes (IBGE, 2020INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. Mato Grosso do Sul. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama Acesso em: 26 jul. 2021.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/pa...
). Segundo o último censo, mais de 85% dos habitantes residem em área urbana (IBGE, 2010INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. Censo Demográfico 2010 – Mato Grosso do Sul – população. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama. Acesso em: 25 jul. 2021
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/pa...
). O estado encontra-se numa região estratégica em termos de biodiversidade, abrangendo três importantes biomas brasileiros, o Cerrado, a Mata Atilântica e o Pantanal. Há predomínio do clima tropical AW por quase todo o estado, exceção feita à sua porção mais meridional, onde ocorre um tipo climático subtropical CWa (PEEL; FINLAYSON; MCMAHON, 2007PEEL, M. C.; FINLAYSON, B. L.; MCMAHON, T. A. Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Hydrology and Earth System Sciences, Gottingen, v. 11, n. 5, p. 1633–44, 2007. DOI: https://doi.org/10.5194/hess-11-1633-2007
https://doi.org/10.5194/hess-11-1633-200...
).

Uma lista de espécies arbóreas empregadas na arborização viária dos municípios de Mato Grosso do Sul foi compilada com base em levantamentos preexistentes disponíveis em planos diretores de arborização urbana e literatura científica. Os nomes das espécies foram atualizados para padronização e para evitar superestimativas, seguindo o Refora (2020). Em caso de ausências de informações, foi adotada a nomenclatura fornecida no banco de dados do Missouri Botanical Garden – Trópicos (https://www.tropicos.org). Incluímos na listagem espécies nativas e exóticas. Classificamos as espécies quanto ao seu uso ou potencial de uso aliment좩o por seres humanos, baseado em registros na literatura (LORENZI, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.; 1998LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. 368 p. V 2; 2009LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 2009. 384 p. V 3.; POTT; POTT, 1994POTT, A.; POTT, V. J. Plantas do Pantanal. Brasília: Embrapa, 1994. 320 p.; POTT; POTT; SOBRINHO, 2004POTT, A.; POTT, V. J.; SOBRINHO, A. A. B. Plantas úteis à sobrevivência no Pantanal. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO ECONÔMICOS DO PANTANAL, 4., 2004, Corumbá. Anais [...]. Corumbá: Embrapa. p. 81-92, 2004., 2004; LORENZI et al., 2006LORENZI, H., BACHER, L., LACERDA, M.; SARTORI, S. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: de consumo in natura. São Paulo: Editora Plantarum, 2006. 640 p.; 2010LORENZI, H.; NOBLICK, L.; KAHN, F.; FERREIRA, E. Flora Brasileira Lorenzi Arecaceae (palmeiras). Instituto Plantarum. Nova Odessa. 368 p, 2010., LORENZI; LACERDA; BACHER, 2015LORENZI, H., LACERDA, M. T C; BACHER, L. B. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura). São Paulo: Editora Plantarum, 2015. 704 p.; BORTOLOTTO et al., 2015BORTOLOTTO, I. M.; AMOROZO, M. C. M.; GUARIM NETO G.; OLDELAND J.; DAMASCENO-JUNIOR, G. A. Use of wild edible plants in rural communities along Paraguay River, Pantanal, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, Washington, v. 11, n. 46, p. 1 -14, 2015.; KINUPP; LORENZI, 2014KINUPP, V. F.; LORENZI, H. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768 p.; CORADIN; CAMILLO; OLIVEIRA, 2016CORADIN, L.; CAMILLO, J.; OLIVEIRA, C. N. S. A iniciativa plantas para o futuro. In: VIEIRA, R. F., CAMILLO, J., CORADIN, L. (Eds.). Espécies nativas da fora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 27–66. e artigos específicos de algumas espécies, os quais encontram-se listados na Tabela 1). Consideramos como plantas alimentícias aquelas que têm uma ou mais partes que podem ser utilizadas na alimentação humana, seja in natura, seja após algum tipo de preparo (KINUPP; LORENZI, 2014KINUPP, V. F.; LORENZI, H. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768 p.), incluindo espécies utilizadas como temperos e para produção de bebidas (chás, sucos etc.). Após a compilação de dados da arborização urbana e revisão sobre uso das espécies na alimentação, realizamos análise de dados exploratória utilizando estat체ica descritiva para apresentação dos resultados.

Tabela 1
Espécies alimentícias utilizadas na arborização urbana, no Estado de Mato Grosso do Sul, com suas respectivas famílias, nomes populares, municípios de registro, parte comestível e fonte da informação sobre o uso ou potencial de uso alimentício

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram registradas 283 espécies vegetais presentes na arborização viária de 11 municípios de Mato Grosso do Sul, sendo eles Aquidauana (MASSARANDUBA, 2019; SÁ; RABELLO; AOKI, 2021SÁ, J. S. S.; RABELLO, R. J. M.; AOKI, C. Diagnóstico da arborização urbana do centro de Aquidauana, MS. Brazilian Journal of Development, São José dos Pinhais, v. 7, n. 1, p. 2659–73, 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-181
https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-181...
), Bonito (BONITO, 2016BONITO (Cidade). Plano de Arborização Urbana de Bonito [ARBON]. Bonito: Prefeitura Municipal, 2016. Disponível em: https://www.bonito.ms.gov.br/wp-content/uploads/media/atachments/1573/1573/5b4f6290c6953e4509fdab1b3e99c59da05f360233649_plano_arborizacao_bonito_finb.pdf. Acesso em: 25 jul. 2021.
https://www.bonito.ms.gov.br/wp-content/...
; ZAMPRONI et al., 2018ZAMPRONI, K.; BIONDI, D.; MARIA, T. R. B. C.; LOUVEIRA, F. A. Diagnóstico quali-quantitativo da arborização viária de Bonito, Mato Grosso do Sul. Floresta, Curitba, v. 48, n. 2, p. 235–44, 2018.), Campo Grande (CAMPO GRANDE, 2010CAMPO GRANDE (Cidade). Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande [PDAU/CG]. Campo Grande, MS: Prefeitura Municipal, 2010. p. 158.; PESTANA; ALVES; SARTORI, 2011PESTANA, L. T. C.; ALVES, F. M.; SARTORI, A. L. B. Espécies arbóreas da arborização urbana do centro do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 6, n. 3, p. 1-21, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i3.66471
http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i3.6...
), Cassilândia (GUILHERME et al., 2018GUILHERME, F. A. G; SILVA, M. C.; CARNEIRO, D. N. M.; NASCIMENTO, H. C. A.; RESSEL K.; FERREIRA, W. C. Urban arborizaton in public pathways of four cites in east Mato Grosso do Sul (MS) Brazil. Ornamental Horticulture, Cidade, v. 24, n. 2, p. 174–81, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137
https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137...
), Chapadão do Sul (PELEGRIM; LIMA; LIMA, 2012PELEGRIM, E. A. P. ; LIMA, A. P. L.; LIMA, S. F. Avaliação qualitativa e quantitativa da arborização no bairro Flamboyant em Chapadão do Sul, MS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 7, n. 1, p. 126–42, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v7i1.66549
http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v7i1.6...
), Corumbá (LOPO, 2014LOPO, D. Percepção, diagnóstico e gestão da arborização e áreas verdes nas cidades fronteiriças Brasil - Bolívia. 2014. 128 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Fronteiriços) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Corumbá, MS, 2014.), Costa Rica (GUILHERME et al., 2018GUILHERME, F. A. G; SILVA, M. C.; CARNEIRO, D. N. M.; NASCIMENTO, H. C. A.; RESSEL K.; FERREIRA, W. C. Urban arborizaton in public pathways of four cites in east Mato Grosso do Sul (MS) Brazil. Ornamental Horticulture, Cidade, v. 24, n. 2, p. 174–81, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137
https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137...
), Coxim (MOTA; ALMEIDA, 2011MOTA, M. P.; ALMEIDA, L. F. R. Características da arborização na região central do município de Coxim, MS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 6, n. 1, p. 1-24, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i1.66386
http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i1.6...
), Dourados (DOURADOS, 2019DOURADOS (Cidade). Plano Diretor de Arborização Urbana de Dourados [PDAU Dourados]. Diagnóstico da arborização urbana (Produto 2). Dourados, MS: Prefeitura Municipal/FAPEC, 2019. 63 p.), Paranaíba (GUILHERME et al., 2018GUILHERME, F. A. G; SILVA, M. C.; CARNEIRO, D. N. M.; NASCIMENTO, H. C. A.; RESSEL K.; FERREIRA, W. C. Urban arborizaton in public pathways of four cites in east Mato Grosso do Sul (MS) Brazil. Ornamental Horticulture, Cidade, v. 24, n. 2, p. 174–81, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137
https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137...
) e Três Lagoas (SANTOS, 2014SANTOS, A. A. Ocorrência de espécies arbóreas em áreas urbanas e suburbanas de Três Lagoas, MS. Revista Monografias Ambientais, v. 13, n. 5, p. 3926–32, 2014. DOI: https://doi.org/10.5902/2236130814483
https://doi.org/10.5902/2236130814483...
). Destas, 102 apresentam uso ou potencial de uso aliment좩o (Tabela 1), ou seja, mais de 35% das espécies empregadas na arborização viária desses municípios.

A capital Campo Grande apresentou a maior riqueza de espécies alimentícias (67 espécies), seguida de Aquidauana (56) e Dourados (54). Contudo, se analisarmos o percentual das espécies da arborização viária que podem ser utilizadas na alimentação humana, esse panorama muda, com destaque para Coxim, onde quase 65% das espécies presentes na arborização são alimentícias, e os municípios de Paranaíba e Três Lagoas, com aproximadamente 58% das espécies com esse uso ou potencial de uso.

As espécies alimentícias presentes na arborização urbana estão distribuídas em 36 famílias, sendo Fabaceae (13 espécies), Arecaceae (9), Anacardiaceae (8) e Myrtaceae (8) as mais ricas. Fabaceae é uma das famílias mais utilizadas na arborização urbana no país (LORENZI, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.), sendo considerada uma das maiores famílias no Brasil, com 2.100 espécies, estando representada em todos os biomas brasileiros (LIMA, 2000LIMA, H. C. Leguminosas arbóreas da Mata Atilântica: uma análise da riqueza, padrões de distribuição geográfica e similaridades forísticas em remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2000, 122 p.). Arecaceae é uma família que inclui muitas espécies com potencial para aproveitamento dos frutos frescos, na forma de farinhas (da polpa e endosperma), bebidas frescas ou alcoólicas, óleos comestiveis ou palmito (BORTOLOTTO; DAMASCENO-JUNIOR; POTT, 2018BORTOLOTTO, I. M.; DAMASCENO-JUNIOR, G. A.; POTT, A. Lista preliminar das plantas alimentícias nativas de Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 73, supl., p. 101–16, 2018.); contudo, várias espécies ainda carecem de estudos bromatológicos. Anacardiaceae compreende cerca de 80 gêneros e 800 espécies, distribuídas principalmente em regiões tropicais ou subtropicais (PELL et al., 2011PELL, S. K.; MITCHELL, J. D.; MILLER, A. J.; LOBOVA, T. A. Anacardiaceae. In: KUBITZKI, K. (Ed.). The families and genera of vascular plants: flowering plants. Eudicots. Sapindales, Curcubitales, Myrtales. Berlin: Springer, 2011. p. 7-50. V. X.). Essa família inclui muitos representantes com importância alimenticia (e.g. manga, seriguela e caju), madeireira (e.g. aroeira, guarita e braúna) e várias apresentam potencial ornamental, por isso é comum serem empregadas na arborização urbana (LORENZI, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.; 1998LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. 368 p. V 2; 2009LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 2009. 384 p. V 3.). Myrtaceae também é uma família que se destaca pela riqueza, com aproximadamente 4.630 espécies e 144 gêneros (JUDD et al., 2009JUDD, W. S.; CAMPBELL, C. S.; KELLOGG, E. A.; STEVENS, P. F.; DONOGHUE, M.J. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 632 p.). Há muitas espécies cujos frutos são bastante utilizados in natura ou na indústria alimenticia, na produção de produtos processados, como sucos e geleias, por apresentarem sabores agradáveis e fontes significativas de nutrientes (ANDRADE, 2019ANDRADE, J. C. Composição nutricional de frutos não convencionais da família Myrtaceae. 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2019.).

Apenas três espécies alimentícias foram registradas nos 11 municípios: o oit (M. tomentosa), a munguba (P. aquatica) e a mangueira (M. indica). O gênero Citrus, que inclui as laranjas, limões, mexericas e outros cítricos, também foi registrado em todos os municípios levantados. Outras espécies alimentícias frequentes nos municípios de Mato Grosso do Sul foram a murta-de-cheiro (Murraya paniculata), a goiabeira (Psidium guajava), pitangueira (Eugenia unifora) e sete-copas (Terminalia catappa). Cerca de 35% das espécies alimentícias foram registradas na arborização urbana de um único município, o que pode evidenciar que se trata de plantos aleatórios feitos por moradores.

O oit é frequentemente utilizado na arborização urbana brasileira, figurando como a espécie mais abundante em vários levantamentos (SANTOS; FONSECA; GONÇALVES, 2019SANTOS, G. R.; FONSECA, R. S.; GONÇALVES, C. B. Arborização urbana em Jequitaí-MG: atributos funcionais e diversidade. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 14, n. 1, p. 1-13, 2019.; SOUSA et al.; 2019SOUSA, L. A.; CAJAIBA R. L.; MARTINS J. S. C.; COLÁCIO D. S.; SOUSA E.S.; PEREIRA K. S. Levantamento quali-quantitativo da arborização urbana no município de Buriticupu, MA. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 14, n. 1, p. 42–52, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v14i1.65372
http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v14i1....
). É uma planta nativa da foresta pluvial atilântica do Brasil, com ocorrência desde Pernambuco até o norte do Espírito Santo e o Vale do Rio Doce, em Minas Gerais (LORENZI, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.). Os frutos do oit podem ser consumidos em preparos culinários doces e salgados (e.g. bolos, pudins e farofas) após cozimento (KINUPP; LORENZI, 2014KINUPP, V. F.; LORENZI, H. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768 p.).

A munguba (também denominada de falso-cacau, castanheiro-do-maranhão ou monguba, entre outros nomes) é uma espécie originária da região amazônica brasileira que, apesar dos frutos grandes, os quais podem causar prejuízos quando caem inteiros, é amplamente empregada na arborização brasileira (LORENZI, 1992LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.). Suas folhas jovens e fores podem ser utilizadas como verdura, e suas sementes cruas, torradas ou cozidas podem ser utilizadas em vários preparos (e.g. bolos, pãewws, paçocas, farofas, pudins, “chocolate”) (KINUPP; LORENZI, 2014KINUPP, V. F.; LORENZI, H. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768 p.).

As mangueiras também são comumente empregadas na arborização urbana de muitos municípios brasileiros, especialmente no Norte, onde a importância sociocultural dessa espécie é tão grande que, em Belém do Pará, elas foram tombadas como patrimônio histórico da cidade, atribuindo a Belém o título de “Cidade das Mangueiras” (BELÉM, 2013BELÉM (Cidade). Manual de orientação técnica da arborização urbana de Belém. 2. ed. Belém: Editora da Universidade Federal Rural da Amazônia, 2013. Disponível em: http://ww3.belem.pa.gov.br/www/wp-content/uploads/Manual-deArboriza%C3%A7%C3%A3o-de-Bel%C3%A9m.pdf. Acesso em: 27 jul. 2021.
http://ww3.belem.pa.gov.br/www/wp-conten...
). Essa é uma espécie apreciada por moradores urbanos em outros países também, especialmente por fornecer frutos saborosos (SHACKLETON; MOGRABI, 2020SHACKLETON, C. M.; MOGRABI, P. J. Meeting a diversity of needs through a diversity of species: urban residents’ favourite and disliked tree species across eleven towns in South Africa and Zimbabwe. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 48, 126507, 2020. https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.126507
https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.1265...
). Os frutos verdes ou maduros podem ser consumidos in natura ou utilizados em vários preparos doces (e.g. sucos, compotas, sorvetes) e salgados.

A parte mais utilizada das plantas consideradas alimentícias ou com potencial de uso para esse fm, de fato, são os frutos (77 espécies), seguidos de sementes (37), fores (21), folha (17) e arilo (5) - estrutura geralmente carnosa que envolve a semente completa ou parcialmente. Deste modo, as forestas urbanas podem ser fontes de alimentos altamente nutritivos.

Segundo Milano e Dalcin (2000)MILANO, M. S.; DALCIN, E. Arborização de vias públicas. Light. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000. 226 p., contudo, frutos grandes ou carnosos são características não desejáveis para arborização urbana. A utilização de árvores com frutos grandes é questionada pelo fato de poderem causar danos a bens públicos ou privados; dependendo de sua quantidade, podem até obstruir o trânsito em calçadas ou canteiros centrais. Além disso, os autores apontam que a deterioração dos frutos pode produzir odor desagradável, além de atrair fauna não desejável, como vetores de doenças (e.g. moscas, baratas e ratos).

Porém, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, 2016FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178. Rome: FAO , 2016. 172 p.) indica, em suas diretrizes sobre silvicultura urbana e periurbana (Guidelines on urban and peri-urban forestry), que o planto de espécies frutíferas em ambientes urbanos e periurbanos pode ajudar a alcançar a meta de “acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição da crescente população urbana global” (ODS 2) e “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis” (ODS 11). Segundo essa organização, grandes parques municipais, hortas comunitárias e pomares a hortas caseiras, telhados verdes e árvores nas ruas (além de outros espaços verdes) podem produzir quantidades significativas de alimentos frescos e de baixo custo para consumo local. Embora as forestas urbanas não possam garantr a segurança alimentar e nutricional nas cidades, se bem planejadas, projetadas e manejadas, podem fazer contribuições valiosas para a produção local de alimentos e o fornecimento de serviços ecossistêmicos que beneficiem a agricultura local (FAO, 2016FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178. Rome: FAO , 2016. 172 p.).

O planto de espécies alimentícias em áreas públicas pode constituir, inclusive, uma oportunidade financeira, sendo valioso tanto para o município quanto para seus habitantes e, também, uma nova estratégia para promover um desenvolvimento urbano sustentável eficaz (LAFONTAINE-MESSIER; GÉLINAS; OLIVIER, 2016LAFONTAINE-MESSIER, M.; GÉLINAS, N.; OLIVIER, A. Proftability of food trees planted in urban public green areas. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 16, p. 197-207, 2016.). Nesse sentido, os responsáveis pela arborização urbana podem contribuir promovendo a coordenação entre autoridades municipais e os atores da sociedade civil, na produção de alimentos nas forestas urbanas, e incentivando a adoção de sistemas agroflorestais em áreas urbanas e periurbanas, de modo a permitiraos agricultores aumentar sua renda e melhorar a subsistência por meio da produção, venda e consumo desses alimentos e produtos (FAO, 2016FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178. Rome: FAO , 2016. 172 p.).

Para a seleção de espécies vegetais utilizadas na arborização urbana, é necessário avaliar vários aspectos tanto bióticos quanto abióticos (do local de planto), bem como os serviços ecossistêmicos a serem priorizados em cada área/município. Pode-se combinar características compativeis com o manejo dos espaços cultivados à ornamentação, melhoria microclimática, remoção de poluição do ar, promoção da gestão de águas pluviais, o fornecimento de recursos alimentares, entre outros. A demanda e o fornecimento de alimentos urbanos variam muito por município, e as abordagens de política e gestão devem ser desenvolvidas para cada um, com base nas necessidades locais (por exemplo, preferências alimentares) e contextos (por exemplo, propriedade da terra, meio ambiente e cultura) (FAO, 2016FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178. Rome: FAO , 2016. 172 p.).

O estado de Mato Grosso do Sul apresentou uma elevada diversidade de espécies alimentícias nativas e exóticas utilizadas na arborização urbana. Nossa sugestão é que os gestores e tomadores de decisão incluam, entre os critérios da seleção de espécies para planto, a presença de partes alimentícias ou com potencial aliment좩o na dieta humana, assegurados todos os demais critérios técnicos indicados para essa escolha. Pesquisas relacionadas à bromatologia das espécies, contaminação desses recursos alimentares em ambientes urbanos e periurbanos (e sua adequabilidade para consumo), uso e conservação das espécies e sua adaptabilidade aos estressores urbanos e percepção dos moradores são escassas e imprescindíveis. Como esses recursos são estratégicos e envolvem a segurança alimentar, e considerando a crescente urbanização dos municípios, faz-se necessária a elaboração de políticas que visem à conservação desses recursos em ambiente urbano e periurbano.

REFERÊNCIAS

  • ANDRADE, J. C. Composição nutricional de frutos não convencionais da família Myrtaceae 2019. 103 f. Dissertação (Mestrado em Química) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2019.
  • ARMSON, D.; STRINGER, P.; ENNOS, A. R. The effect of street trees and amenity grass on urban surface water runof in Manchester, UK. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 12, n. 3, p. 282–86, 2013. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ufug.2013.04.001
    » https://doi.org/10.1016/j.ufug.2013.04.001
  • BARWISE, Y.; KUMAR, P. Designing vegetaton barriers for urban air polluton abatement: a practical review for appropriate plant species selecton. npj Climate and Atmospheric Science, Guildford, n. 3, v. 12, p. 01-19, 2020. DOI: https://doi.org/10.1038/s41612-020-0115-3
    » https://doi.org/10.1038/s41612-020-0115-3
  • BELÉM (Cidade). Manual de orientação técnica da arborização urbana de Belém 2. ed. Belém: Editora da Universidade Federal Rural da Amazônia, 2013. Disponível em: http://ww3.belem.pa.gov.br/www/wp-content/uploads/Manual-deArboriza%C3%A7%C3%A3o-de-Bel%C3%A9m.pdf Acesso em: 27 jul. 2021.
    » http://ww3.belem.pa.gov.br/www/wp-content/uploads/Manual-deArboriza%C3%A7%C3%A3o-de-Bel%C3%A9m.pdf
  • BONITO (Cidade). Plano de Arborização Urbana de Bonito [ARBON] Bonito: Prefeitura Municipal, 2016. Disponível em: https://www.bonito.ms.gov.br/wp-content/uploads/media/atachments/1573/1573/5b4f6290c6953e4509fdab1b3e99c59da05f360233649_plano_arborizacao_bonito_finb.pdf Acesso em: 25 jul. 2021.
    » https://www.bonito.ms.gov.br/wp-content/uploads/media/atachments/1573/1573/5b4f6290c6953e4509fdab1b3e99c59da05f360233649_plano_arborizacao_bonito_finb.pdf
  • BORTOLOTTO, I. M.; AMOROZO, M. C. M.; GUARIM NETO G.; OLDELAND J.; DAMASCENO-JUNIOR, G. A. Use of wild edible plants in rural communities along Paraguay River, Pantanal, Brazil. Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine, Washington, v. 11, n. 46, p. 1 -14, 2015.
  • BORTOLOTTO, I. M.; DAMASCENO-JUNIOR, G. A.; POTT, A. Lista preliminar das plantas alimentícias nativas de Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica, v. 73, supl., p. 101–16, 2018.
  • CAMPO GRANDE (Cidade). Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande [PDAU/CG]. Campo Grande, MS: Prefeitura Municipal, 2010. p. 158.
  • CORADIN, L.; CAMILLO, J.; OLIVEIRA, C. N. S. A iniciativa plantas para o futuro. In: VIEIRA, R. F., CAMILLO, J., CORADIN, L. (Eds.). Espécies nativas da fora brasileira de valor econômico atual ou potencial: plantas para o futuro – Região Centro-Oeste. Brasília, DF: MMA, 2016. p. 27–66.
  • DAMASCENO-JUNIOR, G. A.; SOUZA, P. R.; BORTOLOTTO, I. M.; RAMOS, M. I. L.; HIANE, P. A.; BRAGA NETO, J. A.; ISHII, I. H.; COSTA, D. C.; RAMOS FILHO, M.M.; GOMES, R. J. B.; BARBOSA, M. M.; RODRIGUES, R. B. Sabores do cerrado e Pantanal: conhecer para valorizar os frutos nativos; receitas e boas práticas de aproveitamento. Campo Grande: Editora da UFMS, 2010, 142 p.
  • DOURADOS (Cidade). Plano Diretor de Arborização Urbana de Dourados [PDAU Dourados]. Diagnóstico da arborização urbana (Produto 2) Dourados, MS: Prefeitura Municipal/FAPEC, 2019. 63 p.
  • FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION [FAO ]. Guidelines on urban and peri-urban forestry. In: SALBITANO, F . ; BORELLI, S., CONIG LIARO, M . , CHEN , Y . FAO Forestry Paper n. 178 Rome: FAO , 2016. 172 p.
  • GUILHERME, F. A. G; SILVA, M. C.; CARNEIRO, D. N. M.; NASCIMENTO, H. C. A.; RESSEL K.; FERREIRA, W. C. Urban arborizaton in public pathways of four cites in east Mato Grosso do Sul (MS) Brazil. Ornamental Horticulture, Cidade, v. 24, n. 2, p. 174–81, 2018. DOI: https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137
    » https://doi.org/10.14295/oh.v24i2.1137
  • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. Censo Demográfico 2010 – Mato Grosso do Sul – população. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama Acesso em: 25 jul. 2021
    » https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama
  • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. Mato Grosso do Sul. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama Acesso em: 26 jul. 2021.
    » https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ms/panorama
  • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA [IBGE]. População estimada. Portal IBGE, Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil Acesso em: 26 jul. 2021.
    » https://cidades.ibge.gov.br/brasil
  • JUDD, W. S.; CAMPBELL, C. S.; KELLOGG, E. A.; STEVENS, P. F.; DONOGHUE, M.J. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 632 p.
  • KHURAIJAM, J. S.; HUIDROM, E. Medicinal and nutritive value of Ficus auriculata - the wonder fig. Indian Journal of Tropical Biodiversity, Jabalpur, v. 22, n. 1, p. 70–3, 2014.
  • KINUPP, V. F.; LORENZI, H. Plantas alimentícias não convencionais (PANC) no Brasil: guia de identificação, aspectos nutricionais e receitas ilustradas. São Paulo: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2014, 768 p.
  • LAFONTAINE-MESSIER, M.; GÉLINAS, N.; OLIVIER, A. Proftability of food trees planted in urban public green areas. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 16, p. 197-207, 2016.
  • LEITE, R. R.; OLIVEIRA, A. J.; MARINS, M. F. S.; OLIVEIRA, R. S. Produção de biscoitos com farinha da semente de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit. (Fabaceae). In: MACHADO, E. R. (Org.). As ciências biológicas e a construção de novos paradigmas de conhecimento Ponta Grossa, PR: Atena, 2020. p. 156-67.
  • LIMA, H. C. Leguminosas arbóreas da Mata Atilântica: uma análise da riqueza, padrões de distribuição geográfica e similaridades forísticas em remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2000, 122 p.
  • LOPO, D. Percepção, diagnóstico e gestão da arborização e áreas verdes nas cidades fronteiriças Brasil - Bolívia. 2014. 128 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Fronteiriços) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Corumbá, MS, 2014.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 2009. 384 p. V 3.
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1998. 368 p. V 2
  • LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. 368. p. V 1.
  • LORENZI, H., BACHER, L., LACERDA, M.; SARTORI, S. Frutas brasileiras e exóticas cultivadas: de consumo in natura. São Paulo: Editora Plantarum, 2006. 640 p.
  • LORENZI, H., LACERDA, M. T C; BACHER, L. B. Frutas no Brasil nativas e exóticas (de consumo in natura) São Paulo: Editora Plantarum, 2015. 704 p.
  • LORENZI, H.; NOBLICK, L.; KAHN, F.; FERREIRA, E. Flora Brasileira Lorenzi Arecaceae (palmeiras) Instituto Plantarum. Nova Odessa. 368 p, 2010.
  • MASSARANDUBA, V Diagnóstico da arborização urbana de Aquidauana, MS 2020. 27 f. Dissertação (Mestrado em Recursos Naturais) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2020.
  • MILANO, M. S.; DALCIN, E. Arborização de vias públicas Light. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, 2000. 226 p.
  • MOREIRA, A. C. C. G.; NASCIMENTO, J. D. M.; ANDRADE, R. A. M. S.; MACIEL, M. I. S.; MELO, E. A. Identification and quantification of carotenoids, by HLPC-PDA-MS/MS, from Amazonian fruits. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Washington, v. 55, n. 13, p. 5052-72, 2007.
  • MOTA, M. P.; ALMEIDA, L. F. R. Características da arborização na região central do município de Coxim, MS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 6, n. 1, p. 1-24, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i1.66386
    » http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i1.66386
  • NOWAK, D. J.; CRANE, D. E. Carbon storage and sequestraton by urban trees in the USA. Environmental Polluton, v. 116, n. 3, p. 381-9, 2002.
  • NUNES, R. S.; KAHL, V F. S.; SARMENTO, M. S.; RICHTER, M. F.; COSTA-LOTUFO, L. V; RODRIGUES, F. A. R.; ABIN-CARRIQUIRY, J. A.; MARTINEZ, M. M.; FERRONATTO, S.; FERRAZ, A. B. F.; DA SILVA, J. Antoxidant and antigenotoxicity activity of acerola fruit (Malpighia glabra L.) at two stages of ripeness. Plant Foods for Human Nutriton, v. 66, n. 2, p. 129–35, 2011.
  • ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS [ONU]. Transforming our world: the 2030 Agenda for Sustainable Development (A/RES/70/1). ONU, 2015. Disponível em: https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld/publicaton Acesso em: 27 jul. 2021.
    » https://sustainabledevelopment.un.org/post2015/transformingourworld/publicaton
  • ÖZTÜRK, M.; AĞIRTAŞ, L. Shading and cooling role of tree canopies within urban forest landscapes: comfort and recreation. In: ÖZYAVUZ, M. (Org). Theory and Practice in Sustainable Planning and Design Berlin: Peter Lang, 2020. p. 697–708.
  • PEEL, M. C.; FINLAYSON, B. L.; MCMAHON, T. A. Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Hydrology and Earth System Sciences, Gottingen, v. 11, n. 5, p. 1633–44, 2007. DOI: https://doi.org/10.5194/hess-11-1633-2007
    » https://doi.org/10.5194/hess-11-1633-2007
  • PELEGRIM, E. A. P. ; LIMA, A. P. L.; LIMA, S. F. Avaliação qualitativa e quantitativa da arborização no bairro Flamboyant em Chapadão do Sul, MS. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 7, n. 1, p. 126–42, 2012. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v7i1.66549
    » http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v7i1.66549
  • PELL, S. K.; MITCHELL, J. D.; MILLER, A. J.; LOBOVA, T. A. Anacardiaceae. In: KUBITZKI, K. (Ed.). The families and genera of vascular plants: flowering plants. Eudicots. Sapindales, Curcubitales, Myrtales. Berlin: Springer, 2011. p. 7-50. V. X.
  • PEREIRA, G. A.; TOMÉ, P. H. F.; ARRUDA, H. S.; FRAGIORGE, E. J.; RIBEIRO, P. R. Caracterização físico-química e atividade antoxidante do fruto calabura (Muntingia calabura L.). Brazilian Journal of Food Research, Jaboticabal, v. 7, n. 2, p. 67-79, 2016.
  • PESTANA, L. T. C.; ALVES, F. M.; SARTORI, A. L. B. Espécies arbóreas da arborização urbana do centro do município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 6, n. 3, p. 1-21, 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i3.66471
    » http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v6i3.66471
  • POTT, A.; POTT, V. J. Plantas do Pantanal Brasília: Embrapa, 1994. 320 p.
  • POTT, A.; POTT, V. J.; SOBRINHO, A. A. B. Plantas úteis à sobrevivência no Pantanal. In: SIMPÓSIO SOBRE RECURSOS NATURAIS E SÓCIO ECONÔMICOS DO PANTANAL, 4., 2004, Corumbá. Anais [...]. Corumbá: Embrapa. p. 81-92, 2004.
  • REFLORA – Plantas do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d]. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ Acesso em: 27 jul. 2021.
    » http://floradobrasil.jbrj.gov.br/
  • RODRIGUES, C. A. G.; BEZERRA, B. C.; ISHII, I. H.; CARDOSO, E. L.; SORIANO, B. M. A.; OLIVEIRA, H. Arborização urbana e produção de mudas de essências florestais nativas em Corumbá, MS Corumbá. Embrapa Pantanal, 2002.
  • SÁ, J. S. S.; RABELLO, R. J. M.; AOKI, C. Diagnóstico da arborização urbana do centro de Aquidauana, MS. Brazilian Journal of Development, São José dos Pinhais, v. 7, n. 1, p. 2659–73, 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-181
    » https://doi.org/10.34117/bjdv7n1-181
  • SAKLANI, S.; CHANDRA, S. In vitro antimicrobial activity, nutritonal profile and phytochemical screening of wild edible fruit of garhwal Himalaya (Ficus auriculata). Internatonal Journal of Pharmaceutical Sciences Review and Research, Bangalore, v. 12, n. 2, p. 61–4, 2012.
  • SANTOS, A. A. Ocorrência de espécies arbóreas em áreas urbanas e suburbanas de Três Lagoas, MS. Revista Monografias Ambientais, v. 13, n. 5, p. 3926–32, 2014. DOI: https://doi.org/10.5902/2236130814483
    » https://doi.org/10.5902/2236130814483
  • SANTOS, G. R.; FONSECA, R. S.; GONÇALVES, C. B. Arborização urbana em Jequitaí-MG: atributos funcionais e diversidade. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 14, n. 1, p. 1-13, 2019.
  • SHACKLETON, C. M.; MOGRABI, P. J. Meeting a diversity of needs through a diversity of species: urban residents’ favourite and disliked tree species across eleven towns in South Africa and Zimbabwe. Urban Forestry & Urban Greening, Manchester, v. 48, 126507, 2020. https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.126507
    » https://doi.org/10.1016/j.ufug.2019.126507
  • SITRIT, Y.; GOLAN, E.; BAR, E.; LEWINSOHN, E. Fruit quality evaluaton of two new cactus crops for arid zones: Cereus peruvianus and Cereus jamacaru. Israel Journal of Plant Sciences, Jerusalem, v. 60, p. 335–43, 2012.
  • SOUSA, L. A.; CAJAIBA R. L.; MARTINS J. S. C.; COLÁCIO D. S.; SOUSA E.S.; PEREIRA K. S. Levantamento quali-quantitativo da arborização urbana no município de Buriticupu, MA. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 14, n. 1, p. 42–52, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v14i1.65372
    » http://dx.doi.org/10.5380/revsbau.v14i1.65372
  • WANG, Y.; AKBARI, H. The effects of street tree planting on Urban Heat Island mitigaton in Montreal. Sustainable Cities and Society, Amsterdã, v. 27, p. 122–8, 2016. DOI: https://doi.org/10.1016/j.scs.2016.04.013
    » https://doi.org/10.1016/j.scs.2016.04.013
  • WANG, Y.; SHEN, J.; XIANG W. Ecosystem service of green infrastructure for adaptaton to urban growth: functon and configuraton. Ecosystem Health and Sustainability, Shanghai, v. 4, n. 5, p. 132–43, 2018.
  • ZAMPRONI, K.; BIONDI, D.; MARIA, T. R. B. C.; LOUVEIRA, F. A. Diagnóstico quali-quantitativo da arborização viária de Bonito, Mato Grosso do Sul. Floresta, Curitba, v. 48, n. 2, p. 235–44, 2018.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2022

Histórico

  • Recebido
    28 Out 2021
  • Revisado
    02 Mar 2022
  • Aceito
    08 Ago 2022
Universidade Católica Dom Bosco Av. Tamandaré, 6000 - Jd. Seminário, 79117-900 Campo Grande- MS - Brasil, Tel./Fax: (55 67) 3312-3373/3377 - Campo Grande - MS - Brazil
E-mail: suzantoniazzo@ucdb.br